segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Moral, vítimas e Deus

Crónica  de Anselmo Borges 
no DN


Vínculo inevitável 
entre moral e religião 
dá-se pela esperança, 
sobretudo quando se pensa
 nas vítimas inocentes

Após conflitos e condenações, a Igreja reconheceu a legítima autonomia das realidades terrestres, o que significa que, por exemplo, a ciência, a medicina, a política, a economia se regem pelas suas própria leis, sem a tutela da religião. Sobretudo quando se olha para o mundo islâmico, fica bem patente a importância desta autonomia nomeadamente na política, exigindo a separação da Igreja e do Estado.
Também a moral é autónoma. Aliás, na perspectiva cristã, autonomia e teonomia acabam por coincidir, na medida em que, se Deus cria por amor, então a plena e adequada realização humana, que deve constituir a norma e o critério da acção humana boa, coincide com a vontade de Deus, cujo único interesse são as criaturas totalmente realizadas: a vontade de Deus é o bem da criatura. 

domingo, 16 de novembro de 2014

"Correio do Vouga" começou neste dia



1930 — Tendo como director o Dr. António de Almeida Silva e Cristo, como editor o Padre Alírio Gomes de Melo e como administrador o Padre Dr. António Fernandes Duarte e Silva, começou neste dia a publicar-se o semanário católico Correio do Vouga (Vd. 1º número deste jornal; João Gonçalves Gaspar, A Diocese de Aveiro – Subsídios para a sua História, pg. 466) – J.

“Calendário Histórico de Aveiro”
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: Senti vontade  de evocar os tempos em que dirigi este semanário, enfrentando desafios dia a dia ultrapassados, porém nem sempre como desejaria. Uma verdade não posso olvidar: contei com preciosos colaboradores e bons amigos.Um dia, se Deus me der vida e saúde, voltarei ao assunto. Para já, felicito quantos o dirigem e nele trabalham e colaboram, com o espírito da renovação permanentemente animado.

Regresso à barbárie?

Crónica de Frei Bento Domingues 

Se uma religião tiver a pretensão 
de ser a única verdadeira, 
ficam todas sob ameaça


1. Voltaram, há dias, a interrogar-me, em tom de exame e desafio: se existe um só Deus – segundo o credo monoteísta – porque não se unem numa mesma religião judeus, cristãos e muçulmanos? Presume-se que Deus não possa estar em concorrência consigo mesmo.
Como qualquer cristão, tenho de estar pronto a dar razão da minha esperança, com mansidão e sem arrogância, como recomendou S. Pedro (1Pr 3,15), mas não estou obrigado a ser ingénuo. A pergunta não abriga apenas pouca informação acerca da longa história dos chamados monoteísmos. Recomendo, no entanto, La bibliotheque de Dieu: Coran Evangile, Torah (1). É uma biblioteca escrita e comentada por humanos durante muitos séculos. Nem sempre tem ajudado a pensar e a viver a aventura humana com esperança. A sua leitura fundamentalista foi e continua a ser usada, com demasiada frequência, para matar em nome de Deus. A teologia do diabo exige o recurso permanente ao poder económico, político e religioso (Lc.4,1-13). Os seres humanos sabem que sem poder bélico e o seu comércio, as guerras perderiam o encanto das conquistas.

Monumentos: Mestre Mónica


A Nau vista por D. João Evangelista

Nau Portugal
«Já estou velhinho, já sinto o frio da cova nos pés. É natural que nos meus longos anos, expostos de mais a mais às ondas, nem sempre calmas, do destino que Deus me marcou ao nascer, eu tenha sentido pancadas terríveis no peito, capazes de o quebrarem, de o fazerem em pó, se não se tornasse em bronze indestrutível a mísera carne que o Senhor predestinou para o mais agitado dos apostolados, o apostolado das almas. Às vezes até parece que a vaga passa por uma tal forma por cima da cabeça que nos prega para sempre no fundo de tenebrosos abismos, e não mais voltamos à tona d’água a rivedere le stelle, como dizia o Dante ao fim do Inferno.
Tudo pareceu porém ontem diluir-se, e como que perder-se nas recordações longínquas a ponta mais aguda e mortífera dos seus espinhos, a gota mais amarga do meu veneno, ao golpe imprevisto, mil vezes trágico, que me esmigalhou a alma na Gafanha da Nazaré.
Parecia uma noiva, a nau Portugal, pronta a entrar na Igreja, com a coroa da glória na fronte e o manto de virgem a arrastar na história. Eu passei-lhe a mão pela quilha, ávida de cortar para a frente as águas, de fazer espuma ao passar, como quem faz uma festa na face de um filho, como quem beijaria, a transbordar de ternura, os olhos da sua mãe. E, senti, nessa carícia, bater lá dentro o coração da Pátria; eu ouvi, assim encostado o ouvido à proa altiva do barco, a voz de oito séculos que se não calava. Eu dei-lhe a bênção do meu ritual, mas dei-lhe ainda mais talvez – quem sabe se não me fez irreverente o delírio! – a bênção do meu amor. Estava-me a parecer que, se eu fosse embrulhado para a terra numa dobra daquela bandeira, nenhum verme me tocaria, até o peito morto teria vibrações misteriosas no túmulo.

sábado, 15 de novembro de 2014

Moral, vítimas e Deus

Crónica de Anselmo Borges no DN

Após conflitos e condenações, a Igreja reconheceu a legítima autonomia das realidades terrestres, o que significa que, por exemplo, a ciência, a medicina, a política, a economia se regem pelas suas própria leis, sem a tutela da religião. Sobretudo quando se olha para o mundo islâmico, fica bem patente a importância desta autonomia nomeadamente na política, exigindo a separação da Igreja e do Estado.
Também a moral é autónoma. Aliás, na perspectiva cristã, autonomia e teonomia acabam por coincidir, na medida em que, se Deus cria por amor, então a plena e adequada realização humana, que deve constituir a norma e o critério da acção humana boa, coincide com a vontade de Deus, cujo único interesse são as criaturas totalmente realizadas: a vontade de Deus é o bem da criatura.

NB: Crónica completa na segunda-feira

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Dia Mundial da Diabetes | 16 de novembro





A Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com a Unidade de Cuidados na Comunidade Laços de Mar e Ria (Centro de Saúde de Ílhavo), promove amanhã, domingo, 16 de novembro, entre as 10h00 e as 12h00, no Pavilhão Municipal da Gafanha da Encarnação, um conjunto de ações no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Diabetes.
Destaque para uma sessão de sensibilização para a saúde sobre exercício físico e diabetes, com início previsto para as 10h00, seguida de uma aula de zumba. 
Pretende-se com esta iniciativa proporcionar uma manhã diferente para os diabéticos e os seus familiares.


Pode ler mais sobre a Diabetes aqui