terça-feira, 15 de março de 2005

Para pensar

Cultura do Entretenimento É preciso construir o homem livre
"Emerge na sociedade contemporânea um novo tipo de angústia: a angústia do preenchimento do tempo livre. Ter muito para fazer, muitas propostas culturais, uma agenda de possibilidades e nenhuma parecer interessante. O tempo livre e a experiência do tédio não é um problema novo, é, aliás, recorrente na história. Escreveu Eric Weil: "Se, obtido tudo o que razoavelmente se pode desejar, as pessoas estão ainda insatisfeitas e se todo o mundo partilha do mesmo sentimento de insatisfação, pode então desencadear-se o recurso a coisas não razoáveis. Estamos todos de acordo num ponto, a saber: que a violência é o único verdadeiro passatempo". Este problema tem que nos fazer pensar sobre o sentido de cultura e educação como projecto de construção da identidade de homens livres. E o filósofo propõe um caminho: "uma educação que obrigaria cada um a admitir a sua perplexidade, o seu tédio, o seu desespero - não a confessá-lo publicamente a uma autoridade ou especialista, mas a confessar a si mesmo que está à procura de qualquer coisa que não tem e que deseja mais do que tudo no mundo" Excerto de "Cultura do Entretenimento", de Paulo Vale, no "site" da Comissão Episcopal de Cultura

"SUBVERSIVO"

Sarsfield Cabral
No seu artigo de hoje, no DN, com o título "Subversivo", Sarsfield Cabral afirma que "Não cabe à Igreja avançar soluções técnicas ou políticas. Mas cabe-lhe despertar as consciências para que as procurem, não se acomodando ao que está".

POBRES EM PORTUGAL

JORGE SAMPAIO: "Combater as desigualdades é um imperativo da democracia" Presidente da República: Foto de arquivo
O Presidente da República deu o mote: "Oiço há muitos, muitos anos o número de dois milhões de pobres em Portugal... Não me interrogo sobre a sua veracidade, ando pelo país e apercebo-me das desigualdades que existem." No entanto, continuou, "pergunto-me sempre por onde andam os fundos estruturais" e "o que é que fizemos" com eles. Para saber mais, leio o PÚBLICO.

CUFC: Festa de Páscoa

Festa de Páscoa. Foto de arquivo
Amanhã, quarta-feira, às 18.30 horas, vai ter lugar no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) uma Festa de Páscoa. Depois de toda uma caminhada quaresmal, das dinâmicas de celebrações e cultura, somos todos convidados para esta festa, cujo ponto alto será a Eucaristia, presidida por D. António Marcelino. Depois, acontecerá confraternização, com muita alegria. Movimentos, Grupo de Crisma, Comunidades PALOP, Cursos de Viola e de Primeiros Socorros, Voluntários dos Projectos, Amigos... Professores, Funcionários, todos membros da Comunidade Universitária, são convidados a participar, em espírito de encontro e de fé, mas também de partilha solidária, onde cada um dá um pouco da sua riqueza interior, e não só.
A Ceia da Paz Neste dia recordamos aquela noite de luz Em que, na Última Ceia, aos seus irmãos deu Jesus O cordeiro e o pão ázimo segundo os ritos formais que o Senhor na antiga lei ensinara aos nossos pais. No fim da Ceia, comido o cordeiro imaculado No qual o Seu sacrifício tinha sido figurado Cremos todos que aos discípulos Ele mesmo, pão do Céu, o Seu Corpo, todo a todos... e todo a cada um, deu. Aos fracos e esfomeados deu o Seu Corpo a comer, E aos tristes, fonte de vida, deu o Seu Sangue a beber, Dizendo-lhes: recebei este cálice que vos dou, Bebei todos deste Sangue que do Meu peito jorrou! Ó divindade una e trina, vossos filhos Vos imploram: Visitai os corações que prostrados vos adoram! E pelos vossos caminhos, por onde os homens chamais, Levai-nos à Luz eterna, aonde Vós habitais! Hino de Quinta-Feira Santa (Liturgia das Horas)

POSTAL ILUSTRADO

Forte da Barra

segunda-feira, 14 de março de 2005

LEITURAS: NOVOS PROBLEMAS

NOVOS PROBLEMAS é o título de um artigo de Helder Ramos, Professor Efectivo do Ensino Básico e Secundários e nosso conterrâneo, publicado no PÚBLICO e que merece ser lido. Sublinha ele que, "Com as sucessivas mudanças sociais e as consequentes actualizações legislativas, descobriu-se na Escola uma plataforma de interesses nunca antes vista". Para ler, clique aqui.

NO CUFC

Bênção dos Finalista - 2005
A Bênção dos Finalistas da Universidade de Aveiro (UA) está já a ser preparada. Terá lugar no dia 8 de Maio, na Alameda da UA, esperando-se a adesão de todos os alunos que, preparados para a vida, estão de partida. Para reflectir, aqui oferecemos uma bonita Mensagem da Comissão da Bênção dos Finalistas: Um passo no futuro
Antes de partir, a nossa mesa redonda!
Num tempo que voou, Porque o vivemos a brilhar, Foram anos, trabalhos, cadeiras e canseiras sem parar!
A todos, foram imensos, Eis chegada a hora de reconhecer: Olhar para trás, sentir o vencido mar, À Ria, às gentes de Aveiro agradecer!
E se ao futuro a incerteza pertence Na hora sempre sofrida de partir, Fica-nos o sabor bem especial Da arte da esperança sentir!
A Bênção é a nossa festa especial, Finalistas da academia vamos cantar! É o dia da unidade e grito maior Que nos leva aos céus a Deus louvar!
Será, em mesa universal, a aula maior Onde a abundância da paz todos encanta..., Símbolos e Cursos, na Alameda, projectam o melhor... O sonho, o futuro, triunfo de agiganta!

Cantar pelas Almas do Purgatório

Casa Gafanhoa
No próximo sábado, 19 de Março, pelas 21.30 horas, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai Cantar pelas Almas do Purgatório, a partir da Casa Gafanhoa. Esta é mais uma iniciativa que recorda tradições antigas, que ainda retenho na memória, música e parte da letra. Quando era menino, o Cantar pelas Almas do Purgatório fazia-se à noite, na Quaresma. Três homens erguiam um painel e duas lanternas, e atrás seguiam as pessoas rezando e cantando. Entravam nas casas que lhes abriam a porta da sala do Senhor, sala da frente, e com devoção entoavam cânticos, cuja letra reproduzo, em parte, da segunda edição da Monografia da Gafanha, de 1944, do padre João Vieira Rezende, que foi prior da Gafanha da Encarnação. Recebiam esmolas que depois eram aplicadas na celebração de missas pelas almas do Purgatório. Joèlhemos nós in terra Já nusêmos os premêros Nossa companhia banha Jesus Cristo berdadêro. Atromantadas de dores De contínu padecer, Assim são nas almas santas Nu Prugatório arder. Das almas do Prugatório É bem que nos alembremos; Nós havemos de morrer Sabe Deus par donde iremos. Ò almas santas benditas Pedi ó Nosso Senhor Qu’êste nosso oração Seja im bosso loivor. Seja im, bosso loivor Tamê da Birgem Maria, Pelas almas Padre-Nosso Pur elas Ave-Maria. (Excerto da versão do padre João Vieira Rezende, in Monografia da Gafanha)

Tema em destaque

No PÚBLICO
Mário Pinto reflecte sobre
Revisão Constitucional 1.No discurso de tomada de posse do primeiro-ministro Sócrates, que apenas ouvi e ainda não pude ler com vagar, notei breves mas destacadas referências a tópicos fundamentais de doutrina social e política. Porém, a breve referência política a princípios deixa sempre a interrogação acerca da sua interpretação e aplicação no futuro, que pode sofrer grandes variações, às vezes de 180 graus. É por isso que se torna necessário esperar para ver. Entretanto, essas referências estimulam-me a algumas considerações sobre questões cuja discussão doutrinal é insuficiente entre nós. José Sócrates falou de igualdade de oportunidades e de liberdade - e eis aqui uma magna questão, em que subsiste uma tensão inevitável entre a igualitarização estato-administrativa (maior intervencionismo e providencialismo estatal) e a liberdade e responsabilização pessoal no aproveitamento das oportunidades (mais responsabilização da iniciativa privada e da sociedade civil). Creio que nós temos este problema mal resolvido.
Para ler, clique aqui.

JOÃO PAULO II regressa ao Vaticano

Depois de 18 dias de internamento na Clínica Gemelli, em Roma, o Santo Padre já regressou ao Vaticano, onde vai prosseguir a reabilitação da traqueotomia a que foi sujeito, por complicações respiratórias. O Sumo Pontífice fez o trajecto de regresso a casa numa viatura com uma câmara de televisão instalada no seu interior, permitindo a transmissão de imagens em directo. Durante o percurso, João Paulo II saudou as centenas de pessoas que se juntaram ao longo da estrada. Segundo os serviços de informação da Santa Sé, será João Paulo II a decidir em que actividades da Semana Santa participará, de 20 a 27 de Março.