quinta-feira, 22 de março de 2007

Dia Mundial da Água

ALERTAS Neste Dia Mundial da Água, fica o alerta do World Wild Found (WWF) : os rios do planeta estão a morrer devido à poluição, às barragens e às alterações climáticas. Em Portugal, um dos cursos de água com mais problemas é, na opinião do hidrobiólogo Bordálo e Sá, o rio Douro, “um rio extremamente compartimentado, artificializado, porque no percurso português ou internacional tem uma barragem a cada mais ou menos 30 quilómetros”. Este professor da Universidade do Porto adverte para o facto de o caudal que chega à foz depender mais “em certas alturas do ano, da política da empresa que gere a produção hidroeléctrica nestas barragens, do que das necessidades ambientais. Nós estamos, de alguma maneira, a intervir, retirando água, exacerbando o efeito destas alterações climáticas que já ocorrem”. :
Fonte: Rádio Renascença

Dia Mundial da Água

É IMPORTANTE COMEÇAR
A POUPAR ÁGUA POTÁVEL
Na agenda do Expresso, com pequenas e grandes ideias, lê-se, sobre os consumos de água. Talvez a partir desse conhecimento possamos começar a poupar: Lavagem de roupa……. 90 litros Banho de imersão……...60 litros Lavagem do carro……...50 litros Limpezas da casa……..35 litros Descarga de sanita……15 litros E por aí adiante….

Dia Mundial da Água


A FALTA DE ÁGUA POTÁVEL
PODE PROVOCAR GUERRAS

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Água, para todo o mundo pensar no bem que é termos este precioso líquido, usado em tudo no dia-a-dia. Acho que ninguém ignora a importância da água, mas penso, também, que toda a gente já sabe que ela começa a escassear em muitas regiões do globo. Li há tempos que a falta de água potável poderá provocar guerras devastadoras. Não sei se tal virá a acontecer, mas não me custa acreditar nessa profecia terrível de alguns.
Todos sabemos que se gasta água em demasia. Não vejo ninguém a preocupar-se com os anúncios do perigo da escassez. Parece que toda a gente pensa que a água potável é um bem inesgotável. O mal está aí. E um dia poderemos sofrer as consequências das nossas negligências.

Um artigo de D. António Marcelino



HUMILDADE DE QUEM
PRESIDE E GOVERNA

"A humildade é a verdade.” Assim dizia Teresa de Ávila, que bem o sabia por experiência própria e pelo dever e missão diária de educar quem pretendia ir além da monotonia de uma vida instalada ou apenas voltada para si própria. A frase ficou, mas a sua prática deixa ainda muito a desejar.
Os tempos não são propícios à verdade porque, também, a humildade tem um preço caro e, num mundo de aparências, poucos se dispõem a andar por tal caminho.
Quem não aceita confrontos de outros e tudo faz, sem olhar a meios, para ocupar sempre o pódio dos vencedores, acha que a humildade é deprimente e coisa de pessoas alienadas e sem brio. Nada tem a ver com os sentimentos de quem gosta de aparecer à frente do pelotão, nem que outros o levem, de bom gosto, ao colo, ou comodamente instalado num palanquim, aos ombros de escravos sorridentes.
Todos temos mais razões para ser humildes, que suficientes e orgulhosos. Mas, quem detém o poder, qualquer que ele seja, ou faz um esforço de verdadeira humildade ou entra numa atitude de mentira e arrogância que, tarde ou cedo, deixa a descoberto pés de barro, incapazes de sustentar a estátua que tem sempre o peso da sua inutilidade.
Quem preside e governa não pode ser malabarista ou ilusionista. Aqueles que são a razão de ser do serviço da autoridade têm direito à verdade. Ocultá-la ou disfarçá-la é enganar os outros e enganar-se a si próprio. Quem preside e governa não pode prometer o que sabe que não pode dar; não pode calar ou disfarçar as dificuldades e os fracassos; não pode falar de êxitos, quando já se vêem as falhas e as carências; não pode deixar-se inebriar com os elogios dos louvaminhas da corte; não pode desprezar quem não se deixou acorrentar, nem perseguir quem ousou contrariar e dissentir.
Em tudo a humildade tem um lugar indispensável. Quando se perde a consciência da própria dimensão, tudo, pessoas e acontecimentos, fica deformado e menos verdadeiro
Os orgulhosos, por mais que o disfarcem, são inseguros. A sua força é a que lhes vem de fora, quando dela podem dispor arbitrariamente. Por isso a procuram e sempre a concentram nas suas mãos. Não confiam nos outros, nem na sua opinião, nem na sua ajuda. Não gostam de estender a mão para pedir, nem de acolher a mão que se lhes estende, mesmo que seja apenas para dar e para propor. Nasceram para mandar.
O orgulho e a total suficiência dos chefes não são estímulo para ninguém. Ao contrário, provocam desinteresse, crítica, passividade, dó. O orgulhoso acaba sempre por ficar só. Mesmo os que se lhe venderam aos elogios, um dia vêem que, afinal, o engodo em que caíram, não trazia nada de válido na ponta da linha.
Só a verdade liberta e só ela permite fazer caminho com esperança e sentido. O projecto da verdade só os humildes são capazes de o realizar. Sabem o que podem e valem, dão valor aos outros, contam com todos e proporcionam a cada um a oportunidade de servir a comunidade com as suas capacidades.
Por estranho que pareça, o “Princípio de Peter”, por virtude do qual se constrói a pirâmide dos inúteis, é ainda muito seguido e apreciado, em vários campos da vida. Tem os seus cultores, que são sempre os iludidos acerca do seu valor pessoal e, por isso, se rodeiam dos que executam sem nada perguntar e concordam sempre, mesmo que vejam que é disparate. Com tal gente, o chefe nunca se sentirá incomodado, nem ajudado. Nem corrigido e aconselhado.
Sem humildade e verdade o terreno está mais propício e aberto ao orgulho e à mentira. Quem preside e governa fica mais enganado consigo próprio e mais pobre e perigoso para a comunidade que lhe é dado servir. Até o que há de bem deixará de o ser, porque a fumaça lançada um dia acabará por ocultá-lo e enegrecê-lo.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Dia Mundial da Poesia

POEMA 2 A palavra retira-se a silêncio. Chama-o à sua interioridade para que fique sendo um recuo feliz. Ou, talvez, mais que esse recuo, tempo de espera, de penúria, de constante transparência que cai em pensamento mas sem que o pensamento chegue a frase. E, mesmo assim, como se vai regendo a plenitude da penúria. Que age e se acrescenta pelo campo dentro onde somente mais penúria se abre. É então que a palavra recupera isento o ímpeto da sua vacuidade e se dispõe a devolvê-lo em silêncio feliz. E potestade. Fernando Echevarría Singeverga, 18 de Março de 2007 :: Leia mais sobre um retiro de poetas, em "Poeta arrisca-se à conversão católica", no "Público" de hoje, no caderno P2

Dia Mundial da Poesia

Um livro
de José Tolentino Mendonça
para esta Primavera




“A NOITE ABRE MEUS OLHOS”


Neste Dia Mundial da Poesia, com os calendários a convidarem-nos a prestar mais atenção ao que produzem os nossos poetas, sugiro um livro de José Tolentino Mendonça, “A NOITE ABRE MEUS OLHOS”.
José Tolentino Mendonça, que tem merecido lugar de destaque no meu blogue, à semelhança do que tem acontecido em diversos órgãos de comunicação social, é, de facto, um poeta inspirado e que mostra uma sensibilidade muito grande e até original. Digo-o hoje e aqui por me parecer que precisa de ser muito mais conhecido pelo portugueses.
Poesia de vários dos seus livros foi reunida nesta edição para nos encantar. “Os poemas deste livro fazem sua a condição de prosseguir nomeando o possível, respondendo ao impossível, assim fazendo ressoar a dualidade no âmago do mundo, assim inscrevendo nele os seus trajectos sem regresso”, diz Silvina Rodrigues Lopes no posfácio da obra que veio a lume em 2006.
Reli vários poemas insertos nesta colectânea, alguns já meditados nos livros donde foram extraídos, para integrarem um todo harmonioso que, de forma mais visível, nos mostra o poeta José Tolentino Mendonça, elogiado por quem sabe distinguir os grandes artistas dos fazedores de poesia.
O autor de “A NOITE ABRE MEUS OLHOS”, que também é padre e docente universitário, tem sempre presente o sagrado e a força do divino que o ilumina e inspira. José Tolentino Mendonça reflecte como poucos a vida que nos cerca e lhe dá ânimo para nos ensinar a ser poetas, nem que seja no interior de cada um.
Deixo aos meus amigos e leitores esta proposta de leitura, para a Primavera que hoje começa. Não uma leitura fugidia, mas meditada dia após dia.

Fernando Martins



::
Um poema de José Tolentino Mendonça

A NOITE ABRE MEUS OLHOS
:
Caminhei sempre para ti sobre o mar encrespado
na constelação onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado

Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes

A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
o amor é uma noite a que se chega só

Primavera

Primavera 

Três poemas para sentirmos os cheiros e as cores de mais uma Primavera, como sugeriu a amiga Sara que mos enviou. Que a Primavera traga a todos alegria e ternura.


Berço

A cegonha chega ao ninho
Que tão alto ali a espera
Procura berço do Sol
Seu berço de Primavera.
Vem de longe muito longe
Em viagem tão comprida
Quem não amar este berço
Sabe tão pouco da vida.

Matilde Rosa Araújo
(retirado do livro "As Fadas Verdes")
:

Árvore

A semente dorme na
placenta, húmida, da
Terra. Mas começam a
percorrê-la murmúrios
de água e primavera.
Torna-se raiz e caule,
que irrompe da sua
prisão sem luz para
beber os ventos e a
claridade do dia.
O tronco firma-se como
um mastro e caminha
para os céus, claros,
num apelo a ninhos.
Em breve, brevezinho,
desfralda-se em ramos
E folhas que atraem
uma floração de asas e
de cânticos. E a árvore
começa a ser, a dar e a
permitir vida.

Luísa Dacosta

(texto incluído na colectânea organizada por 
José António Gomes "Conto Estrelas em Ti")


Primavera 


A romãzeira borda
o sorriso do sol
no lenço dos namorados


João Pedro Mésseder e Francisco Duarte Mangas 
(retirado do livro "Breviário do Sol")

PRIMAVERA


A Primavera aí está. Com o Sol que ilumina e aquece. Que dá cor e alegria à natureza. Vamos aproveitá-la da melhor maneira. Nem que seja a apreciar uma flor dos nossos jardins. Ou das muitas que enfeitam todos os recantos, sem que ninguém as tivesse semeado.
Boa Primavera para todos.

terça-feira, 20 de março de 2007

Um artigo de António Rego


A Exaltação do Amor

Embora exista e deva ser exercido o direito à indignação, nem sempre é a melhor resposta a afirmações que, não sendo mentira, ocultam o essencial da verdade. Claro que me refiro a um conjunto de notícias e reportagens surgidas entre nós sobre a Exortação Apostólica "Sacramentum Caritatis". Extraída das propostas essenciais do último Sínodo dos Bispos, ganha um voo exaltante na integração teológica, litúrgica e pastoral que Bento XVI imprime à Eucaristia como o maior dos dons concedidos à Igreja.
Não apresenta qualquer nova rubrica. Há, isso sim, uma reafirmação vigorosa da incomensurável dignidade do mistério Eucarístico em todas as suas vertentes. E as "exortações" concretas aos intervenientes na acção litúrgica, não são mais que breves afinações no concerto sublime de louvor que constitui cada celebração Eucarística. Reduzir este documento à questão do celibato, do latim e do gregoriano, é distorcer por inteiro a missão de Pedro que, com os Doze, vai à frente do rebanho apontando luminosamente o caminho traçado pelo Mestre.
A teologia e a pastoral encarnadas têm direito e dever de estudar e repropor novos olhares no campo da liturgia, da arte, da participação, da cultura, das sensibilidades dos intervenientes nos diferentes escalões etários e nas aproximações ou distanciamentos no itinerário da fé. Assim, também se torna importante um olhar crítico, iluminado pelo Espírito, para se caminhar ao ritmo de Deus e do homem. E, felizmente, na Igreja esse debate existe, não apenas a nível de laboratório teológico mas também de cristãos que na sua fidelidade ao Evangelho rompem novos caminhos sugeridos pelo Espírito que habita a Igreja e os novos dinamismos do mundo. Mas tudo isso é diferente duma limitação, primária e obtusa, dum instrumento pastoral, a um ressequido legalismo litúrgico. A melhor resposta que os cristãos podem dar a (esta) avalanche de banalidades, é ler o documento. Não é longo. É simples, claro, directo. Mas que se não perca o seu espírito. E a sua referência à beleza - uma nota recortada dum bispo português que participou activamente no Sínodo. Reduzir este documento a rubricas é ler um poema como se fosse uma fria peça jurídica. E estamos perante a exaltação do grande Sacramento do Amor.

Campanha contra a pobreza

Mais de mil milhões de católicos de todo o mundo
estão a ser convidados a apoiar
a campanha global contra a pobreza
“FAÇA A AJUDA FUNCIONAR.
O MUNDO NÃO PODE ESPERAR”
A Cáritas Internacional e a Cooperação Internacional pelo Desenvolvimento e Solidariedade querem pressionar os países ricos para que cumpram as suas promessas de erradicar a pobreza. Trata-se de promessas feitas pelos líderes do G8, em 2005, numa reunião que decorreu nos Estados Unidos e que vão no sentido de mais ajuda ao desenvolvimento e ao cancelamento da dívida dos países pobres. Esta campanha mundial chama-se “Faça a ajuda funcionar. O mundo não pode esperar”. A Cáritas Portuguesa respondeu ao apelo e criou um “site” com informação sobre a campanha e a forma de pressão que entendem que deve ser feita. “Propõe que se escrevam pequenos cartões com frases que indiquem, no fundo, um compromisso, um desafio para os nossos tempos face ao tema. Há também desenhos que poderemos escolher dentro de um pequeno portfólio. Depois há outras iniciativas que são propostas mais de nível local: sensibilização das populações locais”, explica Isabel Monteiro, a presidente em exercício desta organização católica. :
Fonte: RR