sábado, 28 de agosto de 2010

O futuro passa pelas energias renováveis





O MUNDO CONVERGENTE

Se a globalização tem sido, segundo alguns, responsável por escavar um fosso cada vez mais fundo entre desenvolvimento e subdesenvolvimento, não é menos verdade que, ao mesmo tempo, oferece novas hipóteses de o diminuir. Chew Magna, uma aldeia no sudoeste de Inglaterra apostou em explorar essas potencialidades do mundo globalizado ao avançar para uma solução de convergência que procura um ponto de equilíbrio energético à escala global. Surpreendentemente, começou pelos antípodas.
Texto: Sónia Ramalho e Sofia Teixeira

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Religião e (in)felicidade



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S. Paio da Torreira





O convite para me deslocar à Murtosa, tendo em mira associar-me às tradicionais Festas em Honra do S. Paio, veio há dias. Gostaria de poder corresponder ao convite do meu amigo Manuel, mas não posso. A razão é simples: a agitação fora do comum perturba-me um pouco; fico cansado depressa. Coisas da idade, penso eu.
Pela festa do S. Paio passei alguma vezes, quando vivia férias em Pardilhó. Mas antes, fui lá uma vez com dois amigos, o Manuel e o Diamantino. Levámos tenda para dormir, quando viesse o sono, e farnel. Depois de passarmos para o lado de S. Jacinto, seguimos de motorizada até à Torreira.
O S. Paio é santo mais popular daquelas bandas, a que se associa, nem sei bem porquê, o vinho tinto...
Das peripécias dessa peregrinação já recordo pouco. Sei que pedimos autorização a um senhor para acampar no pinhal que circundava a sua vivenda, mas o "não" foi perentório
Sei, no entanto, que há quem continue a reviver, ano após ano, as tradições ligadas ao S. Paio. E desejo, por isso, que sejam todos muito felizes nos dias festivos que se aproximam.

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Nota: Com Acordo Ortográfico

Como se chega à felicidade?


HÁ RECEITAS PARA A FELICIDADE?

Anselmo Borges

O que queremos verdadeiramente é, sem sombra de dúvida, ser felizes. Mas como se chega à felicidade? É que, para se ser feliz, é necessária uma multidão de coisas e de condições: algum prazer, saúde, uma vida familiar agradável, realização profissional mínima, reconhecimento social, algum dinheiro, amigos - "sem amigos, ninguém escolheria viver", disse Aristóteles. Depois, também é preciso ter sorte, como diz a própria palavra no seu étimo (felix), e isso não acontece apenas com felicidade (felicidad, em espanhol, e felicità, em italiano): o Glück alemão significa felicidade e sorte, a raiz de happiness é happ, com o significado de acaso, fortuna (perhaps significa talvez), o mesmo acontecendo nas palavras grega e francesa, respectivamente: eudaimonia e bonheur.
E há choques, oposições, contradições. O Prémio Nobel da Literatura Heinrich Böll escreveu uma estória cheia de humor e sentido - eu ouvi-a ao Padre Tony de Mello. Chega um turista e dialoga com um pescador pobre, a apanhar sol na praia, com o resultado da sua pescaria: dois peixes. - Porque não pescas mais? - Para quê? - Para teres dinheiro, criavas uma empresa, tinhas muitos empregados, eras cada vez mais rico, exportavas, montavas mais empresas... - E depois?, pergunta o pescador. - Serias tão rico que já nem precisavas de trabalhar e passarias os dias na praia a apanhar sol... - Mas é precisamente o que estou a fazer, sem ter de passar por toda essa trapalhada, atirou-lhe o pescador.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vouzela: Notas Históricas






Atenção: As notas históricas dizem o essencial. Clicar nas fotos para ampliar.

Festa da Padroeira na Gafanha da Nazaré



Arcadas e bandeiras são sinal de festa na terra. É assim por todo o país. Na Gafanha da Nazaré, como manda a tradição, a festa em honra da Padroeira Nossa Senhora da Nazaré tem lugar no último domingo de Agosto. As festas são sempre uma oportunidade para o reencontro de amigos  e para a alegria com foguetes, músicas, missa solenizada e procissão. Este ano tem como aliciante o facto de se integrar nas celebrações do centenário da freguesia e paróquia. O decreto do Bispo de Coimbra regista a data 31 de Agosto de 1910 como chave da criação da paróquia.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

António Lobo Antunes escreve sobre livros e editores na Visão



António Lobo Antunes

«A cabeça de um escritor é um sítio inabitável, cheio de sombras negras que se devoram umas às outras, remorsos, fantasmas, dores, insignificâncias em que não reparamos e ele repara, sensações, luzes, criaturas sem nexo. Usam o papel para ordenar este caos, vertebrar o desespero, dar ao ilógico uma coerência lógica e mostrar o nosso retrato autêntico em cacos de espelho, fundos de poço trémulos, superfícies convexas em que temos de emagrecer por nossa conta. Não se pode estender a mão a quem lê, tem de se caminhar sozinho num nevoeiro aparente em que, a pouco e pouco, as coisas se arrumam nos seus lugares. Em nenhum bom livro há personagens e história: quando muito aparência de personagens e história, usadas para tornar mais clara a vertigem do que somos. Tudo se passa no interior do interior e portanto não devia haver cursos de escrita criativa»

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