quinta-feira, 2 de julho de 2009

Preocupante onda de assaltos

Esta insegurança é um ponto de chegada
infeliz das liberdades que urge educar/agir?
1. Sabe-se que a segurança não tem sido um emblema maior dos tempos que correm. Quem passa de modo leve os olhos pela imprensa da região apercebe-se de uma onda de insegurança e criminalidade que assusta, mesmo para quem procura gerir o espaço público como lugar onde importa acima de tudo manter a serenidade. Os índices de assaltos têm crescido fortemente, e este é também um dos reflexos duros da crise social em situações onde está em causa a sobrevivência despertadora da insegurança do “salve-se quem puder”. Nestas circunstâncias, quanto maior for a permeabilidade das habitações ou a idade dos seus habitantes pior poderá ser a vulnerabilidade ao crime.
2. Uma cultura avassaladora de notícias “assaltadoras” da dignidade humana e de uma sociedade pacífica é continuamente “ensinada” pelos grandes poderes da comunicação. Veja-se a violência criminosa que perpassa no mundo dos cinemas e das notícias. Por vezes, tanto se denuncia e anuncia a criminalidade que se generaliza o seu hábito e mesmo se explica os procedimentos. Lembramo-nos, há alguns anos, de uma gigante onda de assaltos a espaços de religiosidade para os lados de Braga. Juntava-se a vulnerabilidade física e idade avançada dos zeladores desses patrimónios com a riqueza histórica apetecível aos olhares criminosos. Preocupante este rasto que pareceu não parar…
3. Recentemente os Padres de Águeda lançaram ao Governo Civil uma Petição pelo reforço da Segurança nos templos religiosos, destacando-se «seguramente mais de cem assaltos» nos últimos tempos. As populações, inseguras, estão indignadas, a gestão do património assume-se como um dever, a insegurança de pessoas ergue-se como um imperativo. Torna-se claro, nessa importante e alertadora petição pública, que as “palavras” até agora não têm dado frutos e que é urgente uma intervenção explícita no reforço de efectivos… Esta insegurança é um ponto de chegada infeliz das liberdades que urge educar/agir?
Alexandre Cruz

GEGN: Entrevista com Alfredo Ferreira da Silva


Os trajes são de gente simples,
porque a Gafanha nunca foi terra de fidalgos


No próximo dia 11 de Julho, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) vai realizar o seu XXVI Festival Nacional de Folclore, com a participação de cinco grupos. Esta iniciativa, que tem sido, ao longo de 26 anos, a mais expressiva, ao nível da cultura popular, levada a cabo pelo grupo, mostra à evidência a vitalidade desta associação, ostentando garantias de continuidade, pela força da juventude que a integra. 
Nasceu a partir de uma festa de final do ano catequético da nossa paróquia, registando a história o dia 1 de Setembro de 1983 como data de fundação. Assume em 11 de Julho de 1986, por escritura pública, a sua existência legal. Desde a primeira hora, tem sido, sem dúvida, um extraordinário baluarte da cultura da região e um grande embaixador da Gafanha da Nazaré, quer no País, quer no estrangeiro.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Igreja de Fátima ganha «Nobel» da Engenharia

Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima
Galardão «Outstanding Structure»
é atribuído pela Associação Internacional
de Pontes e Estruturas
A igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, vai receber o galardão «Outstanding Structure», atribuído pela Associação Internacional de Pontes e Estruturas (IABSE), que junta 4 mil membros de 100 países e é considerado como o Nobel da Engenharia Civil. A cerimónia de entrega do prémio a José Mota Freitas, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e à sua equipa terá lugar a 9 de Setembro, na cerimónia de abertura do 33.º Congresso da IABSE, em Banguecoque. Inaugurada a 13 de Outubro de 2007, com projecto do arquitecto grego Alexandros Tombazis, esta obra distingue-se pela complexidade, em termos de projecto de execução no âmbito da Engenharia Civil. Incorpora diversos materiais e procura responder a exigências particulares de acústica e iluminação.
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A humanização dos serviços

1. Serviços, significará estar para “servir”. A grandeza desta palavra envolve toda uma disponibilidade aberta sempre às novas situações mas que não abdique da necessária atenção à responsabilidade de todos. Dizer serviços e acrescentar-lhe como critério de qualidade a ideia de “Humanização” já será sinal de que poderão existir serviços não humanizados de tão técnicos ou frios que poderão ser. Não se duvida que a sociedade tecnológica actual acresce aos procedimentos tecnocráticos um conjunto vastíssimo de obrigações sem as quais a desejada qualidade não se atinge. Mas a fronteira pode ser ténue e resvalar para uma certa tecnocracia que orientaria a relação humana mais pela técnica que pela Humanidade. Esta é uma das questões de fundo, que vai sendo tanto mais premente quanto menos as Humanidades forem tendo lugar nos planos de estudos.
2. Em múltiplos níveis de formação e informação em instituições que acolhem gentes, profissionais, visitantes ou residentes, a bitola da qualidade que se procura conduz com toda a certeza a este referencial da humanização dos serviços. Isto é, após delimitadas na generalidade as competências erguer-se-á a capacidade de harmonizar as fronteiras das cooperações por forma a que não seja o rigorismo seco, burocrático e de menoridade a presidir às acções mas também de modo a não haver o desleixo de uns que compromete o projecto de todos. Não se duvida que aqui estamos no patamar das formações humanas, da ética diária e andante, da noção de responsabilidade dócil que anseia por incluir e integrar diluindo as areias da engrenagem, e não pela procura da agulha no palheiro que divide gerando o mau estar que a todos deixa mal.
3. A habilidade da gestão de recursos humanos, estudada nos tempos da tecnologia e do imprescindível rigor que deve primar as instituições tem de saber conviver com a alegria de viver e de dar sentido à vida e às relações humanas. Estas, sempre, mesmo que com todos os computadores do mundo, serão o maior segredo!
Alexandre Cruz

Férias em tempo de crise: Como eram as férias dos nossos avós?

Tenho andado para aqui a escrever um pouco sobre férias em tempo de crise, como se através dos tempos toda a gente pudesse gozar um período, mais ou menos certo, sobretudo no Verão, sem as normais preocupações profissionais. Claro que os nossos avós estavam longe de poder beneficiar delas, como nós hoje as temos. Mas será que todos os portugueses podem, actualmente, gozar férias? Tenho a certeza de que não.
No jornal i pode ficar com uma ideia, embora o jornalista António Mendes Nunes se refira, apenas, às férias dos lisboetas. Já agora, desafio os meus leitores a avançarem com as suas achegas sobre as férias de antanho... Quem quer ou pode dar uma ajudinha?

Descoberta a mais antiga imagem de S. Paulo

São Paulo A efígie apresenta os traços característicos
do apóstolo, já conhecidos de outras representações
O Vaticano anunciou a descoberta de um fresco do século IV que retrata S. Paulo, tendo afirmado que se trata da imagem mais antiga que se conhece do apóstolo. A notícia foi divulgada no dia de encerramento do Ano Paulino. De acordo com o jornal "L'Osservatore Romano", a pintura foi descoberta em Roma, a 19 de Junho, durante o restauro da catacumba de Santa Tecla, a poucos metros da Basílica de São Paulo Extra-Muros. A base da imagem é constituída por um círculo vermelho, de tonalidade forte, como os frescos típicos da antiga Pompeia. Uma faixa amarela delimita o conjunto. A pintura retrata um rosto magro e comprido, com barba escura e fina na ponta, cabeça calva, nariz grande e olhos expressivos, com ar pensativo. A efígie apresenta os traços característicos do apóstolo, já conhecidos de outras representações. O conjunto de frescos em que se insere o rosto de S. Paulo foi encontrado num antigo cemitério cristão, no tecto de uma pequena parte da catacumba que tinha ficado enterrada durante séculos. Segundo os arqueólogos, a figura foi escolhida para proteger os mortos da família, cujos túmulos estavam no local. O achado ocorreu mais de um ano depois do início das obras de restauro, coordenadas pela Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, que classificou a descoberta como "sensacional". Os técnicos recorreram a equipamento laser, já que o tradicional sistema de limpeza mecânico não foi suficiente para retirar as camadas de argila e garantir a conservação dos frescos, considerados de alta qualidade. As pinturas agora descobertas retratam outros personagens, como S. Pedro. In Ecclesia

Crónica de um Professor: Encerramento do ano lectivo – Sarau

Sarau animado
Momentos bem passados
envolveram toda a comunidade escolar
Para encerrar o ano lectivo de forma agradável e fazer uma pequena demonstração do que se “produz” na empresa, decorreu o sarau do AEGE (Grupo de Escolas da Gafanha da Encarnação), no dia 26 de Junho pelas 21:30, no CCI. Foi uma pequena mostra do muito que se produziu e em que estiveram em destaque os talentos, as habilidades, em suma, todas as aprendizagens que os alunos desta Escola levaram a cabo, ao longo de todo um ano de trabalho. E, para calar as más línguas daqueles que se fartam de apregoar aos quatro ventos, que os professores nada fazem e se fartam de ter férias, lá esteve bem visível o resultado de tantas horas de intensivo trabalho, na preparação, ensaio e aperfeiçoamento de todos os números que integraram o show! Foi de facto para quem quis ver e o auditório estava à pinha, uma clara exibição de talentos, em que cada um, consoante as suas características próprias, fez jus ao esforço e empenhamento dos seus professores. Houve de tudo à mistura, numa convivência ecléctica de capacidades, dotes inatos e muito, muito esforço de perseverança e vontade de evoluir, em suma, de crescer em todas as dimensões e não só na altura! Houve teatro e foi levada à cena uma peça do grande Shakespeare, tão grata à teacher que estudou em profundidade o dramaturgo, na sua formação académica; Midsummer night’s dream com um elenco de luxo, mas de palmo e meio, encantou os espectadores pela riqueza cénica dos adereços, da indumentária dos pequenos actores que levaram tão a sério os seus papéis particulares, pelas novas tecnologias postas ao serviço da arte cénica destes alunos, quiçá, aspirantes a actores! A Escola com essa vertente no seu curriculum é um alfobre de vocações que desabrocham e aí encontram o terreno fértil e propício ao seu crescimento! Estiveram à altura do mestre que os inspirou e daqueles que lhes deram formação, na Oficina de Teatro! Estão de parabéns os alunos da E.B.2/3 da Gafanha da Encarnação. Os aplausos efusivos da assistência foram disso bem representativos! E... a peça é liiiiiiiiindaaaaa! Houve também quem cantasse temas de artistas consagrados como a Adelaide Ferreira e o que é verdadeiramente espantoso é como aqueles alunos que revelam algumas dificuldades ao nível da aquisição de conhecimentos teóricos, revelaram que no fundo, há sempre alguma coisa em que se é muito bom! Assim aconteceu com alunos que cantaram e encantaram a assistência; esta rejubilava com a representação que mais parecia uma Chuva de Estrelas! E foram-no, na verdade, pois o que fizeram é digno de gente grande! À mistura com o teatro e a música instrumental e cantada, houve momentos de magia! Um aluno, orientado pelo Director da Escola (Honra seja feita a quem consegue neste mundo cão, inventar tempo e disponibilidade para a magia!) seguiu as pisadas do nosso grande Luís de Matos, ou até do internacional David Copperfield e iludiu a audiência! Tem jeito para mago, aquele petiz! Encantou de verdade e arrancou tamanha ovação que revelou o quanto as pessoas gostam de sonhar! Faz bem, à alma, a magia! Como figura de proa da locução/apresentação do espectáculo, destacou-se o Julinho, já referido e homenageado no blog. Ao lado da sua teacher cessante, apresentou alternadamente com ela, todo o programa, numa pose de experiente locutor! O detentor do título de Gentleman, merecidamente atribuído, teve a postura de um verdadeiro adulto. No final, todos partiram com a sensação do dever cumprido e o cheirinho das tão desejadas férias de Verão, depois de uns momentos bem passados que envolveram toda a comunidade escolar.
M.ª Donzília Almeida 30.06.07