quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cavaco cancela visita a escola

O presidente Cavaco Silva cancelou hoje uma programada visita à Escola António Arroio, alegadamente por falta de condições de segurança. Tenho dificuldades em aceitar esta atitude do nosso Presidente da República. Que eu saiba, uma manifestação de alunos não é, seguramente, uma ameaça terrorista. Uma manifestação tem de ser entendida como um direito democrático, sendo legítimo o protesto de falta de condições para uma escola funcionar convenientemente. Causa-me, por isso, a ser verdade que a razão estaria na falta de segurança, uma impressão muito negativa, saber que o nosso Presidente tem medo de manifestações de jovens.

PIETÀ

Um artigo  de Vasco Graça Moura,
no DN


Mulher com um familiar ferido durante protestos contra o presidente do Iémen, 
15.10.2011 (Samuel Aranda/The New York Times) 


A imagem da mulher que segura o filho morto nos braços tornou-se, a partir da Idade Média, uma importante referência plástica e emocional do Cristianismo. Da rude imaginária medieval, de origem alemã (os Vesperbilder), desde o século XIII, e da Pietà dita de Avignon, de meados do século XV - esta ainda com processos típicos dos primitivos na elaboração realista da representação -, até aos Renascentistas e Maneiristas, à estatuária religiosa do Barroco e a Van Gogh, a figuração da mater dolorosa tornou-se um símbolo do drama humano que representa a perda de um filho. Mas na série avulta, sem carga expressionista, a Pietà do Vaticano, de Miguel Ângelo (1499), em que são representadas a gravidade melancólica da mãe, alcandorada a um idealizado plano neoplatónico e metafísico, e a morte do filho, a finitude irremediável do corpo humano, numa articulação indissociável e deslumbrante entre esses dois planos.

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SETE DIAS - 16 a 22 de fevereiro

Na SÁBADO de hoje

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

“Camões e a Química – A Química em Camões”


Um livro de Armando Tavares da Silva



“Camões e a Química – A Química em Camões” é um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra na situação de aposentado. Trata-se de uma edição patrocinada pela CIRES — Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, que veio a lume no âmbito das comemorações dos 50 anos de atividade daquela empresa. 
A obra de Camões, épica e lírica, tem sido suficientemente estudada e divulgada, decerto à medida da sua grandeza e qualidade, mas também do lugar de destaque que o “príncipe dos poetas portugueses” ocupa na história de literatura universal. 
Armando Tavares da Silva, com o seu gosto pelos temas históricos e com os seus elevados conhecimentos da Química, seria, como foi, a pessoa indicada para se debruçar sobre esta vertente da cultura na obra de Camões. Penso que não muitos estudiosos poderiam enveredar por aqui, olhando para a obra camoniana na mira de descobrir os seus conhecimentos nesta matéria não muito literária. 
Li o livro de Prof. Tavares da Silva com curiosidade, não obstante a minha posição de leigo nestes temas do âmbito da ciência ao mais alto grau. Confesso que, ao ler Os Lusíadas ou a lírica de Camões, nunca me passou pela cabeça catar palavras, frases ou expressões que denotassem os saberes do nosso maior poeta na área da Química. Daí um dos méritos deste trabalho do autor de “Camões e a Química – A Química em Camões”. 
O livro foi editado em excelente papel, capas cartonadas, e apresenta-se com boas ilustrações. 
Felicito o autor pelo trabalho que elaborou, sendo uma preciosa achega para um Camões não muito bem conhecido. 

FM 

Na contracapa pode ler-se, em jeito de desafio aos leitores: 

«Sendo Camões um homem do Renascimento, ávido de novas experiências e de conhecimento, até que ponto e em que medida as novas ideias e teorias no domínio da química — e dos materiais e substâncias, suas propriedades e aplicações — chegaram ao conhecimento de Camões e terão influenciado o seu pensamento e atitudes?» 



ÍLHAVO: Férias divertidas — PÁSCOA 2002



O Executivo Municipal vai levar a efeito, mais uma vez, o Programa Férias Divertidas – Páscoa 2012, a jovens do município. Este Programa, com duração de cinco dias na primeira semana e de quatro dias na segunda semana, será constituído por três modelos de atividades com tipologias distintas: um modelo composto por diversas modalidades desportivas; um segundo modelo com especial incidência nas modalidades náuticas; e um terceiro modelo, cujo custo de participação será mais reduzido, tornando-se mais acessível para as famílias com dificuldades e que pretendem que as suas Crianças continuem a frequentar este tipo de iniciativas. 
As atividades decorrerão de 26 a 30 de março de 2012 (semana 1) e de 2 a 5 de abril de 2012 (semana 2), sendo para tal necessário proceder-se à inscrição, a partir do dia 1 de março, nas Piscinas Municipais de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré, até uma semana antes do início do Programa. 

Penso que é necessário reconhecer a importância  do envolvimento de crianças e jovens em períodos de férias escolares, evitando a ociosidade, mãe de todos os vícios, como reclama velho ditado.

CORRUPÇÃO: UM GRANDE PROBLEMA NACIONAL

NA RÁDIO RENASCENÇA




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A IGREJA PODE TRANSFORMAR-SE EM PEÇA DE MUSEU

Um texto de António Marcelino

NADA DE NOVO, TUDO DE NOVO


Foi o sobressalto. Não o devia ser. Ainda com muita gente na missa tudo estava a andar bem. De repente, consultam-se os livros paroquiais e verifica-se que batismos e casamentos diminuíram a pique. Quando a preocupação se esgota nos que ainda vão e procuram, a tentação é de conservar. Quando se pensa só em aguentar e conservar, logo se entra em perda. O mundo anda, e quem não anda fica para trás, queira ou não. A vocação da Igreja é ser companheira de jornada, não dama de varandim.
Quantos planos de pastoral se preocupam com os que deixaram de vir e se programa ação para ir ao seu encontro? Há consciência do novo modo de procurar e de agir, do número de cristãos que abandonam e da razão porque o fazem, da modorra de muitos que ficam, da nova situação das famílias, da razão porque ainda se casa no templo? As rápidas sessões de preparação para o casamento deixam o padre e os colaboradores, conscientes e tranquilos frente ao que se passa antes e depois? A Igreja de Cristo é uma comunidade viva, mas pode transformar-se em peça de museu, velha e carcomida, nada apetecível, nem significativa. Por vezes, dou por mim a pensar se, apesar do bem que se faz, existe e é muito, não estamos a voltar ao tempo das rotinas pastorais, das exclusões, das proibições? O que resta terá alguma coisa a ver com o “pequeno rebanho” do povo bíblico, crente e fiel, detentor de uma esperança nova?


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