terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bento XVI: Não diz tudo o que pensa, mas dá a impressão que nada do que pensa fica por dizer


Um Papa tímido e sem medo

António Rego




Será exagero, ou talvez não. A entrevista que Bento XVI concedeu ao jornalista Peter Seewald diz mais sobre a sua visão do mundo, da história e do hoje, que o conjunto dos seus discursos. Exprime melhor a sua fé que os seus tratados de teologia. Define melhor o homem, o padre, o cidadão e o Papa que as imagens televisivas mais próximas dos momentos solenes do Sumo Pontífice. Porquê? Porque abre o coração de Joseph Ratzinger a um olhar íntimo, não esquematizado por ele mas pelas observações e perguntas que o jornalista lhe lança, envolvendo-o sempre na sua história pessoal e não na esfinge a que muitas vezes a imagem pública o condena.~

Apoio do Estado aos colégios é insuficiente

 
Bispo de Aveiro defende opção livre dos pais na escolha das escolas para os seus filhos
 
O Bispo de Aveiro diz que a alteração à lei que regula o apoio do Estado aos colégios privados vai dificultar a ação dos referidos colégios no ensino. A Lei foi promulgada pelo Presidente da República e a redução dos financiamentos de uma média de 114 mil euros por turma ao ano é reduzido para 80 mil. D. António Francisco Santos diz que é uma redução que causa problemas de gestão e que a Igreja crítica. “Não ficou satisfeita. Temos quatro colégios no espaço diocesano que vivem sob este acordo de contrato de associação que vão passar por muitas dificuldades e nós continuamos a defender a opção livre por parte das famílias para escolherem a escola que desejam para os seus filhos. Pensamos que o estado tem obrigação de dar a todos as mesmas possibilidades a as escolas particulares prestam serviço público. Por isso, continuaremos a bater-nos para ser possível esse direito e essa liberdade”, justifica D. António Francisco Santos.


Fonte: RTN

Festa de Reis e Ano Novo na UA

Reitoria da UA


8 janeiro, no Auditório da Reitoria UA

Idosos da Região Aveirense vão partilhar o ANO NOVO em diálogo de gerações. Esta iniciativa vai estar integrada, desta feita, no Ano Europeu das Atividades de Voluntariado, que aposta na Cidadania Ativa.
A organização é do Voluntariado Vida Mais, havendo a colaboração da Provedoria do Estudante da Universidade de Aveiro e o apoio da Reitoria da UA e de SAS-UA.

Programa:

13.30h: Acolhimento no Grande Auditório Reitoria UA
13.45h: Saudações de abertura
14.00h: Momento musical e Auto de Natal apresentado pelas Instituições
14.30h: Fados e Guitarradas
14.50h: Tuna e Cantares do Alva (Albergaria-a-Velha)
15.20h: Rancho Folclórico de Ouca (Vagos)
15.50h: Tuna Universitária de Aveiro
16.20h: Encerramento

Associaram-se instituições de Albergaria-a-Velha, Avanca, Aveiro, Boa Hora, Bunheiro, Calvão, Cacia, Canelas, Costa do Valado, Fermentelos, Ílhavo, Murtosa, Gafanha da Nazaré, Oliveira do Bairro, Ouca, Pardilhó, Santo António de Vagos, Santa Catarina, São Bernardo, Soza, Troviscal, Vagos, Vale de Cambra e Eixo.

Indisciplina nas Escolas

«Quase 400 pedidos de ajuda para situações de indisciplina nas escolas foram registados na Linha SOS Professores nos últimos quatro anos. Esses contactos foram feitos, na sua maioria, depois da tentativa de que os conselhos executivos resolvessem os problemas.»
NOTA: Estes números impressionam qualquer cidadão, por mais friamente que queira analisar esta realidade. Há muito se fala da indisciplina e da agressividade nas escolas portuguesas. As causas que estão na base destas anomalias devem mesmo ser estudadas com rigor, se é que aspiramos a formar homens e mulheres para um Portugal mais saudável sob todos os pontos de vista. Em ambientes de indisciplina e de agressividade não será possível contribuir para uma sociedade para justa e mais fraterna. Culpa dos pais? Falta de meios humanos, em número e com capacidades para educar, nos estabelecimentos de ensino? Legislação inadequada para estes casos? Não sei, mas gostaria de saber.

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Reabriu ontem a Universidade Sénior



Farol da Barra de Aveiro

Retomei ontem, segunda-feira, a minha colaboração na Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. O grupo que animo, como posso e sei, manteve-se firme na participação, com a abordagem habitual de alguns temas. Não registei desânimo nem falta de interesse pelos assuntos abordados na abertura do segundo período. Foi gratificante.
Por tudo isso, julgo que é de louvar o gosto manifestado pelos participantes no encontro. Digo participantes, porque me recuso aceitar a normal classificação de alunos, já que todos ensinam e aprendem, respeitando o princípio da troca de saberes.
Ontem, para além da abordagem dos chamados Casos da Semana, vieram à baila temas como a homenagem que é devida aos professores de qualquer grau de ensino, cabendo no mesmo espaço de tempo a evocação de professores que nos marcaram. E com que satisfação recordámos professores dedicados, mestres que forjaram carateres e inspiraram gostos pelo saber, enquanto nos educaram para a vida! Foi, sem dúvida, um momento muito bonito.
Noutra hora, trocámos impressões sobre o Farol da Barra de Aveiro, desde o reconhecimento da sua necessidade pelos governantes locais, até à sua inauguração, que ocorreu em 1893, passando pelas diversas fases do projeto e pela influência do grande parlamentar José Estêvão, para que a obra se realizasse.

FM

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Há um momento e um tempo para cada coisa



Que fazemos nós do tempo?

José Tolentino Mendonça


Que uma conversa destas exige lentidão, previne-o o passo célebre das "Confissões" de Santo Agostinho: «Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu o sei; se desejo explicar a quem o pergunta, não o sei». Sabemos que somos feitos de tempo, de idades, de cronometrias visíveis e invisíveis, de estações… Sabemos que o tempo é a argila da vida. Do incomensurável oceano ao sucinto regato, da minúscula pedra ao elevado rochedo, da planta solitária ao vastíssimo bosque, tudo tem no tempo uma chave indispensável. Também nós somos modelados e lavrados, instante a instante, pelos instrumentos do tempo. Por vezes de um modo tão delicado que nem sentimos como ele, irreversível, desliza dentro e fora de nós. Por vezes, atormentando-nos claramente a sua voracidade, sentindo-nos perdidos na sua obsidiante vertigem. Que é, pois, o tempo?
Nós dizemos, repetindo um provérbio que os latinos já usavam, que o tempo voa (tempus fugit). De facto, tudo o que é humano é feito de tempo, mas a experiência que mais vezes nos ocorre é a de não termos tempo. «Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante para ti», explicou a raposa ao Principezinho. Há uma qualidade de relação que só se obtém no tempo partilhado. Por alguma razão, esse raro Mestre de humanidade chamado Jesus, disse: «Se alguém te pede para o acompanhares durante uma milha, anda com ele duas». Só com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos.

Leão X excomunga Lutero neste dia de 1521

Martinho Lutero

A bula "Exsurge Domine" do Papa Leão X, de 15 de junho de 1520, condenava os 41 textos de Lutero e ameaçava-o com a excomunhão. Lutero queima simbolicamente esta bula em dezembro de 1520, juntamente com algumas escritas da escolástica e do direito canónico, à porta da cidade de Wittenberg. Foi excomungado em 3 de janeiro de 1521, através da bula "Decet Romanum Pontificem".

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