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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Forte da Barra precisa de mais atenção

Texto enviado ao IPPAR


Há tempos mandei-vos um mail pedindo que me informassem como seria possível recuperar o edifício classificado de interesse publico designado por «Forte da Barra de Aveiro».... Já recebi uma resposta a dizer que alguém me iria responder..... e até agora nada.... Faço essa pergunta porque me lembro, quando era director de um museu em Coimbra, de o IPPAR ter apoiado a recuperação de algum património em Coimbra....
A situação de ruína em que se encontra o «Forte da Barra», e pelo menos dois edifício do Estado perto dele, é simplesmente vergonhosa e perigosa... E ainda é mais vergonhoso quando ao lado do Forte se fazem grandes obras no «Jardim Oudinot», se construiu no local uma réplica de uma vigia sem qualquer interesse histórico e se espera em Setembro uma visita de uma regata de grandes veleiros históricos....
Lembro que o Forte da Barra tem uma história longa no período das fortalezas pirobalísticas.... existindo já a indicação de uma guarnição na zona no século XVI para protecção e controlo dos navios que fundeavam no local..... situação confirmada por dois achados arqueológicos encontrados nas escavações do terminal norte do Porto de Aveiro, a algumas centenas de metros do local e por um livro de acordos de Aveiro da época...
Infelizmente o Forte da Barra é o que nos resta de outros fortes existentes no litoral de Aveiro e de diversas vigias ao longo da costa .... das quais destaco a torre da «Senhora de Vagos», do início da nacionalidade, já desaparecida, e da «Senhora das Areias», em S. Jacinto, ainda existente como capela...
Penso que devia ser destruído todo o casario em ruínas que colaram ao Forte...... mantivessem a bateria rasa ainda existente..... recuperassem a antiga linha defensiva da tenalha com a pedra retirada da demolição.... fosse mantido o Forte como era no tempo em que tinha função de defesa.... e limpos os subterrâneos, fazendo-se algum trabalho arqueológico.

António Angeja

sábado, 31 de maio de 2008

Arte Nova


Aveiro
Figueira da Foz
Ílhavo

Na Casa Major Pessoa, belo exemplar da Arte Nova, em Aveiro, está patente ao público uma primeira mostra, que vale a pena visitar, sobre a Rede de Cidades Arte Nova. Ontem passei por lá, em especial para ver a casa, mas gostei de ver os painéis alusivos a algumas cidades que ostentam no seu património a Arte Nova.
A Rede Nacional de Municípios Arte Nova foi criada através da assinatura do “Plano de Cooperação Arte Nova”, no dia 17 de Maio de 2006. Integra as cidades de Aveiro, Caldas da Rainha, Cascais, Estarreja, Figueira da Foz, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loures, Porto e Vila Nova de Gaia.
Com esta Rede e com este Plano, pretende-se concertar políticas no âmbito da intervenção no património Arte Nova; enriquecer os trabalhos dos parceiros em rede; contribuir para divulgar a Arte Nova; desenvolver intercâmbios no âmbito da divulgação e preservação; incentivar o turismo nas suas mais variadas formas; e promover actividades para a valorização cultural dos munícipes.
Espero que esta Rede possa levar as pessoas a olhar com outros olhos para a Arte Nova que se distingue na paisagem urbana que temos em algumas cidades. Mas também entendo que, tal como Aveiro vai fazer, todas as outras cidades saibam destinar pelo menos uma casa a um museu que preserve a Arte Nova, que está para além dos edifícios existentes.

FM
NOTA: Clicar nas fotos para ampliar

quinta-feira, 22 de maio de 2008

PORTO DE AVEIRO - 4


(Clicar nas fotos para ampliar)

Há muito se sabe que o Forte da Barra, também conhecido por Forte Novo e Castelo da Gafanha, se encontra em estado bastante degradado. Houve então alguns alertas, no sentido de lhe dar a dignidade que merece, ou não seja ele um Imóvel de Interesse Público, por Decreto-Lei n.º 735, de 21 de Dezembro de 1974.
Em conversa com o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, Manuel Serra, soube que, afinal, o Forte da Barra já está a ser limpo, decerto para ficar como um brinco, para se integrar no ambiente requalificado do Jardim Oudinot. Lá para Agosto, se tudo correr como se espera, já haverá um jardim condigno, num espaço que inclui o Forte e a Guarita, esta deslocada do seu local de origem, onde se encontrava há muitos anos em ruínas.
Se o limparem e pintarem, já não ficará a parecer como coisa inútil. Mas, para bem, devia ser restaurado, também, todo o espaço interior, atribuindo-lhe uma funcionalidade condigna. E o velho e degradado casario que o circunda podia dar lugar a um edifício dedicado a qualquer sector ligado ao mar ou à ria.

FM

sábado, 17 de maio de 2008

Dia Internacional dos Museus – 18 de Maio


Amanhã, 18 de Maio, celebra-se o Dia Internacional dos Museus. Será um dia especialmente preparado para receber muitos visitantes. Há dias abertos, que são sempre boas razões para acordarmos, alguns, da nossa indiferença, face às ofertas constantes dos Museus.
O Museu Marítimo de Ílhavo, um dos mais significativos espaços museológicos ligados ao mar, vai também ter o seu Dia Aberto, das 10 às 23.30 horas. E durante o dia haverá Ateliês e a inauguração de uma exposição, com o título, bem expressivo e desafiante, “Rostos da pesca”.
Aproveite, então, o Dia Internacional dos Museus, visitando o nosso museu.

terça-feira, 13 de maio de 2008

RECARDÃES COM HISTÓRIA E ARTE


Igreja matriz

Altar-mor

Cristo Crucificado

Nossa Senhora com o Menino

Cruzeiro do século XVII

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No domingo estive algum tempo em Recardães. Já por lá tinha passado diversas vezes, com tarefas para realizar, mas desta feita senti-me mais livre, sobretudo para olhar, com mais atenção, a sua igreja matriz, dedicada a S. Miguel. Foi reconstruída no princípio do séc. XVIII, pelo que se trata de um templo mais antigo.
Recardães deve o seu nome ao rei Visigodo Recaredo, convertido ao catolicismo em 589, que terá sido Senhor destas terras. Mas sobre isto pode ler mais no Grupo Folclórico Etnográfico de Recardães. Há curiosidades históricas interessantes sobre esta povoação, que vem de tempos ancestrais, e que seria bom que todos conhecêssemos.
Gostei da igreja matriz, asseada e bem ornamentada, com sobriedade e cor para assinalar o Pentecostes. A arte e o bom gosto, com o antigo e o moderno de braço dado, convidam ao recolhimento e à oração. Também nos levam a retroceder no tempo, apreciando o que os nossos avoengos nos legaram, quando os recursos económicos e técnicos não eram avultados. E se depois olharmos, com olhos de ver, os azulejos e as imagens em altares de talha dourada, então posso garantir que vale a pena passar por Recardães. Ali se compreenderá melhor o dinamismo de uma freguesia, onde a sua paróquia contribui, de forma muito significativa, para o desenvolvimento espiritual, social e cultural, com o seu amplo e moderno Centro Social Paroquial, aberto a várias valências.
Quando regressei a casa, confesso que trouxe comigo, bem no íntimo, a imagem de Nossa Senhora com o Menino, uma preciosidade da escola coimbrã, provavelmente do século XV. E prometi a mim mesmo que hei-de voltar, como hei-de passar a olhar, com mais atenção, as terras pequenas por ando passo, frequentemente à espera de chegar depressa às grandes cidades. E não é que terras simples, de quem pouca gente fala, estão cheias de preciosidades, que importa apreciar e mostrar a toda a gente?

FM

quinta-feira, 24 de abril de 2008

BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 6




(Clicar nas fotos para ampliar)

O Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro continua a ser lembrado na exposição que está patente ao público na antiga Capitania. Se ainda lá não foi, aproveite esta boa oportuniada. Eu fui ver a exposição mais uma vez. Tive pena de não encontrar por ali muita gente. E o mais curioso é que a mostra está num lugar central da cidade. Depois queixamo-nos de que entre nós não há acções culturais de relevo.

FORTE DA BARRA NA AGENDA POLÍTICA


Tenho-me dado conta de que o Forte da Barra começa a estar na agenda dos partidos políticos. Isso mesmo se verificou no programa "Discurso Directo" da Rádio Terra Nova. Já não era sem tempo. Penso que o património histórico que nos foi legado pelos nossos antepassados deve estar, permanentemente, tanto na agenda dos partidos políticos como nas preocupações de todos nós. Por isso, congratulo-me com o interesse manifestado, deixando aqui, ainda, uma palavra de estímulo a todos, para que o Forte da Barra não caia no esquecimento.
FM

domingo, 13 de abril de 2008

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios - 18 de Abril

Do museu paroquial da Gafanha da Nazaré

"Considerando que a expressão cultural da religiosidade, enquanto dimensão humana universalmente presente, constitui um dos mais importantes componentes do património no mundo actual, e é uma das principais marcas da paisagem cultural portuguesa, propõe-se, no dia 18 de Abril de 2008, dedicar um olhar especial ao património religioso e aos espaços sagrados nas suas múltiplas dimensões - humana, social, cultural, simbólica e memorial."
NOTA: No dia 18 de Abril, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, teremos, se quisermos, uma excelente oportunidade para reflectir sobre o nosso Património Histórico, de expressão religiosa ou outra. É sabido que as comunidades nem sempre estão vocacionadas para cuidarem e olharem para a riqueza cultural que integram no seu seio. E porque assim é, considero de fundamental importância a constituição de núcleos ligados às escolas, autarquias e demais instituições e entidades, com o objectivo, essencial, de preservar e divulgar o Património Histórico, marca indelével do passado e garantia cultural do presente e do futuro.
FM

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Forte da Barra em ruínas espera pela recuperação


"Estão degradadas e ao abandono as instalações do antigo Forte da Barra, na freguesia da Gafanha da Nazaré, Ílhavo, um imóvel classificado de interesse público pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), sobranceiro à ria de Aveiro, que se estima ter sido construído em 1640, durante a Guerra da Restauração.
"O estado em que aquilo se encontra é fácil de ver, é só passar por lá e pela sua área circundante, com a erva a crescer por todo o lado, no meio de restos de comida que parece ser a alimentação de gatos ou de ratos ou de outro tipo de animal sem dono", desabafou, ao JN, António Angeja, do Clube Natureza e Aventura de Ílhavo. O coronel na reserva, que na sua vida profissional esteve colocado no Museu Militar, em Coimbra, preocupa-se com a história da região.
"Aquilo está tudo abandonado e acho que alguma coisa poderia ser feita", considera António Angeja, que recorda que não há muito tempo chegou a alertar os deputados eleitos para a Assembleia da República por Aveiro, "mas até agora não tive resposta nenhuma", afirmou. "Mandei-lhes um e-mail onde se diz 'Pobre Forte da Barra de Aveiro, belo ao longe mas em ruína'", contou. "Aquilo está mesmo ao lado do Jardim Oudinot, onde se tem gasto muito dinheiro em recuperação", disse.
Para António Angeja, as instalações do Forte da Barra poderiam ter bastante interesse para muitas coisas, inclusive para um Museu da Ria". "Era um óptimo local", refere."
Pode ler todo o trabalho de Jesus Zing, no Jornal de Notícias

CASA GAFANHOA

Igrejas de Santo António e de S. Francisco


Recuperação com solução à vista?

"Na sequência de reuniões promovidas pela autarquia aveirense, em que a ADERAV tem participado, começa a ganhar consistência a possibilidade da recuperação das igrejas geminadas de Santo António e de São Francisco, em Aveiro, integrar uma candidatura ao QREN no âmbito do projecto 'parque da sustentabilidade'", anuncia a ADERAV.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Museu Marítimo de Ílhavo mais rico


Uma colecção do Capitão Marques da Silva enriquece, desde sábado, o acervo do Museu Marítimo de Ílhavo e pode ser visitada até 27 de Abril. Não pude estar presente na sessão de abertura, como era meu desejo, por razões pessoais ligadas a uma outra actividade, marcada há muito tempo, mas nem por isso quero deixar de frisar a importância desta exposição, que hei-de ver por estes dias.
Há muito que aprecio o envolvimento do Capitão Marques da Silva em actividades culturais ligadas ao mar, de que é profundo conhecedor e grande divulgador, por várias formas. Por isso, esta colecção não pode deixar de ser apreciada por quantos, de algum modo, se identificam com os temas marítimos.
Diz Álvaro Garrido, director do Museu, que “As peças de sua [Capitão Marques da Silva] autoria que agora confiou ao Museu Marítimo de Ílhavo exprimem talentos diversos que acrescentam ao seu curriculum de mar as facetas de modelista exímio e de pesquisador metódico, sempre preocupado com o alcance pedagógico dos seus modelos, desenhos e estudos de carácter monográfico sobre embarcações tradicionais”. Por tudo isto, não deixe de passar pelo Museu de Ílhavo.
FM
Nota:Ilustração do "site" do Museu Marítimo de Ílhavo

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Exposição no Museu Marítimo de Ílhavo

No próximo sábado, 5 de Abril, pelas 17 horas, vai ter lugar, no Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), a assinatura do protocolo de depósito da "Colecção Capitão A. Marques da Silva", que vai ficar exposta, temporariamente, naquele museu ilhavense. Na mesma altura será apresentado o respectivo catálogo.
Segundo o director do MMI, Álvaro Garrido, o depósito e exposição da colecção do Capitão A. Marques da Silva "acrescenta riqueza às memórias materiais da 'faina maior', visto que a maioria das peças permitem ao Museu novos e belos suportes de discurso para as memórias que pretende evocar".

terça-feira, 1 de abril de 2008

Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro


Na próxima quinta-feira, 3 de Abril, assinalam-se os 200 anos da abertura da Barra de Aveiro, efeméride que será condignamente comemorada. O primeiro acto terá início às 16 horas, no edifício da Antiga Capitania, procedendo-se ao lançamento da obra “Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”.
A apresentação do livro estará a cargo de Veloso Gomes, professor universitário, engenheiro hidráulico, e da autora da obra, Inês Amorim, professora de História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Segue-se a inauguração de uma exposição de cartografia, intitulada «A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro», que ficará patente na antiga Capitania do porto de Aveiro até 3 de Maio.
A historiadora Inês Amorim e o Prof. Doutor João Garcia foram os responsáveis científicos pela equipa que, durante mais de um ano, inventariou parte do espólio do arquivo do Porto de Aveiro. O segundo acto inicia-se às 18 horas, na Praia do Farol, com a recepção dos convidados e um Welcome Drink. Às sete da tarde, hora que os registos históricos indicam como tendo sido a da abertura da Barra de Aveiro, ouvir-se-á a Ronca do Farol.
Seguem-se “Honras a Terra”, por navios da Marinha Portuguesa. 15 minutos mais tarde, interpretação da peça musical inédita, concebida especialmente para este acto. A peça musical de ode ao bicentenário, será entoada pelo Coro da Casa do Pessoal do Porto de Aveiro, acompanhado de quinteto de sopro.
Dez minutos depois, o Ministro Mário Lino, o Presidente da APA, José Luís Cacho e o Presidente do Município de Ílhavo e da Associação de Municípios da Ria, Engº. Ribau Esteves proferirão discursos celebrativos da data.
Haverá ainda lugar à evocação de cartas alusivas à abertura da Barra de Aveiro, textos da autoria de Luís Gomes de Carvalho. Este segundo acto concluir-se-á cerca das 20 horas com a inauguração de um painel cerâmico de exterior, da autoria do artista aveirense Zé Augusto, e com a entrega dos prémios aos vencedores do concurso de fotografia “Porto de Encontro”.
O terceiro acto cumpre-se com um concerto pela Banda da Armada. Início previsto para as 21h 30m, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro. O concerto é aberto a toda a comunidade.

Fonte: Portal do Porto de Aveiro

domingo, 30 de março de 2008

Gafanha da Nazaré: Filha do Porto de Aveiro


Escrevi há anos que a Gafanha da Nazaré é filha do Porto. Direi hoje, com mais realismo, que ela é filha da Barra de Aveiro, aberta em 3 de Abril de 1808. E poderei acrescentar que, sem a abertura da Barra, toda a região, e não apenas as terras que lhe estão próximas, lucrou e lucra com a entrada e saída de navios, e também com a sua estadia entre nós.
A abertura da Barra e os Portos (Comercial, Industrial e de Pesca Costeira e Longínqua) deram e continuam a dar outra vida à região. Todo o País, logicamente, disso beneficia. Por isso, celebrar esta data torna-se obrigação de todos. Porém, se nem todos puderem participar nas cerimónias ou usufruir das várias ofertas do programa, ao menos sintam e digam, de forma próxima ou mais alargada, que a abertura da Barra e a instalação dos Portos foram uma mais-valia que os homens de há dois séculos souberam oferecer-nos.

sábado, 29 de março de 2008

Barra de Aveiro foi aberta há dois séculos


NAVIO QUE ENTRA E NAVIO QUE SAI
O que agora parece fácil já foi difícil. Há precisamente dois séculos, os navios não entravam na laguma aveirense com a mesma facilidade com que o fazem nos dias de hoje. Dois séculos é muito tempo. E desde então, a Barra de Aveiro passou por inúmeras transformações, que foram, muitas delas, grandes melhoramentos. A região saiu enriquecida com a abertura da Barra, o que aconteceu no dia 3 de Abril de 1808. Inês Amorim escreveu um livro - "Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar"-, que mostrará toda a história do nascimento e crescimento da Barra de Aveiro, ao longo dos últimos 200 anos. Sobre as celebrações que vão decorrer no próximo dia 3 de Abril, direi algum coisa durante estes dias.

terça-feira, 18 de março de 2008

PORTUGALIDADE NO MUNDO



“Em 2002 fiz uma volta ao mundo e passei quase um mês no Havai.
Visitei duas ilhas, a Ilha do Grande Havai e a Ilha do Oahu. A primeira coisa interessante foi descobrir a influência portuguesa. Eu não fazia a mais pequena ideia e penso que poucos portugueses sabem disso.
Quando eu pensava que estava num lugar muito longe, Portugal aparecia nas horas mais impróprias e das maneiras mais estranhas: em quase todos os restaurantes havia uma “sopa de feijao” e muitas padarias tinham neons e dizer “pao doce”. O principal cómico local, que era uma espécie de Herman José de lá, tinha um nome português, era Ferreira ou Pereira ou algo assim.
Há também uma base religiosa católica no Havai que foi levada pelos portugueses. Passei o tempo a tropeçar em portugalidades… até o ukelele tinha lá qualquer coisa da nossa guitarra portuguesa.”

Edson Athayde, conhecido publicitário de sucesso, que vive em Portugal.
In Fugas, suplemento de Viagens, Prazeres e Lazer do PÚBLICO


NOTA: É sempre bom sabermos que Portugal deu mesmo novos mundo ao mundo. E que ficou, com marcas indeléveis, em qualquer ponto da Terra, como que à nossa espera para se mostrar e nos mostrar os portugueses que fomos e que... ainda somos, se quisermos.

FM

sábado, 1 de março de 2008

Barco perdido?


Barco perdido ou a descansar?
Na praia do Areão, ainda virgem, a arte da xávega teima em ficar. Sobretudo enquanto o tempo deixar e enquando houver peixe na nossa costa. E também se houver homens para a pesca artesanal, que vem de tempos perdidos na memória. Dizia Raul Brandão, decerto o escritor que mais poeticamente, e com verdade, cantou os nossos mares, pescadores e gentes que mourejam na borda-d'água, que neste estranho país até os bois lavram o próprio Oceano. Pois foi ali, na praia onde alguns procuram sossego, que hoje achei este barco, como que perdido. Fugido do mar não andava, que bem sei como ele o enfrenta. Quem sabe se não estaria a descansar, para qualquer dia se fazer, de novo, ao mar, para alegria de toda a gente.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Museu de Ílhavo no PÚBLICO de hoje



Na pesca do bacalhau

Inaugurado em 1937, o museu situa-se desde 2001 em novas e modernas instalações, desenhadas pelos arquitectos Nuno e José Mateus. Dedica boa parte do seu espaço à relação dos habitantes locais com a água. Duas exposições permanentes evocam dois dos eixos centrais desse tema: a pesca do bacalhau nas águas da Terra Nova (em lugres à vela, de madeira, servindo de base a flotilhas de dóris a remos, tripulados por um só homem) e a faina da ria de Aveiro (pesca e apanha do moliço). Um pólo exterior do museu acolhe o antigo arrastão Santo André, lançado à água em 1948 e que correspondeu à fase seguinte da pesca ao bacalhau, já mecanizada. Este navio-museu inaugurado em Janeiro de 2007 vale bem uma visita: podem ver-se a casa das máquinas, a cozinha e refeitório, os camarotes e até o grande porão do bacalhau.

Museu Marítimo de Ílhavo, Av. Dr. Rocha Madail, Tel. 234 329990
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Fonte: PÚBLICO de hoje