sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O Mar da Barra

Gosto muito do nosso mar. De tal forma que até me apeteceu trazer para casa o seu som, que aqui partilho com os meus amigos. É uma experiência muito simples que hei-de repetir, sempre com agrado. Para além do som do mar, há sinais do prazer de quem anda a brincar nas ondas que se estendem pelo areal.

FM

Nota: Peço desculpa pelo amadorismo do registo. Mas prometo fazer melhor, quando aprender.

Jardim Oudinot

Inquérito
Os inquéritos, tal como as sondagens, valem o que valem. Mesmo assim, não resisti a lançar um inquérito sobre o Jardim Oudinot. Foi o primeiro no meu blogue. Apenas 23 leitores responderam ao meu desafio. Confesso que esperava mais, até porque a obra feita tem atraído inúmeros visitantes. Dizem que o Festival do Bacalhau movimentou mais de 100 mil pessoas. De qualquer maneira, os resultados estão à vista. Não houve qualquer nota negativa. Assim: Excelente – 9 Muito Bom – 8 Bom – 4 Suficiente – 2 Espero que nos próximos inquéritos haja mais participação, como sinal de interesse. Obrigado a todos
FM

FÉRIAS: Notas do Meu Diário


Lago Azul - Vilamoura 


LAGO AZUL

O vento brando
suave e quente
enche velas esguias
e coloridas

No entardecer
no lago azul e liso
barcos deslizam
suavemente

E o vento brando diz
convencido
Aqui no lago azul e liso
o rei ainda sou eu

Fernando Martins

Algarve, Agosto de 2008

As Mulheres da Gafanha

"BRAVAS MULHERES, AS DA GAFANHA!"
“Mulheres da Gafanha, à hora em que vão levar o almoço aos homens que trabalham nos estaleiros. A vida duríssima que levam, naquelas terras que outrora foram dunas batidas rijamente pelo mar e que são hoje solo fertilíssimo devido ao seu labor constante, marca-lhes as feições e dá-lhes um todo viril, decidido, forte. Nenhuma tarefa as faz recuar. São, quase todas, mulheres de pescadores de bacalhau ou de operários, e elas próprias trabalham no que se lhes proporciona, quando não é preciso sachar o milho ou colher a batata, muito abundante ali. A sua existência passa-se em permanentes fadigas e sobressaltos. Usam uma linguagem desabrida, que chega a ser chocante, porque se habituaram a encarar a vida e as pessoas de forma hostil, à força de lutar e sofrer de muitos modos. Tudo se resume, porém, a um desabafo, tão natural, para elas, como respirar, rir ou falar. Bravas mulheres, as da Gafanha! No fundo, todas as mulheres do povo se parecem umas com as outras, vivam onde viverem. Pode variar o aspecto exterior, mas a sua natureza é a mesma. Mais ou menos rudes, conforme o seu nível de vida, todas são irmãs na luta, na resistência ao trabalho e ao sofrimento, no heroísmo obscuro com que suportam o peso de uma existência sujeita às suas inclemências. Instintivas e directas, na sua maneira de encarar as realidades, não podem ser julgadas apenas pelo que fazem e dizem. A força que as impele tem raízes fundas, na terra e na própria vida.”
Maria Lamas, In "As Mulheres do Meu País"
Nota: Foto do mesmo livro
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dar voz e poder aos pobres

"O envolvimento dos pobres nas soluções a eles dirigidas, permite também ganhar eficiência na aplicação das medidas de combate à pobreza, o que envolve, porém, a condução de uma metodologia participativa que faça apelo à sua adesão, em termos de levantamento das suas necessidades, de críticas à forma como têm sido conduzidos os programas e de procura de soluções adaptadas às várias situações em presença. Uma tal aproximação favorece ainda o combate à subsídio-dependência impedindo que a situação de pobreza se prolongue por tempo demasiadamente longo sem fazer apelo às competências e à participação dos pobres para saírem da situação em que se encontravam."

Isabel Roque de Oliveira Maria Eduarda Ribeiro (Membros da Comissão Nacional Justiça e Paz)

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Onda de Violência

O MEDO INSTALA-SE NO PAÍS
Responsáveis pela segurança garantem que a onda de violência que se verifica no País não passa de uma situação normal. Dizem, alguns, que tudo isto não passa do empolamento dado pela comunicação social. Não creio, embora admita que algum empolamento possa haver. O que se sente é que o comum dos mortais já tem certos receios de ser assaltado. O Presidente da República alertou para a necessidade de as autoridades reforçarem a vigilância policial, para que os criminosos não fiquem impunes. Agora, dizer-se que está tudo dentro da normalidade, isso ninguém está disposto a aceitar. Assaltos a bancos e a particulares, carros roubados, assassínios, entre outros crimes violentos, estão a marcar a nossa sociedade. Pergunta-se: Qual a causa de tudo isto? Miséria? Fome? Famílias desfeitas? Desemprego? Crise social a todos os níveis? Falta de policiamento? Ineficiências dos tribunais na condenação atempada dos criminosos? Fala-se muito, mas os entendidos não dão explicações nenhumas.
FM

Gafanha da Nazaré em festa

Padre Francisco Melo
Festa da Padroeira e tomada de posse do novo prior
Não se pode dizer que a Gafanha da Nazaré anda sempre em festa. Mas é verdade que por estas bandas há festividades em abundância para animar o povo. Terminado o Festival do Bacalhau, que terá movimentado cerca de 100 mil pessoas, uma semana depois teremos as festas em Honra da Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré, este ano valorizada pela tomada de posse do novo prior, Padre Francisco Melo, a que preside o nosso Bispo, D. António Francisco, na missa da 11 horas. A festa, manda a tradição, vai ser rija, ou não fossem os gafanhões pessoas alegres e com um gostinho especial por estas formas de folgar, ao jeito de quem aposta em afugentar o stresse. Desejo que tudo corra bem, que haja muita música e alguns foguetes, que a nossa Padroeira seja de facto honrada e que o novo prior seja recebido com o carinho que merece. Com carinho, mas também com a disponibilidade dos gafanhões, no sentido de todos o ajudarem na sua missão pastoral e social. FM

GAFANHA DA NAZARÉ: Centro Cultural vai ser ampliado

A ampliação vai acontecer nesta zona
O Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai ser ampliado e remodelado, com garantias de que passará a oferecer melhores condições para quem trabalha e para quem assiste aos espectáculos. No prazo de dez meses e com um investimento da ordem de mais de um milhão e oitocentos mil euros, espera-se que, finalmente, a Gafanha da Nazaré passe a ter uma casa de espectáculos condigna, possibilitando os mais variados eventos. Segundo a Câmara Municipal de Ílhavo, o auditório poderá acolher 400 espectadores, havendo ainda uma galeria de exposições, com cerca de 400 metros quadrados, e uma sala de conferências, com cadeiras para 72 pessoas. Esta obra, pela qual se esperou tanto tempo, vem pôr fim a um Centro Cultural mal concebido, com uma sala de espectáculos sem qualquer comodidade e sem espaço para os artistas. O anfiteatro mais parecia uma bancada de um pequeno pavilhão desportivo, do que um espaço de cultura.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

FÉRIAS: Notas do Meu Diário

Música, muita música, para partilhar emoções
No sossego das minhas férias algarvias, longe do meu mundo habitual, registei notícias dos mais variados festivais de música, bastante participados pela juventude, com alguns menos jovens a envolverem-se na alegria a rodos que tais eventos promovem. Inúmeros artistas com suas bandas, ou elas por si só, atraem gente de todo o país e até do estrangeiro, gerando ondas de entusiasmos e autênticas peregrinações, em busca da adrenalina de que necessitam para vibrar. Boa música, com várias tonalidades e ritmos, que a nossa juventude não alinha, por norma, com pimbalhada, suscita deslocações e vivências em ambientes onde se torna mais fácil e natural partilhar emoções, a que todos dão voz, enquanto exteriorizam reflexos agradáveis de ritmos, melodias e mensagens, a que aderem de corpo e alma. Dou-me conta de que os jovens, de ambos os sexos, se deslocam, normalmente, em grupo, fazendo lembrar peregrinações que, desde tempos imemoriais, o povo vivenciou, porém, de motivações religiosas, que ainda persistem, com grande vigor, como já li. Caminham ao longo das estradas, deixando para trás os transportes que não se adaptam a percursos de terra batida, que dão acesso a zonas virgens, com rios límpidos a enriquecerem o cenário, onde a música, por certo, tem outro sabor. Os concertos, que envolvem várias bandas e diversos artistas, muitos de renome internacional, garantem apoios logísticos complexos e à altura das exigências de muitos milhares de participantes. Ali, onde tudo se compra e vende, nomeadamente, o essencial para viver e sobreviver, mais recordações que possam prolongar, no tempo, a festa, é recriada a alegria, ao ritmo de sons que conhecem de cor. Gosto de ver como os nossos jovens vivem e sentem a música, como assimilam as mensagens e exteriorizam felicidades, marcando encontros, ano após ano, para alimentarem sonhos que afogam dificuldades de pressas stressantes e exigentes como nunca. Depois desta quadra estival, que tanta música ofereceu, o regresso ao trabalho, ao estudo e às preocupações do dia-a-dia é inevitável. Fica, em muitos jovens, a certeza de que para o ano os concertos voltarão. 14 de Agosto Fernando Martins

Telemóveis como cartão de crédito

"No México, as operadoras de comunicações e bancos estão a implantar um sistema que permitirá fazer pagamentos (em restaurantes ou táxis, por exemplo) através do telemóvel. A tecnologia estará disponível já nos próximos meses. A ideia de usar o telemóvel para pagamentos não é, aliás, novidade. No Japão, é frequente usar-se o aparelho para fazer algumas compras. Em alguns países africanos, a escassez de agências bancárias faz com que o telemóvel seja o equipamento usado para muitas transacções. E há já algum tempo que a Nokia está a desenvolver protótipos com o objectivo de transformar um telemóvel numa espécie de cartão de crédito."
João Pedro Pereira
In PÚBLICO de hoje, 2.º caderno
Nota: Não há dúvidas sobre a importância dos telemóveis, na vida dos nos nossos dias. Tenho para mim que este aparelhozinho se transformou numa das mais extraordinárias invenções. De tal forma, que até está a gerar uma autêntica revolução social, com toda a gente a depender dele. Sair de casa sem o telemóvel, pode ser uma dor de cabeça para qualquer pessoa. Já agora, conheço uma jovem que é capaz de enviar mensagens, sem sequer olhar para o teclado do seu telemóvel.
FM