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segunda-feira, 27 de abril de 2020

RETOMA DAS CELEBRAÇÕES CATÓLICAS SERÁ GRADUAL

Nota Pastoral do Bispo de Aveiro

O Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, publicou uma Nota Pastoral — A vida pastoral em tempos de pandemia —, na sequência da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal (CPCE) que se realizou no passado dia 21, para «preparar orientações gerais, em diálogo com as autoridades governamentais e de saúde, para quando terminar esta terceira fase do estado de emergência, com a retomada das celebrações comunitárias da Eucaristia e outras manifestações cultuais». 
O nosso bispo realçou na sua NP que a Diocese de Aveiro, tal como o CPCE, «também está solidária com tantos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares da ação médica...) que dão o melhor de si mesmos nesta situação tão difícil; com tantos responsáveis de lares e outras instituições, onde o Covid-19 entrou e aumentou o sofrimento daqueles que já estavam tão frágeis». 
«Temos consciência de que a retoma das celebrações comunitárias será lenta e gradual, e, tendo vários sacerdotes contactado os serviços centrais da Diocese para conhecimento de algumas orientações para os próximos tempos, julgamos que estamos num tempo de muita incerteza e devemos estar sempre em comunhão com as determinações que as autoridades sanitárias possam indicar. Apesar de toda esta incerteza, aqui ficam as orientações possíveis», afirmou D. António Moiteiro na sua NP.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

IDOSOS: GENTE QUE AINDA QUER SER GENTE

A propósito do Covid-19


«O que não é normal é o discurso da clausura dos idosos por tempo indeterminado como se gente acima de certa idade, que vive em contextos muito diferenciados, não tivesse autonomia individual, autodeterminação, capacidade de tomar decisões, incluindo a capacidade de escolher quais os riscos de saúde que quer ou não assumir.
Não se pode esperar com enorme tranquilidade que homens e mulheres acima de 65 anos fiquem fechados em casa ou em lares por meses e meses, sem direito ao mundo exterior, sem direito ao afeto, sem direito a escolher. Quando estivermos em período de regresso à normalidade, as pessoas idosas não podem ser condenadas a morrer da precaução. Pelo contrário, temos de as respeitar enquanto cidadãos e cidadãs capazes de fazerem as suas escolhas, livres naquilo que não afete terceiros, gente que ainda quer ser gente.»

no EXPRESSO 

domingo, 19 de abril de 2020

A VIDA TEM DE VOLTAR À NORMALIDADE


Habituados que estamos ao confinamento, nem sei como vai ser quando retomarmos a normalidade, isto é, quando pudermos fazer uma vida com liberdade, dentro dos parâmetros estabelecidos há tantas décadas, como é o meu caso. A ideia que já expressei de que tudo será diferente depois do Covid-19 não me sai da cabeça e tenho dificuldades em compreender como é possível aceitar uma vida sem liberdade plena de sair de casa, de passar por um café, entrar num restaurante, assistir a um espetáculo, visitar amigos ou participar numa cerimónia religiosa... 
Diz-se que a máscara passa a ser peça obrigatória do nosso dia a dia, que evita males maiores, que é fundamental para impedir contágios ou para os provocar... Também se diz que é complicado visitar ou receber amigos porque desconhecemos quem é portador de vírus ou de doenças facilmente transmissíveis. 
Realmente, o futuro é uma incógnita, mas a inteligência humana, que tem resolvido obstáculos aparentemente intransponíveis, saberá dar a volta por cima... E a vida tem de voltar à normalidade. Temos mesmo de acreditar e lutar por isso. 
Bom domingo. 

F. M.

terça-feira, 24 de março de 2020

QUARESMA EM TEMPO DE COVID-19

Sem dificuldades, associo a Quaresma aos dramas provocados pelo COVID-19 nos tempos em curso. Tempos de medos e angústias, de silêncios e reflexões, mas também de esperanças, que depois da tempestade vem a bonança. 
O nosso mundo foi surpreendido por uma guerra ainda sem fim à vista, não com armas sofisticadas criadas pelo homem, mas por uma arma invisível capaz de aniquilar vidas sem conta, resistindo aos apelos dos sofredores, às orações dos crentes e à inteligência dos cientistas. Sucedem-se os medos, multiplicam-se as receitas e os conselhos médicos,  aceitam-se as decisões dos governantes e isolam-se as pessoas entre paredes das suas habitações, mas as tréguas teimam em surgir. 
Em casa, como milhões de pessoas de todo o universo, haverá razões para todos refletirmos sobre a Quaresma que temos em curso. Sobre a oportunidade que nos é dada para a partir dela reestruturarmos novos estilos de vida, em família e na sociedade, no sentido da construção de uma paz mais duradoira, mais solidária, mais voltada para a natureza e para Deus, que está em tudo e em todos, como cremos. 

F. M.