sábado, 4 de junho de 2005

Episcopados da UE recusam abandono do projecto europeu

Resultados na França e Holanda requerem discernimento comum
A Comissão dos Episcopados da UE (COMECE) lançou um apelo aos políticos e cidadãos da União, pedindo “discernimento” sobre a responsabilidade de todos pelo “não” nos referendos sobre o Tratado Constitucional em França e na Holanda.
Esta dupla rejeição do Tratado, em menos de uma semana, é considerada pelo secretário-geral da COMECE como “um voto com múltiplos efeitos”. D. Noël Treanor rejeita, contudo, que esses resultados impliquem “a rejeição absoluta do projecto europeu”.
O Tratado já foi ratificado pelos parlamentos da Áustria, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Eslováquia, Eslovénia e Letónia, para além da Espanha, através de referendo.
Aquilo que a COMECE já tinha classificado como perda de entusiasmo dos seus povos “pela causa europeia e pela ideia de fraternidade entre todos” foi confirmado, porém, pelos resultados negativos em dois países fundadores da UE. D. Noël Treanor observa que a vitória do “não” na França e na Holanda “traduz verdadeiras inquietações no que diz respeito a problemas sociais, económicos e de segurança no seio dos Estados-membros”.
O secretário-geral da COMECE interroga-se sobre a capacidade real das políticas comunitárias para responder a essas inquietações e alerta para as consequências negativas de um “alargamento ilimitado” da UE. “Os temores dos cidadãos exigem coragem e respostas coerentes por parte dos responsáveis políticos, a nível nacional e europeu”, declara.
Este responsável admite que uma parte dos votos negativos se ficou a dever à falta de informação e a falhas de comunicação sobre os fins e conteúdos do Tratado Constitucional, sublinhando a necessidade de desenvolver “a transparência, a legitimidade e a participação no interior do sistema de governo”. “É preciso inventar novos modos de fazer conhecer as intenções do projecto europeu e as acções dos políticos europeus”, sugere.
Os resultados do referendo serão discutidos pela COMECE na próxima reunião do comité-executivo do organismo episcopal, que decorrerá entre 9 e 10 de Junho.
Fonte: ECCLESIA

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Caramulo: aldeia

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Museu de Aveiro sem verbas

Posted by Hello
A directora do Museu de Aveiro, Ana Margarida Ferreira, queixa-se da falta de verbas para fazer face às inúmeras despesas. “Os Museus estão suborçamentados”, alerta a directora, acrescentando que as verbas disponíveis só dão para cobrir as despesas básicas, até Agosto ou Setembro. A partir daí, “deixarei de pagar a electricidade e os telefones”, garante. A falta de recursos humanos é outra preocupação, tendo sublinhado que o Museu de Aveiro não tem o pessoal indispensável. “Há muitos anos que os Museus vivem com pessoal precário”, frisou Ana Margarida Ferreira. Entretanto, adiantou que os 29 Museus do Instituto Português de Museus vão receber, durante um ano, 284 jovens recrutados através do Mercado Social de Emprego.E logo salientou que não é a melhor solução, porque são jovens licenciados para quem a experiência profissional é importante, “mas é uma maneira de iludir aquilo que deveriam ser os quadros permanentes dos Museus”, lembrou a directora do Museu de Aveiro.
Fonte: Rádio Terra Nova (www.terranova.pt)

Educação sexual: Ministério vai criar comissão para avaliar conteúdos dos programas

O Ministério da Educação vai criar uma comissão independente para avaliar os conteúdos dos programas escolares sobre educação sexual, que será presidida pelo psiquiatra Daniel Sampaio, noticia hoje o "Diário de Notícias". O jornal cita a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que considera que "a educação sexual nas escolas é insuficiente". "Dito isto, tomámos a decisão de, dada a fragilidade e inconsistência desta área de ensino, criar uma comissão que fará uma proposta de programa e, se for caso disso, o acompanhamento da sua aplicação", refere a ministra.
A comissão independente deverá iniciar os seus trabalhos dentro de duas semanas e integrará, para além de um membro do ministério, o obstetra e ginecologista Miguel Oliveira e Silva e a psicóloga Margarida Gaspar de Matos.
O jornal adianta que a ministra quer manter a integração da área na educação para a saúde (que inclui também, por exemplo, a prevenção de consumos de estupefacientes e a educação alimentar).
(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Posted by Hello Laurinda Alves, directora da revista XIS
O amor incomoda
Com maior ou menor frequência, acontece-nos a todos tropeçar em alguma coisa ou alguém, que nos obriga a parar e a pensar. Os acontecimentos à nossa volta, as circunstâncias específicas de cada um, a vida vivida (e quase nunca sonhada) e aquilo que não entendemos levam-nos a fazer perguntas a nós próprios. A tentar perceber, a encontrar um sentido, a avaliar e a medir.
Ir ao fundo se si mesmo nunca é um caminho fácil nem linear e, por isso, instintivamente evitamos algumas direcções e preferimos certos atalhos. Parecem-nos mais seguros e, no imediato, até abreviam o percurso, mas intimamente sabemos que, a longo curso, muitos destes atalhos só multiplicam os trabalhos.
Temos tantas coisas mal arrumadas dentro de nós que a tentação de evitar caminhos é banal e universal. Ou seja, todos sabemos do que se trata.
Acontece que nem sempre podemos “ir à volta”, assobiar para o ar ou fingir que não vemos o que estamos a ver e não ouvimos o que estamos a ouvir. Falo, em especial, da voz interior que nos habita e jamais poderemos calar. Falo de sentimentos, portanto.
Alguém disse um dia que “deixar-se amar é aquilo a que todos resistimos mais ao longo da nossa vida” e, de facto, deixarmo-nos amar é de certa forma incómodo. Senão vejamos.
(Para ler o artigo na íntegra, clique CV)

SONDAGEM: 47 por cento dos portugueses apoiam austeridade

Cerca de 47 por cento dos inquiridos no estudo da Eurosondagem para a Rádio Renascença/SIC/Expresso consideram que as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo são justificadas, mas apenas quando a factura da crise não é paga directamente pelos próprios. De acordo com o estudo divulgado esta sexta-feira, 57 por cento dos inquiridos rejeitam o aumento do IVA de 19 para 21 por cento, e 70 por cento contestam o aumento dos combustíveis, medidas que atingem todos os cidadãos. A sondagem revela ainda que 65 por cento concordam com o fim das reformas vitalícias para os políticos, 48,5 por cento com o congelamento das progressões automáticas na função pública e 57,3 por cento estão de acordo com a introdução de um novo escalão de 42 por cento no IRS para os rendimentos superiores a 60 mil euros. Para 33 por cento dos inquiridos, Santana Lopes é o grande culpado pelo estado das contas públicas; para 29,7 por cento a culpa é dos governos de António Guterres; enquanto que Durão Barroso surge como principal responsável na opinião de 27,5 por cento dos entrevistados. O estudo foi feito pela Eurosondagem para a RR, SIC e Expresso entre os dias 25 e 31 do mês passado, através de 1020 entrevistas telefónicas validadas a cidadãos residentes em Portugal Continental. O erro máximo da amostra é de 3,08 por cento, para um grau de probabilidade de 95 por cento.
Fonte: Diário Digital

Em Aveiro: “10 km Cidade de Aveiro”

Posted by Hello Aveiro: Ponte-praça
Já estão abertas as inscrições para os “10 Km Cidade de Aveiro”, que irá decorrer no próximo dia 10 de Junho de 2005. As inscrições podem ser efectuadas até ao dia 8 de Junho, na Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Aveiro – no 4º andar do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro – ou através dos telefones 234 406 449, 964 160 598 ou ainda pelo e.mail desporto@cm-aveiro.pt. O evento será constituído por três provas com partidas simultâneas. A primeira e a segunda, com 10 e 3 quilómetros respectivamente, serão de carácter competitivo e destinam-se a maiores de 15 anos de idade. A terceira prova, de cariz popular, será uma caminhada com inscrições abertas a toda a população e irá desenrolar-se pelas principais artérias da Cidade. Paralelamente ao plano competitivo, que contará com alguns nomes de destaque do Atletismo, esta primeira edição dos “10 Km Cidade de Aveiro” pretende privilegiar a componente pedagógica do Desporto como factor de favorecimento em termos de qualidade de vida.

Leia no DN "O Estado Social"

Há um debate que atravessa várias sociedades ocidentais e que está a ter um forte reflexo nas nossas vidas. Em Portugal, em França... na União Europeia.
Tem a ver com o papel do Estado, as expectativas dos cidadãos em relação às funções sociais e reguladoras do Estado e também com o exercício do poder por parte dos titulares de cargos políticos.
A este debate não é alheio o resultado dos referendos em França, como também a situação que se vive em Portugal. Um outro ponto comum é a distância entre as elites e o cidadão comum.
Tivemos um Estado que era a sociedade. Colectivista, asfixiante, mortal e dominador. Caiu com o Muro de Berlim e não deixou saudades.
Tivemos um Estado que foi o pilar exclusivo da educação, saúde, segurança social ... e não resistiu às transformações sociais e económicas. Conseguiu criar o "Estado-Providência" que deu excelentes resultados durante alguns anos, mas esgotou-se.
Temos agora, por um lado, um Estado liberal. Individualista, segregador e funciona numa espiral competitiva.
(Para ler tudo, clique DN)

Amnistia Internacional denuncia maus tratos em Portugal

De acordo com o relatório da secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI) «continuaram (em Portugal) a ser denunciados casos de uso desproporcional da força e maus-tratos por parte da polícia».
Segundo o texto, «ao que se sabe, não foram tomadas medidas para criar uma agência de monitorização independente (pelo Ministério da Administração Interna) com poderes para investigar graves violações dos Direitos Humanos por parte das forças de segurança» como foi sugerido pela Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Agosto de 2003.
O relatório adianta que também não houve resposta «às críticas ao uso de armas de fogo pela polícia feitas pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), em Novembro de 2003. Sem quantificar, o documento diz que a «polícia usou armas de fogo e balas de borracha de forma desnecessária ou desproporcional relativamente à ameaça».
(Para ler o texto na íntegra, clique SOLIDARIEDADE)

Síntese da Doutrina Social da Igreja

O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP), Cardeal Renato Martino, estará no Brasil para presidir ao lançamento do Compêndio da Doutrina Social da Igreja em língua portuguesa.
O lançamento acontece em cinco cidades brasileiras. No dia 20 de Junho, o lançamento será na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, na Gávea. No mesmo dia, em Salvador, no campus da Universidade Católica, em Pituaçu. Depois, noutras cidades brasileiras.
O “Catecismo Social” da Igreja Católica é um documento sem precedentes na história da Igreja, que apresenta uma explicação sistemática e oficial dos princípios católicos sobre questões como os direitos humanos, a guerra, a democracia, a vida económica, a comunidade internacional, o terrorismo ou a ecologia.Este foi um pedido explícito do Papa João Paulo II ao Conselho Pontifício Justiça e Paz, em 1998, a quem encomendou um "compêndio ou síntese autorizada da Doutrina Social católica" que mostrasse a conexão entre esta e a Nova Evangelização.
A síntese da Doutrina Social da Igreja (DSI) destina-se a Bispos, sacerdotes, leigos – sobretudo aos políticos, empresários e sindicalistas -, mas também a fiéis de outras religiões e a todos os “homens de boa vontade que desejam servir o bem comum”, como refere o prefácio do documento.
Após uma Introdução, a obra está dividida em três partes, que abordam os fundamentos, os conteúdos e as perspectivas pastorais dos ensinamento da Igreja nos domínios sociais, políticos, económicos e morais.
A primeira parte tem quatros capítulos, onde se tratam os pressupostos fundamentais da Doutrina Social: o projecto de Deus para o homem e a sociedade; a Missão da igreja e a Natureza da DSI; a pessoa humana e os seus direitos; os princípios e os valores da DSI.
A segunda parte, composta por sete capítulos, apresenta os conteúdos e os temas clássicos da DSI: a família, o trabalho, a economia, a política, a paz e o ambiente.A última parte, mais breve, apresenta um único capítulo com uma série de indicações para a utilização da DSI na acção pastoral da Igreja e na vida dos cristãos. A Conclusão, intitulada “Por uma civilização do amor”, exprime o entendimento de fundo de todo o documento.