quinta-feira, 13 de abril de 2006

Aveiro: Ecomuseu da Troncalhada

Uma tradição que deve ser
conhecida Troncalhada é nome de marinha de sal que a autarquia aveirense preservou e mantém em funcionamento, na época própria, para garantir a tradição. Fica ali bem perto da saída de Aveiro, na rotunda que dá acesso às praias da Barra e da Costa Nova. Quando se entra nessa rotunda, segue-se em direcção às Pirâmides e à esquerda, quem olhar vê logo a antiga marinha, em pleno funcionamento. Penso que esta época de férias para alguns, sobretudo para quem estuda, é uma excelente oportunidade para ficarem a conhecer uma actividade que tem tendência para desaparecer da nossa paisagem lagunar. O Ecomuseu da Troncalhada está bem cuidado e preparado para receber visitantes. Há guias para orientarem a visita e para explicarem o que muitos gostarão de saber: como se fabrica o sal, a partir da evaporação da água salgada depositada nas janelas do céu, como lhe chamou o artista multifacetado Almada Negreiros.

Um artigo de D. António Marcelino

NA FESTA DA VIDA,
PROJECTOS DE MORTE?
De uma maneira viva e irrespondível, os bispos de Espanha, em documento recente sobre a “reprodução humana artificial”, assim lhe chamam, denunciam que “o embrião humano recebe uma tutela legal menor do que aquela que se dá aos embriões de certas espécies animais protegidas”. Faz pensar, a tal ponto chegou o laicismo do estado. Por estes dias de Páscoa, a festa da vida, o problema também se vem pondo entre nós, com preocupação de muita gente que luta por uma sociedade que respeite a vida. O legislador escuda-se na maioria parlamentar para assegurar a vitória antecipada. Mau caminho, em matéria tão delicada. e grave. Não podemos, nem queremos habituar-nos a aceitar a ligeireza com que se vão abordando problemas sérios, com vista a novas leis. Não se pede agora mais, e este pedido é mais que legítimo, do que, em relação à “reprodução medicamente assistida”, assim lhe chamamos nós, se dê tempo e espaço para que as pessoas sejam esclarecidas, vejam, em todas as suas dimensões, o alcance das decisões possíveis, e possa reagir livremente. Não basta falar do vazio legal sobre o tema e aproveitar a maré para preencher este vazio de uma maneira menos adequada. Se é grande o vazio legal, a culpa não é, nem do povo, nem dos embriões, previamente condenados à morte. É o órgão legislador que tem de se interrogar, porque o povo está farto do parlamentarismo à século XIX, em troca da atenção, estudo e reflexão, sobre assuntos do seu interesse. Consta que tudo se tentava decidir, se é que não se continua na mesma, na calada dos arranjos da noite partidária e na distracção de um povo, cada vez mais alheio à política, porque, com futebol, jogos e novelas televisivos se dá por satisfeito, se não o acordarem. Por isso mesmo, os atentos são considerados cada vez mais incómodos num povo anestesiado e alheio a coisas essenciais. Sabemos que há muitas esposas desejosas de procriar e mulheres solteiras, ansiosas por um bebé, sem o incómodo de terem de o gerar. Para as primeiras há caminhos já traçados, para as segundas não vemos que caminhos legítimos, porque uma criança não é um brinquedo de luxo, e tem direitos que não se casam com caprichos e emoções. “ O embrião, lê-se no documento dos bispos vizinhos, merece o direito devido à pessoa humana, porque não é uma coisa, nem um mero agregado de células vivas, mas o primeiro estádio da existência de um ser humano.” Não respeitar o embrião, embora se lhe dêem outros nomes para acalmar a consciência, é abrir portas a formas que podem ir da procriação à comercialização, a fins cosméticos ou outros de igual teor. Procriação, investigação, indústria e negócio são termos que, no caso presente, se colam. Mesmo com leis que se dizem reguladoras de abusos, a ânsia de ir à frente na investigação e de tirar proveito material desta indústria, tem sempre patronos, dentro e fora do sistema. Os políticos, menos esclarecidos e pouco seguros, gostam de aproveitar, quando não mesmo de provocar, o facto consumado, que torna, depois, mais difícil o recuo. O facto consumado sempre foi uma estratégia marxista, para depois se poder gritar pelo respeito devido a direitos adquiridos. Todos sabemos que assim é, e aí está a prová-lo a Constituição, votada em circunstâncias que nada têm a ver com a realidade democrática de hoje, intocável em aspectos fundamentais, mas mutável, ao sabor de interesses e arranjos partidários. Não é caso único nesta estratégia antidemocrática, dominada pelo medo de perder, sempre que no jogo as regras são claras. Celebra-se a festa da vida. A Páscoa é isso mesmo. Sonham-se, entretanto, projectos de morte: o aborto prometido, o divórcio agilizado, o embrião destruído… Pode a Igreja calar-se, quando a pessoa humana é espezinhada, sem se poder defender? Nunca.

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Páscoa para um mundo mais justo

Bento XVI convida católicos a preparar
bem a celebração Bento XVI desafiou hoje os católicos de todo o mundo a fazer da Páscoa uma festa de vida, comprometendo-se “com mais coragem na construção dum mundo justo”. O Papa falava perante 40 mil peregrinos, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral desta semana, com reflexão centrada no Tríduo Pascal.
Perante um mundo em que continuam a ser visíveis as “divisões, os dramas da injustiça, do ódio, da violência e da impossibilidade de reconciliação com perdão sincero”, o Papa espera que os católicos dêem um testemunho de fé, mostrando que “o mal não tem a última palavra”, porque Cristo ressuscitou.
Nos próximos dias, disse Bento XVI, os fiéis devem manifestar “um desejo mais vivo de seguir Jesus e servi-lo, sabendo que ele nos amou ao ponto de dar a vida por nós”.
Para preparar o Tríduo Pascal, o Papa convidou os católicos a procurarem “a reconciliação com Cristo, para saborear mais intensamente a alegria que Ele nos comunica com a sua ressurreição”.“O seu perdão, que é dado no sacramento da Penitência, é fonte de paz e torna-nos apóstolos de paz”, explicou.
: (Para ler mais, clique aqui)

D. Manuel Clemente na antiga Capitania

“O sentido da vida à luz da arte cristã” No próximo dia 20 de Abril, quinta-feira, pelas 21.30 horas, na sede da Assembleia Municipal de Aveiro (antiga Capitania), D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, fará uma conferência, subordinada ao tema “O sentido da vida à luz da arte cristã”. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e a associação AveiroArte, integrada na exposição que está patente ao público no mesmo local, até ao dia 23 do corrente. Nesta exposição, 48 artistas assumiram expressar o que pensam, em termos artísticos, sobre “O sentido da vida: que horizontes?”

Um artigo de António Rego

O culto do oculto
Recordo bem o choque que constituiu para mim, no início do estudo de Sagrada Escritura, o desmoronamento de alguns cenários construídos sobre a criação do mundo, as figuras de patriarcas e profetas, acontecimentos exemplares de tragédia ou festa descritos no Antigo ou Novo Testamento.
Conhecer os géneros literários, a hermenêutica gerada por uma aproximação aos textos originais, traduções, cânones, apócrifos – tudo isso provocou salutar iluminação sobre cenas desenhadas mais na imaginação que nos conteúdos essenciais da fé.
Estudar a Bíblia não é chegar à idade de compreender que o Pai Natal não existe e que não há nada a fazer. Trata-se de um acesso rigoroso à exegese, clarificada com o maior número de dados possível da história e da ciência. E da tradição da Igreja como fonte continuada da cristalinidade da fé.
É um bom momento na vida o da harmonização tranquila da fé com a ciência sem misticismos artificiais. Apercebemo-nos que os pilares da razão são óptimos mas insuficientes para sustentarem os conteúdos globais da fundamentação do homem e de Deus. Por isso aconteceu a Revelação.
De tempos a tempos surgem miragens de ciclones que ameaçam “desmoronar” as bases comuns das certezas e crenças adquiridas. Surpreendentemente Dan Brown e o seu Código Da Vinci com a sua fantasia espectacularizada (e presumivelmente copiada de outra fantasia) parece ter feito estremecer a fé de pré-iniciados em questões bíblicas e históricas.
Vendeu melhor os livros que as ideias mas terá deixado algumas dúvidas sobre quem estava à direita de Jesus na Última Ceia, e se Leonardo Da Vinci terá sido melhor em construir charadas que em trabalhar como pintor, escultor ou físico.
Recente notícia (inocentemente surgida perto da Páscoa) sobre o Evangelho de Judas, dispara as campainhas das redacções e produz reportagens em volta das dúvidas sobre a figura de Judas descrita nos Evangelhos Canónicos.
Surgem de novo as insinuações sobre um acumulado erro histórico, dando a entender que os cristãos andam eternamente ludibriados pela máquina eclesiástica.Há conteúdos essenciais da fé e esses estão explicados e proclamados. Há questões de textos e contextos sempre abertas a novos dados filológicos, paleontológicos, como todos os grandes estudos históricos. Mas nada disso se enquadra na literatura cor de rosa, lida entre dois mexericos de sala de espera.
As ciências teológicas e bíblicas trabalham em laboratórios bem mais consistentes, com dados frios, tratados por investigadores insuspeitos que não passam a vida ao telemóvel para comunicar mais uma descoberta oculta e sensacional.
Quem, nestes dias, ler serenamente a Paixão em qualquer dos Quatro Evangelistas, terá o essencial dum capítulo da história da fé e da humanidade. Sem se perder no culto do oculto ou da dúvida.

SAÚDE: É preciso combater o desperdício

Manuel Antunes
pede medidas de fundo
Manuel Antunes, director do serviço de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais Universitários de Coimbra e conselheiro de Saúde do Presidente da República, Cavaco Silva, disse na “Visão”: “Continuam a usar-se paliativos para melhorar a acessibilidade aos serviços, em vez de se tomarem medidas de fundo. Nada poderá resultar, enquanto não se combater os desperdícios e a ineficiência dos serviços. Isso terá de passar por uma alteração profunda do esquema de trabalho dos profissionais, sobretudo dos médicos. Só assim se conseguirá, por exemplo, reduzir eficazmente as listas de espera para cirurgias e consultas. Em contrapartida, tem de entregar-se mais responsabilidades aos directores de serviço.” Disse, ainda, que é preciso responsabilizar os cidadãos pelos cuidados que recebem, porque “abusam do sistema e desperdiçam alguns meios postos ao seu alcance. Por exemplo, um terço dos medicamentos prescritos não são tomados.” O doutor Manuel Antunes sabe do que fala. Isso significa que há muito que fazer no campo da Saúde, para se acabar, de facto, com as listas de espera nas cirurgias e nas consultas hospitalares. Quando uma personalidade como esta fala, penso que não deixará de ser ouvida pelo Governo, no sentido de responder aos desafios que preconiza. A saúde é um bem precioso que merece mais atenção de todos nós e dos responsáveis por este sector a nível nacional. Como Manuel Antunes é assessor do Presidente da República, talvez isso seja uma mais-valia para os encontros que Cavaco Silva mantém às quintas-feiras com o primeiro-ministro José Sócrates. F.M.

Citação

Para pensar “Num tempo de planos tecnológicos e de programas simplex de ataque à burocracia, é chocante constatar que quase três milhões de portugueses não possuem qualquer ligação domiciliária à rede de esgotos”. (…) “É assustador o facto de mais de quatro milhões de portugueses não possuírem sistemas adequados de tratamento de esgotos e de, entre estes, quase três milhões não terem qualquer ligação à rede de drenagem de esgotos”. : António José Teixeira,
no editorial de ontem do DN

Figueira da Foz por estes dias

Figueira com seus recantos e encantos (Para ver melhor, clique na foto)

terça-feira, 11 de abril de 2006

Um artigo de Alexandre Cruz

A inutilidade
do sofrimento? 1. O sofrimento, enquanto experiência humana do limite em nós próprios, apresenta-se como uma realidade certa que, mais cedo ou mais tarde, bate à porta de todos. E é particularmente na experiência do sofrimento que, após levantadas todas as dúvidas e questões fundamentais, novas caminhadas de sentido de vida se fazem, novas janelas de entendimento sobre o “essencial” da vida se abrem, mostrando a esperança e a clarividência para um sempre melhor discernimento diante de tantos acessórios insignificantes. É por isso que nas sofridas fronteiras da vida, todos os ideais se renovam, (quase) todas as pazes se fazem, todas as esperanças e projectos se levantam. Mas, com sensibilidade, precisamos de apurar a nossa própria atenção porque ao falarmos do sofrimento humano (ele por si não existe) não falamos de teorias mas de pessoas concretas que sofrem; tal como ao falarmos de humanidade, teremos sempre de fazer o esforço de passar da abstracção à realidade concreta das pessoas que caminham, que procuram e encontram, pessoas essas que somos “nós”… É no superar das generalidades teóricas ao encontro de vidas muito pessoais que navegamos quando, especialmente, avançamos por estas águas de escrita, também num tempo pré-pascal em que caminhamos… 2. Vem esta reflexão a propósito de uma obra publicada e publicitada com destaque na revista Notícias Magazine (do JN de 2 Abril). Trata-se de uma visão, livro com o título “A Inutilidade do Sofrimento”, de uma psicóloga com 25 anos de experiência e que constata que não fomos educados para gerir os sofrimentos e perdas naturais da vida, e que insistimos em diante do mesmo acontecimento preferir ver as coisas de forma pessimista; optamos por ver o “copo meio vazio” em vez de o “copo meio cheio”. Despertou-nos o título, e uma primeira visão de perspectiva, uma sensação de confirmação em que estamos mesmo a querer afastar a experiência do sofrimento da própria experiência humana realista; preferimos as modas, as estéticas, as elegâncias, só uma face (a linda!) da moeda da vida. Ainda que abordando a obra oportunos horizontes de equilibro emocional, auto-estima, auto-conhecimento, superação e gestão das ansiedades, contudo, em última análise, considerando os sistemas éticos, normativos e religiosos como “imposições de culpabilidade” que não deixam a libertação do ser florescer…num levar às últimas consequências, ao limite, correr-se-ia o terrível perigo de não olhar a meios para atingir fins, perdendo a vida todo o sentido diante do sofrimento tão realista, um passo “eutanasiante”. Quererá esta visão a promoção de uma sociedade de perfeitos? Será a ideia de “esconder” ainda mais da vida pública as feridas das pessoas? Será esta afirmação da psicologia sobre a “inutilidade do sofrimento” sinal de que cada vez é mais difícil reconhecermos em nós próprios a limitação?... 3. O sofrimento está aí, todos os dias! Integrar positivamente, no mais possível, para melhor viver será o caminho… Não, como algumas perigosas teorias apontam, que seja um mal necessário para a purificação; não que o sofrimento tenha mesmo de acontecer para apurar sentidos de vida, arrependimento, de forma alguma. Esta visão perderia o sentido da plena liberdade humana em que cada momento de vida é apelo à própria felicidade… Mas que na experiência do sofrimento, quer pessoal quer de dedicação aos outros, é possível uma abertura a toda a esperança e, fruto de um sentido / integração positiva do sofrimento (que nunca é um fim em si mesmo) é possível dar felizes passos adiante, isso é bem verdade. A autora, psicóloga Maria Jesus Reyes, toca, em contrapartida, em alguns aspectos fundamentais da nossa vida em sociedade e das escolas da maturidade de vida, no que constroem em nós (ou não) deste espírito de aprendizagem em lidar com o menos positivo: “Fazemos cursos para ensinar os executivos a controlar a ansiedade e é o que mais agradecem, porque lhes ensinaram a negociar, algo a trabalhar em equipa, a liderar, mas não lhes ensinaram a ser felizes, a controlar as emoções negativas. E com o mesmo trabalho, a mesma família, os mesmos problemas, pode-se viver muito bem ou muito mal. Essa é a grande diferença.” Sem dúvida que uma vida bem trabalhada por dentro pode aliviar muito do peso sofrido dos medos, das ansiedades, das perdas, mesmo das dores. Mas também é certo que a arte de viver em que tudo tem sentidos de esperança (inclusive a leitura do sofrimento humano), será a via capaz de melhor reavivar a “inteligência emocional” para a reconstrução da grandeza do SER. O sentido pascal, da passagem esperançosa fruto de aperfeiçoamento da própria vida, desperta de forma mais feliz este estímulo positivo. Claro que teorias nada são comparadas com as cruas feridas e dores do corpo… mas nelas saber ler a serenidade, a esperança e a paz, é o melhor discurso silencioso que faz ver bem mais longe o quanto valemos e a que dignidade absoluta somos chamados!

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Partidos Políticos

Os Estados têm de apoiar
os Partidos Políticos, mas…
Todos os democratas são unânimes em considerar que os Partidos Políticos são fundamentais nos regimes democráticos. Por isso, os Estados têm de o dever, a meu ver, de contribuir para a sua existência. São eles que, afinal, oferecem e mostram aos eleitores as várias formas de Governo, sublinhando, cada um a seu modo, as virtualidades das ideias que defendem e pregam. Os Partidos Políticos têm filiados e simpatizantes, como é óbvio, que os ajudam a sobreviver e os fazem chegar ao Governo ou os alimentam nas oposições, também importantes nos regimes democráticos. Sem oposições credíveis poder-se-ia cair nas ditaduras ou nos abusos do poder, na corrupção ou na degradação do sistema. Sendo assim, os Estados têm, de facto, de apoiar os Partidos. Acontece que de tempos a tempos vêm a lume as contas que o Governo tem de suportar com esse apoio. E elas são tão elevadas que me custa aceitar que seja mesmo necessário despender tanto dinheiro com os Partidos Políticos e com as campanhas eleitorais. A “Visão” disse na passada semana que as forças políticas vão receber, nos próximos três anos, os mesmos 64 milhões de euros que Bill Gates (o homem mais rico do mundo) vai investir em Portugal, como ajuda à renovação tecnológica. Eu acho que é muito dinheiro, até porque os Partidos têm as quotas dos seus filiados. Que houvesse um apoio, de alguma forma modesto, ainda seria de aceitar. Mas dar tantos milhões, num país com tantas carências e tanta fome, não me parece bem. Fernando Martins

Primeira saída do Presidente da República

Gratidão e mérito
Na sua primeira saída oficial do palácio de Belém, o Presidente da República, Cavaco Silva, privilegiou a gratidão e o mérito. Cavaco Silva deslocou-se ao Hospital de D. Estefânia, em Lisboa, não só para agradecer o modo como ali foram tratados familiares seus, mas também para cumprir uma promessa da campanha presidencial, como foi a de dedicar “uma atenção particular às crianças”, que “são um grupo vulnerável na nossa sociedade”. O presidente da República quis salientar o facto de aquela unidade hospitalar ter recebido, no ano passado, um prémio pelo trabalho da sua Comissão de Humanização e Qualidade, bom estímulo para continuar na senda do sucesso, para bem dos pacientes. Estímulo esse que, se todos os hospitais quiserem, também o podem aproveitar para humanizarem os seus serviços. Cavaco Silva deixou ainda um recado, quando disse aos jornalistas, que o questionavam, que “O Presidente da República tem um direito de reserva em relação àquilo que diz em Público”. F.M.

Quotas para o mérito

A jornalista Isabel Stilwell disse, no “Notícias Magazine”, que “O bom povo português agradecia uma lei a exigir a presença obrigatória de pelo menos um quarto de pessoas inteligentes nos partidos políticos. Independentemente do sexo. Mas essas quotas não as quiseram eles!”. E acrescentou que “Os homens bem podem começar é a pensar numa lei de quotas para eles, enquanto ainda os deixam assinar leis e diplomas”.
Ora aqui está uma ideia que merece uma oportuna reflexão, numa altura em que tanto se discute sobre quotas (humilhantes) para mulheres na política. Mais importante do que isso será, então, estabelecer quotas para o mérito. Aí, muitos políticos, homens, ficariam de fora. F.M.

Na antiga Capitania

“O sentido da vida: Que horizontes?” Até 23 de Abril, pode apreciar, na antiga Capitania, uma exposição colectiva de Artes Plásticas, subordinada ao tema “O sentido da vida: Que horizontes?”. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte. De terça a domingo, das 14 às 19.30 horas, o visitante pode debruçar-se sobre trabalhos de 48 artistas, procurando reflectir, com a ajuda de todos eles, sobre o sentido da vida. Uma exposição a não perder, até porque, na Quaresma, há razões mais do que suficientes para compreendermos que só uma vida com sentido pode projectar-se em todos os horizontes. F.M.

Na Loja do Cidadão

Fotografias na Loja
Na Loja do Cidadão, em Aveiro, os alunos de Fotojornalismo do ISCIA (Instituto Superior de Ciências de Informação e Administração) expõem fotografias captadas com arte e sensibilidade. A Vida num parque de Aveiro, Peixeiras e Rastos da Noite podem ser apreciados na Loja do Cidadão até ao próximo dia 29, de segunda a sexta-feira, das 8.30 às 19.30 horas, e aos sábados, entre as 9.30 e as 15 horas. F.M.

Citação

“É possível viver com o fracasso. Não se consegue é viver com os sonhos no armário” Bill Clinton, antigo Presidente dos EUA, in Jornal de Negócios