segunda-feira, 12 de março de 2007
Quadras de Fernando Pessoa
Leve sonho, vais no chão
A andares sem teres ser.
És como o meu coração
Que sente sem nada ter.
Vai alta a nuvem que passa.
Vai alto o meu pensamento
Que é escravo da tua graça
Como a nuvem o é do vento
NB: Quadras enviadas por um leitor amigo
Ao sabor da maré
AV. DR. LOURENÇO PEIXINHO
PRECISA DE NOVO ROSTO
Os comerciantes da Av. Dr. Lourenço Peixinho estão insatisfeitos com o estado “degradado” em que se encontra a principal via da cidade dos canais. Pedem, por isso, uma intervenção rápida da autarquia, no sentido de se conseguir repor naquela avenida a dignidade de outrora.
A Av. Dr. Lourenço Peixinho foi, durante muitas décadas, a principal sala de visitas da cidade. Para ali tudo convergia. Quem pretendia comprar fosse o que fosse, mas também quem desejava, simplesmente, passear. Vamos até à avenida ver as montras, dizia-se frequentemente, sobretudo quando aos domingos era preciso sair de casa para dar uma volta. Depois, era nela que se encontravam os mais frequentados cafés e pastelarias, o Cine Avenida onde havia bons filmes, e outros estabelecimentos que pudessem dar sugestões para compras futuras.
Os tempos não podem parar e novos centros de interesse foram surgindo, criando-se outras salas de visita, com o Fórum a merecer as preferências dos aveirenses e de gentes vizinhas. Também os centros comerciais nasceram, com publicidade persistente e até convidativa para cativar as pessoas. Oferecem variedade de produtos, estacionamento fácil e gratuito, sorteios para contemplar os compradores, fazem promoções, apresentam grande variedade de negócios, tem espaços de lazer.
Face a esta realidade, a Av. Dr. Lourenço Peixinho perdeu nos jogos das recentes propostas comerciais e de lazer. Não há estacionamentos, não há a mesma oferta comercial, não há espaços de descontracção, não há qualquer tipo de desafios a quem quer passear, afugentar o stresse, passar um tempo livre de forma agradável. Face a esta situação, há que reformular toda a avenida, tornando-a apetecível e desafiadora. Autarquias e comerciantes que se unam e que descubram uma forma original de a renovar, consultando, obviamente, os especialistas da matéria. E por que não um concurso de ideias, a nível nacional, pelo menos?
Fernando Martins
A Av. Dr. Lourenço Peixinho foi, durante muitas décadas, a principal sala de visitas da cidade. Para ali tudo convergia. Quem pretendia comprar fosse o que fosse, mas também quem desejava, simplesmente, passear. Vamos até à avenida ver as montras, dizia-se frequentemente, sobretudo quando aos domingos era preciso sair de casa para dar uma volta. Depois, era nela que se encontravam os mais frequentados cafés e pastelarias, o Cine Avenida onde havia bons filmes, e outros estabelecimentos que pudessem dar sugestões para compras futuras.
Os tempos não podem parar e novos centros de interesse foram surgindo, criando-se outras salas de visita, com o Fórum a merecer as preferências dos aveirenses e de gentes vizinhas. Também os centros comerciais nasceram, com publicidade persistente e até convidativa para cativar as pessoas. Oferecem variedade de produtos, estacionamento fácil e gratuito, sorteios para contemplar os compradores, fazem promoções, apresentam grande variedade de negócios, tem espaços de lazer.
Face a esta realidade, a Av. Dr. Lourenço Peixinho perdeu nos jogos das recentes propostas comerciais e de lazer. Não há estacionamentos, não há a mesma oferta comercial, não há espaços de descontracção, não há qualquer tipo de desafios a quem quer passear, afugentar o stresse, passar um tempo livre de forma agradável. Face a esta situação, há que reformular toda a avenida, tornando-a apetecível e desafiadora. Autarquias e comerciantes que se unam e que descubram uma forma original de a renovar, consultando, obviamente, os especialistas da matéria. E por que não um concurso de ideias, a nível nacional, pelo menos?
Fernando Martins
domingo, 11 de março de 2007
Um artigo de Anselmo Borges, no DN
Religiões e teologia:
libertação e sentido
William Temple, arcebispo anglicano, definiu o teólogo de modo mordaz: uma pessoa muito sensata e sisuda que passa toda uma vida mergulhado em livros e que tem a pretensão de dar respostas exactíssimas e precisas a perguntas que ninguém põe.
Quem estudou teologia sabe que, infelizmente, esta definição nem sempre é puro sarcasmo.
Juan José Tamayo é um dos muitos teólogos que tomaram consciência de que se impõe um novo paradigma teológico, buscando os horizontes a partir dos quais a teologia cristã tem de reflectir, se quiser manter-se fiel ao duplo pólo que deve animá-la: a experiência bíblica de libertação e a nossa experiência actual de mundo na busca de sentido e de salvação.
Procura-se um "Novo Paradigma Teológico para Outro Mundo Possível", dentro de horizontes teológicos novos como resposta aos novos desafios.
O horizonte intercultural implica a passagem da cultura única ao pluralismo cultural e, concretamente, da inculturação da teologia, que continua ainda a manter os princípios e as categorias teológicas da cultura dominante, à elaboração de uma teologia intercultural, que assuma o diálogo entre culturas baseado na igualdade.
O horizonte inter-religioso requer a passagem da religião única à elaboração de uma teologia ecuménica das religiões para a paz, a partir das vítimas e com a praxis de libertação, que não é assunto de uma religião, mas de todas.
O horizonte hermenêutico é a chave de toda a teologia, implicando a passagem da mera exegese dos textos sagrados a uma teologia toda ela hermenêutica enquanto procura de sentido, na nossa experiência de mundo.
:
Leia mais em DN
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS-14
“ORIGEM PROVÁVEL
DO NOME DA GAFANHA”
Caríssima/o:
“Passou-se um ano, e os comer-ciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”
Tudo parece tão simples como isto e é tão fácil escrevê-lo ou afirmá-lo, com toda a naturalidade (ou com todo o fascínio da magia da bruma do tempo ou da imaginação...).
Mas, na realidade, esta palavra “Gafanha” tem feito correr muita tinta...
Há um estudo interessante de Mons. João Gonçalves Gaspar e que, para além da sua opinião, faz um apanhado crítico de tudo o que de válido se tem escrito. Pode encontrar-se no “Boletim Cultural” da Gafanha da Nazaré, n.º 2, 1986, ano 2, pgs. 15 ss. São seis densas páginas onde vai desenrolando as teorias de Padre João Vieira Resende, Pinho Leal, Américo Costa, Dr. Joaquim Tavares da Silveira, prof. Doutor José Leite de Vasconcelos, Padre Manuel Maria Carlos,..
E apresenta um quadro resumo que, com a devida vénia, vou tentar transcrever:
“ETIMOLOGIAS
GADANHA -> GAFANHA DO JUNCO -> GAFANHA
GAFAR (IMPOSTO) -> GAFANHA (LUGAR ONDE SE PAGA)
GAFO -> GAFANHA (LUGAR DE GAFOS)
GAFENHO OU GAFANHO -> GAFANHA (TERRA GAFADA)
GAFANHA (MULHER DE AVEIRO DESTERRADA)
GAFANHO (ANIMAL SALTÃO) -> GAFANHA
GAFANO -> GAFÂNIA -> GAFANHA
GALA + FÂNIA -> GALAFANHA -> GAFANHA”.
Parece que satisfaz várias curiosidades e tendências...
Como todos vemos, a questão é muito simples e quase apetecia dizer como o 'outro':
- É só olhar e escolher!
Então boa escolha!
Manuel
Caríssima/o:
“Passou-se um ano, e os comer-ciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”
Tudo parece tão simples como isto e é tão fácil escrevê-lo ou afirmá-lo, com toda a naturalidade (ou com todo o fascínio da magia da bruma do tempo ou da imaginação...).
Mas, na realidade, esta palavra “Gafanha” tem feito correr muita tinta...
Há um estudo interessante de Mons. João Gonçalves Gaspar e que, para além da sua opinião, faz um apanhado crítico de tudo o que de válido se tem escrito. Pode encontrar-se no “Boletim Cultural” da Gafanha da Nazaré, n.º 2, 1986, ano 2, pgs. 15 ss. São seis densas páginas onde vai desenrolando as teorias de Padre João Vieira Resende, Pinho Leal, Américo Costa, Dr. Joaquim Tavares da Silveira, prof. Doutor José Leite de Vasconcelos, Padre Manuel Maria Carlos,..
E apresenta um quadro resumo que, com a devida vénia, vou tentar transcrever:
“ETIMOLOGIAS
GADANHA -> GAFANHA DO JUNCO -> GAFANHA
GAFAR (IMPOSTO) -> GAFANHA (LUGAR ONDE SE PAGA)
GAFO -> GAFANHA (LUGAR DE GAFOS)
GAFENHO OU GAFANHO -> GAFANHA (TERRA GAFADA)
GAFANHA (MULHER DE AVEIRO DESTERRADA)
GAFANHO (ANIMAL SALTÃO) -> GAFANHA
GAFANO -> GAFÂNIA -> GAFANHA
GALA + FÂNIA -> GALAFANHA -> GAFANHA”.
Parece que satisfaz várias curiosidades e tendências...
Como todos vemos, a questão é muito simples e quase apetecia dizer como o 'outro':
- É só olhar e escolher!
Então boa escolha!
Manuel
sábado, 10 de março de 2007
Praia da Vagueira
COM SAUDADES DO MAR
:
Com o dia lindo, a fazer recordar uma tarde de Verão, com o sol a aquecer, não faltou gente a correr até às praias da região de Aveiro. Na Vagueira, que há dias sofreu a bom sofrer com a invernia e com as águas do oceano a ameaçarem a povoação, as esplanadas estavam animadas com as pessoas que ali foram. E, claro, por aqui e por ali, lá se via alguém a olhar o mar, com saudades, decerto, dum bom mergulho. O que vale é que já não falta muito...
Exposição na Op Art
Colectiva "XVI Registos"
Na Galeria “Op Art – Emolduramento e Espaço de Arte”, situada na Avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, está patente ao público, até ao dia 24 de Março, a exposição colectiva intitulada “XVI Registos”.
A mostra apresenta trabalhos dos seguintes artistas: Ana Oliveira, António Neves, Armando Alves, Carlos Lança, Domingos Pinho, Góis Pino, Ícaro, João Abel Manta, José Luís Darocha, José Rodrigues, Júlio Pires, Mário Portugal, Mário Silva, Noronha da Costa, Sá Nogueira e Silva Palmeira.
Esta é mais uma exposição promovida pela Op Art, uma galeria que é um desafio constante a quem aprecia especialmente pintura, dos nossos melhores artistas. Se passar pela Av. José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, não deixe de parar para apreciar o que há de bom, neste momento e sempre, afinal.
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