sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Almeida Garrett nasceu há 212 anos

Almeida Garrett

Seus Olhos

Seus olhos — se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou —
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.

Divino, eterno! — e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, num só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.

Almeida Garrett

Forte da Barra em dia de sol


Para começar o dia, nada melhor do que uma imagem de um recanto muito bonito da Gafanha da Nazaré. Com o  sol a brilhar, sem vento nem frio insuportáveis, foi agradável voltar ao Jardim Oudinot. Caminhar, absorver a maresia, olhar os pescadores, tomar um café e regressar com outro ânimo... Para repetir, obviamente.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Porquê tantos deputados?

Porquê tantos deputados? Num país tão pequeno e tão pobre, não será importante reduzir o número dos parlamentares? Porquê 230? Metade não seria um número razoável? Penso que sim. Todos sabemos que é muito difícil mexer em leis que empregam muita gente. Somos, realmente, um país muito conservador!
As negociações vão ser muito complicadas!

Crises?

A crise não sai dos nossos horizontes. Todos sabemos que algumas empresas passam por enormes dificuldades e ninguém ignora que muitas fecham, deixando no desemprego centenas e centenas de trabalhadores... Mas os bancos, pelo que se ouve e lê, apesar das queixas que apregoam, lá vão lucrando, não obstante limitarem os créditos a quem precisa. Vejam só: «Os três maiores bancos privados portugueses lucraram em 2010 quase mil milhões de euros, ou seja, mais 75 milhões do que no ano passado. O bom resultado surge num quadro de crise de liquidez e de necessidade de capitalizar as instituições, o que está a obrigar os bancos nacionais a rever as suas estratégias de remuneração accionista.» 

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rita Guerra no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré



Rita Guerra, uma das cantoras portuguesas mais populares, volta a surpreender com esta digressão, sozinha e ao piano, revisitando alguns dos grandes sucessos da sua carreira, num espectáculo intimista e inédito. No próximo sábado, 12 de Fevereiro, pelas 22 horas, teremos uma boa oportunidade para apreciar a sua arte.

Estado: “ou assinas ou perdes tudo”

Afinal, senhora ministra da Educação,
quem mente e quem manipula?

António Marcelino


«As escolas privadas, do que recebem do Estado, e só do Estado, pagam ordenados, fazem a manutenção diária, conservam os edifícios, assumem os encargos sociais. Se os alunos vêm de fora do concelho, o transporte toca aos pais. A Ministra apenas faz contas ao que é mandado para as escolas estatais e que corresponde a pouco mais que os ordenados. Tudo o resto, e é muitíssimo, não entra nas suas contas, nem os encargos sociais, nem a manutenção e conservação dos edifícios, nem transportes dos alunos, que recaem nas autarquias.»

Egipto em guerra

Perigos no Egipto

Francisco Sarsfield Cabral

Há 32 anos uma revolução derrubou a autocracia monárquica do Xá do Irão. Mas em breve se instalou ali uma teocracia islâmica, que ainda hoje perdura. Em matéria de liberdades os iranianos ficaram a perder.
Na Argélia realizaram-se eleições em 1992. Venceu o partido islâmico radical, que certamente iria acabar com eleições. Para evitar tal resultado, os militares tomaram conta do poder e limitaram a democracia. Seguiram-se dez anos de terrorismo sangrento na Argélia.
Em 1978 o presidente do Egipto Sadat e o primeiro-ministro israelita Begin assinaram um acordo de paz, mediado por J. Carter, presidente americano. Sadat foi assassinado três anos depois por um extremista islâmico. Sucedeu-lhe Mubarak, seu vice-presidente, que até hoje manteve a paz com Israel. Daí que o presidente israelita Shimon Peres tenha manifestado apoio a Mubarak na actual crise egípcia. Estes factos levam a olhar com prudência a eventual transição democrática no Egipto. Para já, é positivo que os islâmicos radicais não estejam na linha da frente da revolta. Mas daqui a algum tempo…

In Rádio Renascença