quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Deus nos livre das pessoas de uma só ideia

Leitura, uma paixão que abre
horizontes de vida


António Marcelino

Veio-me cair às mãos um velho provérbio hindu que diz assim: “ Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, é um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora”.
O mundo não está perdido de todo enquanto se dão prémios famosos, tanto aos cientistas, inventores e investigadores, obreiros da paz, como aos escritores. Esperamos que a contestação que se gera, por vezes, à volta da escolha dos galardoados, não venha a atingir os campos seleccionados, mormente dos escritores, dada a pouca atenção que as novas gerações, em geral, e não só, vêm dando à leitura.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Meio Milhão de Entradas

A Ria sempre presente

Hoje, 18 de janeiro de 2011, o contador do meu blogue regista o expressivo número 500 000. Meio milhão de entradas diz bem do interesse dos meus leitores pelo que se escreve neste espaço da blogosfera. E se tivermos em conta que se trata de um blogue generalista, onde a maledicência, a pornografia e os ataques pessoais não têm lugar, mais feliz me sinto pelo passo que dei numa altura em que alguns julgaram que me restava um sofá e o aconchego do lar, ao fim de uma longa vida de trabalho com outros e para outros, alunos e não só. A blogosfera, porém, abriu-me novas pistas de trabalho, novos horizontes e novas portas de partilha de saberes e de solidariedade com a humanidade que me cerca e a que pertenço com orgulho. Daqui, deste meu recanto que é o meu farol para ver mais longe e mais nítido, saúdo quantos regularmente me visitam, pedindo a todos que reforcem a proximidade, rumo a um mundo muito melhor, porque mais justo, mais fraterno e muito mais solidário.

Fernando Martins

Metade dos portugueses diz que o país está pior do que antes do 25 de Abril

«Quase metade (46 por cento) dos portugueses considera que as actuais condições económicas e sociais são piores do que há 40 anos. O desemprego é o maior desafio e a desconfiança face ao Governo e aos políticos é generalizada.»


NOTA: Mal vai a nossa democracia se entre nós, portugueses, se instalar a ideia de que o país está pior do que há 40 anos. Uma sondagem, publicada no PÚBLICO, afirma isso, mas eu não creio que, de coração e conhecimento pessoal, alguém afirme tal barbaridade. O descontentamento, o desespero, a angústia do desemprego, a raiva contra os maus políticos que por vezes nos desgovernam e a falta de horizontes com futuros risonhos à vista levam a afirmações destas. Eu não acredito que os portugueses queiram voltar a um passado tão tristonho.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos


Católicos e Ortodoxos mais próximos


Começa hoje a semana de oração pela unidade dos cristãos. Até ao dia 25, milhões de cristãos, espalhados pelos quatro cantos do mundo, não deixarão de orar, pedindo a Deus que desperte no coração dos crentes caminhos de aproximação cheios de compreensão e de abertura aos outros que crêem no mesmo Senhor.
Acredito que será difícil a qualquer crente renegar a fé em que nasceu ou foi educado. Também reconheço que, para cada um, a sua fé é única e indiscutível, pelo que os caminhos da unidade passam, necessariamente, por trabalhos conjuntos na «vinha do Senhor». Só depois, com a ajuda de Deus, será possível a unidade há séculos desejada. Por isso esta semana de oração.

Nem o frio a afugentou do mar


A beleza da natureza está patente, normalmente, em todas as situações. O frio poderia recomendar a esta ave que deixasse o mar e se refugiasse em alguma réstia de sol algures na povoação ou na floresta, com abrigo garantido. Mas não. A ave ali estava serena no seu sítio habitual. Nem a minha passagem a perturbou. Nem o disparo da máquina a demoveu. E lá continuou.

Urge valorizar o património cultural

O Estado das Coisas   — 100 anos depois

Sandra Costa Saldanha

Tema transversal a diversos domínios, o património cultural parece eternizar-se, todavia, entre uma das áreas em que o Estado e a Igreja Católica mais assuntos têm por resolver


Ultimadas as imensas celebrações em torno do centenário da República, 2011 é o ano em que se evoca a Lei da Separação, acontecimento que, de um modo conse-quente, mais atingiu a Igreja Católica em Portugal. Com iniciativas já programadas e anunciadas entre algumas instituições, subsiste, todavia, a aparente diluição do tema nas anteriores comemorações que, em boa verdade, assimilaram, num corolário lógico, os acontecimentos decorridos em 1911.
Tema transversal a diversos domínios, o património cultural parece eternizar-se, todavia, entre uma das áreas em que o Estado e a Igreja Católica mais assuntos têm por resolver. Tema sensível, já oportunamente lembrado por responsáveis e prelados, a necessidade de encontrar caminhos para resolver as questões do património, em concreto, daquele afecto ao culto católico, é emergente.

Portugal no Mundo




Aqui há marcas de Portugal

Alexandra Prado Coelho

Como se define o que é o património português no mundo? É tudo o que foi construído pelos portugueses? Ou tudo o que, de uma forma ou outra, foi influenciado pela presença de portugueses? A Gulbenkian acaba de editar três volumes com um levantamento inédito

Igrejas, claro, mas também fortalezas, prisões, armazéns, sedes de bancos, hotéis, liceus, cinemas, estações de correios, fábricas, roças em São Tomé, ruas e praças no Mindelo, sobrados no Brasil, casas particulares e grandes edifícios de habitação. Brasil, claro, mas também Angola, Moçambique, São Tomé, Cabo Verde. E Timor e Índia, mas também Sri Lanka e Macau, Indonésia e Birmânia, Etiópia e Tanzânia. A Fundação Calouste Gulbenkian acaba de lançar três volumes com o levantamento do património que os portugueses espalharam pelo mundo. É uma obra de peso - em mais do que um sentido.


Ver mais no PÚBLICO de hoje