terça-feira, 31 de agosto de 2010

Restos mortais do Prior Sardo em novo jazigo


Urna com os restos mortais do primeiro prior da Gafanha da Nazaré antes da cerimónia da trasladação. Padre Francisco Melo dá as últimas instruções para que tudo decorra com dignidade.


Padre António Maria, que veio do Brasil para participar na cerimónia e para dar um concerto, em conversa com D. António Francisco, Bispo de Aveiro.



Presidente da Câmara, Ribau Esteves, e Padre António Maria Borges, antes da cerimónia de trasladação.


Padre Miguel Lencastre, antigo Prior da Gafanha da Nazaré, com Fernando Caçoilo, vereador da CMI, Alfredo Ferreira da Silva, presidente do Etnográfico da Gafanha Nazaré, e Manuel Serra, presidente da Junta.


Cerimónia final, presidida por D. António Francisco, frente ao novo jazigo.


Restos mortais do Prior Sardo vão ser depositados no novo jazigo da paróquia, no cemitério da cidade.


Padres Jeremias Carlos Vechina e José Carlos Vechina, carmelitas e irmãos, sobrinhos de três padres, também irmãos: Padres João Maria, José Maria e Manuel Maria Carlos, já falecidos. 

Reacção a quem lhes dispara à alma


O fotógrafo-assassino

Dinis Manuel Alves


Em 1996, concluída a viagem presidencial de Mário Soares a Luanda, cumprimos meio-dia em S. Tomé.
Passeava tranquilamente com o Jorge Morais, do Tal & Qual, quando vi três vendedeiras do outro lado da rua. Dá um boneco bonito, pensei. Elas adivinharam, espaventaram-se todas de medo sorridente, a tele da minha Nikon lá conseguiu, a custo, registar quatro instantes da fuga ao bombardeio. Sim, que aquilo não é reacção a quem lhes aponta uma máquina de tirar fotos; sim, que aquilo é reacção a quem lhes dispara à alma e que, reza a lenda, a alma lhes rouba, a elas, às africanas, a eles, aos africanos.
Elas fogem, abandonam as bancas, mas fogem sorrindo, sabedoras que fintaram o fotógrafo-predador que lhes tentava capturar a alma.
Diz-se que é coisa de negros, atavismo, coisas mais.
Dizem-no os brancos, que fazem pior, porque estes, alguns destes não fogem, muito menos se riem.
Em Julho de 2010 estive uma hora “sequestrado” numa localidade das cercanias de Coimbra porque um branco lá da terra me barrou a saída, apenas por andar a fotografar. Teve que vir uma patrulha da GNR libertar-me das garras do homem, inquieto por ver um estranho a fotografar pelas ruas de uma aldeia onde não tinha nascido. Na pendência do episódio, disse a quem o quis ouvir que não sabia se eu era para aí um pedófilo, sabe-se lá se amanhã vai violar a minha mulher e malfeitorias congéneres.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Gafanha da Nazaré: Homenagem a um dos fundadores

Prior Sardo


O Prior Sardo é figura incontornável na história dos cem anos da freguesia da Gafanha da Nazaré. Gozou do privilégio de ser filho da nossa gente, irmão na fé e na determinação de quantos contribuíram para o desenvolvimento espiritual e social do nosso povo.
Educador da fé e das verdades proclamadas pela Igreja Católica, foi também político, ao jeito do tempo, lutando pela promoção da comunidade em várias frentes. E se, no dia-a-dia da sua missão pastoral, não esquecia as obrigações de pastor atento e responsável, como autarca procurou trazer a água ao seu moinho.
O Padre Sardo, o sacerdote e o político, mas também o empresário, cedo terá compreendido que a Gafanha da Nazaré, como freguesia e paróquia, só teria a ganhar, ganhando também os gafanhões.
Senhora do seu destino, independente da paróquia e freguesia de São Salvador, pensaria pela sua própria cabeça e poderia projectar-se no futuro escolhendo os caminhos mais acessíveis e delineando os rostos da sua identidade.
Com este carrego de ideias, juntou boas vontades, propagandeou projectos, defendeu princípios e pôs-se à frente de quem queria ser freguês da sua freguesia. E a freguesia nasceu e a paróquia continuou como elemento integrador dum povo.
Em escrito publicado no Boletim das Festas das Bodas de Diamante da Freguesia da Gafanha da Nazaré, o Padre José Fidalgo, sobrinho-neto do Prior Sardo, refere que «A estrutura moral deste sacerdote nota-se, sobretudo, na sua vida de serviço humilde à comunidade e de obediência colaborante ao seu bispo. Quantas dificuldades teve de vencer como capelão desta terra, onde as suas gentes misturavam uma religiosidade primitiva com uma superstição, envolvendo a vida do dia-a-dia! Nomeado pároco, cria um novo estilo de comunidade que vai desde uma catequese de crianças a adultos, de retiros para jovens (particularmente, Filhas de Maria), de pregação da Palavra de Deus em tríduos e semanas.»
E mais adiante, sublinha, a propósito da Pia Baptismal, que ele, «com tanto carinho», adquiriu para a igreja matriz: «Ele mesmo a recebeu em festa quando ela desembarcou ali para os lados da Cale da Vila. Ainda bem que ela hoje se encontra na nossa igreja, no lugar que lhe é próprio…»

FM

In "Gafanha da Nazaré – 100 anos de vida"


NOTA: Amanhã, terça-feira, pelas 18 horas, o corpo do nosso primeiro Prior, Padre João Ferreira Sardo, vai ser trasladado para o jazigo da paróquia, no cemitério local, pelas 18 horas. Estão convidados todos os gafanhões e amigos da Gafanha da Nazaré.

Padre António Maria amanhã na Gafanha da Nazaré

domingo, 29 de agosto de 2010

A Ria de Aveiro precisa de ser mais conhecida

Torreira

MARAVILHAS NATURAIS DE PORTUGAL

Ao olhar para o mapa de Portugal, onde estão registadas algumas Maravilhas Naturais do nosso país, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, fico com pena de não ver ali assinalada a Ria de Aveiro, com todos os seus encantos.
O processo esteve na linha da busca de apoiantes, mas, pelos vistos, não conseguiu votos suficientes, talvez por falta de empenho de todos nós, convencidos que estávamos de que o trabalho é para os outros.
A nossa laguna de águas renovadas maré a maré, com recantos de belezas várias e paisagens multifacetadas, bem merecia ocupar um lugar de destaque no ranking das Maravilhas Naturais de Portugal. Como não ocupa, cabe-nos agora tudo fazer para a tornar mais conhecida e mais atrativa, chamando a si apreciadores que saibam reconhecer o seu valor.
O desafio aqui fica.

FM

NOTA: Com Acordo Ortográfico

Modelismo Náutico


A nossa região alberga no seu seio imensos artistas dedicados ao modelismo, nas suas mais variadas vertentes. Julgo, porém, que o modelismo náutico mantém a primazia, ou não ocupassem lugar de destaque, na memória de muitos, as mais diversas embarcações. Por isso, o 1.º Concurso de Modelismo Náutico, organizado   pelo Museu Marítimo de Ílhavo, tem perfeita oportunidade.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 199

PELO QUINTAL ALÉM – 36



O MILHO



A
António João da Rocha e Maria das Flores
Caríssima/o:

a. Já lá vão uns anos e era uma animação na eira: as espigas, depois de um período de sol, eram malhadas mecanicamente. No quintal havia um espaço amplo onde se semeava o milho. Ainda tentámos a sementeira de milho para pipocas. Nos dias que vão correndo, só um ou outro pé isolado e triste espiga para nosso espanto e regalo.

e. Assim também pela Gafanha onde falar hoje de milho que significado terá?
Naqueles tempos, milho era sinónimo de vida pois, para os afortunados, era com a boroa que se matava a fome! E era todo um ritual a sua sementeira: o semeador tomava o papel principal, mas nada fazia sem a ajuda dos bois (“Os bois mansos!...”; a música, mais suave ou mais incisiva, surgia do canto da passarada ou rompia do rodado do carro...

i. Todos sabemos que o milho pertence ao grupo das angiospérmicas, ou seja produz as sementes no fruto. A planta do milho chega a uma altura de 2,5 metros, embora haja variedades bem mais baixas. O caule tem aparência de bambu, e as juntas estão geralmente a 50 centímetros de distância umas das outras.
A fixação da raiz é relativamente fraca.
A planta do milho é monóica, isto é, possui os dois sexos na mesma planta, separados em inflorescências diferentes.Assim é que possui as flores masculinas na bandeira ou pendão e as femininas nas espigas. A espiga é cilíndrica, e costuma nascer na metade da altura da planta.
Os grãos são do tamanho de ervilhas, e estão dispostos em fileiras regulares presas no caroço, que formam a espiga. Cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos. Dependendo da espécie, os grãos têm cores variadas, podendo ser amarelos, brancos, vermelhos, azuis ...
O milho é basicamente utilizado na alimentação.Na indústria pode ser usado como componente para a fabricação de rebuçados, biscoitos, pães, chocolates, geleias, sorvetes e maionese.
O milho utilizado como silagem é colhido enquanto a planta está verde, e o fruto imaturo.
Em Portugal, a área cultivada é de cerca de 180 000 hectares. Os milhos mais semeados são os híbridos, representando cerca de 71,4 % da área global da cultura.

sábado, 28 de agosto de 2010

O futuro passa pelas energias renováveis





O MUNDO CONVERGENTE

Se a globalização tem sido, segundo alguns, responsável por escavar um fosso cada vez mais fundo entre desenvolvimento e subdesenvolvimento, não é menos verdade que, ao mesmo tempo, oferece novas hipóteses de o diminuir. Chew Magna, uma aldeia no sudoeste de Inglaterra apostou em explorar essas potencialidades do mundo globalizado ao avançar para uma solução de convergência que procura um ponto de equilíbrio energético à escala global. Surpreendentemente, começou pelos antípodas.
Texto: Sónia Ramalho e Sofia Teixeira

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Religião e (in)felicidade



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S. Paio da Torreira





O convite para me deslocar à Murtosa, tendo em mira associar-me às tradicionais Festas em Honra do S. Paio, veio há dias. Gostaria de poder corresponder ao convite do meu amigo Manuel, mas não posso. A razão é simples: a agitação fora do comum perturba-me um pouco; fico cansado depressa. Coisas da idade, penso eu.
Pela festa do S. Paio passei alguma vezes, quando vivia férias em Pardilhó. Mas antes, fui lá uma vez com dois amigos, o Manuel e o Diamantino. Levámos tenda para dormir, quando viesse o sono, e farnel. Depois de passarmos para o lado de S. Jacinto, seguimos de motorizada até à Torreira.
O S. Paio é santo mais popular daquelas bandas, a que se associa, nem sei bem porquê, o vinho tinto...
Das peripécias dessa peregrinação já recordo pouco. Sei que pedimos autorização a um senhor para acampar no pinhal que circundava a sua vivenda, mas o "não" foi perentório
Sei, no entanto, que há quem continue a reviver, ano após ano, as tradições ligadas ao S. Paio. E desejo, por isso, que sejam todos muito felizes nos dias festivos que se aproximam.

Pode ver o programa aqui

Nota: Com Acordo Ortográfico