quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sinais de Festa


FESTA EM HONRA
DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ
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Há pouco, quando regressava a casa, vi, junto à igreja matriz da Gafanha da Nazaré, sinais de festa. Para além da música que se ouvia, vinda dos lados do Centro Cultural, havia camiões carregados com estruturas de diversões. É a festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré, padroeira da paróquia, que começa a ser preparada com algum tempo de antecedência. Milhares de pessoas não deixarão de aparecer, já que não falta gente que goste deste tipo de festividades, com arraial, foguetes, música, conjuntos musicais e alegria. Claro que também haverá a parte religiosa, como sinal de que tudo se fará à sombra da padroeira.
Em tempo de emigrantes em férias, é de prever que a festa seja uma excelente oportunidade de convívio entre todos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

S. Jacinto


FÁBRICA DE CONSERVAS BRANDÃO
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Em São Jacinto houve, há anos, nem sei há quantos, a "Fabrica de Conservas Brandão". Hoje já não existe e penso que nem vestígios há.
O meu amigo e leitor Ângelo Ribau enviou-me há dias esta foto, na tentativa de colher informações. Como não as tenho, aqui fica o apelo, na esperança de que alguém diga alguma coisa.
No entanto, ele adianta que a foto deve ter sido tirada por um dos seus tios, Josué ou Diamantino, o primeiro licenciado em Matemática e o segundo Padre, ou pelo seu tio-avô Padre Ribau.
Adianta que por ali existiu, provavelmente no mesmo local, uma seca de Bacalhau. De qualquer forma, agradecem-se informações.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Canonização da beata Joana, de Aveiro

Cardeal Saraiva Martins
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"PROCESSO COMO QUE ESTAGNOU"
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O Cardeal José Saraiva Martins concedeu uma entrevista ao Correio da Manhã, na qual respondeu a diversas questões relacionadas com as responsabilidades que desempenha na Cúria Romana, de Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, e não só. Sobre a nossa Santa Joana, respondeu assim:
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Correio da Manhã - Também chegou à Congregação o processo de canonização da beata Joana de Aveiro. Ainda está em andamento?
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Cardeal Saraiva Martins - Lamentavelmente, este processo como que estagnou. Parece-me que tem havido algum desinteresse por parte dos postuladores. Foi pena porque, em tempos, cheguei a pensar que estávamos perante um caso com todas as possibilidades de elevar à santidade.

Para os nossos emigrantes





CASA GAFANHOA
À ESPERA DE MAIS VISITANTES
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Posso garantir que, muitas vezes, sou interpelado por emigrantes de férias na Gafanha da Nazaré. Quando deambulo pelas ruas desta nossa terra, sobretudo em Agosto, encontro muita gente amiga que já não via há anos. É um prazer enorme para mim e decerto para eles. Então, há perguntas e mais perguntas de alguns deles, no sentido de saberem novas desta terra que nos viu nascer, que se vai modificando ano após ano. Muitas construções, ruas que vão nascendo ou que vão sendo melhoradas, ares modernos em muitos cantos. Porém, as recordações do passado, que brotam nas conversas que entabulo com eles, trazem a todos uma incontida alegria e um prazer inexplicável.
Às vezes dou comigo a pensar que seria muito interessante organizar um encontro para proporcionar aos emigrantes de férias entre nós uma oportunidade para recordarem os tempos em que por aqui todos brincávamos, rindo e folgando, ao sabor dos tempos livres e sem televisões que, como acontece hoje, nem espaço nos dão para falarmos uns com os outros.
A muitos vou dizendo que vale a pena visitar a Casa Gafanhoa, para que os seus filhos e netos vejam como era a vida dos nossos avós, tão diferente, obviamente, da vida dos nossos dias e da vida em terras da estranja.
A ideia do encontro e a proposta da visita à Casa Gafanhoa aqui ficam com votos de boas férias.
Fernando Martins





Arte para todos







OP ART NA GAFANHA DA NAZARÉ
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Na Avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, há uma galeria com arte para todos os gostos. Nas minhas caminhadas, faço questão, com frequência, de dar uma olhada para ver o que por lá existe, sendo certo que, com alguma regularidade, há novos artistas, de mistura com outros já consagrados.
Penso que apreciar arte, neste caso de pintura e com várias técnicas, é um prazer que os homens e mulheres não podem dispensar, sob pena de ficarem a leste do que há de belo. É por isso que hoje aqui deixo, como desafio, três fotos de quadros de dois artistas consagrados: Mário Portugal e Mário Silva. Passe por lá, aprecie e delicie-se, porque isso é de graça.
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NOTA: A primeira, em cima, é de Mário Silva; as duas seguintes são de Mário Portugal.

domingo, 19 de agosto de 2007

Folclore na Barra






X FESTIVAL NACIONAL
DE FOLCLORE PRAIA DA BARRA

Se não posso mostrar as danças e os cantares, nem todos os trajos nem as vozes puras do Festival de Folclore Praia da Barra, aqui ficam, ao menos, algumas imagens do que ontem vi, ao vivo, na Casa Gafanhoa. Desta Casa-Museu, mostrarei logo mais algumas fotos, como símbolos do viver de uma família de abastados lavradores dos princípios do século XX. Lavradores e sócios de uma empresa dedicada à Pesca do Bacalhau.
Só mais um pormenor da recepção feita aos grupos participantes (Rancho Folclórico de Alenquer; Rancho Folclórico e Etnográfico "Os Ceifeiros de Bemposta", Loures; Grupo de Danças e Cantares de Carragoso,Viseu; Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, Trofa; e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré): o Representante da Federação do Folclore Português, António Amador, garantiu que a identidade pátria, no respeito pelas nossas tradições, será preservada pelas instituições vocacionadas para a defesa da etnografia, não obstante a integração na UE e a falta de apoios dos nossos governantes a nível nacional.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 37

FADAS
E LOBISOMENS
EM VILAR

Caríssima/o:


Da Gafanha, saltei para Vilar, ali ao pé de Aveiro.
E ir a Vilar é reencontrar bons Amigos que lá fiz. De entre todos – que não me levem a mal os Matias ( o João, o Paulo,...), os Vieiras, os Gamelas... - bem, de entre todos há uma referência especial à Bondade personificada do Padre Almeida! Assim, os nossos jovens poderão saber que além de homens-lobos havia (e há!) homens-bons!
Parece estar a ouvir o Fernando Ferrão a chamar-me à pedra: Então esquece a boa Senhora que deu tudo pelo Patronato?!
Cá para nós que ninguém nos ouve (ou melhor, nos lê) estou quase como os “Amigos da Escola de Vilar” que se reúnem todos os anos... mas só... eles!
Bem procurei uma lenda que ilustrasse a minha passagem por Vilar. Com a zundapp a toda a brida, apenas encontrei estas fantasmagorias de João Pereira Lemos, em tudo iguaizinhas às que ouvimos ou, quiçá, nos fizeram mudar de cor com o susto. Revisitemos então Vilar, ao luar, na década de 40 do século passado:

«Na nossa meninice ouvíamos falar nas fadas transformadas em cisnes brancos que vogavam na represa da Azenha da Ti Cândida! Na pipa que rolando subia a ladeira da S. Rita. No Lobisomem que, vagueando de noite para cumprir o seu fadário de cão raivoso, só voltava a ser homem depois de ser picado por uma agulha. Ou os fantasmas do Pinhal dos Frades que não passavam das sombras das copas dos pinheiros e que eram projectadas em noite de luar e se moviam com aligeira brisa. [...]
Um dia no ano de 1947, vínhamos na companhia do Artur Leite a passar à porta do Cemitério Novo por volta da meia-noite, quando um lençol saiu da porta do dito, rodopiando e vindo ao nosso encontro. Ficámos siderados, sem fala, cabelos em pé quase desmaiando de susto; porém, o Artur que se calhar nem acreditava nos espíritos invocados pela mãe, correu direito à “alma do outro mundo” e deu-lhe dois valentes murros que produziram logo efeito. De dentro do lençol alguém de carne e osso suplicou “Não me bata mais que estou aqui à espera do meu patrão!” Era o criado do Manuel Vieira Bacalhau que o queria matar com algum ataque do coração!...
Outra ocasião, vínhamos noite dentro a passar pelos “carreiros” ali da rua do Caseiro, e a verdade é que vínhamos assustados com o que diziam se passava naquele local, quando começámos a ouvir no fim dos muros onde hoje o Zé Manel Saraiva tem a casa, um resfolegar estranho. O coração quase nos parou mas caminhámos resolutos, já agora “morra o bicho, fique a possanha”. Então o que era senão o burro do Zé Lindo que se espolinhava levantando uma enorme nuvem de poeira, e o dono curtia, soprando, uma enorme bebedeira!...»

[Vilar Doce e Poético Cantinho, João Pereira Lemos, pp. 199-200, Edição da Acção Católica Rural de Vilar, Aveiro, 1991]

E agora dizei-me qual de vós ainda não enfrentou noites assim. Se não, o luar de Agosto é companheiro ideal!

Manuel

Ares do Verão


MAR À VISTA
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No cimo, com mar à vista, sente-se um prazer enorme por ver horizontes sem fim. Se não acredita, faça um esforço e vá até lá. A Praia da Barra, como outras, certamente, tem este sortilégio de nos oferecer panoramas únicos, que nos afastam do stresse. Claro que temos de dar uma ajudinha. Parece que neste domingo não teremos chuva nem muito frio. Então, aproveite.

sábado, 18 de agosto de 2007

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


ATEÍSMO
E SENTIDO DO MUNDO


Percorrendo a história do Ocidente, mostra-se que, com amplidão e intensidade diferentes, o ateísmo é co-extensivo à história do pensamento. Na Antiguidade e na Idade Média, embora Jean Delumeau tenha demonstrado a parte de lenda na expressão "Idade Média cristã", é ainda sobretudo questão de minorias. Depois, o século XVI será o século da dúvida. O século XVIII é já o século dos incrédulos e dos cépticos, mas de forma ainda quase clandestina. O século XIX apresenta um ateísmo sistemático e proclamará a morte de Deus. Hoje, as fronteiras entre os crentes e os descrentes são fluidas.
No limite, o autêntico ateísmo coerente seria "o ateísmo silencioso", como escreve Georges Minois, aquele que não pusesse sequer a questão de Deus. Pergunta-se, porém, se precisamente a questão de Deus enquanto questão, independentemente da resposta positiva ou negativa que se lhe dê, e a questão do Sentido último não são constitutivas do ser humano.
Citando Georges Gusdorf, G. Minois conclui a sua História do Ateísmo com "um quadro implacável e lúcido" da Humanidade do ano 2000: "Vive no Grande Interregno dos valores, condenada a uma travessia do deserto axiológico de que ninguém pode prever o fim." Durante muito tempo perseguido, o ateu obteve o direito de cidadania no século XIX e acreditou mesmo poder proclamar a morte de Deus. Mas já no fim do século XX houve a tomada de consciência de que, "ao eclipsar-se, Deus levou consigo o sentido do mundo". E continua: o futuro é imprevisível, porque o ateísmo e a fé enquanto compreensão global do mundo andaram sempre juntos. A ideia de Deus era um modo de apreender o universo na sua totalidade e dar-lhe, de forma teísta ou ateia, um sentido. Assim, a divisão hoje já não está tanto entre crentes e descrentes como entre "aqueles que afirmam a possibilidade de pensar globalmente o mundo, de modo divino ou ateu, e os que se limitam a uma visão fragmentária em que predomina o aqui e agora, o imediato localizado. Se esta segunda atitude prevalecer, isso significa que a Humanidade abdica da sua procura de sentido".
Se entendi bem, foi isto que Eduardo Lourenço foi dizer na abertura do Encontro Internacional de Lisboa, organizado pelo Grande Oriente Lusitano e subordinado ao tema Religiões, Violência e Razão.
A crise contemporânea é estranha. Enquanto o Ocidente se encontra desertificado de Deus, noutras culturas não só não há morte de Deus como, em vez da laicização, continuam na sua Idade Média, acreditando que o seu Deus é o verdadeiro e o Ocidente está em vias de perdição.
De facto, o Ocidente teve um dinamismo incomparável, e a razão disso é que o seu debate foi sempre à volta de Deus. Noutras culturas, Deus é um dado e está no centro de tudo; no Ocidente, Deus tem sido uma interpelação infinita. Deus não é uma evidência, porque não é um objecto. Deus é o nome, precisamente enquanto antinome, da nossa incapacidade de captar o Absoluto, o modo de designarmos a nossa incapacidade de ocuparmos o seu lugar. O Ocidente é a procura e o debate à volta desta questão. É-se contra a objectivação de Deus, porque Deus-pessoa não é objectivável. Deste modo, o Ocidente afirma-se como procura da liberdade. Quando, noutras culturas, se dá a pretensão de apoderar-se de Deus, temos fanatismo.
Eduardo Lourenço continuou, dizendo que, quando se dogmatiza, é para dominar. A perspectiva cristã caminha sobre outro chão. Aqui, Deus aparece como não violência, como puro amor, como espaço de liberdade absoluta. Sem Ele, as nossas liberdades não têm lugar. Ao revelar-se como amor, Deus mostra que, se a violência é o estado natural, a não violência é que é o mistério, e o que liberta é o não poder.
Deste modo, concluo eu, a crise actual não é o ateísmo. Precisamente o debate à volta de Deus enquanto debate infinito, mesmo para negá-lo, funda a liberdade e a dignidade
A raiz da crise é a indiferença e a consequente impossibilidade de pensar o sentido da totalidade, já que tudo se escoa na imediatidade e no fragmentário.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

FÁTIMA

Inauguração no próximo mês de Outubro

Artistas de todo o mundo
na nova igreja
da Santíssima Trindade





Vários artistas de renome internacional e de vários países estão responsáveis pela concretização das principais peças iconográficas da igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. Exemplo disso será o Crucifixo do altar da igreja da Santíssima Trindade, da autoria da irlandesa Catherine Green.
Os responsáveis pela obra lembram que, "sendo o Santuário de Fátima um local de carácter internacional, por onde passam anualmente peregrinos de várias dezenas de nacionalidades, o novo espaço pastoral procurará que, também através das obras de iconografia, possa transparecer esta mesma universalidade".
O Santuário consultou os directores dos principais museus de vários países para que indicassem nomes de artistas, que foram depois convidados a apresentar as suas propostas.
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