domingo, 27 de janeiro de 2008

Energias renováveis na Secundária da Gafanha da Nazaré

Secundária da Gafanha da Nazaré tem «Energias Renováveis em Acção»: Escola produz energia capaz de alimentar uma habitação “Um kW/hora daria para alimentar uma pequena habitação familiar. Para a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, que consome à EDP cerca de três mil euros mensais, trata-se apenas de um contributo, mas Sérgio Magueta recorda que «os micro-geradores, ou micro-produtores de que se fala bastante agora, que permitem que possamos instalar equipamento deste nas nossas casas e vender à EDP», podem ser bastante vantajosos para particulares. Um investimento em equipamento deste tipo numa vivenda permitirá ganhos relevantes. «Compramos cada kW a cerca de 10 cêntimos e vendemos à EDP, proveniente de fontes renováveis, a 65 cêntimos», adianta o docente. «Se eu tivesse um equipamento desses em casa, por hora estaria a injectar 65 cêntimos para a EDP. Se tivesse equipamentos ligados em casa, que normalmente será o equivalente a um kW ou menos, estaria a pagar à EDP 10 cêntimos», calcula.” Ver mais no Diário de Aveiro

Baú da Física e da Química

Miniatura da Máquina a Vapor

Alunos escutam explicações

Mais instrumentos em exposição


Instrumentos antigos de Física e Química

Na antiga Capitania, está patente ao público, em geral, e aos alunos, em especial, a exposição “Baú da Física e da Química”, que inclui um diversificado conjunto de instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias de Portugal. A exposição pode ser visitada até 10 de Fevereiro, das 14 às 19 horas.
Fui lá em dia normal, com um bom grupo de alunos, acompanhados pelos seus professores, atentos às explicações que lhes eram dadas. Também ouvi algumas, naturalmente. E tal como os alunos, não deixei de ler as legendas, uma excelente ajuda para quem quer saber o que está exposto.
A galeria da antiga Capitania, de porta aberta para a Av. Dr. Lourenço Peixinho, está ali bem junto ao Olho da Cidade, à vista de todos, como desafio a quem passa para que entre e aprecie. Entro regularmente, porque é sempre bom aprender ou recordar.
Vale a pena lembrar que o ensino experimental das ciências Físico-Químicas, em Portugal, começou em meados do século XIX, nos primeiros Liceus.
Para saber mais, consulte http://baudafisica.web.ua.pt/

FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 62


DAS MATRÍCULAS

Caríssima/o:

Como foi parar àquela Escola o Olívio não o sabe: chegado o dia 7 de Outubro a Mãe disse-lhe que era para ir e lá foi.
Mas, com o decorrer dos anos, apercebeu-se de que os Professores iam perguntando aos alunos mais velhos se não tinham irmãos ou se não conheciam vizinhos que completassem os 7 anos; registavam as suas anotações. Na altura própria, pediam as cédulas e começavam o processo de integração dos novos alunos. Reparava também no cuidado que os Professores punham no respeito das moradas destes novos, chegando mesmo a rejeitar pedidos de mães para aceitarem os seus filhos: «que não, estavam fora da área que pertencia à Escola!»
Aconteciam situações caricatas e que as mentes infantis retinham. Apenas dois exemplos, sem nomes ou criando nomes fictícios.

Foi uma risota geral quando se ouviu a resposta à pergunta do Professor:
- Píncaro, tens algum irmão com idade de vir para a Escola?
- Ó senhor Professor, o meu irmão tem seis anos e vai fazer cinco!

A outra não foi presenciada, mas ouvida – contudo a sua autenticidade foi garantida...
Um Professor muito conceituado percorria o seu caminho a pé e conversava naturalmente com quem se cruzava. Palavra puxava palavra e era inevitável falar sobre a vida da Escola.
- Sabe, senhor Professor, prò ano lá vai ter o nosso João na primeira classe!?
- Já?! Então já fez os sete anos?
- É verdade, e está espigadote, o rapaz!
O Professor puxava da caixa de fósforos e aí anotava os dados necessários para a matrícula do João...

Manuel

A APOSTA DE PASCAL E A EXISTÊNCIA SOLIDÁRIA



"No quadro do saber científico, não se pode demonstrar nem que Deus existe nem que Deus não existe. Também o descrente não pode provar a não existência de Deus. Pense-se, por exemplo, no famoso biólogo Richard Dawkins, que escreveu um best-seller, The God Delusion, traduzido agora para português: A Desilusão de Deus. Darwinista convicto, vê na selecção natural a chave de explicação da evolução, querendo acabar com a ilusão de um Deus pessoal criador e de um "desígnio inteligente" e manifestando a convicção de tornar ateus todos os seus leitores religiosos. Entrevistado recentemente sobre o grau de certeza da não existência de Deus, numa escala de 1 a 7, a resposta foi 6 e não 7."

sábado, 26 de janeiro de 2008

A Aviação em S. Jacinto

A fotografia de Ângelo Ribau, recentemente divulgada no blogue, teve o condão de me fazer tirar dois livros da estante que reli com satisfação e me transportaram ao tempo das avionetas. Trata-se de “HIDRO-AVIÕES NOS CÉUS DE AVEIRO” e “A MÍSTICA DE AVEIRO NA AVIAÇÃO NAVAL”, ambos escritos por Joaquim Nunes Duarte. Claro que ao falar de Aveiro e de aviões, a Gafanha e as suas gentes não poderiam ser excluídos por estarem estreitamente ligados ao assunto como descreve o autor com muito afinco e sensibilidade. Estes apontamentos estão pejados de histórias pitorescas da época e da interligação havida entre o pessoal dos aviões e as populações envolventes.
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Saberá a geração actual que aquela a quem ainda chamamos “Base de S. Jacinto”, começou por ser em 1917 um centro de luta anti-submarina instalado e usado por aviadores navais franceses que se retiraram em 1918 com o fim da guerra? Nesse ano foi aí instalada a Aviação Marítima Portuguesa começando por utilizar o equipamento cedido pelos franceses. Em 1920 foram aqui preparados os hidroaviões com que Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Em 1952 é extinta a Aviação Naval e com ela a Escola de Aviação Naval Almirante Gago Coutinho. (A Marinha só voltaria a voar em 1993 com a aquisição de helicópteros para as fragatas da classe “Vasco da Gama”). A Aviação Naval é junta com a Aeronáutica Militar (do Exército) dando origem à Força Aérea Portuguesa. A área de S. Jacinto passa a ser a Base Aérea nº 7 nela funcionando agora a Escola de Aviação Gago Coutinho até 1976. Nesse ano a Força Aérea instalava em S. Jacinto a Base Operacional de Tropas Pára-quedistas. Em 1994 é a vez do Exército iniciar o seu ciclo de ocupação com a Brigada Aerotransportada, formada pela junção dos Páras e Comandos e o aeródromo passa de militar a civil.


A foto acima é de 1941, obtida logo após a inauguração do hangar em primeiro plano, construído pelos Estaleiros Navais de S. Jacinto criados no ano anterior. Os hangares eram virados para a ria para possibilitar o acesso dos hidroaviões. À esquerda vê-se a messe de oficiais, por trás do hangar as oficinas, as messes dos sargentos e o alojamento das praças. O hangar mais pequeno servia para montagem de aviões.



Nos primórdios da Aviação Naval o comando estava instalado no Forte da Barra. Depois muita coisa foi melhorada, sendo ainda no tempo da Marinha construída a pista de aterragem com 1400 metros de comprimento – a primeira do país a ser iluminada – novos hangares e a Torre de Controlo.
A passagem a aeródromo civil trouxe novas asas e novas perspectivas.
Por aqui passou a volta a Portugal de avião em Agosto de 1994. Novos voos se seguirão.

João Marçal

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Escândalos no BCP

ZANGAM-SE AS COMADRES...
Com as guerras internas no seio do BCP, as comadres zangaram-se. Quando assim é, descobrem-se as verdades. E as verdades, pelo que se lê e ouve, geraram escândalos. Tudo está em investigação, pelo que, até ao lavar dos cestos, todos são presumíveis inocentes. Não podemos ser juízes, é certo, mas dá para perceber que, na alta finança, os grandes investidores protegem-se uns aos outros, proporcionando, entre eles, a “partilha” de fabulosos lucros, enquanto, pela calada, se vão perdoando grandes empréstimos. Digo isto, assim friamente, porque é público. E que eu saiba, até agora, ninguém foi verdadeiramente incomodado. Um pobre qualquer já teria respondido por dívidas não pagas nos prazos legais ou por desrespeito às leis em vigor. Poderia até estar preso, não fosse ele fugir. Na alta finança, tudo é diferente. Investiga-se… investiga-se, e no fim, tudo se resolve a contento de todos, para bem do bom nome do principal banco privado português, para bem do bom nome da banca portuguesa. Já agora, tudo estará bem nos outros bancos? E assim corre (lindamente) a vida de alguns… FM

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em Palermo

Grupo Etnográfico na Polónia

Settimana Europea a Palermo

Um honroso convite, dirigido ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, veio de Palermo, Itália, muito recentemente. A “Settimana Europea a Palermo”, que decorrerá entre 10 e 13 de Maio, integrada nas celebrações dos 200 anos da paróquia de S. Eugenio, padroeiro de Palermo, e em honra de Nossa Senhora de Nazione, vai contar com uma representação daquela instituição gafanhoa. A comitiva do Grupo Etnográfico, constituída por cerca de 30 pessoas, tem já lugar marcado no festival internacional, mas também participará na eucaristia solene, interpretando um ou dois cânticos religiosos, da tradição portuguesa, concretamente, da região das Gafanhas.
Esta é a segunda deslocação a Itália do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o que prova, à evidência, quanto é apreciado o seu trabalho, nesta área da etnografia e folclore.
O Grupo, que reconhece o prestígio de que goza, saberá dignificar a nossa terra e suas gentes, como já tantas vezes o tem feito, no País e no estrangeiro. E, por isso, com mais responsabilidades ficará para continuar a trabalhar, tanto na busca das nossas tradições como no estudo e divulgação das mesmas, com a dignidade a que nos habituou há muito.
Deste meu recanto, formulo votos de uma boa preparação da viagem e de uma excelente apresentação dos nossos cantares e danças, com trajos a rigor. No regresso, terei muito gosto em contar, aqui, como tudo decorreu.

FM

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais





"É preciso evitar que os media se tornem o megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras pragas do nosso tempo. Pelo contrário, eles podem e devem contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode-se mesmo afirmar que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim as linguagens todas e cada vez mais belas e primorosas de que dispõem os media é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do sector. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos media, sobretudo telefonia e internet, estão a modificar a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para a redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10)."
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Eusébio



A Pantera Negra, o Rei

Eusébio faz hoje 66 anos. Jogador de futebol dos mais famosos do mundo, de todos os tempos, personifica a arte de tratar a bola por tu. Modesto, mas futebolista que ostenta, entre nós, e não só, o título de Rei. Muitas e muitas alegrias deu a todos os portugueses, por esse mundo fora, sobretudo quando envergava a camisola da selecção das quinas e mesmo quando representava o seu Benfica.
Veio de Moçambique, depois de treinar nas ruas de terra batida com a bola de trapos. Mas a sua arte, a sua gana de chegar e de rematar à baliza, as suas “arrancadas” para ultrapassar os adversários, os seus golos imparáveis e a sua incontida alegria contagiante, com as vitórias, ainda permanecem na nossa memória.
A Pantera Negra, nome com que ficou para a história, também sofria e nos fazia sofrer com as derrotas da nossa selecção, sobretudo quando chorava por não ter conseguido, sozinho que fosse, levar o nosso País à vitória.
Presentemente, como nosso embaixador pelo mundo do Futebol, Eusébio continua a receber o carinho de todos os portugueses. E continua a emocionar-se e a emocionar-nos com as nossas vitórias.
Parabéns, Eusébio!

FM

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

S. Jacinto: Escola de Aviação Naval


Hoje apareceu-me esta foto que anexo. É a Escola de Aviação Naval Gago Coutinho. Não a conhecemos como a da foto. A informação foi-me dada há muitos anos pela minha mãe, e a foto foi "tirada" pelo meu tio Josué.
Ângelo Ribau
Nota: O tio do Ângelo, Josué Ribau, era formado em Matemática e faleceu jovem. Na Gafanha da Nazaré há uma rua com o seu nome.
FM