quarta-feira, 14 de setembro de 2011

FUTEBOL ATÉ ENJOAR

"NADA. ESTÁ SÓ A FALAR"
A história é conhecida. Ante alguém que falava muito e depressa, outro perguntou: “O que está ele a dizer?”- “Nada. Está só a falar!”. Hoje a televisão está cheia de gente que só fala. De futebol até enjoar, de política de igual modo, e de nada, em muitas horas e em todos os canais. Naturalmente é isto o “serviço público” entendido por públicos e privados. Fora disto, há programas em que se vêm ou se ouvem com gosto, mas para logo esquecer. O bom que faz bem e perdura chega, muitas vezes, fora de horas para gente que trabalha.
Assim se acumula o défice cultural. Mesmo quando são programas para divertir, e abundam neste sentido, podia-se também instruir e formar. Se não se forma o sentido crítico e a capacidade de discernir, se não se abrem horizontes de saber, é tudo emoção para logo deitar fora. Programas onde se testa a cultura geral e a informação, frequentemente são, pelos intervenientes, uma verdadeira lástima.
Os minutos de televisão custam milhares.
Mereciam melhor aproveitamento. Será isso o que interessa ao Estado e aos privados, nivelar por baixo, porque é assim que as audiências crescem?
António Marcelino

Bombeiros de Ílhavo precisam de mais sócios




Os Bombeiros de Ílhavo precisam de chegar aos 10 mil sócios, porque só assim "será possível garantir a sustentabilidade da corporação", afirma Hélder Bartolomeu, que acrescenta: "num concelho com 40 mil habitantes não podemos ter apenas 3700 sócios". Isto mesmo li no "site" da Rádio Terra Nova.
Também li que o comandante da corporação, Carlos Mouro, continua "optimista, apesar da crise e da saída de alguns bombeiros que estão obrigados a emigrar, em manter a resposta operacional".

Vale mais o caminho do que a estalagem



O Caminho e a Estalagem

José Tolentino Mendonça

Chega setembro e damos por nós a conjugar regressos. Há duas maneiras de encarar este reencontro com o nosso quadro habitual de vida. Podemos entendê-lo como um retomar simples de um percurso que a pausa estival interrompeu. Voltamos aos mesmos lugares, ao mesmo ritmo, aos mesmos tiques rotineiros, como se a vida fosse um contínuo inalterado. Ou podemos voltar, tendo ganho uma distância crítica e criativa, em relação ao modo como habitamos o real que nos cabe. Sentimos então, como naquele verso de Rainer Maria Rilke, que temos de chegar ao que conhecemos e arriscar olhá-lo como se fosse a primeira vez. De facto, a vida, nas suas várias expressões (laborais, familiares, afetivas…) precisa de recomeços que o sejam verdadeiramente. Não nos podemos instalar simplesmente nas vitórias de ontem, nos saberes adquiridos de um dia, nas experiências de uma determinada etapa. O recomeço supõe uma abertura esperançada em relação ao hoje, encarando-o com a pobreza e a ousadia de quem aceita, depois de ter percorrido já uma estrada, considerar que está novamente, e que estará até ao fim, a viver sucessivos pontos de partida.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Recordando descontentamentos de alguns gafanhões

Hoje recordei aqui  certos descontentamentos de alguns gafanhões em relação a Ílhavo. Os tempos são outros e a democracia tem as suas regras. Contudo, não nos fica mal recordar peripécias com alguma graça ou sem graça nenhuma.

Por estranho que pareça: Ajudas à UE

Por estranho que pareça, os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão reunir-se para tentar ajudar a União Europeia a sair da crise. Países que nos habituámos a ver com atrasos em relação à Europa e com pobreza em cada canto estão agora na mó de cima e até dispostos a prestarem uma preciosa ajuda...

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Atenção vigilante face à crise



O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, da Igreja Católica em Portugal, pediu hoje em Fátima uma aposta na “escuta de atitudes inovadoras já em ato” e “atenção vigilante” perante a atual crise.
D. Carlos Azevedo falava na abertura do 27.º Encontro da Pastoral Social, promovido pela referida comissão episcopal até à próxima quinta-feira, tendo como tema ‘Desenvolvimento local, caridade global’.
Este responsável falou numa situação “dura, aflitiva e incerta para tantos”, que exige “reflexão”, por parte dos católicos.
Presente na cerimónia inaugural deste encontro, com várias centenas de participantes, esteve o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, que apelou a uma “maior atenção ao próximo”.
No mesmo sentido, D. Carlos Azevedo destacou a importância de “relações de proximidade” e de formar “comunidades de irmãos, na relação de radical igualdade e dignidade é o caminho”.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Escola moderna e Escola antiga


Escola da Tia Zefa

As televisões deram hoje largos espaços às Escolas que receberam a visita do primeiro-ministro Passos Coelho. Divulgaram escolas-modelo onde nada falta, desde salas amplas com bastante luz até modermos equipamentos para uma melhor educação e um mais eficiente ensino. Gostei de ver e de ficar a conhecer. Também falaram, como é óbvio, de lacunas imperdoáveis para os tempos de hoje, como a falta de empregados não docentes e de verbas para energia, que garanta aquecimento em épocas de invernia. É bom podermos oferecer o melhor às novas gerações, para que todos se sintam bem nas horas da sua formação académica e humana, a vários níveis.
O tempo das carências do essencial já lá vai. Fui aluno e professor em momentos de pobreza muito acentuada. Não havia empregados, nem aquecimento, na iluminação elétrica, nem carteiras para todos os alunos, nem turmas reduzidas, nem material escolar sofisticado, nem esferográficas, nem manuais especiais.
Recordo os dias invernosos. Quando o professor chegava, mandava-nos correr pela rua, que era o recreio de então, frente à escola da ti Zefa. Garantia que ficávamos mais quentes. E na sala, quando o frio apertava, dava ordens para batermos com as mãos nos ombros, cruzando os braços. As mãos ficavam à moda de se poder escrever na lousa ou no quadro. A limpeza da escola era feita pelos alunos, com a ajuda do professor. O lixo acumulado era tanto, que até apetecia pegar numa pá para o remover com mais facilidade.
Tempos incríveis, muito difíceis, que espero não voltem mais. Este desabafo tem como finalidade, apenas e só, lembrar que hoje tudo é diferente. Muito melhor que há décadas, está bem de ver. E ainda bem!

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro




A comunicação social recordou hoje, e bem, o horror do 11 de setembro de há dez anos. Dizem alguns analistas que o ataque terrorista marcou indelevelmente a história, com um antes e um depois desse dia. Também julgo que sim.  O terrorismo, desencadeado por fanáticos religiosos, é a mais terrível guerra dos nossos dias, porque é uma guerra covarde e, pior do que isso, em nome de Deus. 
Olhando para o que se passou, com ódios a dominar os homens em pleno século XXI, nunca poderemos compreender esta ligação de pessoas crentes ao horror, ao terrorismo. E no entanto, temos de reconhecer que, infelizmente, incompreensivelmente, no seio de doutrinas religiosas também existem raivas fratricidas e mentes doentias, capazes de pregar a violência.

Lições islandesas

Rui Tavares explicou, há dias, no Público, como é que a Islândia se libertou do FMI. Não sei se o retrato foi feito com rigor. De qualquer modo fica aqui - Posted using BlogPress from my iPad

As sete maravilhas da nossa gastronomia







Os portugueses que votaram decidiram. Não estarei à altura de me pronunciar, mas terei, naturalmente, as minhas opiniões. O que posso concluir é que muita coisa boa ficou de fora, como, por exemplo, o cozido à portuguesa, os ovos-moles, a caldeirada de enguias, entre outras delícias. Mas votações populares são democráticas e temos de as respeitar. Quero, contudo, dizer que, por vezes, as escolhas nem sempre batem certo com os nossos gostos. 
Vejam aqui