sexta-feira, 31 de março de 2006

"Jogos do Mundo" no Centro de Ciência Viva

Até 23 de Abril ainda pode ver esta exposição
Dado o número elevado de visitas, foi prolongado o prazo de exibição da exposição «Jogos do Mundo» até 23 de Abril.
O jogo constitui ocupação dos tempos livres do Homem, desde os tempos mais remotos. Esta exposição mostra as características de alguns deles e ensina a jogá-los! Os tabuleiros, as peças de jogo, e um pouco da sua história cuidada nesta exposição, facilitam ao visitante deixar-se transportar às origens de cada um deles. Depois de uma breve apreciação, e de atender às regras, que vão do mais difícil ao mais fácil, o visitante pode mesmo optar por jogar um ou outro dos 30 jogos expostas e com origens em países distintos. Desde o Xadrez circular ou Bizantino (variante do antigo jogo Shatranj que, por sua vez é uma variante do jogo Chaturanja que é a primeira versão do xadrez); o Hiena, do Sudão, descoberto, em 1920 por antropólogos (jogo curioso baseado num conto tradicional para crianças retratando os perigos da vida nómada); o Senet, que reflecte as principais regras religiosas do Egipto e que se poderá considerar um dos antepassados do Gamão moderno; o Ouri, de Cabo Verde (um jogo essencialmente de transferência) e, por fim, ainda como exemplo, A raposa e os gansos, de origem Escandinava, que é um jogo de caça ou perseguição (caracterizado pelo facto de se confrontarem duas forças desiguais com objectivos e poderes diferentes) são alguns dos jogos aqui expostos.
:
Fonte: UA

Mensagens de João Paulo II à imprensa

Livro com mensagens
de João Paulo II
à imprensa
A província de Roma e a Associação de Imprensa romana vão apresentar a obra "Jornalistas, tenham coragem", que reúne o conjunto das mensagens para os Dias Mundiais das Comunicações Sociais que João Paulo II escreveu em 26 anos de pontificado. O livro quer ser uma homenagem ao Papa Wojtyla no primeiro aniversário da sua morte.
Para os editores da obra, esta é "a 15ª encíclica de Wojtyla". O volume foi organizado por Alessandro Guarasci e Piero Schiavazzi e será divulgado amanhã, às 11.30 horas (menos uma em Lisboa), no Palácio Valentini, a representantes do Vaticano e de organizações profissionais dos jornalistas.
O Cardeal Achille Silvestrini e o embaixador do Papa na Itália, Paolo Romeo, participarão no evento.
Duas cópias especiais do livro foram feitas, uma para Bento XVI e outra para o presidente italiano, Carlo Ciampi.
As várias mensagens de João Paulo II para o Dia Mundial das Comunicações Sociais podem ser encontradas em http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/mes-sages/communications/index_po.htmDe recordar ainda que o último documento oficial do Papa polaco foi a Carta Apostólica“O Rápido Desenvolvimento”, dirigida aos responsáveis pelas Comunicações Sociais em todo o mundo.
:
Fonte: Ecclesia

Dia do Porto de Aveiro, 3 de Abril

"PORTO DE AVEIRO:
ESTRATÉGIA E FUTURO"
O Conselho de Administração da APA, S.A. decidiu instituir, a partir de 2006, o Dia do Porto de Aveiro. Foi escolhida esta data emblemática, 3 de Abril, para evocar a abertura da barra, ocorrida nesse dia e mês de 1808.
O programa deste ano inclui um colóquio e uma exposição de fotografias.
Programa do colóquio "PORTO DE AVEIRO: ESTRATÉGIA E FUTURO", a decorrer no Museu Marítimo de Ílhavo a partir das 9 horas, do próximo dia 3.
:
"Planeta Água"
- Fotos de Paulo Magalhães no Navio Museu Santo André -
As comemorações do Dia do Porto de Aveiro incluem também a inauguração da exposição "Planeta Água", com fotos da autoria de Paulo Magalhães. A inauguração está prevista para as 18.30 horas, contando com uma breve apresentação do autor.
As fotos estarão patentes no Navio-Museu Santo André até ao próximo dia 30 de Junho.

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Posted by Picasa

Aveiro: Largo do Governo Civil, 1920

Internet, Pais e Filhos

Aula de informática (Foto de arquivo)

1. Novos instrumentos, novas atenções. Novos mundos de comunicação, novas virtudes mas com outros tantos perigos. Como em tudo, não há bela sem senão! O mundo fascinante das novas tecnologias da comunicação, algo de muito estranho para a grande parte dos pais portugueses, apresenta-se hoje tanto como algo de irreversível nas suas mil possibilidades que encurtam todas as distâncias, como, também, algo que reclama a urgência, sempre premente, do saber estar lendo os sinais. A quem pensa que por elas vem o mal ao mundo, será preciso dizer claramente que as novas tecnologias com a Internet torna-nos mais próximos do mundo, uns dos outros; que estas novas formas de comunicar vêm simplificar processos, sendo também facilitador e motor de desenvolvimento. Aos que, por outro lado, pensarão que as tecnologias são agora a palavra mágica e solução de tudo, importa resfriar o ânimo, retemperar o equilíbrio, pois as comunicações globais não salvam ninguém, também podem agarrar “vírus”, nem são a solução “enter” para as grandes questões quer do sentido da vida pessoal que da própria humanidade. Como tudo quanto é instrumento, fruto de magnífica ciência e investigação humana, a Internet será hoje a mais fascinante ferramenta básica de acessibilidades, utilidades, conhecimento, partilha científica, proximidade com o mundo. Mas ainda que hoje muito importante (só isso mesmo), é relativa, trata-se de um “acessório” ao longo do caminho da nossa vida. Valor absoluto há só um, a VIDA, como espelho na criatividade e pensamento da consciência humana do próprio Ser Absoluto Superior. Na gestão da fronteira do saudável terá, por isso, de estar bem presente a noção do pensar “o que é o essencial?” e da própria responsabilidade humana, pois só por esta haverá futuro. Todos os excessos trarão malefícios à própria vida… 
2. Sempre foi motivo de forte inquietação, quando do primeiro fulgor pujante das novas tecnologias que, por meados dos anos noventa, algumas Universidades dos EUA passassem a formar especialistas nas áreas de Psicologia Cibernética com a finalidade de curar os doentes (já dependentes e mesmo loucos) destas formas de comunicar. Esse primeiro sinal estava dado, como forte apelo a uma saudável regulação a fim de preservarmos o sentido de humanidade dos humanos. Hoje, nos nossos dias e já em Portugal, são muitos os conhecimentos travados pela Internet, para o bem e para o mal. São muitas as crianças e adolescentes que “navegam na Net” toda a noite, que marcam encontros com estranhos, que saem e mesmo fogem de casa com a nova pessoa (sabe-se lá quem!) conhecida pela Internet. Diante deste mundo novo de tecnologias que deslumbra os novos fazendo desconfiar os mais velhos, como gerir, como lidar, como educar, como transmitir princípios de vida (que são sempre vistos como “imposição moral”, quando comparados com a total liberdade da net)? Que fazer de significativo, tanto mais que a vertigem é tão forte e as maravilhosas tecnologias são hoje – é um facto objectivo - um dos principais entraves nas linguagens do diálogo de gerações? Os problemas são tanto mais graves, e são questões sociais do bem comum de todos nós, quando, diante de uma (certa) desagregação da ordem familiar e da falta de tempo de todos em conversar, o adolescente, no silêncio, vai… (como referia uma reportagem alarmante de há dias) a ponto de acreditar em tudo o que lhe dizem do “outro lado”, dá as indicações da morada, abre a casa a estranhos, dá as jóias dos pais, foge com o amor virtual encontrado à pressão... (e tudo enquanto os pais estão a trabalhar ou a dormir). 
3. Claro, tudo isto que escrevemos não quer significar “receio”, mas também não se tenha “ilusão”! Se há área onde a capacidade receptiva e curiosidade do adolescente absorve toda a informação (de bom e de mau) será nesta nova dimensão comunicacional em que, por vezes, o “lixo” é transformado em “tesouro”. Mas, mais que tudo, como sabemos, este novo mundo suscita redobradas atenções para que não sejamos surpreendidos com os novos códigos de linguagens, de caminhos, de silêncios, de tácticas e fugas. É por isso que nestes tempos que correm, conseguir parar algumas horas para ajudar a ver TV, a ler jornais, a “navegar” na Net, a contactar com o mundo, poderá ser um contributo absolutamente precioso no processo da confiança entre pais e filhos e de maturidade humana e mesmo na prevenção em relação ao mundo que (infelizmente) não é o país da maravilhas. Não que signifique “fórmula ética”, mas a frase da sabedoria popular “ninguém dá o que não tem” ajuda-nos a perceber que para conseguir dar sentido e horizonte de felicidade e paz às vidas (dos vindouros) em construção temos de “SER” sempre mais. Há tempo e lugar para isto hoje?... Afinal, está em causa o essencial.


Alexandre Cruz

quinta-feira, 30 de março de 2006

Governo com dois pesos e duas medidas



Alto-comissário diz que Portugal
tem "dois pesos e duas medidas"






O alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas considerou hoje que a atitude de Portugal perante o repatriamento de portugueses do Canadá é "um caso típico de dois pesos, duas medidas" e lembrou que o país também expulsa diariamente imigrantes ilegais. Enquanto em Portugal se dava destaque "ao drama humano de famílias" portuguesas que eram expulsas do Canadá, ocorriam simultaneamente "as maiores operações de detecção de imigrantes irregulares", tendo sido notificados a abandonar o país 234 imigrantes brasileiros em situação irregular, escreve Rui Marques num artigo a publicar na edição de Abril do boletim do Alto- Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).
"Curiosamente, em nenhuma notícia era destacado que, nesse momento, se desfazia o sonho daqueles imigrantes que eram obrigados a abandonar o país, nem se tinha em conta o drama humano inerente", diz Rui Marques no artigo intitulado "Os nossos e os outros".
Rui Marques adianta ainda que o "contraste" merece uma reflexão sobre "a clarificação do fenómeno da imigração irregular". "Na sua esmagadora maioria, os imigrantes irregulares são pessoas que permanecem e trabalham num dado país, não tendo para isso autorização desse Estado.
Não são criminosos: são trabalhadores não autorizados. Merecem, por isso, um tratamento humano e uma compaixão expressa a todos os níveis: nomeadamente social, mediático e político", sublinha. O alto-comissário realça que este princípio é válido quer para Portugal, quer para o Canadá.
Ao defender que "os circuitos de imigração irregular devem ser combatidos e desincentivados", Rui Marques destaca que quando é aplicada a lei aos ilegais deve ter-se em conta "o pleno respeito pela dignidade humana que começa na acção das autoridades e termina na mentalidade e atitude de cada um de nós".
:
Fonte: PÚBLICO on-line

Internet é já solução para muitas coisas

Mais de um milhão de declarações do IRS foram entregues pela Internet
Mais de um milhão de de-clarações de IRS foram entregues pela Internet até ao dia 27, anunciou o Ministério das Finanças, que realça o crescimento superior a 30 por cento em relação ao ano passado. E como o prazo para a entrega de modelo 3 do IRS referente aos trabalhadores por conta de outrem e pensionistas foi prolongado até dia 4, o Ministério admite que a adesão à via electrónica para entrega das declarações ainda pode ser maior. Entretanto, cerca de 100 mil declarações, ou seja, 10 por cento, foram alvo do sistema de alerta para detectar erros no preenchimento, o que permitiu aos contribuintes fazer a correcção dos dados na hora.

“Jesuítasnet – Jornal on-line”

Saiu, há dias, um jornal on-line, da Província de Portugal da Sociedade de Jesus. Tem como director Luís Rocha e Melo SJ e como redactor principal João Caniço SJ, padre natural da diocese de Aveiro. Sendo certo que o “Jesuítasnet – Jornal on-line” não vem substituir o “Boletim Jesuítas – Informação aos amigos", fica garantido que se trata de uma mais-valia para se conhecer melhor a acção da Sociedade de Jesus em Portugal e um pouco de todo o mundo. Diz o director na Apresentação que “é maneira acrescida de informação e comunicação rápida entre jesuítas e seus amigos” e que os próximos números serão mais breves. Também sublinha que esta publicação on-line sairá “sempre que houver notícias a comunicar”. O novo jornal on-line pode ser visto em www.jesuitas.pt/jesnet Os interessados em recebê-lo têm de o comunicar via e.mail.

As minhas escolhas

No Correio do Vouga Entrevista a Rachid Ismael, director do Colégio Islâmico de Palmela
"A indignação é um direito
mas não justifica a violência"
A religião islâmica está no centro das atenções por vários motivos, nem sempre os melhores. Porque não há paz no mundo sem paz entre as religiões e, para isso, o primeiro passo é o conhecimento mútuo, o Correio do Vouga entrevistou Rachid Ismael. O imã muçulmano e líder da comunidade islâmica de Palmela esteve em Sever do Vouga, onde participou num debate na Escola Secundária, no âmbito das aulas de EMRC.
:
Rachid Ismael é director do Colégio Islâmico de Palmela, escola onde se ensina o currículo normal do 1º ao 3º ciclo. Paralelamente, os alunos têm aulas de religião muçulmana duas horas por dia. Entre os alunos há dez que não são muçulmanos.
Desses dez, cinco frequentam as aulas de religião muçulmana.Na margem Sul do Tejo, zona de influência da Mesquita de Palmela, há cerca de 10 mil muçulmanos.
Em Portugal, no total, há 40 mil seguidores do profeta Maomé.
:
(Para ler a entrevista, clique Correio do Vouga)
:
Foto de um "site" brasileiro

Na antiga Capitania, no dia 1 de Abril

“O sentido da vida:
Que horizontes?”
em exposição No próximo sábado, 1 de Abril, pelas 17 horas, na sede da Assembleia Municipal de Aveiro (antiga Capitania), vai ser inaugurada uma exposição de Artes Plásticas, tendo por tema “O sentido da vida: Que horizontes?”. A iniciativa é da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte. A exposição reúne um conjunto de obras de vários artistas convidados e ficará patente ao público até 23 de Abril, podendo ser visitada entre as 14 e as 19 horas. Na sessão de abertura, o padre António Rego, jornalista e docente da Universidade Católica Portuguesa, abordará o tema que foi proposto aos artistas. No dia 20 do mesmo mês, pelas 21.30 horas e no mesmo local, D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, fará uma conferência sobre “O sentido da vida à luz da arte cristã”. Depois da cerimónia de abertura, os artistas Gaspar Albino e Claudette Albino orientarão uma visita guiada, apresentando, um a um, todos os trabalhos expostos. Uma litografia alusiva ao motivo da exposição, da autoria de Gaspar Albino, numerada e de edição limitada, será posta à venda no dia da inauguração da colectiva de Artes Plásticas. Dada a importância desta mostra, convidam-se todos os amantes da arte e da cultura a estarem presentes na inauguração e a assistir às conferências programadas.

CUFC: Pessoa com deficiência em debate

Director da CERCIAV
no Fórum::UniverSal
No próximo dia 5 de Abril, pelas 21 horas, no CUFC (Junto à Universidade de Aveiro), o director da CERCIAV, Fernando Vieira, vai animar um debate do Fórum::UniverSal, espaço de reflexão aberto à comunidade universitária e aos demais interessados.
Fernando Vieira, que desde há 30 anos apoia pessoas com deficiência, estará no CUFC para conversar sobre “A pessoa com deficiência... uma realidade escondida?”
O encontro será moderado por Miguel Oliveira.

Um artigo de D. António Marcelino

FACILITAR
O DIVÓRCIO?
AINDA MAIS? Ninguém pode negar aos grupos políticos, com assento parlamentar, o direito de proporem o que quiserem para que seja lei. Mas, também, nenhum grupo político pode negar ao simples cidadão ou a grupos atentos, o direito de se pronunciarem sobre as propostas apresentadas, sejam elas acordadas com troca de favores, ou anunciadas nos jornais com intento de criar ambiente propício à sua aceitação pela opinião pública. Em muitos casos, pensa-se e propõe-se à revelia da ética, do bem comum, do serviço claro à sociedade no seu conjunto e faz-se tábua rasa do respeito devido às pessoas, aos direitos humanos fundamentais, às instituições estruturantes da comunidade nacional, ao conhecimento da realidade, à destruição provocada por leis que se apoiaram em maiorias interessadas, desprezando o interesse e os direitos dos cidadãos em geral. O BE anunciou antes e apresentou depois, uma proposta de lei para facilitar ou “agilizar” o divórcio. Segundo o proponente “o único motivo que deve bastar para o divórcio é a vontade expressa de um dos cônjuges”. Acrescenta, ainda, que se trata da “mais importante proposta de modernização do direito da família”. Faz pensar. As leis divorcistas portuguesas são as mais facilitadoras da Europa, feitas, por certo, por muita gente divorciada ou a caminho, ávida por captar simpatias e votos em franjas sociais, sobretudo de jovens, com intuito de agradar e alcançar esse objectivo. Ora, a razão de ser das leis não é satisfazer interesses partidários, mas o bem comum dos cidadãos. O apoio claro e permanente aos casais, livremente comprometidos num projecto comum e dispostos ao esforço normal para o levar a bom termo, sempre e muito especialmente quando há filhos, é cada vez mais desconsiderado por quem faz as leis e esquece o dever constitucional de defender a família. Hoje “agiliza-se” e propicia-se, de modo inconcebível, o que fragiliza a relação conjugal e os deveres dos cônjuges e dos pais. De comum acordo, já entre nós se faz um casamento no sábado e se pede o divórcio na segunda-feira. Por isso mesmo e por razões secundárias, depois de uma lua de mel tumultuosa alguns novos cônjuges já não regressam juntos à casa que sonharam e construíram. Para que preparar a sério o casamento ou superar no mesmo as dificuldades normais, quando se pode, legalmente e de imediato, “passar a outra”, sem incómodo de maior? As leis actuais, cumpridos prazos, são favoráveis à irresponsabilidade de correr atrás do que agrada mais. Ao mesmo tempo, penalizam, injustamente, os que lutam, perdoam e esperam. Assim se multiplica o número de vítimas inocentes, a favor de quem não está para assumir culpas, fazer esforços e ser fiel a compromissos. Para trás ficam muitas pessoas destruídas, sonhos e projectos desfeitos. O divórcio deixa, em gente séria, feridas dolorosas e, muitas vezes, também, crianças inseguras e envolvidas em ódios inconcebíveis ou em carinhos descontrolados dos pais que os geraram. Vidas a prazo, filhos a prazo. É isto o que quer “agilizar, ainda mais, o BE? O legislador não pode olhar apenas o metro quadrado da sua ideologia ou do seu interesse. Tem de ver o país concreto, onde a família é o grande valor, e considerar a realidade sem preconceitos. Nunca aqueles que interferem na feitura das leis podem desconhecer o país e os seus valores culturais, nem fechar os olhos ao que se passa ou ter apenas dos problemas uma visão unidimensional. A afirmação que muitos jornalistas acriticamente veiculam e a que o poder político dá guarida, de que são “os sectores mais conservadores e da Igreja Católica” que estão a travar o progresso, é a expressão do atraso cultural, da negação da vida democrática, do desprezo pelo bem comum, da premeditada alteração da hierarquia dos valores em que assenta a dignidade, a segurança e o futuro de um povo. O divórcio é uma epidemia corrosiva que destrói o tecido social, porque a família é a sua força mais consistente. Se em algum caso é a solução possível de problemas graves e direitos espezinhados, chegou-se, entre nós, ao limite de fazer, legalmente, do casamento, uma brincadeira social. O legislador sério não pode deixar de ter consciência de tudo isto. Se for capaz de o compreender e fazer.
:
Foto de um "site" brasileiro

quarta-feira, 29 de março de 2006

Um artigo de Pedro Rolo Duarte, no DN

Se fosse nos EUA, era igual 

Vou poupar pormenores e sentimentos profundos, íntimos e pessoais, nos dois mil e poucos caracteres desta coluna, e tentar ser objectivo e claro: na semana passada, perdi o meu irmão António na sequência de uma operação que começou por ser "delicada mas comum" e rapidamente se transformou numa tragédia sem fim. Tanto quanto percebi das palavras sempre rigorosas do professor Diniz da Gama, o tabaco esteve presente na origem da doença que obrigou à operação - e depois também no falhanço da própria operação. Julgo não exagerar se disser que o tabaco matou, aos 51 anos, o meu irmão.
O meu irmão António era um fumador inveterado. Como o meu pai. Como eu. No meio daqueles dias devastadores, ouvi alguém dizer perto de mim: "Se fosse nos Estados Unidos, a família ficava rica. Processava a Tabaqueira e ganhava de caras." A frase ficou a ecoar na minha cabeça até à noite em que estou a escrever. "Se fosse nos Estados Unidos..." Se fosse, era tudo diferente? 
Provavelmente, não. Advogados e dinheiro, tempo e dinheiro, lentidão e dinheiro. Esperar a exasperar. Não confiar. Perder a força e a vontade. Não acreditar. Desistir. Penso nesse quadro e desisto antes mesmo de me perguntar sobre a eventual imagem do Dom Quixote a lutar contra moinhos de vento. 
Prefiro lutar comigo próprio e deixar de fumar. Há 35 anos, quando o meu irmão António começou a fumar, ou há 25 anos, quando eu comecei, ninguém dizia que o tabaco matava. Dizia-se que era "coisa para adulto" (como beber café ou sair à noite). O meu irmão António, como eu, foi "apanhado" na teia de um vício que, no que à dependência diz respeito, em nada difere da mais dura das drogas. E ficou refém do seu vício até ao último minuto. Quem não fuma, nunca entenderá este drama. 
Ser nos Estados Unidos ou em Portugal é absolutamente indiferente: o meu irmão António, cá ou lá, não está mais por perto a contar piadas e a inventar histórias divertidas. Cá ou lá, nas Tabaqueiras todos continuam a trabalhar tranquilamente. Impunemente. O Estado, cá ou lá, cobra para se sentir aliviado do fardo. 
E cá ou lá, há uma pergunta que há 25 ou 35 anos não fazia sentido, mas hoje faz: quem pode não começar a fumar, num tempo em que toda a informação é taxativa sobre a matéria, porque o fará?

Museu de Aveiro

Botica Conventual Oficina: Mezinhas e unguentos, remédios de outros tempos. Um projecto destinado aos alunos dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico : A visita oferece o desenvolvimento do tema “Botica Conventual”, salientando a sua importância dentro e fora do Convento. A visita tem como espaço central o “armário da farmácia” e um herbário, através do qual é possível a identificação de certas plantas e a sua aplicação nas práticas curativas, nos cuidados de higiene e na culinária da época. Na oficina complementar os alunos podem manusear plantas permitindo-lhes assim fazer o reconhecimento de texturas e cheiros, bem como manipular diversos componentes naturais usados na época. Horário das visitas escolares: De terça a sexta-feira, das 10:00 às 12.30 e das 14 às 17.30 horas A marcação de visitas deverá ser feita com duas semanas de antecedência.
:
Contactos:
Museu de Aveiro
Avenida Santa Joana Princesa
3810–329 Aveiro
Tel. 234 423 297
Fax. 234 421 749

Uma reflexão da CNJP para a Quaresma

"Recuperar a alegria de viver e o nosso compromisso com o mundo"
"Que existam pessoas – e estimam-se em cerca de dois milhões, no nosso País – com rendimentos insuficientes para garantir um padrão de vida decente é, certamente, uma situação que não podemos tolerar. Antes do mais, por razões de dignidade humana; mas também porque um tão elevado número de excluídos é, obviamente, um factor de tensão e conflitualidade, com inevitáveis consequências para a coesão social e para um desenvolvimento humano e sustentável.
A pobreza e a exclusão social não podem ser vistas apenas à luz fria dos indicadores estatísticos. Por detrás dos números, estão rostos e vidas de homens, mulheres, crianças, jovens e idosos.
Pessoas a quem a falta de recursos monetários, a doença, a precariedade do trabalho e os baixos salários, o reduzido nível de escolaridade, a desintegração familiar e outros factores, não permitem que, por si sós, vençam as barreiras da pobreza e da exclusão.
Pessoas que não encontram habitação digna a preço acessível, ainda que, nas nossas cidades, vilas e aldeias, muitos alojamentos estejam por utilizar.
Pessoas a quem a escola não conseguiu cativar e preparar para a vida.
Pessoas vítimas de exploração no trabalho por parte de alguns empresários sem escrúpulos e de um sistema socio-economico-político que não previne – antes produz – exclusão social.
Pessoas que vieram de outros países em busca de melhores condições de vida, mas que, também aqui, ou não conseguiram singrar ou porque, tendo perdido as raízes dos seus países de origem, não se sentem integradas na sociedade em que vivem.
Pessoas sem-abrigo e vivendo da esmola ou do furto.
Pessoas frágeis na sua relação com o álcool, a droga, a promiscuidade, etc.
Pessoas para quem a pobreza é persistente e conhecida desde tenra idade; uma herança que receberam de seus pais.
Pessoas para muitas das quais pobreza significa morte."
:
(Para ler toda a mensagem da CNJP (Comissão Nacional Justiça e Paz), em espírito de reflexão e de compromisso para o tempo que vivemos, o nosso tempo, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Posted by Picasa
Aveiro: Quartel de Sá (Início do século XX).
À direita vê-se o fontanário

Um artigo de António Rego

A geração MP3 Bill Gates já tinha profetizado, há algum tempo, que o DVD – sucedâneo das cassetes de imagem – estava em vias de extinção porque a magia do computador aliada à televisão interactiva alcançaria uma solução mais perfeita (e certamente mais rentável). Agora voltou atrás subscrevendo um dos modelos de disco com maior capacidade e qualidade, a chegar ao mercado. Tudo isto não passaria de mais um evento técnico e comercial se se não inscrevesse na panóplia de peças que se escondem na mochila e na cabeça da juventude de hoje, que alguém já classificou de “chipada”. Parece, à primeira vista, que durante muitos séculos, havia um gráfico homogéneo que definia as diversas gerações. Certamente durante milénios os adultos pensaram o mesmo dos jovens. E os jovens terão dito o mesmo dos mais velhos. Pelo menos dentro dos padrões culturais mais próximos e a que fomos tendo acesso mais pelas histórias do que pela História. Não é muito fácil definir “novas tecnologias” na área dos consumíveis. Trata-se de instrumentos com uma curtíssima esperança de vida. Envolvidos no mercado, nascem com estonteante pressa de morrer, para dar lugar a uma nova geração ou topo de gama que deve ter os dias contados, para se tornarem rentáveis e competitivos. E assim sucessivamente.Que usam hoje os adolescentes e jovens? Um emaranhado infindável de siglas numéricas que significam som, imagem, comunicação, grafia, resposta, pressa, instinto, sensibilidade, prazer, interacção. Um compêndio de filosofia e moral em módulos e chips. A maior parte acedida pela Net, ou televisão, ou grupo, ou por um amigo. E propaga-se alegremente em pirataria, espécie de truque dos pobres e mercado clandestino que afecta os criadores e os vendedores. Este pacote de levíssima ponderação tornou-se companhia e centro de procuras, trocas, prendas e negócios, consoante as idades.
Que benefícios e estragos gera toda essa tralha nos neurónios e afectos dos utentes? Possivelmente molda uma juventude como Presley marcou a de cinquenta e Dylan a geração seguinte. E correm, entretanto, décadas marcadas pelo rap, pelos dinossauros, pela mecânica, pela tatuagem, pelas cores, pelos jogos electrónicos, pelos grafiti, pelos códigos, pelo imediato, pela transgressão como forma de originalidade. E por muito mais, que não é nem soma nem subtracção de análises sempre imperfeitas. Estamos perante uma sequência aparentemente incontrolável de evoluções rápidas que parecem fazer estremecer os valores patrimoniais lentamente cotejados pelas evoluções dos milénios que nos precederam. A análise mais simplista reconduz sempre à lamúria clássica de no meu tempo não era assim ou os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso ir paciente e inteligentemente mais longe para compreender que as gerações e culturas não se edificam nem tombam com duas palavras de ordem. A humanidade é um contínuo vaivém mesmo no meio de convulsões que parecem radicais. O desafio cristão implica a pesquisa de padrões mais sólidos que a comparação moralista com as gerações mais recentes. Tentando sobretudo compreender o que pretendem exprimir em tantos gestos e palavras que surgem simplesmente como absurdos à análise de superfície. E aprendendo com eles os valores que, desarrumadamente, nos transmitem. É um erro primário dizer que os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso descobri-los no meio dos decibéis do MP3 e das senhas que, continuamente, trocam entre si e com os que com eles procuram dialogar. Sem diabolizar nem beatificar pelas primeiras impressões.

terça-feira, 28 de março de 2006

CNIS apresenta nova direcção aos partidos

Padre Lino Maia encontrou-se com o PCP O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Pe. Lino Maia, encontrou-se hoje com Jerónimo de Sousa na sede do PCP, em Lisboa.
O líder comunista argumentou que a Constituição da República prevê o carácter complementar das acções das instituições de solidariedade e manifestou a disponibilidade do grupo parlamentar do PCP para “contribuir para clarificar o estatuto legal e o papel” daquelas instituições.
Por seu lado, o Pe. Lino Maia, que pediu a reunião com o PCP e com os outros partidos para apresentar os novos órgãos sociais da CNIS, eleitos em Janeiro, destacou a necessidade de o Governo fazer uma “diferenciação positiva” nos acordos de cooperação com as instituições.
A CNIS é a principal organização representativa das instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s – em Portugal. Congrega milhares de associações que operam no apoio aos idosos, à infância e aos deficientes e a outras situações de carência, como populações de bairros desfavorecidos.
:
Fonte: Ecclesia

Ainda o caso do afegão convertido

Afegão convertido
ao cristianismo
pede asilo no estrangeiro
O afegão Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por se ter convertido ao cristianismo, pediu asilo no estrangeiro, anunciou ontem a ONU em Cabul.
"Abdul Rahman pediu asilo fora do Afeganistão", indicou um porta-voz das Nações Unidas, Adrian Edwards, acrescentando que o afegão espera que um dos países interessados o acolha para "dar uma solução pacífica ao seu caso".
O Supremo Tribunal afegão decidiu este Domingo suspender o processo do muçulmano convertido ao cristianismo. A Santa Sé divulgou algumas passagens da carta que o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, enviou em nome do Papa a Hamid Kazai.
Na missiva, com data de 22 de Março, afirma-se que o apelo de Bento XVI em favor de Rahman é baseado numa “profunda compaixão humana”, na “firme convicção na dignidade da vida humana” e no “respeito pelo direito à liberdade de consciência e religião de cada pessoa”.
Abdul Rahman, 41 anos, foi detido há três semanas em Cabul porque, quando trabalhava no Paquistão, há 16 anos, abandonou o Islão e converteu-se ao cristianismo, um acto que é passível de pena de morte, segundo a ‘sharia’ (lei islâmica), que vigora no Afeganistão.
:
Fonte: Ecclesia

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

O Humor e a Guerra Mesmo sendo certo que a vida real é composta de drama e comédia, muitas vezes com forte predominância do primeiro, também é certo que o Cinema prefere marcar de uma forma clara o género em que insere determinada obra. As comédias são para rir; os dramas para "chorar". Com o avançar dos anos tal atitude foi-se diluindo, tomando uma posição, cada vez mais forte, a chamada comédia dramática, em que o mundo se vê um tanto mais equilibrado, com vertentes risonhas convivendo com outras em que a felicidade não tem lugar.Quando, em 1997, Roberto Benigni realizou "A Vida É Bela", até certo ponto abriu-se uma nova janela. A vertente humorística era suficientemente marcada para ser inegável estarmos perante uma comédia; a vertente dramática era tão dura que não podia deixar de despertar cruéis memórias - recordações para uns, informações para outros - de uma dureza incontornável. Benigni repete a receita em "O Tigre e a Neve". Não temos já os nazis e os seus crimes de guerra sobre populações civis, mas antes a situação iraquiana resultante de uma guerra que inicialmente pareceu demasiado fácil. Uma vez mais o espectador se confronta com um actor que actua em tom de farsa, dirigido por um realizador - que é a mesma pessoa - que aprofunda e trata os acontecimentos de forma a deixar bem viva a expressão da crueldade humana. Dois estilos contraditórios, com os mesmos factos observados ou observáveis sob as duas diferentes perspectivas. Tirar humor das desgraças de cada personagem não é trabalho fácil, sobretudo quando se quer manter a verdadeira dimensão do drama sofrido. Pode dizer-se que Benigni iniciou um novo estilo de comédia/drama, capaz de chocar alguns espectadores mas que tem a qualidade de expor uma sólida crítica social, mesmo que esta só seja assimilável com uma cuidadosa leitura de cada obra e o abandono de alguns preconceitos que se possam opor à forma de tratamento do tema.

Afegão que se converteu ao cristianismo foi libertado

Pressões internacionais
devem ter pesado
na decisão da Justiça afegã
O afegão detido e ameaçado de morte por se ter convertido ao cristianismo foi libertado da prisão, anunciou hoje o ministro afegão da Justiça, Sarwar Danish. De acordo com o ministro, o cidadão Abdul Rahman "foi libertado da prisão segunda-feira à noite". Poucas horas antes, o procurador-geral adjunto de Kabul tinha anunciado que Abdul Rahman estava livre "para sair da prisão". "Tomámos a decisão de o libertar e enviámos nesse sentido uma carta ao Ministério da Justiça", disse o procurador-geral adjunto, Mohammed Aliko. Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por ter renegado o Islão e se ter convertido ao cristianismo, tinha sido detido há duas semanas e, segundo a lei islâmica, incorria na pena de morte.
Depois de conhecida a prisão do afegão por se ter convertido ao cristianismo, as pressões dos países que mantêm tropas no Afeganistão e outras dos defensores dos Direitos Humanos devem ter pesado na decisão da Justiça daquele país muçulmano. Isto prova que o mundo deve continuar atento a estas ofensas aos Direitos Humanos, para que os homens e mulheres possam livremente optar pelas ideias e ideais que considerem mais justos.
E a propósito, quando é que os cidadãos e cidadãs livres do mundo encetam campanhas para que as mulheres em muitos países islâmicos deixem de ser tratadas como escravas? Quando é que a ONU e outras organizações internacionais se unem para acabar com a discriminação das mulheres, sobretudo nas nações islâmicas? Não é sabido que elas não possuem os mais elementares direitos cívicos, políticos e sociais, em nome do Corão, que o mesmo é dizer de Alá, o Deus único?
F.M.

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Cheias de 1938, na Praça Melo Freitas

segunda-feira, 27 de março de 2006

Sócrates contra a burocracia

José Sócrates apresenta hoje 400 medidas contra a burocracia
Não há nenhum português, minimamente inteligente, que não conheça as barreiras burocráticas que dificultam a vida a toda a gente. Em qualquer repartição, para resolver assuntos por mais elementares que sejam, são exigidos papéis e mais papéis, obrigando o contribuinte a recorrer a todas as suas forças para manter a serenidade.
E se é verdade que os Governos, desde o 25 de Abril, têm prometido simplificar a vida aos portugueses, também é certo que só José Sócrates conseguiu dar o pontapé de saída para se iniciar a longa caminhada que se impõe, no sentido de acabar com tanta papelada inútil, que servia somente para nos aborrecer a todos.
Não vamos discutir aqui se o Governo socialista está a fazer tudo certo, mas temos de reconhecer que está a fazer o que é preciso. As eventuais correcções, que serão inevitáveis, virão depois.
Já sei que não hão-de faltar políticos que, uma vez mais e como todos sabemos, não deixarão de criticar as propostas de José Sócrates. Sabemos isso, porque a nossa democracia, que nunca mais atinge a maturidade, é dominada por certos políticos profissionais, que somente sabem dizer mal de tudo e de todos, menos deles próprios. São os tais que tudo reprovam, mas que, quando passaram pelos Governos, nada fizeram de relevante para acabar com a burocracia, que é a mãe de todos os entraves ao progresso.
Reformas desta natureza são sempre difíceis de levar por diante. Há os eternos burocratas, gente instalada que gosta de passar a vida a mexer em papéis, mesmo sabendo que os mesmos vão, no dia seguinte, encher gavetas e estantes, onde ficam à espera que a traça os domine. Há também os lóbis que precisam da burocracia como de pão para a boca e que apostam continuamente em mater o statu quo, unicamente para alimentar os inimigos do progresso.
As 400 medidas hoje anunciadas vão, decerto, tornar a vida mais fácil para os portugueses, se não houver boicotes e se todos colaborarmos nesta aposta do Governo, porque os beneficiários seremos nós próprios.
Os velhos do Restelo, que fazem parte da nossa maneira de ser e de estar na vida, e que Camões tão bem eternizou, não deixarão a praia para barafustar. Mesmo que a maioria passe ao lado e não lhes dê crédito. É o que eles merecem.
Fernando Martins
:
(Para saber mais, clique aqui)

domingo, 26 de março de 2006

AVEIRO: NA FÁBRICA-CENTRO DE CIÊNCIA VIVA

Até 25 de Junho "Fotógrafos da Vida Selvagem 06"
Pelo segundo ano consecutivo as fotografias da vida selvagem invadem a Fábrica. Peixes, pássaros, ursos e orangotangos habitarão o espaço da Fábrica ao longo de quatro meses e invadem o espaço da Fábrica com muitas actividades! Venha descobrir e conhecer, até 25 de Junho, os mais recentes inquilinos da Fábrica! Esta exposição resulta do mais prestigiado concurso mundial de Fotografia de Natureza. Promovido pelo Museu de História Natural de Londres e pela revista BBC Wildlife, o concurso parte de cerca de 20 mil fotografias proveniente de mais de 50 países de fotógrafos amadores e profissionais. As fotografias vencedoras e finalistas do concurso estão em exibição durante todo o ano em várias partes do mundo. Aveiro fica no mapa desta grande exibição! Uma exposição de Fotografia é normalmente contemplativa mas, na Fábrica, as imagens de natureza invadem todo o espaço com muitas actividades. Está disponível um guia pedagógico que permite aos mais novos poderem aprender a observar de uma forma cuidadosa as fotografias. Nesta exposição estão igualmente disponíveis módulos interactivos onde os visitantes podem conhecer a forma de visão de um morcego ou de uma minhoca, “limpar” uma parede interactiva para encontrar os animais que se escondem debaixo de uma cortina de sombra ou fazer um conjunto de borboletas levantarem voo ao soar de palmas. Para os mais pequenos existe um tapete mágico onde vive um coelhinho branco e a cada passo, despontam malmequeres brancos. É igualmente possível observar com binóculos pássaros escondidos na Fábrica ou conhecer a idade das árvores através da contagem dos seus anéis. Desta forma esta exposição transforma-se num espaço de descoberta e aprendizagem fascinante. Muitos grupos sociais, desportivos, etc., escolhem animais para seu símbolo, porque desde há milénios o Homem lhes foi atribuindo os poderes que a sua imaginação não conseguia explicar de outra forma. A compreensão sobre o valor deste projecto contaminou a sociedade alastrando às empresas e associações que entenderam colaborar, adoptando uma fotografia como se de um animal se tratasse. Graças a eles, podemos disponibilizar aos mais novos o guia pedagógico a um preço simbólico. Preço de venda ao público do guia pedagógico 2,00€
:
(Para conhecer horário, clique UA)

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Que dizemos
quando dizemos 'Deus'?
As estatísticas dizem que a fé em Deus está em queda, concretamente na Europa. Mas a pergunta que é preciso fazer é esta: em relação a que Deus é que a fé está em queda? O que é que dizemos, quando dizemos "Deus"?
O quê é ou quem é propriamente Deus? Esta questão é tanto mais urgente quanto é verdadeiro aquele passo célebre de Martin Buber: Deus é "a palavra mais carregada e onerada de todas as palavras humanas. Nenhuma foi tão manchada, nenhuma foi tão estragada. De geração em geração, com os seus partidos religiosos, os homens desfizeram esta palavra: por ela mataram e por ela morreram. Massacram-se uns aos outros e sempre em nome de Deus. Devemos, pois, respeitar os que proíbem o seu uso, dado que querem rebelar-se e insurgir-se contra este modo escandaloso de justificar o arbitrário em nome de Deus".
A que Deus é que Mestre Eckhardt pedia que o libertasse de Deus? Que Deus é esse cuja morte por assassínio Nietzsche mandou proclamar pela boca de um louco? Se Deus nos aparecesse, dizendo-nos: "Aqui estou eu, sou eu o Deus", como é que o reconheceríamos, como saberíamos que era ele?
Depois, há aquela estória: um homem foi ao céu, pois tinha-lhe sido dado o privilégio de falar directamente com Deus. Quando voltou da audiência, caíram os jornalistas sobre o afortunado, perguntando: "Afinal, como é Deus, como é ele?" Resposta: "She is black." Não é um velho, nem do sexo masculino, nem branco...
:
(Para ler todo o artigo, clique aqui)