domingo, 7 de agosto de 2005

Brevíssimas notas sobre a simbólica do pão

Posted by Picasa A carga simbólica do pão
É possível que poucas coisas existam com maior carga simbólica que o pão. Mais do que mero alimento - ainda que de todos os alimentos o mais básico - o pão significa “o alimento” por excelência. As razões dessa carga são históricas antes de serem algo mais. O pão foi o primeiro alimento transformado pelo ser humano e por ele consumido em larga escala, surgido na História Humana nos alvores do Neolítico.
Politicamente, o pão começa cedo a carregar uma carga simbólica. Na Antiguidade Clássica, o poeta latino Juvenal dizia que Roma era governada à custa do pão e do circo (alimentação e diversão gratuitas), assim se inibindo as revoltas populares. Na Idade Média europeia o pão é a base da alimentação juntamente com o vinho. Logo aí se identifica com “o alimento”. Mas também socialmente o pão tem, desde cedo, significado diverso. O pão do povo era meado (com dois cereais), terçado (com três cereais), quartado (com quatro cereais). Trigo, milho miúdo, centeio, cevada, bolota, bagaço de azeitona eram alguns dos ingredientes desse pão popular. Mas os grupos sociais privilegiados e dominantes comiam um pão feito essencialmente de trigo; era o pão branco, o pão alvo que os famintos desprotegidos ambicionavam.
O fim do Antigo Regime é simbolicamente marcado também pelo pão. A Revolução Francesa ocorre numa época de crónicas más colheitas (logo, escasso pão) a que o caduco sistema absolutista não consegue colocar cobro. A frase que Maria Antonieta dirige às esfomeadas massas populares parisienses (“Não têm pão? Então comam brioche.”), mais do que enfatizar a inconsciente tontice da rainha, marca o dobrar de finados de um mundo velho (o do clero e da nobreza) e o nascimento de um mundo novo (o da burguesia e do povo). Não será por acaso que a generalização do pão alvo de trigo ocorre após o triunfo das Revoluções Liberais.
(Para ler o texto completo, clique aqui e vá para "Observatório")

BACALHAU em pintura e escultura na Barra

Posted by Picasa O FIEL AMIGO FOI TEMA DE EXPOSIÇÃO
Quem chega à Praia da Barra, mesmo no largo do Farol há uma exposição de pintura e escultura que tem por tema o bacalhau, outrora catalogado como Fiel Amigo. E pelo que vi, ontem à noite, há sempre quem goste de dar uma olhada, até porque não falta imaginação.
Num trabalho exposto lá estava um poema de Sophia, que diz assim:
O Mar As ondas quebram uma a uma Eu estava só com a areia e com a espuma Do mar que contava só para mim

FOLCLORE NA PRAIA DA BARRA

Posted by Picasa Isabel e Acácio do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré Para revisitar o passado
Ontem à noite houve folclore na Praia da Barra, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e apoio da Câmara Municipal de Ílhavo. Foi uma festa integrada nos programas de Verão que a autarquia ilhavense oferece aos veraneantes. No mesmo dia e à mesma hora, na Costa Nova, foi inaugurada a remodelação da frente da ria, um espaço que agora proporciona aos frequentadores daquela estância balnear um ambiente moderno e de muito bom gosto. Dele daremos imagens ainda esta semana. Um festival de folclore é sempre uma oportunidade para revisitar o passado do nossos avós. Danças e melodias que só o povo soube criar, trajes que os nossos avoengos usaram em dias de trabalho e de festa, de gente pobre e rica, e a alegria de quem ao folclore se dedica de alma e coração, por todo o País, puderam ser apreciados e revividos ontem, mesmo em frente ao Farol, um dos mais altos da Europa.

sábado, 6 de agosto de 2005

GUIA DO BANHISTA nas praias da Barra e Costa Nova

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CÂMARA DE ÍLHAVO
edita Guia do Banhista
A Câmara de Ílhavo editou e vai divulgar, entre todos os frequentadores das praias do concelho, o GUIA DO BANHISTA, que insere nas suas páginas preciosas recomendações destinadas a todos, em especial aos mais descuidados. Conhecer o significado das bandeiras e as melhores horas para exposição ao sol, entre outros conselhos, são normas importantes para todos os veraneantes.

FOGOS: Liga para a Protecção da Natureza alerta

Portugal arde mais do que Europa por falta de educação ambiental
A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) atribui à falta de educação ambiental a elevada taxa de incêndios em Portugal relativamente à Europa e defendeu maior intervenção do Governo neste âmbito, para combater a negligência. Em comunicado, a LPN indica que Portugal "tem sete vezes mais incêndios por mil hectares do que Espanha, 20 vezes mais do que a Itália e 22 vezes mais do que a Grécia".
Para a organização, falta sensibilizar a população para evitar actividades de risco elevado, como as queimadas e queimas de resíduos agrícolas.
Os ambientalistas declaram-se "atónitos" quando o responsável pela Autoridade para os Incêndios Florestais "pede às pessoas 'para terem cuidado com as queimadas' quando tais actividades estão completamente proibidas durante o período crítico de incêndios".
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Portugal continua a arder

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Muitos já nem lágrimas
têm para chorar
Portugal continua a arder. Não no sentido metafórico, mas real. O espectáculo dantesco das labaredas que tudo devoram dá-nos imagens terríveis e mostra-nos dramas de gente, muita gente, que sobre. Vidas inteiras de trabalho são consumidas pelas chamas implacáveis num ápice. Muitos já nem lágrimas têm para chorar. E não se vislumbram soluções para esta tragédia que se repete ano após ano. A maior mancha de pinheiros da Europa, o nosso petróleo verde, pode ficar reduzida a cinzas deixando milhares de compatriotas nossos com a roupa que trazem vestida. Floresta, casas, animais e outros bens queimados pelas chamas, normalmente de pessoas nada abastadas, tornam Portugal mais pobre, exigindo de todos nós, do Governo e das instituições sociais, uma solidariedade sem limites e rápida. Depois da solidariedade, é chegado o momento de se procurarem soluções que erradiquem de vez estas tragédias, repetidas todos os anos. Os técnicos e os políticos, os especialistas e académicos, todos, enfim, devem dar as mãos para tentarem descobrir, com bases científicas, os melhores e mais rápidos remédios para estes males que nada perdoam. As despesas dos combates aos fogos florestais, que são enormíssimas, podem muito bem ser aplicadas em sistemas de prevenção e de vigilância. Mas também num maior número de meios de combate e numa ampla mobilização de profissionais que, de alguma forma, possam complementar o trabalho, a coragem e a abnegação dos bombeiros voluntários, a quem todos tanto devemos. As imagens horríveis do País a arder, as lágrimas de dor do povo que sofre e o cansaço dos bombeiros sem sono e sem fome não podem ser uma fatalidade de todos os verões. É hora de quem sabe nos dizer qual é o caminho que urge seguir. Quanto antes. Fernando Martins

Projecto ORBIS da Diocese de Aveiro chega ao Amazonas

No silêncio barulhento das águas do Rio gigante
Enquanto o silêncio toma conta do convés, vou recordando como cheguei aqui. De África, passou um ano, a Missão volta e desta vez, para a Amazónia. O desconhecido toma conta de mim a par com outras coisas que me ajudam a seguir adiante: os companheiros de missão, o espírito salesiano que nos vai acolher, o nome de Aveiro e da sua Igreja que actua no meio dos mais pobres.
Chegámos ao Brasil via S. Paulo. Voo longo e tranquilo. De lá apanhamos ligação para Manaus, a cidade capital da selva – a Amazónia. Chegámos à meia-noite local. A trovoada era omnipresente, via-se a toda a hora no céu, mas apenas lá para cima, como que num espectáculo de fogo de artifício silencioso. Durante uma semana ficámos lá, conhecemos o meio. Depois seguimos viagem. Destino Belém, no Estado do Pará, o mais português do Brasil. Para chegar lá, teríamos de apanhar um barco, daquele tipo Vapor. O nosso era-o mesmo e tinha sido convertido, descobri a bordo mais tarde, em 1950, o “Santarém”, cruzador da Amazónia já era um navio velho.
Teríamos de atravessar o Rio Amazonas, de uma ponta à outra. Percorrer 925 milhas que separavam as duas cidades, pelo meio atravessar a selva, ver, perceber e aprender algumas coisas, misturarmo-nos com as pessoas, ser delas, com elas. Ser missionário também é isto, estar com, viver com, partilhar. Ter com-paixão por, no sentido lato da palavra: ter paixão por… Enquanto escrevo estas linhas, enquanto navego num qualquer barco cruzando o imenso Rio Amazonas, é nisto que penso e é nisto que a caneta vai discorrendo.Estou deitado numa rede, no convés de um barco: “O Santarém”. Vamos para Oeste, é noite. O Cruzeiro do Sul acompanha-nos e orienta-nos no meio de um rio que mais parece o Mar.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

PRÉMIOS para trabalhos sobre a situação da mulher

Posted by Picasa PRÉMIOS 2005
Abertura de Candidaturas até 30 de Novembro de 2005.
As Organizações Não Governamentais do Conselho Consultivo da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres abrem o concurso para os seguintes prémios. PRÉMIO
MULHER INVESTIGAÇÃO 2005 CAROLINA MICHAELISDE VASCONCELOS
para o melhor estudo de investigação e análise da situação das mulheres em Portugal. PRÉMIO
MULHER DIVULGAÇÃO 2005 ELINA GUIMARÃES
para o melhor estudo de divulgação da situação das mulheres em Portugal publicado ou transmitido nos órgãos de comunicação social portugueses. PRÉMIO
MULHER REPORTAGEM 2005 MARIA LAMAS
para o melhor trabalho de reportagem individual ou colectivo, sobre a situação das mulheres em Portugal publicado na imprensa nacional ou regional. Regulamentos disponíveis em:
www.ongcccidm.blogspot.com www.cidm.pt

JÚLIO PEDROSA: Embaixador do Hospital de Aveiro

Posted by Picasa Júlio Pedrosa Júlio Pedrosa é o novo rosto do Hospital de Aveiro
Júlio Pedrosa, antigo ministro da Educação e reitor da Universidade de Aveiro, é o novo «Embaixador de boa-vontade» do Hospital Infante D. Pedro (HIP). Aceite o convite formulado pela administração hospitalar, o docente universitário terá como missão «colaborar com a instituição na realização de contactos com a comunidade», revelou Álvaro Castro ao Diário de Aveiro.
O presidente do Conselho de Administração do HIP anunciou que uma das tarefas de Júlio Pedrosa é «tentar angariar mecenas que estejam dispostos a contribuir com a atribuição de donativos em dinheiro ou em espécie para o crescimento e melhoria das instalações» da unidade de saúde aveirense.O actual presidente do Conselho Nacional de Educação funcionará também como Provedor do Utente, recebendo eventuais queixas dos doentes sobre o funcionamento do hospital. «Mas isso não anula os mecanismos normais de reclamação», assegurou Álvaro Castro.
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

Bíblia mais antiga do mundo na Internet

Posted by Picasa "Codex Sinaiticus" pode ser uma cópia da Sagrada Escritura encomendada pelo imperador Constantino, depois da sua conversão ao cristianismo
A cópia mais antiga do Novo Testamento vai poder ser consultada na Internet por causa do trabalho de uma equipa de especialistas da Europa, do Egipto e da Rússia.
O trabalho de digitalização do manuscrito, conhecido como "Codex Sinaiticus", já está a ser executado.
Acredita-se que o "Codex Sinaiticus", escrito em grego arcaico, seja uma das 50 cópias das Sagradas Escrituras encomendadas pelo imperador romano Constantino (séc. IV), depois da sua conversão ao Cristianismo.
A Bíblia está, na sua maior parte, na Biblioteca Britânica, em Londres. "É um manuscrito muito especial, diferente de todos os outros", diz Scot McKendrick, chefe do Departamento de Manuscritos Medievais e Antigos da Biblioteca Britânica. "Em cada uma das longas páginas, de aproximadamente 34 a 37 centímetros, o grego utilizado está escrito em quatro colunas. Esse é um aspecto distintivo e fascinante dos códices: mostra como se desenvolveu o texto bíblico em certo período, como era interpretado naqueles anos cruciais do Cristianismo”, precisou McKendrick em declarações à cadeia BBC.
O projecto de digitalização é muito significativo por causa da raridade e da importância do manuscrito. O documento original é tão precioso que foi visto por apenas quatro estudiosos nos últimos 20 anos.
O "Codex Sinaiticus" contém algumas passagens do Antigo Testamento e todo o Novo Testamento. Acredita-se que tenha sido escrito no mosteiro de Santa Catarina, perto do monte Sinai, no Egipto.
O documento ficou no local até ao século XIX, quando um estudioso alemão, Constantin von Tischendorf, levou partes do manuscrito para a Alemanha e para a Rússia. O mosteiro considera que o "Codex" foi roubado.
Estima-se que serão necessários cerca de quatro anos até que todo o "Codex" seja colocado na Internet. Este tempo será usado para "fotografar o manuscrito, conservá-lo, transcrevê-lo e transformá-lo em um formato electrónico.
A Biblioteca Britânica também vai criar um site para disponibilizar o manuscrito ao público.
"O site vai apresentar o manuscrito como ele realmente é e também as interpretações para diferentes leitores, desde estudiosos até pessoas que não são especializadas no assunto, mas têm curiosidade em ver o documento e entendê-lo", diz McKendrick.
Fonte: ECCLESIA