segunda-feira, 7 de maio de 2012

O ano em que nasceu o pai de João Marçal - 1912


João Maria Marçal (1912-1988)


O meu leitor e amigo João Marçal, também um gafanhão de gema,  teve a gentileza de me remeter um texto em que recorda factos do ano em que nasceu seu pai, concretamente, 1912. Trata-se de um documento interessante pelos acontecimentos que evoca de há cem anos. Vale bem a pena ler o que o João escreveu e quis partilhar connosco. 

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NONA SINFONIA DE BEETHOVEN

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ADIG envia Carta Aberta à população da Gafanha da Nazaré




A questão dos limites da Gafanha da Nazaré continua em aberto, por razões incompreensíveis. Há muitos anos que se fala do assunto, mas a verdade  é que toda a gente se fecha, como se o tema não fosse pertinente. Eu tenho a certeza de que é, até me demonstrarem o contrário. Aqui deixo aos meus leitores e amigos a Carta Aberta que a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) teve o cuidado de remeter aos nossos concidadãos.



«Caros Concidadãos:

Através de informações fornecidas pelo Instituto Geográfico Português (IGP), tudo leva a crer que a Gafanha da Nazaré não tem limites de freguesia oficialmente aprovados!!! Por isso é que, desde há décadas, a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) nos tem podido fazer tantas traquinices. Certos políticos da CMI, em vez de defenderem o nosso território, como lhes competia, avançaram por aí adiante, como no tempo de D. Afonso Henriques na reconquista de terra aos sarracenos?! Com uma diferença: enquanto o primeiro rei de Portugal lutava de espada em riste, à frente das nossas tropas, alguns dos autarcas ilhavenses do passado agiram como toupeiras, de forma sub-reptícia e por má-fé. Para o seu modo de pensar, estávamos a crescer depressa de mais. 
Sobre a triste história dos limites da nossa freguesia, podemos dizer o seguinte:»

PÔR DO SOL SOBRE A BARRA


Por gentileza do Ângelo Ribau, aqui partilho um pôr do sol com os meus leitores e amigos, na certeza de que o belo nos eleva e nos convida a procurar no céu cores, sombras e  sonhos que nos hão de tornar mais felizes. Boa semana para todos.

Bispo de Aveiro pediu «novo humanismo» aos finalistas universitários



O bispo de Aveiro presidiu este domingo no recinto da universidade local à bênção das fitas dos finalistas, a quem pediu a construção de um “novo humanismo” que ofereça um “suplemento de alma e de esperança” ao mundo.
Na homilia da missa, enviada à Agência ECCLESIA, D. António Francisco lembrou os 25 anos do Centro Universitário Fé e Cultura, que se assinalam em 2012.
A instituição representa a vontade de os católicos quererem ser “presença constante e atuante da Igreja no mundo universitário de Aveiro”, disse o prelado, que recordou a visita pastoral de dois dias à universidade aveirense, realizada a 20 e 22 de março.
“Esta bela e única experiência que constituiu para mim um abençoado momento de aprendizagem dos novos campos do saber, de abertura aos desafios fascinantes da investigação e de diálogo entre a fé e a cultura”, afirmou.
D. António Francisco Santos desejou que os finalistas concluam o curso com “o fascínio de um saber límpido e aberto ao universal, sólido e profundo, exigente e prestigiado, capaz de ampliar o valor absoluto e o sentido transcendente da vida”.

RJM

Fonte: Ecclesia

O diálogo com a cultura no espírito do Concílio





Junho é o mês das Jornadas da Pastoral da Cultura. Quem já participou em outros anos, ou quem puder estar presente pela primeira vez, contactará com uma experiência eclesial marcante, mesmo na sua simplicidade: esta de escutar o que o mundo diz à Igreja e o que a Igreja deste tempo diz ao coração humano. A cultura é um lugar polifónico assim, onde a palavra e a escuta mutuamente se iluminam, onde o encontro verdadeiro se torna condição do caminho.

O tema deste ano vai buscar inspiração literal à “Gaudium et Spes”, num ano em que se assinala o aniversário do início do Concílio Vaticano II. Mas queremos não apenas comemorar: se revisitamos a palavra do concílio é para perceber como ela pode inspirar o nosso presente histórico. Há uma alegria e uma esperança para nós? Como falam delas os nossos bispos e teólogos, os nossos poetas e criadores do mundo do teatro, os universitários e pintores, os músicos, os cineastas e os que se empenham nas causas civis? Razões que tornam estas Jornadas uma oportunidade que todos aqueles e aquelas que vivemos interessados e empenhados na Pastoral da Cultura não podemos perder. Dia 22 de junho encontramo-nos em Fátima.

P. José Tolentino Mendonça

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domingo, 6 de maio de 2012

DIA DA MÃE

TEXTO DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA




O Dia da Mãe é uma data comemorativa, que em Portugal, se celebra no primeiro domingo do mês de Maio.
Chegou a ser celebrado a 8 de Dezembro, mas passou para o 1º Domingo de Maio, em homenagem à Virgem Maria, mãe de Cristo. A data é uma homenagem a todas as mães e serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.
Neste dia, os filhos costumam organizar e oferecer surpresas às suas mães, para lhes demonstrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação destas ao longo dos anos.
Remonta às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
No século XVII, celebrava-se no 4º domingo de quaresma, um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães inglesas.
Nos Estados Unidos, em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe, ficou muito triste. As suas amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no primeiro domingo de Maio.
Desde os meus frescos 15 anos, que elegi este soneto, para fazer a homenagem às mães portuguesas. Reporta-se à época dos descobrimentos, em que o papel da mulher/mãe, ficou na história, como baluarte da resistência e da abnegação. Faço minhas as palavras do poeta!


MATER DOLOROSA


Quando se fez ao largo a nave escura,
Na praia essa mulher ficou chorando,
No doloroso aspecto figurando
A lacrimosa estátua da amargura.

Dos céus a curva era tranquila e pura;
Das gementes alcíones o bando
Via-se ao longe, em círculos, voando
Dos mares sobre a cérula planura.

Nas ondas se atufara o Sol radioso,
E a Lua sucedera, astro mavioso,
De alvor banhando os alcantis das fragas...

E aquela pobre mãe, não dando conta
Que o Sol morrera, e que o luar desponta,
A vista embebe na amplidão das vagas...


Gonçalves Crespo

Rio de Janeiro, 11 de Março de 1846 — Lisboa, 11 de Junho de 1883
poeta e jurista de influência parnasiana,







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POESIA DE FERNANDO PESSOA PARA ESTE DOMINGO

Sugestão do caderno ECONOMIA do EXPRESSO



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ESTE MUNDO DARÁ PARA TODOS?

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO DE HOJE




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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 289


PITADAS DE SAL – 19



DO REBOCHO AO MONTE FARINHA


Caríssima/o:

Para nós, os da Beira-Ria, há nomes que se nos pegaram na memória desde tenra idade, faziam parte da nossa vida: Cambeia, Portas de Água, Regueirão, Esteiro, Paredão Arrunhado, Traveses, ... Rebocho, Monte Farinha...
Para chegarmos às Marinhas forçoso era rumar ao Rebocho ou ao Monte Farinha e isso mesmo nos diz meu irmão Artur neste pequeno escrito em que nos revela o quão importantes eram essas investidas:

«Quantas e quantas vezes, aos domingos, íamos nós os três, eu, o pai e o tio António, no bote, em direcção ao Rebocho. A viagem era feita quando a maré vazava; o meu tio puxava a corda à sirga; eu ia sentado à frente; e o meu pai ia atrás com o remo que fazia de leme.
Como no esteiro Oudinot havia muitas árvores de fruto, o tio António, de vez em quando, lá atirava uma pera para dentro do bote e assim quando chegávamos ao fim da viagem já tínhamos fruta para comer ao meio-dia.
Chegados ao Rebocho, íamos para as marinhas e lá começava o meu tio à foice, enterrado na lama até à cinta. De quando em quando, lá vinha uma enguia; verdade seja que ele tinha o dom para aquele tipo de pesca. Ele e o meu pai lá continuavam com a foice e as enguias voavam até à praia, onde eu tinha que as apanhar.
Também tinha de cortar erva para os coelhos.
O bote vinha carregado com os sacos da erva, que eram bastantes, e uma grande caldeirada de enguias.
A casa só chegávamos a meio da tarde...»

Não era só a caldeirada para a minguada mesa da família; à espera duma refeição mais farta, os coelhos e outra criação saltavam contra as redes de vedação quando os pescadores se estiravam no banco de madeira para lavar os pés da lama incrustada. Talvez valha a pena esclarecer que, nesses recuados tempos, a erva para os animais era escassa para quem não tinha terras: rapidamente se esgotava a que nascia nos caminhos ou nas bermas das estradas.
Conforme a maré, o destino podia variar para o Monte Farinha que então cavalos e não só por ali andavam em liberdade. Com pequenas variantes, o programa era idêntico e os proventos equivaliam-se. Talvez a imagem desta ilha perdure mais pelos animais: era sempre motivo de brincadeira o relinchar dos cavalos, os seus pinotes e cabriolas.
Anos mais tarde, outras viagens e com uma única motivação: o passeio e o recreio...
Mas essas ficarão para outra pitada...


Manuel