segunda-feira, 17 de outubro de 2022

NÃO AO FUNDAMENTALISMO BÍBLICO

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Cirilo, Patriarca Ortodoxo da Rússia, ficou colado a este nacionalismo bíblico que é, apenas, a pior face do iaveísmo da política guerreira, que nada tem a ver com o iaveísmo da sabedoria bíblica universalista.

1. Graças ao trabalho incansável de Frederico Lourenço que além das traduções da literatura clássica grega, de uma nova gramática latina, já realizou não só a tradução de quase toda a Bíblia (dita dos Setenta) como apareceu agora na Quetzal com a publicação bilingue dos Evangelhos Apócrifos. Para conforto da teologia feminista, noto que O Evangelho de Pedro emprega uma palavra que nunca ocorre nos evangelhos canónicos: discípula. No único evangelho cuja autoria é atribuída a uma mulher (o Evangelho de Maria), a pessoa a quem Jesus confia a sua doutrina não é nem a Pedro nem João, mas Maria Madalena.

domingo, 16 de outubro de 2022

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

(Foto da rede global)
O Dia Mundial da Alimentação celebra-se anualmente a 16 de outubro. Nasceu nesta data, em 1945, por iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Diz a História que a celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em Novembro de 1979 pelos países membros na 20.ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Neste dia é costume realizarem-se muitas atividades relacionadas com a nutrição e a alimentação, com a participação de cerca de 150 países, incluindo Portugal.
Hoje, importa refletir sobre a qualidade dos produtos que consumimos, mas não podemos ignorar a fome que existe nos países subdesenvolvidos e mesmo nos países considerados ricos. E por mais que se fale e escreva sobre as desigualdades sociais, urge olhar para o mundo que nos cerca, com vontade de ajudar quem mais precisa. Pregar que é importante dar pão a quem tem fome, não basta.
Felicito as organizações que dia a dia vão minorando a fome de muitas pessoas, provocada pelo desemprego, pela doença, pela velhice, mas também  pelos baixos estratos sociais de que muitos nunca conseguiram sair.

DIA DA REGIÃO DE AVEIRO - 16 DE OUTUBRO

Aveiro - Jardim Infante D. Pedro

Paisagem lagunar

Aveiro - Canal Central

Gafanha da Encarnação - Estufa

Gafanha da Nazaré - Porto de Aveiro

A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) assinalou hoje, 16 de Outubro,  o DIA DA REGIÃO DE AVEIRO.
Celebrar este longo caminho de 33 anos, aberto pela Associação de Municípios da Ria e em desenvolvimento pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, é aprender com as experiências, valorizar os resultados e projetar conjuntamente uma Região com identidade, dinâmica, mais coesa, sustentável e geradora de oportunidades.
É também o consolidar uma dimensão diferente de organizar o território, de assumir os desafios da descentralização e de investir numa estratégia comum para os cidadãos em múltiplas áreas municipais ou regionais, seguindo juntos em parcerias, capacitação, proximidade e envolvimento.

Nota da CIRA

sábado, 15 de outubro de 2022

PARA ATRAIR A CHUVA

(Foto pixabay)
 

Não podemos ficar indiferentes às notícias da falta de chuva, mas a curto prazo não está nas nossas mãos resolver o problema. Barragens e rios com pouquíssima água e já há povoações a serem abastecidas por autotanques. Não sabemos o futuro que nos espera. Temos de pensar, contudo, como evitar desperdícios e poluições, poupando o precioso e indispensável líquido que é a água potável.

O POVO JÁ NÃO ACREDITA


“Um povo já não acredita nas promessas dos governantes, porque perdeu a vontade fanática que o levava a acreditar e a tecer razões para isso”

Agustina

No PÚBLICO de hoje em Escrito na Pedra

Agustina Bessa-Luís, se fosse viva, completaria hoje, 15 de Outubro, 100 anos. Faleceu em 3 de Junho de 2019. Aqui fica a minha humilde homenagem a uma escritora que muito me enriqueceu com a leitura dos seus livros.

ESTOU OFENDIDA. SENHOR, FAZEI-ME JUSTIÇA

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana 

Onde mais e melhor se nota esta fé é nas situações mais desesperadas que encontramos na vida, quando não vemos solução e, apesar disso, permanecemos firmes nessa fé.

O contraste é radical, embora não pareça. Surge na parábola “da pobre viúva e do juiz iníquo” narrada por Jesus, a propósito da necessidade de fazer oração sem desanimar. Faz parte da sua pedagogia narrativa e visa provocar os discípulos. Manifesta a diferença abissal entre o proceder de Deus e o do juiz sem escrúpulos. Realça a figura da viúva incansável na procura da justiça que lhe é devida. “Retrata”, de algum modo, a situação actual. Lc 18, 1-8
Apesar de tantos profissionais qualificados pelo seu desempenho, é clamor generalizado contra o funcionamento da justiça: burocracia complexa, tráfico de influências, recursos fáceis e lentidão nos processos, adiamento de prazos, leis com “alçapões” de refúgio para os mais hábeis, custos avultados. A nível pessoal e internacional. O mundo está “doente”, tal a grandeza e extensão do que acontece e é fomentado por interesses egoístas descarados ou ocultos.

HAVERÁ SEMPRE GUERRAS?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Até quando a paz do mundo estará nas mãos dos que fazem o negócio da guerra? Até quando continuaremos a acreditar que nascemos para o extermínio mútuo e que o extermínio mútuo é o nosso destino? Até quando?"

1. Quando olho para a tragédia que se abateu sobre a Ucrânia: bombas atrás de bombas, milhões de refugiados, valas comuns, mortos e mais mortos, crianças afogadas no pânico, mulheres sem palavras para chorar e gritar os horrores, hospitais, creches, escolas destruídas, ruínas, mais ruínas, um mundo a desabar, ameaças de guerra nuclear..., só poderia desejar, do fundo do coração, poder responder: não, nunca mais haverá guerra. Mas sei que não é assim. Haverá sempre guerras, a não ser que se desse uma conversão radical da humanidade.
Neste sentido, há um texto que me foi enviado, cujo autor desconheço mas com o qual estou de acordo, até porque encontrou as palavras certas para descrever este mundo de loucura. Reza assim: "Nenhuma guerra tem a honestidade de confessar: "Eu mato para roubar". As guerras invocam sempre motivos nobres: matam em nome da paz, em nome de Deus, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia e, por causa das dúvidas de nenhuma destas mentiras ser suficiente, aí estão os meios de comunicação dispostos a inventar inimigos imaginários para justificar a transformação do mundo num grande manicómio e um imenso matadouro.