sábado, 14 de março de 2020

CORONAVÍRUS - LAVAR AS MÃOS


AS MÃOS


Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre,
In O Canto e as Armas, 1967

sexta-feira, 13 de março de 2020

IGREJA CATÓLICA RESPONDE À CRISE DO COVID-19


O nosso bispo, D. António Moiteiro, vai celebrar a Eucaristia no próximo domingo pelas 10h00 na Sé de Aveiro. A celebração será transmitida em direto no canal de facebook da nossa Diocese.

COVID-19

Notas do meu diário 



O caso é muito sério. Na minha vida passei por situações muito difíceis, mas nunca vi nada parecido com o coronavírus (COVID-19), que está a atingir o universo. Daí a pandemia. 
Não será o fim do mundo porque a inteligência humana saberá dar a volta a esta guerra provocada por um vírus que mata sem armas, sem bombas atómicas, sem estratégias militares. Um simples vírus que quer destruir economias, gerar fomes, aniquilar comércios e indústrias, provocar pânicos e alimentar incertezas. 
Contudo, vamos acreditar que a humanidade sairá reforçada.

Fernando Martins

SACIA-TE NA FONTE DE ÁGUA VIVA

Reflexão de Georgino Rocha: 
A caminho da Páscoa

«A solidariedade nas causas justas humaniza-nos, reforça os laços da família que constituímos e abre o coração a novas dimensões: a ética da convivência social, a cultura do suficiente, o estilo de vida sóbrio e partilhado, a fraternidade sem limites, a dignidade acrescida, fruto do reconhecimento agradecido a Deus Pai por nos constituir seus filhos e irmãos em Jesus Cristo.»

A samaritana acorre ao poço de Jacob, para buscar água fresca. Leva consigo o cântaro vazio, símbolo do seu coração ansioso que procura saciar as sedes que manifestamente o inquietam e perturbam. Habita-a o sonho de felicidade, sempre adiada, apesar das tentativas fugazes de prazeres efémeros. Acolhe o pedido ousado do judeu desconhecido e questiona-o sobre o seu atrevimento. Abre-se ao diálogo num “taco-a-taco” impressionante pelo realismo personalizado e pela caminhada espiritual de abertura e comunicação. Jo 4, 5-42 
Jesus, paciente e confiante, situa-se ao nível da samaritana. Aproveita a oportunidade de estar cansado e de ser pleno dia, para manifestar a necessidade de saciar a sua sede. “Dá-me de beber” – diz-lhe. “Como?” – pergunta ela. “Se conhecesses quem te pede” – acrescenta Jesus, abrindo horizontes novos às sedes humanas que só podem ser satisfeitas por águas vivas oferecidas por quem as possui e está pronto a reparti-las.
“Por muito que nos desconcerte, afirma o cardeal Tolentino de Mendonça, Jesus dirige-nos essas mesmas palavras, na boca do poço que representa este momento das nossas vidas. «Dá-me o que trazes contigo. Abre o teu coração. Dá-me o que és». A quaresma é uma chamada a reactivar o dom da graça”.

quinta-feira, 12 de março de 2020

O DOURO COM TODA A SUA BELEZA


Sem apetência por qualquer tema, que o coronavírus (COVID-19) me tem envolvido demais, aqui fica o Douro com toda a sua beleza para me fazer esquecer, se é que tal é possível, os dramas da pandemia que nos envolve.

ÍLHAVO - Recordações


Com a qualidade possível, já que não sou nenhum especialista em digitalizações, ofereço 12 registos, tipo selo, do que me chegou às mãos.  A data situa-se na década de 1960.