quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aventuras de um boxer...

A maratona Às vezes, até lhe visto Um fato de bailarina! De brincar eu não desisto! P’ra mim, ele é uma “menina"! A minha dona está mesmo apanhada de todo! Pensa que tem o melhor cão do mundo, quando, afinal, eu sou apenas um simples canino, sem pretensões de vir a ser um pastor alemão! Não que não ambicionasse ter esse estatuto... mas também aqui se aplica a máxima dos humanos(!?): os cães não se medem aos palmos! Sou pequeno, mas tenho tudo no sítio, como diz um colega da minha dona, acerca duma teacherzinha jovem, pequenina mas muito bem feitinha! Eu, realmente, sou muito obediente e faço muitos mimos à minha dona, mas isso é recíproco, pois ela também me estraga com mimos, como lhe dizem os amigos dela, ciumentos!!! E as mordomias que ela me faz? Se eu dissesse como ela me trata, quereriam vir alojar-se cá em casa, todos os cãezinhos abandonados e desprotegidos dos seus donos cruéis. Ela tem um tal amor aos animais, que me cheira, e eu sou apurado de olfacto, que virá mais alguém dividir as atenções comigo. Não gosto lá muito da ideia, mas tenho que aceitar, com resignação de cão, que às vezes é francamente pequena, como eu! Tem-me em tão alta reputação, que se insurge com o Alegre Manel, quando ele afirma no seu recente livro que tem um amigo do peito, a quem chama “Cão como nós!” Que não, que não pode comparar os homens a nós cães, pois nem todos têm esse privilégio. Nós superamos os homens, em muitas qualidades, que não vou aqui enumerar, pois toda a gente sabe. Eu, ... é que não entendo isso lá muito bem, mas ouço a minha dona dizer que há coisas que nem ela entende... paciência, adiante. Quando alinho com ela para uma maratona à volta da “mansão”... uff, ela cansa-se tão depressa! Corre uns metros e fica logo com os bofes na boca! Eu, como cavalheiro, assim o diz ela, olho para trás, vejo-a a distanciar-se de mim e, claro que desacelero e até paro! Ela fica derretida com este meu gesto altruísta e até já pensou em condecorar-me com uma medalha... altruísmo puro, desinteressado... o que nem sempre acontece no mundo dos humanos, diz a dona. Quase que poderia afirmar, que, para a minha dona, aquela frase lapidar - “Quanto mais conheço os homens mais gosto dos cães!” - cada vez ganha mais foros de actualidade! Mas, confesso com algum receio, que gostaria que a minha dona não tivesse só olhos para mim, pois corre o risco de se tornar possessiva e isso é mau... até para nós...cãopanheiros de jornada!
Mª Donzília Almeida 12.04.09

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mini-Repórteres no Porto de Aveiro

O Gabinete de Comunicação da APA vai desenvolver nos próximos meses uma acção de carácter lúdico/formativo/cultural intitulada “Mini-Repórteres”. As obras da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, o trabalho na NAVALRIA e outros apontamentos ligados à actividade portuária, serão registados em fotografias digitais, naturalmente na perspectiva dos petizes. A iniciativa, que conta com o apoio da REFER e da NALVALRIA, terá a coordenação de Fausto Correia, fotógrafo com várias exposições no currículo e especialista na área do tratamento digital de imagem. Destinada a crianças entre os 8 e os 14 anos, desenrolar-se-á em quatro sessões de campo, sempre aos sábados à tarde. A primeira sessão terá lugar no próximo dia 9 de Maio; as restantes, em dia a designar, realizar-se-ão em Junho, Setembro e Dezembro. Para além da captação de imagens, proceder-se-á à sensibilização das crianças para a fascinante e nobre arte de fotografar, indicando-se-lhes os princípios básicos de funcionamento das máquinas fotográficas digitais, curtas viagens pela história da fotografia e rudimentos do tratamento/manipulação digital das imagens. Das fotos captadas, cujo espólio de brutos passará a integrar o acervo do Arquivo Histórico-Documental da APA, serão seleccionadas as necessárias para integrarem exposição em sala, em local a designar e, provavelmente, em data coincidente com a inauguração da ligação ferroviária. Isto para além da publicação desse conjunto de fotos no site do Arquivo Histórico-Documental da APA e em outros suportes da web (slideshow, panoramio, etc.). A possibilidade de publicação de um álbum em suporte de papel será também tida em conta, não havendo, no entanto, garantias de que tal venha a acontecer. A acção é aberta ao público em geral, podendo os pais efectuar a sua inscrição enviando um e-mail para geral@arquivodoportodeaveiro.org, indicando nome da criança participante, nome e contactos do progenitor. Aos pais incumbirá apenas o trabalho de deixarem os filhos à hora combinada no local indicado, e de mais tarde os irem buscar.
Fonte: Texto e foto do Porto de Aveiro

Continuemos a Páscoa!

Infinito de Deus
1. Os dias depois da Páscoa, para muita gente que aceita celebrar e conviver com o sentido destes dias, são os dias do regresso. Após as festividades, muitos são os regressos que ocorrem depois das grandes festas que fazem com que de norte a sul, do litoral ao interior, se façam grandes viagens geradoras de encontros e reencontros, vestindo-se da tradição viva e sempre nova que a Páscoa representa. É um valor extremamente positivo o rever e o reviver de amizades, a partilha de vida, o dar asas ao convívio, valores tão positivos que refrescam a vida e ampliam horizontes às relações de vida activa que entretanto são retomadas. A festividade que se celebra tem uma origem, o encontro de todos na identificação de valores comuns, no gerar de proximidades que nos fazem sentir mais sensíveis e humanos e por isso maia abertos à poesia do infinito Absoluto pessoal de Deus. É a origem da Páscoa! 2. Não faltam terrenos sociais onde os valores estimulantes e universalistas da Páscoa quererão ser actualizados na contemporaneidade diária. Os cenários de crise multiplicam-se, sejam do mundo do ensino ou da vida empresarial, das inseguranças dos caminhos da praça pública aos valores essenciais que dão sentido às vidas. Não faltam os pessimismos típicos dos tempos de fortes mudanças sociais (sempre assim foi nas épocas de alterações de paradigmas socioculturais), ambientes estes que a Páscoa como toda sua força de valor comunitário quererá ser resposta revigoradora. O sentido existencial da Páscoa não tem medo de nada, pois que se reveste de uma dignidade superadora a toda a prova. A força da esperança pascal, dinamismo mobilizador na contínua e profunda reconstrução, não se ilude com os paraísos fáceis, antes pelo contrário: está habituada a ser resgatadora, a descer para fazer subir, a ser impulso dinâmico da reinvenção de quem investe sempre mais nas soluções que nos diagnósticos pessimistas. Por isso, continuemos a luz da Páscoa! Alexandre Cruz

Em busca de respostas

A vida em L'Aquila também deve recomeçar
"A Páscoa, com todo o seu esplendor, abre uma porta para quem busca respostas. A fé, disse o Papa, é fonte de esperança e de luz, mesmo nos tempos mais tenebrosos e, sobretudo, mesmo debaixo dos olhares cépticos ou escarnecedores de quem não entende nem quer entender como é que aquilo que não se vê pode dar um sentido a esta vida."
Octávio Carmo

Gafanha da Nazaré: Cidade há 8 anos

Fernando Martins (Filho) na condução do programa
Carlos Sarabando e Ferreira da Silva
A Gafanha da Nazaré celebra no próximo domingo, 19 de Abril, a sua elevação a cidade. Criada freguesia em 31 de Agosto de 1910 e elevada a vila em 1969, mereceu o estatuto de cidade em 2001. Hoje, houve na Rádio Terra Nova um encontro com três gafanhões para falar sobre o assunto, em jeito de conversa de café. Carlos Sarabando Bola, Alfredo Ferreira da Silva e eu próprio ali estivemos em franca cavaqueira, ao sabor da maré, desfiando recordações, para espevitar a memória de quem nos ouvia. Foi sobretudo agradável, porque é sempre bom conversar, para além das motivações político-ideológicas, tendo por painel de fundo, apenas e só, a terra que amamos e as suas gentes. A conversa foi surgindo com o jornalista da Terra Nova, Fernando Martins (filho), a atirar para a mesa algumas dicas, que serviram de ponto de partida para a intervenção de cada um. Memórias de infância, acontecimentos relevantes, pessoas que nos marcaram ao longo da vida, de tudo um pouco houve neste programa que tem por título Nos Caminhos da Região. A Terra Nova pode ser ouvida em qualquer canto do Globo, via Net, saindo, assim, dos horizontes limitados dos 105 FM. Sei que é ouvida por muitos emigrantes espalhados pelo mundo, decerto com bastantes saudades deste nossa terra que a Ria e o Mar beijam, normalmente, com carinho. Aos meus leitores, recomendo, pois, que oiçam a Terra Nova, onde quer que estejam. FM

Gafanha da Encarnação: Cruzeiro dos Centenários

Publiquei hoje, em GALAFANHA, o discurso proferido, em 1940, pelo Padre João Vieira Rezende, na inauguração do Cruzeiro da Gafanha da Encarnação. Na íntegra, porque nos oferece um conjunto de informações preciosas para o estudo do pensamento da época. Sobre o Cruzeiro da Gafanha da Encarnação, porém, há mais pormenores para divulgar, o que farei brevemente. Entretanto, fico a aguardar achegas dos meus leitores, relacionadas, naturalmente, com a história desde monumento ou doutros.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ela é a tenaz

Ela é o abismo sem fim e sem fundo. Diante dela, todas as palavras se apagam e o silêncio é todo. Houve um tempo em que ela conviveu naturalmente com os homens e estes com ela: era quase familiar. Agora, tornou-se tabu. Até alguns amigos meus me dizem que não fale nem escreva sobre ela, porque as pessoas não gostam. É preferível ignorá-la. Cada um fará com ela, só, como puder. De qualquer forma, é dela que também nasce a filosofia, como disseram os grandes. Sem ela, talvez também não houvesse religião nem religiões. Se hoje o pensamento é débil e a religião navega em vago consolo sentimental, a razão é que ela foi afastada da meditação dos homens. De facto, em luta com ela, é-se obrigado a ir sempre mais fundo e mais longe. Porque ela é o impensável que obriga a pensar, impossibilitando a vulgaridade falaz e oca da sofreguidão da imediatidade do aqui e agora. Ela é a morte. Se já não se pensa nela, não é por já não ser problema. É o contrário: de tal modo é problema, o único problema para o qual uma sociedade que se julga omnipotente não tem solução que a única solução é não falar dela e fazer dela tabu. O filósofo Max Scheler já tinha chamado a atenção para isso, no início do século XX. Se cada vez menos o Homem europeu acredita na sobrevivência, é porque “já não vive face a face com a morte”, mas do seu recalcamento. Este Homem já não frui de Deus e a natureza também já não é a terra natal acolhedora, provocando admiração e espanto, mas apenas o espaço do seu domínio. Para o Homem moderno, pensar é calcular e dominar e, assim, como vive como se não tivesse de morrer, isto é, como já não sabe que tem de morrer a sua própria morte, quando ela aparece, só lhe pode aparecer como catástrofe. Para o Homem tradicional, a morte constituía um poder formador e director, que dava configuração e sentido à vida. Agora, vive-se no dia-a-dia, até que de repente, estranhamente, “já não há mais um novo dia”. No quadro de um mundo matematizado e calculável, as qualidades, as formas e os valores de ordem moral, porque não calculáveis, são remetidos para o domínio do subjectivo, do arbitrário e até da irrealidade. Diante da morte não há cálculo possível. Fica-se atenazado: impossível pensar que tudo acaba ali, impossível pensar um depois e um além. Mas, sem eternidade, o que vale ainda, o que tem realmente valor? Se tudo desembocar no nada, ainda há, pensando até ao fundo e ao fim, diferença real e última entre bem e mal, verdade e mentira, justiça e injustiça? Mesmo assim, nestes dias, no mundo cristão, é-se convidado a lembrar um crucificado. Jesus morreu na cruz como blasfemo religioso – pôs em causa a religião dos interesses – e subversivo social – ameaçou a ordem estabelecida da injustiça. Testemunhou até ao fim a verdade, a justiça e o amor. Com a sua morte, aparentemente foi o fim. Mas, aos poucos, os discípulos voltaram a reunir-se e testemunharam que ele, o crucificado, está vivo em Deus. E foi essa fé, testemunhada até ao martírio, que mudou o mundo. Como disse em 1964, num diálogo com Theodor Adorno, o filósofo ateu religioso Ernst Bloch - esse que esperava que a última música a ouvir não fossem as pazadas de terra na sepultura -, “o cristianismo, na concorrência com outros profetas da imortalidade e da sobrevivência, venceu em grande parte graças à proclamação de Cristo: ‘Eu sou a Ressurreição e a Vida’. Não propriamente através do Sermão da Montanha. No século primeiro depois do acontecimento do Gólgota, a ressurreição foi referida ao Gólgota de uma forma inteiramente pessoal, de tal modo que pelo baptismo na morte de Cristo se experiencia a ressurreição com ele. Imperava então um desespero apaixonado, que hoje nos parece incompreensível e representa um acentuado contraste com a nossa indiferença. Mas nada impede que dentro de cinquenta ou cem anos (porque não dentro de cinco?) volte essa neurose ou psicose de angústia da morte, de tipo metafísico, com a pergunta radical: para quê o esforço da nossa existência, se morremos completamente, vamos para a cova e, em última instância, não nos resta nada?”
Anselmo Borges

Raul Brandão: Nós não vemos a vida

Nós não vemos a vida - vemos um instante da vida
Nós não vemos a vida – vemos um instante da vida. Atrás de nós a vida é infinita, adiante de nós a vida é infinita. A primavera está aqui, mas atrás deste ramo em flor houve camadas de primaveras de oiro, imensas primaveras extasiadas, e flores desmedidas por trás desta flor minúscula. O tempo não existe. O que eu chamo a vida é um elo, e o que aí vem um tropel, um sonho desmedido que há-de realizar-se. E nenhum grito é inútil, para que o sonho vivo ande pelo seu pé. A alma que vai desesperada à procura de Deus, que erra no universo, ensanguentada e dorida, a cada grito se aproxima de Deus. Lá vamos todos a Deus… Toda a vida está por explorar: só conhecemos da vida uma pequena parte – a mais insignificante. E o erro provém de que reduzimos a vida espiritual ao mínimo, e a vida material ao máximo. (...) Deus é eterno… A alma há-de acabar por se exprimir, Deus, que olha pelos nossos olhos e fala pela nossa boca, há-de acabar por falar claro. Siga a vida seu curso esplêndido. Sabe a sonho e a ferro. É ternura e desespero. Leva-nos, arrasta-nos, impele-nos, enche-nos de ilusão, dispersa-nos pelos quatro cantos do globo. Amolga-nos. Levanta-nos. Aturde-nos. Ampara-nos. Encharca-nos no mesmo turbilhão. Mas, um momento só que seja, obriga-nos a olhar para o alto, e até ao fim ficamos com os olhos estonteados. Eu creio em Deus. Raul Brandão (1867-1930) Ver mais aqui

domingo, 12 de abril de 2009

Mensagem de Páscoa de Bento XVI

"(...) a ressurreição não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua «páscoa», da sua «passagem», que abriu um «caminho novo» entre a terra e o Céu (cf. Heb 10, 20). Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo. De facto, ao alvorecer do primeiro dia depois do Sábado, Pedro e João encontraram o túmulo vazio. Madalena e as outras mulheres encontraram Jesus ressuscitado; reconheceram-No também os dois discípulos de Emaús ao partir o pão; o Ressuscitado apareceu aos Apóstolos à noite no Cenáculo e depois a muitos outros discípulos na Galileia."
Ler toda a Mensagem aqui

sábado, 11 de abril de 2009

Confissões do actor Miguel Guilherme na SÁBADO

A sua fé tem um efeito calmante? Não, é inquietante. Nunca peço nada a Deus. A fé é sempre uma angústia. Todos os dias a questiono.
Reza? Sou um péssimo católico. Umas vezes sim, outras não. Tento não olhar para Deus como se ele me fosse julgar. É um companheiro.
Vai à missa? Costumo ir. Mas não percebo como é que esta questão da fé é tão falada. É como se o catolicismo ou ser religioso fosse uma coisa estranha. Acho que muitos católicos não dizem que o são por vergonha. A minha vida não mudou grandemente por causa disso.
Fez um retiro de isolamento. Fiz, numa casa de retiros dos jesuítas. Andava à procura de uma dimensão espiritual fora do dia-a-dia.
Pensa muito no rumo da sua vida? Cada vez tenho menos medo do futuro. Talvez a fé me tenha dado mais serenidade para aceitar as coisas.
In SÁBADO

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS –126

BACALHAU EM DATAS - 16

Um escuna

MEADOS DO SÉCULO XIX: REACTIVAÇÃO DA PESCA DO BACALHAU
Caríssimo/a: E retomemos o desenrolar dos anos e ... dos séculos:
Século XIX - «A pesca do bacalhau foi apenas reactivada pelos portugueses a partir da década de trinta do século XIX, época em que se promulgou legislação especificamente destinada a promover esta actividade, nomeadamente determinando a isenção de pagamento da dízima.»[Creoula, 09] 1802 - «Em 1802 é tornada livre a pesca, tanto na costa, como no mar alto, mas só nos princípios do século seguinte, depois de algumas tentativas de certo modo infrutíferas, se sente novo impulso.»[BGEGN, 1991, 7] 1816 - «Viana do Castelo já não tem uma única embarcação na pesca do bacalhau.» [Oc45, 79] 1830.NOV.06 - «Será apenas a partir de 1830 que a situação estagnante da nossa pesca se vai modificar progressivamente. Com efeito um Decreto de 6 de Novembro de 1830 visava criar incentivos à pesca em geral e consequentemente a pesca do bacalhau também era abrangida. A pesca do bacalhau deixou de pagar a dízima; neste mesmo decreto estipula-se uma licença anual de 3$000 réis de direitos e de 480 réis de emolumentos por barco. Ao basear o novo imposto no número de barcos e não na quantidade de pescado, estava a pesca do bacalhau a receber um impulso de suma importância. Incentivada pelo ambiente favorável, a Companhia de Pescarias Lisbonense pretendeu relançar de forma organizada a pesca nos bancos da Terra Nova, e teve de recorrer à Inglaterra para adquirir seis escunas aparelhadas para este tipo de pesca, sendo a tripulação também inglesa. O objectivo desta compra parece ter resultado plenamente sob alguns pontos de vista, que mais não seja a julgar pelo vocabulário de origem inglesa utilizado até aos nossos dias pelos pescadores portugueses.» [HPB, 24/25] 1835 - «… [I]senção do pagamento da dízima. O governo adoptou ainda outras medidas de fomento piscatório, contribuindo decisivamente para que em 1835, a Companhia de Pescarias Lisbonense se propusesse explorar a pesca do bacalhau, enviando, logo nesse ano, aos bancos da Terra Nova, seis escunas.»[Creoula, 09] «Em Julho de 1835, é constituída a Companhia de Pescarias Lisbonense, cujos planos incluíam entre outras actividades (pesca da baleia, atum e sardinha), a “do bacalhau nos bancos da Terra Nova e da Islândia”. Esta companhia teve de recorrer a Inglaterra para adquirir seis escunas aparelhadas para este tipo de pesca. Também a tripulação era inglesa.» [Oc45, 78] 1842 - «É publicado um novo regulamento da pesca do bacalhau.»[HPB, 26/28] 1845 - «Publica-se a carta de Lei de 10 de Julho, onde se mandava substituir as licenças por cada barco por um imposto proporcional às pescas.»[HPB, 26/28] 1848 - «Neste ano, 19 barcos compunham a frota: 5 escunas, 12 patachos, 1 brigue e uma barca. A tonelagem destes barcos variava entre 81 t para a escuna TENTATIVA, sendo o maior de todos o brigue VESTAL com 131 t. O número de tripulantes por barco variava entre 15 e 20 pessoas. A frota largou, de um modo geral, em Maio e regressou em Setembro; levou cerca de 25 dias para atingir os bancos e pouco menos, como é natural, para regressar, tendo permanecido nos bancos à volta de 110 dias. Estes dezanove barcos pescaram 659.053 bacalhaus.» [HPB, 26 a 28] 1849 - «O estado europeu que neste século desenvolveu uma actividade de pesca mais intensa na Terra Nova foi a França. “A pesca ocupa anualmente mais de quatrocentos navios franceses; duzentas embarcações de cabotagem e de transporte são destinadas além daqueles, às operações acessórias da pesca. Assim esta indústria entretém no mar uma esquadra de 700 velas e dezoito mil marinheiros, que constituem aproximadamente a quarta parte do pessoal válido da inscrição marítima; reserva preciosa, sempre disponível e endurecida na profissão a mais rude, sobre um mar tempestuoso e sob um clima assaz rigoroso; reserva indispensável, mas ainda insuficiente para o armamento das esquadras francesas em tempo de guerra.”» [Oc45, 69]
Fica bem este raiar de novas eras na quadra festiva que atravessamos. Feliz Páscoa! Manuel

Páscoa-Ressurreição

Desde os primórdios da minha existência como ser humano racional, que me deslumbro com esta festa do calendário litúrgico. Festa sim, em toda a abrangência da palavra, pois se comemora, agora, não a natividade, mas sim a vitória da vida sobre a morte! Desde miúda que observo como a natureza, nesta Primavera farta, se associa a este cântico de louvor ao nosso Criador, e a minha alma, que por vezes se vestiu de luto, enverga agora as cores mais garridas, numa alegria esfuziante e numa candura extemporânea. É para mim a festa da Primavera! Quando desço ao jardim, sou assaltada por um espectáculo verdadeiramente sinestésico. Os amores-perfeitos, os lírios, as prímulas, os ranúnculos, os goivos... presenteiam-me com a garridice das suas cores vivas... Os beijinhos de frade ainda estão a ensaiar os primeiros passos nesta aventura da floração! Mas... quando eclodirem, aparecerão aos magotes ou enfileirados como numa qualquer filinha indiana para beijar a mão ao pontífice! Ao tacto será experimentada a textura acetinada dos amores-perfeitos, que deixam uma sensação de aveludada fragrância! E perante esta explosão dos sentidos, que me atestam toda a generosidade com que fui dotada pela herança genética... num acto de contrição, eu penitencio-me, nesta quaresma tardia, a espreitar já os laivos da libertação! Sim, prescindindo da confissão e penitência consequente, eu admito e condeno o meu pecado da ingratidão. Não para com alguns humanos, a quem já demonstrei que não sou sofro de amnésia, mas perante o Criador! Aqueles momentos de algum desalento perante as procelas da vida, aquelas dúvidas que me assaltam, sobre os desígnios que presidiram à minha peregrinação na terra, são a manifestação humana desse meu pecado da ingratidão. Deus foi muito generoso para comigo, facultando-me uma riqueza incalculável, nos dons de que me dotou e de que eu sou altamente beneficiada. Não são um dado adquirido, não são! Quantos cegos adorariam contemplar a riqueza policroma do meu jardim primaveril? Quantos surdos-mudos não rejubilariam ao sentir a beleza dos acordes melodiosos da música, em tantas formas consubstanciada? E enumeraria uma panóplia de maravilhas que não estão ao alcance de todos. E... todos somos filhos de Deus, como desde menina me habituaram a ouvir! Depois disto, fico verdadeiramente grata ao meu Senhor, pela maravilhas que em mim operou! E..são tantas, que não irei enumerar, pelo perigo de cair num narcisismo pretensioso. Mas recordo aquela saída da garotinha que, perante um espectáculo de rara beleza, para ela, saiu-se com esta: - O céu estava tão azulinho, tão azulinho que até parecia um moranguinho! E... viva a Páscoa, o Homem novo, a libertação interior e a natureza engalanada para proclamar a ressurreição de Cristo! Eu... sou fã d'Ele! Do Homem... íntegro, sábio, maduro... que não condenou a Maria Madalena, antes lhe perdoou e a mandou ir em paz... como é apanágio das almas nobres!
M.ª Donzília Almeida

Homem pobre

Em Vilamoura, quando me dirigia para a Marina (para quando a Marina da Barra?), dou de caras com uma carrinha espanhola que trazia, na retaguarda, uma legenda no mínimo curiosa e cheia de sentido. Dizia assim:
"Conheci um homem tão pobre que só tinha dinheiro."
Tem sorte este indivíduo com sentido de humor, por só conhecer um homem desses. É que eu conheço muitos!

Gaivota em descanso

A proximidade do mar oferece-nos, constantemente, paisagens encantadoras. A gaivota voava, como que a chamar a nossa atenção para a sua beleza, cheia de agilidade. Voava, pairava no ar e depois, como quem espera os aplausos, de quem a seguia, parou ali mesmo, posando para a fotografia, com o oceano em fundo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ZOOmarine: Visita Obrigatória






Uma tarde no ZOOmarine deu, no mínimo, para recordar outra visita e para, mais uma vez, apoiar quem vive para dignificar diversas espécies de animais. Os espectáculos, todos eles com sentido pedagógico e educativo, são desenvolvidos debaixo de uma dinâmica que envolve os muitos visitantes que os procuram. Sente-se uma coordenação previamente estudada para que tudo bata certo durante o dia.
Com funcionários atentos e disponíveis para todos os esclarecimentos, percebe-se perfeitamente que todos estão ali para servir a causa dos animais, das mais variadas espécies. Golfinhos em movimento, Focas e Leões Marinhos à volta do livro mágico, Floresta Encantada com predominância de aves tropicais, Aves de Rapina rasgando os céus, sessões de Cinema, Aquário e Exposição ConsCiência constituem outros tantos momentos de convívio com o mundo animal, bem acompanhados pelos treinadores e demais colaboradores.
Este apontamento apenas servirá, como é minha intenção, para sensibilizar quem vem ao Algarve, para a visita que se impõe.

Fernando Martins

ALBUFEIRA: Museu Municipal de Arqueologia




O Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira abriu ao público em 20 de Agosto de 1999. Está localizado no núcleo antigo da cidade, na Praça da República, em edifício do século XIX. O museu oferece ao visitante a evolução histórica desta região, desde a pré-história até ao século XVII, e integra a Rede Portuguesa de Museus, com data de inscrição de 2003. Com entrada gratuita, a visita proporciona ao visitante o registo de alguns dados curiosos, nomeadamente, sinais da presença, no Sul de Portugal, do homem do paleolítico e do neolítico, mas ainda da idade dos metais. 
Os meus olhos fixaram-se na colonização romana, onde se assinala que Santa Eulália e a praia dos Aveiros (Atenção a este vocábulo) estão identificadas com a exploração dos recursos marinhos. Brincos, anzóis, armas de ferro, mosaico romano, pilastras e colunas, telhas de sepulturas e outros restos que são rastos de gente que veio de Roma. A civilização islâmica também deixou vestígios que ainda perduram no quotidiano das gentes actuais, havendo prova disso em inúmeras povoações. A idade moderna apresenta também diversos elementos que vale a pena visitar. Há no piso superior um colecção de gravuras de George Landmman (1780-1854), pintor inglês que registou várias paisagens portuguesas. Permitam-me que deixe aqui uma sugestão: se passarem por Albufeira, passem pelo Museu.

ÍLHAVO: Feriado Municipal


Nota: Clicar para ampliar

Para uns minutos de pura reflexão, nesta Sexta-Feira Santa

ESPERANÇA QUE ORIENTA E ESTIMULA A VIDA

Há anos, Vítor Cunha Rego, com a profundidade que sabia dar aos seus escritos, escreveu no DN, de que foi director, um comentário curioso sobre os feriados da Páscoa que, para muita gente, são apenas a ponte alargada que permite saídas mais longas. Ansioso, interrogava-se, procurando com sinceridade, o essencial que pudesse dar sentido à sua vida. E perguntava, então, qual a razão dessa tão desejada ponte que surgia, cada ano, a contento de toda a gente, crente ou não crente. Não deixou de lamentar, por fim, que tantos se aproveitassem dela sem irem até ao acontecimento, maravilhoso e único, da Páscoa de Cristo, que a todos a permitia gozar. Na Páscoa evoca-se e celebra-se o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, Filho de Deus, com todo o seu significado, pessoal e social. Acontecimento único, com sentido definitivo para a história de cada cristão convicto e da própria humanidade. Há vidas serenas, mesmo em momentos de tempestade, dor e incompreensão. Outras são vidas tumultuosas, sem razões válidas para tanta perturbação e instabilidade. Todos os dias o vemos em graus diferentes e em gente concreta e com a sua história. Porque acontece assim? Causas profundas e subtis comandam a vida e suas reacções e escapam, frequentemente, ao olhar de quem vê de fora e, às vezes, até ao próprio. Há na vida de cada um de nós coisas que nos condicionam. Fáceis de verificar se são exteriores e se tornam objecto das nossas críticas, louvores ou desculpas. Outras há que nos determinam, têm dentro de nós as suas raízes, cultivadas ainda que escondidas. Tudo isto se vai tornando claro, de harmonia com a atenção e o sentido que damos à vida, e o cuidado que prestamos às nossas acções e comportamentos. Quem vive de exterioridades ou de emoções passageiras não percebe ou não dá atenção ao que se passa em si próprio ou à sua volta. Sabe da ponte para a aproveitar, mas não se debruça para lhe alcançar as margens, a força que nelas existe e o estímulo que pode vazar dentro de nós, mais importante que os dias feriados que proporciona. É este passar pelas coisas sem lhes descobrir o sentido, que faz escassear a esperança, empobrecer a vida e menosprezar as exigências que a comandam e as riquezas que contém. Chegamos à Páscoa. Com ela, à possibilidade de uma nova ponte, que tanto dá para passear, como para, serenamente, vivenciar a experiência de se sentir amado, vivo e liberto, e de se poder saciar na Fonte inesgotável, de onde dimana felicidade e paz. A Páscoa é, para os cristãos, a Festa por excelência. Não se resume a flores e amêndoas.Traz consigo energias renovadoras que dão sentido diário àqueles que celebram na fé a sua vida, e permanecem, unidos na esperança, a todos os outros crentes, para os quais Jesus Cristo, vencedor da morte, é a figura central da história humana. Páscoa é “passagem da morte à vida”. Só o amor é capaz de a realizar em todos e em todas as circunstâncias. Diariamente. O amor de um Deus, rico em misericórdia, que nos dá o Seu Filho. O amor redentor de um Filho que se entregou à morte para a todos dar vida. Ele venceu a morte e, pela fé que n´Ele depositamos e pelo dom d´Ele que recebemos, nos torna, também a nós, verdadeiros vencedores. Nesta certeza reside a nossa esperança. Ao cristão coerente, o único que está vivo como cristão, se pede que dê razões da sua esperança a uma sociedade que teme a verdade, não tem horizontes de vida e despreza os estímulos que a convidam a ir mais além. Sem se descobrir e viver a Páscoa, não se saboreia a alegria e a paz que no Aleluia pascal se manifesta. A luz da Igreja é Cristo Ressuscitado. Sem esta luz, nada tem valor. A vida cristã ou é pascal ou não é vida. Apelo que não se pode iludir nem adiar. Uma vida pascal é o melhor contributo do cristão à sociedade. Só ele é consequente e carregado da esperança que pode ajudar a sua necessária e urgente humanização.
António Marcelino

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Centro Social Paroquial aposta em novo Lar de Idosos

Actual Lar vai ficar 
para grandes dependentes


Em reunião conjunta dos Conselhos Económico e Pastoral da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, na terça-feira, 24 de Março, no Auditório Priores da Gafanha da Nazaré, foi dado parecer favorável, por unanimidade, sobre a aquisição de um terreno e construção de um novo Lar de Idosos, já que o actual precisa de profunda remodelação, para responder às exigências legais implementadas pelo Estado, nos últimos anos.
O novo lar, da responsabilidade do Centro Social Paroquial, tem de ser fruto de “um diálogo alargado”, para que a comunidade se habitue a amá-lo, no dizer do Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo.
Ao apresentar três hipóteses para a sua localização, o Padre Francisco sublinhou a necessidade de se apostar num espaço situado no “centro da vida” da freguesia, para permitir aos idosos a convivência e a utilização de serviços essenciais, numa perspectiva de todos continuarem plenamente integrados na sociedade.
Apontou uma zona perto da igreja matriz, lugar de encontro, de vida e de muitos eventos, onde não faltam cafés e outros estabelecimentos que favorecem a proximidade com pessoas, familiares e amigos. “Esta opção permitirá que o Centro Social tenha assim uma acção mais próxima e interventiva na comunidade”, fazendo, ao mesmo tempo, com que toda a freguesia “sinta mais o lar como seu”, refere o relatório apresentado pelo Prior da Gafanha da Nazaré.
O terreno previsto para a construção daquele edifício, com 7793 metros quadrados, situa-se nas traseiras do mercado e possui duas entradas para a rua Guerra Junqueiro, havendo ainda a possibilidade de expansão para um dos lados, diz o mesmo relatório. Com a construção de um novo edifício, com capacidade para 60 utentes de Lar (o permitido pela legislação em vigor), 40 de Centro de Dia e 60 de Apoio Domiciliário, pretende-se manter em funcionamento o actual lar com as valências que integra, mas “com a perspectiva de num futuro próximo ser remodelado para funcionar exclusivamente como lar”, para servir pessoas “em situação de grande dependência”.
Com este projecto, o Centro Social Paroquial da Gafanha da Nazaré tem em conta a convicção de que a freguesia vai continuar a crescer sob o ponto de vista demográfico e social, à semelhança do que tem acontecido nas últimas décadas, sem ignorar o aumento substancial das pessoas idosas, por força cada vez maior da subida da esperança de vida. Nessa linha, o Padre Francisco Melo adiantou que é “importante que a opção que hoje fazemos deixe em aberto outras opções futuras”, nomeadamente, “o alargamento para outras valências”. Valorizou, entretanto, a existência de espaços exteriores “para os idosos poderem andar ao ar livre”, realidade reconhecida na zona escolhida para a implantação do lar, que é vista como tarefa prioritária e urgente.
À reunião conjunta dos Conselhos Económico e Pastoral da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, associaram-se outras instituições sedeadas na freguesia, designadamente, a Fundação Prior Sardo, de âmbito paroquial, a Obra da Providência e o Clube Stella Maris, tuteladas pela Diocese de Aveiro, numa clara demonstração de unidade, que importa frisar. Também foi dado parecer favorável, por unanimidade, sobre o relatório e contas da direcção do Centro Social, referente ao ano de 2008. Deles se salienta que o Centro, com 67 idosos no Lar, 16 no Centro de Dia e 38 no Apoio Domiciliário, constitui-se “como importante empregador, com os seus 40 colaboradores, a acrescer os que estão em regime de prestação de serviços”.

Fernando Martins


Antigo aluno de Manta Rota


Por estar no Algarve, apetece-me recordar um antigo aluno, de Manta Rota, que deve viver na Gafanha da Nazaré e que não vejo há bastantes anos. Gostava que me visitasse, para recordar com ele os tempos em que veio para a nossa terra.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mensagem pascal do Bispo de Aveiro

Páscoa - Vitória da vida
Com mera naturalidade e numa primeira sensação, verificamos que a morte nos aparece a prevalecer sobre a vida. Foi o que aconteceu com Jesus Cristo, naquela sexta-feira, 7 de Abril do ano 30. Com imenso amor, Ele amou de tal modo os homens e as mulheres que deu a vida por eles. Depois, quando parecia evidente que tudo ia terminar em derrota, eis que Deus intervém poderosamente e ressuscita o seu Filho e Servo fiel. Não há poder humano que resista ao querer de Deus.
É esta a mensagem do dia de Páscoa para os cristãos e para as pessoas de boa vontade. A vitória da vida surge mesmo através da morte. Assim como a bela rosa se abre entre espinhos, a linda flor de nenúfar cresce no meio dos pantanais e a esperança vence qualquer crise, também a vida em autenticidade manifesta-se naturalmente pelo testemunho alegre da fé em Cristo e pelas obras de serviço aos irmãos. A Deus, que é o Vencedor e o Senhor da Vida, pertence sempre a última palavra, que é a palavra da vitória. Neste ano paulino, recordo o que escreveu o apóstolo na primeira carta aos coríntios (15, 54-57): - «A morte foi absorvida na vitória»; por isso, «dêmos graças a Deus, que nos dá a vitória por Jesus Cristo.»
Nesta data singular, inundada de alegria festiva, faço votos sinceros por uma Páscoa muito feliz, como expressão de júbilo tanto no seio das nossas comunidades e das nossas famílias, como no íntimo de todas as pessoas que, por qualquer motivo, vivem connosco, nas cidades, vilas e aldeias da nossa Diocese de Aveiro.
Aveiro, 8 de Abril de 2009
António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro

Gafanha da Nazaré: I Ciclo de Conferências

Nota: Clicar para ampliar

Albufeira, espaço lendário




Os desdobráveis e brochuras dizem que Albufeira é um espaço lendário. Por aqui se foram fixando, através dos séculos, as mais variadas gentes, nomeadamente, visigodos, romanos, muçulmanos e outros, todos eles deixando as suas marcas na região, que ainda perduram no quotidiano deste povo, para não falar dos sinais do paleolítico, datados do VI milénio antes de Cristo, como pode ser confirmado no Museu Municipal de Arqueologia.
Com um clima privilegiado, acentuadamente mediterrânico, tornou-se nas últimas décadas um extraordinário pólo de desenvolvimento turístico, atraindo gentes dos mais variados quadrantes. Pelas suas ruas e ruelas, cirando pessoas que buscam descanso, calor e paz de espírito, que as águas cálidas do oceano proporcionam.
Vocacionada a região algarvia para o turismo, Albufeira assumiu o seu papel, voltando-se para quem chega, na mira de oferecer o que os veraneantes precisam e procuram. Comércio variegado, para todas as bolsas, mostra de tudo, desde o banal ao mais requintado. Ruas e esplanadas, largos e praias amplas, com pessoas a banhos de mar e sol, neste mês de Abril, dão-nos a sensação de um Verão antecipado, E se assim é nesta altura, em Primavera de nuvens por vezes carregadas e de ventinhos frios, como não será daqui a uns meses?

FM

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde

No dia de hoje, dedicado à saúde, designado por Dia Mundial da Saúde, apenas ouvi referências à doença! Estranha contradição do ser humano! Será que ambas as partes vivem tão interligadas que a sua relação é, na mente humana, indissociável? Com efeito, durante o tempo em que me ocupava dos meus afazeres domésticos, hoje de manhã, assisti, via radiofónica, a um debate, na antena 1, sobre a utilização dos genéricos. A discussão foi acesa e aí se esgrimiram os vários argumentos, pró e contra os referidos medicamentos. A questão que eu levanto é esta: por que razão, neste dia, não são transmitidas receitas, conselhos, dicas para manter esse estado de perfeito bem-estar físico e psicológico a que denominam saúde, em vez de se falar na parte negativa da questão? Pela positiva é que devemos reger-nos, não é esse o lema deste blog? Por que motivo, sempre que se fala de saúde, vem imediatamente, à memória, esse rol ilimitado de doenças, incómodos, maleitas, que perturbam o equilíbrio do nosso dia a dia? Do tratamento das doenças estão encarregados os médicos e pessoal paramédico, e deixemo-los trabalhar! A minha filosofia de vida para manter uma boa saúde é o lema apresentado pelo poeta romano Juvenal e largamente difundido pela literatura, que se sintetiza no “Mens sana in corpore sanu”. Assim, uma boa prática de exercício físico, aliada a uma higiene de vida mental são a garantia desse bem estar harmonioso que todos almejamos! Amigos! Toca a andar, marchar ou até correr, porque não, para termos uma vida de qualidade, ou a qualidade de vida que merecemos como seres superiores na hierarquia da criação! E... haja Saúde! E... só uma redonda dica: “An apple a day...keeps the doctor away!”
Mª Donzília Almeida