quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um poema de Domingos Cardoso

Sorriso Naquele fim de tarde tu não viste Nascer a madrugada no meu peito E, se o mundo era belo e tão perfeito, Tive o sol na mão, quando me sorriste. Foi sorriso tão doce que resiste Ao vil correr do tempo e ao seu efeito E então, de alma curvada eu rendo preito Ao amor que, entre nós, ainda existe. Mas Deus, que quer consigo quem Ele ama, Levou-te do calor da nossa cama Que, sem ti, ficou seca de alegrias. Abriga-te num Céu sem dor ou penas Mas, sofrendo e descrente, eu sei apenas Que Jazemos os dois em campas frias. Domingos Freire Cardoso

Papa convida a uma convivência pacífica na Terra Santa

Bento XVI dedica dia à cidade de Nazaré, centrado na comunidade cristã
Bento XVI visita esta Quinta-feira a cidade de Nazaré, na Galileia, que os Evangelhos identificam como a terra de Jesus. Neste lugar simbólico para a comunidade cristã, o Papa deixou apelos em favor de uma “convivência pacífica” entre os fiéis das várias religiões. “Nazaré sentiu, em anos recentes, tensões que feriram as comunidades muçulmana e cristã. Insto as pessoas de boa vontade de ambas as comunidades a repararem o mal cometido e, fiéis à sua crença comum em Deus, Pai da família humana, actuarem para construir pontes e para encontrar caminhos de convivência pacífica”, disse na homilia da Missa celebrado no Monte do precipício. “Que todos ponham de lado o poder destrutivo do ódio e dos preconceitos, que ainda antes de matar o corpo, mata a alma”, acrescentou, perante cerca de 40 mil fiéis. Em Nazaré, o Papa terá esta tarde um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, e visitará vários locais ligados à vida de Jesus.
Fonte: Ecclesia

Peregrinação

Nesta época do ano, Maio, mês dos lírios e das rosas e de tantas flores multicores, depara a nossa vista, para além da beleza que os jardins nos oferecem, com um outro espectáculo sazonal – ranchos de peregrinos que calcorreiam as nossas estradas, de mochila às costas e a alma cheia de devoção. São os peregrinos portugueses que se dirigem a Fátima para a 1ª grande peregrinação, do ano, a Nossa Senhora. Desde os princípios do século passado, que esta localidade, na serra de Aire, acolhe milhares de forasteiros, vindos dos mais recônditos lugares do país e estrangeiro. Movidos todos pela fé que move montanhas, segundo a Bíblia, percorrem distâncias enormes, fazendo sacrifícios, às vezes sobre-humanos... em súplica ou gratidão à mãe de Jesus. É, na verdade, comovente ver com que desprendimento, as pessoas abandonam temporariamente os seus afazeres para cumprir promessas ou simplesmente dar graças por algum benefício concedido. Durante toda a minha vida, me debrucei sobre esta questão. Nunca tive a coragem de me pôr ao caminho e querer alcançar uma graça que muito desejasse... a Providência dá-nos aquilo de que precisamos para nos realizarmos e o que no fundo é o melhor para nós. A única peregrinação que fiz foi ao local onde a Nª Sra deu à luz o seu filho e onde Este percorreu as estações duma jornada que viria a ser considerada santa – a via-sacra. Aí, sim, experimentei o peso de uma cruz de madeira que os peregrinos carregaram, por uns instantes. Eram muitos e a cada um cabia só uma fracção de tempo, para que todos comungassem no espírito desta via-sacra dos tempos modernos e deste circuito turístico. Imitando a cena bíblica em que Jesus foi ajudado pelo Cireneu, também, ali, na Palestina, eu “carreguei” o madeiro, com uma pessoa amiga... Ali, tive a ajuda de alguém, ao contrário do que muitas vezes acontece na nossa terra natal, em que nem sempre há uma alma caridosa que dê um jeitinho a aliviar o peso da nossa “cruz”. No final dos escassos minutos em que a transportei, saiu-me espontaneamente esta constatação: Aqui, na Terra Santa, esta cruz é tão leve… parece uma peninha... Lá em Portugal... ui... aí é bem mais pesada! Claro que naquele circuito, na Terra Santa, os agentes turísticos conservaram o simbolismo religioso nas cerimónias vivenciadas, mas encomendaram uma cruz de madeira, grande sim, com espectacularidade, mas simplesmente oca, cheia de ar... por dentro! E... foi esta a única peregrinação em que participei com espírito devoto, de sã camaradagem e sobretudo pela alegria de poder vivenciar as agradáveis sensações de percorrer os locais onde o meu Modelo assinalou a sua passagem. E... para cumular de sentido esta minha viagem às origens, senti nascer-me uma alma nova, uma nova vida se iniciou ali! Fui “baptizada” no rio Jordão, tal como todos os outros companheiros de viagem, numa brincadeira simbólica, em que o padre alinhou; baixámos a cabeça, ajoelhámos nas águas correntes e mornas do rio Jordão e, num misto de religiosidade e desportivismo, o prelado aspergiu-nos com essa bendita água, quando por lá passávamos no nosso périplo por terras de Israel. As temperaturas elevadíssimas que se faziam sentir depressa secaram as vestes encharcadas, daquele banho de águas santas! Ninguém se constipou! Graças a Deus! Ainda hoje, recordo com alguma nostalgia os momentos agradáveis que passei numa terra conturbada, mas em que não senti o mínimo de hostilidade. Com alguma ousadia e muito atrevimento, inquiri a um Palestiniano, na zona oriental de Jerusalém, se eles se davam bem com os vizinhos Israelitas! Foi surpreendente a resposta! Eles dão-se muito bem... os responsáveis pelos conflitos armados... são os Chefes! Sentia-se ali, bem presente, o espírito pacífico, conciliador e humanista dum grande Homem, por quem tenho o maior respeito e veneração – Jesus – do qual herdei, generosamente, o nome!
M.ª Donzília Almeida

Alunos dão aulas de socorrismo na Secundária da Gafanha da Nazaré

Na Secundária da Gafanha da Nazaré segundo notícia lida no Diário de Aveiro, alunos elucidam colegas e funcionários sobre socorrismo. São eles Pedro Matos, Rafael Santos, João Monteiro e José Figueira, do 12.o ano da Secundária da Gafanha da Nazaré. O trabalho insere-se no âmbito da disciplina Área de Projecto.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PAPA em Belém

Bento XVI defende Estado palestino
e pede fim do embargo em Gaza
Bento XVI chegou esta manhã a Belém, na Cisjordânia, onde voltou a defender a existência de um Estado palestino. O Papa foi acolhido no palácio presidencial da autoridade palestina. Junto de Mahmoud Abbas, que denunciou a "ocupação israelita", Bento XVI manifestou o seu apoio ao estabelecimento de uma "pátria palestina soberana" e assegurou aos habitantes de Gaza a sua solidariedade. “A Santa Sé apoia o direito do seu povo a uma pátria palestina soberana, na terra dos vossos antepassados, segura e em paz com os seus vizinhos, dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente”, disse a Abbas. O Papa pediu ainda aos palestinos que resistam à tentação do terrorismo. Em seguida, deslocou-se para a Praça da Manjedoura, onde presidiu a uma Missa nesta cidade, 10 quilómetros a sudeste de Jerusalém. O sítio principal em Belém é a Igreja da Natividade, situada na referida Praça e construída sobre a gruta onde Jesus nasceu. Na sua homilia, Bento XVI expressou pesar pelos sofrimentos das famílias e comunidades que perderam entes queridos no conflito e enfrentam dificuldades quotidianas.
Fonte: Ecclesia

Rádio Terra Nova: a sua história não pode ficar esquecida

Mesmo fora da Gafanha da Nazaré, terra que me viu nascer há décadas, não esqueço as suas gentes e instituições. Há dias lembrei-me da Rádio Terra Nova, uma emissora que vive, desde a primeira hora, para servir o povo, sobretudo o sem voz nem vez. Vai daí, fui à cata da sua história e encontrei este texto, publicado no Timoneiro, escrito pela Maria do Céu, à altura a trabalhar na Terra Nova. Tinha ela, como ainda tem, uma voz inconfundível, quer pelo timbre, quer pelo ritmo e dinâmica expressiva, que impunha ao que lia ou dizia. Leia aqui o que a Maria do Céu escreveu, em 1989.
FM

Bairro da Bela Vista: Lição para todos nós

O que eu vou dizer é óbvio. Toda a gente conhece a teoria. A prática é que é um problema. Segregar é sempre um convite à revolta, à violência. O Bairro da Bela Vista, igual a tantos outros no nosso País (fala-se em 50), está a dar-nos lições, com vista a um futuro mais justo e mais solidário. A ideia de arrumar num canto da cidade minorias étnicas, desempregados, famílias de baixos recursos, estrangeiros, desadaptados e parecidos não resulta. Nunca resultou. Os guetos são sempre focos de desconforto, de insatisfação, de contestação, de revolta e de violência. Ninguém gosta de ser segregado. Ser segregado é ser marginalizado. A segregação leva inevitavelmente à criminalidade e à guerra. E se tudo isto é verdade, por que razão se teima em construir bairros para neles se encaixotarem os desprotegidos da sorte? Todos sabem que bairros para minorias não dão bons resultados. Então, por que motivo se insiste nisso? Não seria melhor integrá-los como pessoas normais? Julgo que sim. E agora? Repressão? O ideal não será dar condições de vida dignas a tanta gente do bairro? Criar instituições com os habitantes e para eles? Os sociólogos, psicólogos, técnicos sociais e políticos já devem estar em campo. Ficamos a aguardar as melhores soluções. Fernando Martins

O Segredo de Fátima

À medida que o tempo passa, acredito mais no Segredo de Fátima. Nesse Segredo que desassossega, que nos arranca de casa, dos livros, da cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu acredito num «não sei quê» que esse Segredo derrama em nós: uma porção de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projetos e fecundos os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre frágil Esperança. À medida que o tempo passa, vou conhecendo pessoas cujo tesouro interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas. Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da Judeia, de nome Maria. Que têm os peregrinos de Fátima? Têm o vento por asas e a lonjura por canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida. Gosto dessa frase de Vitorino Nemésio que diz: “em Fátima, a Humanidade inteira passou a valer mais”. Gosto, porque nos caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante. José Tolentino Mendonça

terça-feira, 12 de maio de 2009

O melhor lugar para se avistar o Cristo-Rei

Diz-se, no Brasil, que «ser carioca é… procurar em cada janela se há uma vista para o Cristo que está no monte». Facto que uma conhecida canção de Tom Jobim dedilha assim: «Muita calma pra pensar/ e ter tempo pra sonhar,/ da janela vejo o Corcovado, o Redentor, / que lindo!». Talvez ainda não se tenha conseguido, em Lisboa ou Setúbal, a mesma centralidade afectiva e simbólica que a imagem de Cristo-Rei conhece do outro lado do oceano. Ela ali funciona como ícone de força indesmentível! Mas há 50 anos que, entre nós, o Cristo-Rei se avista (e nos avista). E as comemorações que, esta semana, a Igreja portuguesa promove, dão que pensar. O Cristo-Rei, plantado junto do Tejo, surge-nos desde muito longe na paisagem, e podemos fazer quilómetros e quilómetros com ele no horizonte. Calculamos por ele a distância que nos separa do nosso destino, e esse facto tem ressonâncias que não são apenas geográficas e exteriores. Olhamos e o tempo parece mais interior e lento. A imagem de Cristo está ali. Os seus braços abertos ensinam-nos pacientemente uma largueza que ainda não temos e uma arte do acolhimento que as nossas gramáticas soletram com dificuldade. Mas o seu gesto constitui, só por si, uma alavanca da nossa realidade. Reabilita as histórias que escrevemos, empresta-lhes uma intensidade súbita, um toque divino. Podemos estar sempre a vê-lo duma janela de casa, do corredor envidraçado do prédio onde trabalhamos, do alto da rua que entra nas nossas rotinas. Ou ao contrário: podemos só avistá-lo ao longe, ou de quando em quando, se nos calha andar por certos lados. Mas se perguntarmos: «qual é o melhor lugar para avistar o Cristo-Rei?», apercebemo-nos depressa que o lugar ideal, o que oferece um retrato mais fiel é sempre o coração humano. É verdade que há miradouros notáveis e horas e estações mais privilegiadas do que outras. Mas o essencial é invisível aos olhos. E o Cristo-Rei pede-nos para ser visto com o coração! José Tolentino Mendonça

Precisamos de deputados em exclusividade

Anda por aí muita gente enfurecida contra a ideia de os deputados da nossa Assembleia da República não poderem acumular com as suas profissões. A proposta avançou agora com o Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que não gosta de ver os deputados-advogados ou advogados-deputados ligados a uma e a outra actividade. Acha que são tarefas incompatíveis. Também acho. Quem se dispõe a servir o povo deve pôr tudo de lado, ficando, exclusivamente, com a tarefa para a qual foi eleito. Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Ou se está num lado ou no outro. Com a cabeça no Parlamento, não é possível estar a pensar em questões profissionais. E se está a pensar nos clientes, não pode estar a servir, em pleno, a causa pública. Sei que há quem pense que sim, obviamente por conveniência. Não vejo o Presidente da República e o primeiro-ministro a acumularem. O mesmo se diga dos ministros. Dir-me-ão que não têm tempo para isso. Também os deputados, sejam eles advogados, médicos, engenheiros ou arquitectos, jornalistas ou professores, deviam deixar tudo para servir a sociedade, em espírito de missão, que é muito nobre. Este princípio aplica-se, naturalmente, aos presidentes de Câmara, Governadores Civil, presidente da Assembleia da República, Magistrados, etc. Um deputado dizia há anos que tinha responsabilidades profissionais que não podia abandonar. Que não abandonasse, estava bem de ver. Não faltaria nem faltará quem esteja disponível para assumir em pleno os cargos políticos ou públicos, de relevante interesse nacional. Agora, isso de quererem estar em vários sítios ao mesmo tempo, é que não. Não há por aí tanta gente desempregada e à espera de um único posto de trabalho? Fernando Martins

Aveiro celebra Santa Joana, padroeira da cidade e diocese

O POVO DE AVEIRO  JÁ CANONIZOU A BEATA PRINCESA 

Tenho para mim que o povo nem sempre segue o Vaticano, quando o Santo Padre canoniza um cristão ou uma cristã, para nos servirem de exemplo. Com frequência deparamos com situações interessantes, que demonstram que o povo tem as suas razões e intuições, ao “declarar” quem são os seus predilectos no seio de Deus. E a Igreja, atenta à acção do Espírito no Povo de Deus, não deixará de canonizar os que foram escolhidos pelos crentes. Mas às vezes demora. Ainda espero, por isso, que a Beata Joana, Princesa de Portugal, venha a ser canonizada pela Igreja, porque em verdade já o foi pelo povo aveirense. 
Aveiro está hoje em festa. A partida para o seio de Deus da Princesa Joana, como cremos, aconteceu a 12 de Maio de 1490, como reza a história. Tinha apenas 38 anos de idade. Foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII. Como é padroeira da cidade, a autarquia engalana-se e promove diversos festejo. Os discursos políticos, tenham eles as cores que tiverem, não ignoram o exemplo da filha de D. Afonso V, que escolheu um modestíssimo convento dominicano de Aveiro para viver, sem esquecer os mais desvalidos da sorte, que a laguna aveirense mais desvalidos tornava, com as suas águas apodrecidas. 
Diz a lenda que o seu féretro, ao passar pelos claustros do convento, a caminho da sepultura, contemplou a tristeza das flores que se deixaram cair em homenagem à princesa. O povo, que ela tantas vezes socorreu, em horas de dor, decerto também chorou a sua benfeitora. Hoje, como todos os anos, as ruas da cidade mostraram quanto Aveiro gosta da sua Joana. 
A Irmandade, que tem o seu nome, continua a valorizar o culto a Santa Joana. E o povo agradece, enchendo as ruas para a ver no andor e nos rostos de crentes que vestem os trajes com uma dignidade notória. Depois, no final da procissão, o seu túmulo, com os restos da Princesa, volta a ficar rodeado de devotos. Em silêncio. Apenas podemos adivinhar as conversas entre eles e a Santa Princesa. 


Fernando Martins

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Peregrinação a Fátima: 12 e 13 de Maio

Peregrino
Amanhã e no dia a seguir vamos ter momentos altos na Cova da Iria. Para os crentes e devotos de Nossa Senhora de Fátima e também para muitos que nada têm a ver com a frequência da missa dominical. Nossa Senhora, afinal, guarda estes segredos que suscitam devoção mesmo entre os que nada querem, ou querem muito pouco, com o culto católico. Durante dias, pude ver peregrinos que caminhavam em direcção a Fátima, com pés doridos e rostos cansados. As bermas das estradas testemunham a fé de milhares de pessoas, nem sempre compreendidas pelo comum dos mortais. Há, realmente, forças que se manifestam para além do entendimento humano. Peregrinações de todos os quadrantes de Portugal e muitas do estrangeiro. Orações fervorosas sem respeitos humanos, promessas capazes de levar joelhos a sangrarem, lágrimas de agradecimento que comovem. Olho tudo isto com muita compreensão. Que Nossa Senhora então os receba com todo o carinho de Mãe, ou ouça e os ajude a enfrentarem as suas dificuldades com coragem e determinação. São os meus votos. É que Ela, decerto, não vai substituir-nos nas nossas obrigações de lutar pelo nosso futuro. Mas poderá "aconselhar-nos" os melhores caminhos, que são os caminhos da verdade, da justiça social, da fraternidade, da paz e do amor! FM

Uma ideia para Portugal. Cuidados Paliativos

“Cuidados Paliativos acessíveis a toda a população! Existem apenas 17 equipas de Cuidados Paliativos em Portugal e precisávamos, de pelo menos 100, para assistir um universo de cerca de 200 mil pessoas. O sofrimento provocado pela doença grave, progressiva, incurável ou terminal tem sempre impacto nas famílias.”
Laurinda Alves
Citada pelo novo jornal i

Conferências Primavera na Gafanha da Nazaré

Da pobreza à esperança: responsabilidade social
Reflectir sobre pobreza, esperança e responsabilidade social é uma urgência em tempo de crise. Para ajudar nessa reflexão, a paróquia da Gafanha da Nazaré convidou um especialista na matéria, Alfredo Bruto da Costa, que merece escutado. Não é todos os dias que uma autoridade em assuntos de pobreza se desloca à nossa terra. Na quinta-feira, 14 de Maio, pelas 21 horas, no salão Mãe do Redentor, com entrada livre. Haverá, a abrir, um momento musical.

Bento XVI já está em Israel para uma visita histórica

Bento XVI chegou esta Segunda-feira ao areporto de Telavive, Israel, onde foi recebido pelo presidente israelita, Shimon Peres, e pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O Papa apelou a uma reconciliação entre israelitas e palestinianos que permita a cada povo “viver em paz no respectivo país”. Bento XVI fez votos para que “reais progressos de paz e estabilidade” possam ser conseguidos e destacou o papel que as famílias têm enquanto “veículos de paz”. "Rezo para que todos os responsáveis que considerem o caminho para uma justa resolução das dificuldades, para que ambos os povos possam viver em paz nos seus respectivos países, com fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente", pediu. “Rezo por paz e reconciliação”, assumiu. Bento XVI afirmou ainda que o “anti-semitismo é totalmente inaceitável”.
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domingo, 10 de maio de 2009

Papa destaca coragem dos cristãos na Terra Santa

Missa na Jordânia
Bento XVI presidiu este Domingo a uma Missa no Estádio Internacional de Amã, o maior evento da sua viagem à Jordânia, iniciada no passado dia 8. O Papa deixou uma palavra de encorajamento à comunidade cristã da Terra Santa, que desafiou a “construir novas pontes com pessoas de diferentes religiões e culturas”, e destacou o carisma particular das mulheres na Igreja. "Quanto deve a Igreja nestas terras ao testemunho de fé e de amor de inúmeras mães cristãs, freiras, educadoras e enfermeiras, de todas aquelas mulheres que, de diferentes maneiras, dedicaram sua vida à construção da paz e à promoção do amor”, indicou, na homilia da celebração. Diante de 50 mil pessoas oriundas da Jordânia e de comunidades cristãs dos países vizinhos, inclusive do Iraque, o Papa admitiu que esta dignidade e esta missão das mulheres nem sempre foram inteiramente “compreendidas e estimadas”. Apesar disso, acrescentou, “é com o testemunho público de respeito pelas mulheres que a Igreja na Terra Santa pode dar uma importante contribuição ao desenvolvimento de uma cultura de verdadeira humanidade e à construção da civilização do amor”. Aos presentes, Bento XVI disse que “a comunidade católica está aqui profundamente tocada pelas dificuldades e incertezas que afligem todos os habitantes do Médio Oriente. Nunca se esqueçam da grande dignidade que deriva da sua herança cristã". O Papa falou da rica diversidade da Igreja Católica na Terra Santa e lembrando a sua visita ao Monte Nebo, disse que rezou para que a Igreja nestas terras “possa ser confirmada na esperança e fortificada no seu testemunho ao Cristo Ressuscitado, o Salvador da humanidade”.
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Eleições Europeias

Depois queixem-se
Um mês das Europeias, já em plena campanha eleitoral, sinto que os portugueses, na sua grande maioria, estão divorciados do assunto. Não por culpa própria, mas por culpa dos partidos políticos, mais preocupados com os problemas internos e com as guerrilhas entre eles do que com os esclarecimentos de que o povo precisa. Há realmente democracia na Europa? Os deputados europeus são mesmo a expressão daqueles que representam? As leis dimanadas da Europa serão elaboradas pelos parlamentares? Quem elege os membros da Comissão europeia? E os diversos tecnocratas que decidem tudo nos gabinetes, ignorando muitas vezes as realidades dos Estados-Membros? Podia continuar a enumerar questões que põem em dúvida a democraticidade genuína da UE. O povo está a leste disto tudo. Em Portugal, habituou-se à ideia de a UE apenas tem servido para injectar dinheiro em economias débeis. Mas isso terá de acabar um dia. Entretanto, os nossos partidos, sobretudo os com assento na Assembleia da República, estão mais interessados em capitalizar dividendos para as eleições internas. Até que um dia o povo resolva virar-lhes as costas com a abstenção em massa. Depois queixem-se. Fernando Martins

Aveiro Direitos Humanos

Mendes Leite
1. Um conjunto de entidades locais parceiras da Plataforma Aveiro Direitos Humanos, despertadas pelo enquadramento de convite CMA Aveiro 250 anos, levam a efeito na segunda quinzena de Maio, um programa social e cultural que procura ser sensibilização alargada para todos. Motiva a iniciativa tanto a dinâmica de continuação de reflexão e acção gerada e lançada publicamente quando dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10 de Dezembro 2008), como a efeméride de um Aveirense Ilustre, Manuel José Mendes Leite (grande lutador contra a pena de morte…), que celebra neste 18 de Maio os 200 anos de nascimento, personalidade que merecerá destaque na tarde desse dia 18 de Maio (também dia internacional dos Museus), com Sessão solene no Edifício da Assembleia Municipal (18.30h). 2. Um roteiro de iniciativas percorrerá a cidade em diversos locais e com variadas temáticas que são o desdobramento do espírito da declaração universal. De 15 a 29 de Maio, num programa que poderá ser seguido no blog http://aveirodh.wordpress.com/ , os convites à reflexão e acção estão lançados a todos. Uma noção de direitos humanos como «responsabilidades humanas», estas que aliam os direitos aos deveres, será o eixo que percorre o programa. A situação actual, nas conjunturas várias, do social ao político, das visões culturas a uma sociedade civil mais interventiva, e também diante do cenário da crise e pobreza emergentes justificam um interesse generalizado de quem procura gerar o empreendimento que passe do diagnóstico à acção. 3. A Plataforma Aveiro DH, caminhando numa flexibilidade que nunca atrofie a frescura da criatividade, num processo que de meio em meio ano vai tendo visibilidade pública programática, consta nesta AGENDA DH Maio 2009 de 16 entidades que actuam na área transversal dos DH. A consciência de que o trabalho em rede é sinal social. Participamos!
Alexandre Cruz

Catecismos ou roteiros?

“Em vez de catecismos, são indispensáveis roteiros culturais e espirituais para encaminhar com esperança no seio da família, na escola, na profissão, na política, no lazer e para formar comunidades de vida. No cristianismo, o divino e o humano só podem andar juntos. A busca de orientação e de sentido é tão antiga como a vida humana. Dela nasceram religiões e filosofias. A razão, porém, não é tudo nem a única instância. Também acreditamos em Deus por motivos afectivos, estéticos, vivenciais.” Frei Bento Domingues In PÚBLICO de hoje

Pesca do Bacalhau: Navio-Motor VAZ

Um filme sobre o navio-motor VAZ pode ser visto aqui. Interessante para os que viveram a Faina Maior, há anos. Há sempre espaço nos meus blogues para recordações.