quarta-feira, 29 de março de 2006

Museu de Aveiro

Botica Conventual Oficina: Mezinhas e unguentos, remédios de outros tempos. Um projecto destinado aos alunos dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico : A visita oferece o desenvolvimento do tema “Botica Conventual”, salientando a sua importância dentro e fora do Convento. A visita tem como espaço central o “armário da farmácia” e um herbário, através do qual é possível a identificação de certas plantas e a sua aplicação nas práticas curativas, nos cuidados de higiene e na culinária da época. Na oficina complementar os alunos podem manusear plantas permitindo-lhes assim fazer o reconhecimento de texturas e cheiros, bem como manipular diversos componentes naturais usados na época. Horário das visitas escolares: De terça a sexta-feira, das 10:00 às 12.30 e das 14 às 17.30 horas A marcação de visitas deverá ser feita com duas semanas de antecedência.
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Contactos:
Museu de Aveiro
Avenida Santa Joana Princesa
3810–329 Aveiro
Tel. 234 423 297
Fax. 234 421 749

Uma reflexão da CNJP para a Quaresma

"Recuperar a alegria de viver e o nosso compromisso com o mundo"
"Que existam pessoas – e estimam-se em cerca de dois milhões, no nosso País – com rendimentos insuficientes para garantir um padrão de vida decente é, certamente, uma situação que não podemos tolerar. Antes do mais, por razões de dignidade humana; mas também porque um tão elevado número de excluídos é, obviamente, um factor de tensão e conflitualidade, com inevitáveis consequências para a coesão social e para um desenvolvimento humano e sustentável.
A pobreza e a exclusão social não podem ser vistas apenas à luz fria dos indicadores estatísticos. Por detrás dos números, estão rostos e vidas de homens, mulheres, crianças, jovens e idosos.
Pessoas a quem a falta de recursos monetários, a doença, a precariedade do trabalho e os baixos salários, o reduzido nível de escolaridade, a desintegração familiar e outros factores, não permitem que, por si sós, vençam as barreiras da pobreza e da exclusão.
Pessoas que não encontram habitação digna a preço acessível, ainda que, nas nossas cidades, vilas e aldeias, muitos alojamentos estejam por utilizar.
Pessoas a quem a escola não conseguiu cativar e preparar para a vida.
Pessoas vítimas de exploração no trabalho por parte de alguns empresários sem escrúpulos e de um sistema socio-economico-político que não previne – antes produz – exclusão social.
Pessoas que vieram de outros países em busca de melhores condições de vida, mas que, também aqui, ou não conseguiram singrar ou porque, tendo perdido as raízes dos seus países de origem, não se sentem integradas na sociedade em que vivem.
Pessoas sem-abrigo e vivendo da esmola ou do furto.
Pessoas frágeis na sua relação com o álcool, a droga, a promiscuidade, etc.
Pessoas para quem a pobreza é persistente e conhecida desde tenra idade; uma herança que receberam de seus pais.
Pessoas para muitas das quais pobreza significa morte."
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(Para ler toda a mensagem da CNJP (Comissão Nacional Justiça e Paz), em espírito de reflexão e de compromisso para o tempo que vivemos, o nosso tempo, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Posted by Picasa
Aveiro: Quartel de Sá (Início do século XX).
À direita vê-se o fontanário

Um artigo de António Rego

A geração MP3 Bill Gates já tinha profetizado, há algum tempo, que o DVD – sucedâneo das cassetes de imagem – estava em vias de extinção porque a magia do computador aliada à televisão interactiva alcançaria uma solução mais perfeita (e certamente mais rentável). Agora voltou atrás subscrevendo um dos modelos de disco com maior capacidade e qualidade, a chegar ao mercado. Tudo isto não passaria de mais um evento técnico e comercial se se não inscrevesse na panóplia de peças que se escondem na mochila e na cabeça da juventude de hoje, que alguém já classificou de “chipada”. Parece, à primeira vista, que durante muitos séculos, havia um gráfico homogéneo que definia as diversas gerações. Certamente durante milénios os adultos pensaram o mesmo dos jovens. E os jovens terão dito o mesmo dos mais velhos. Pelo menos dentro dos padrões culturais mais próximos e a que fomos tendo acesso mais pelas histórias do que pela História. Não é muito fácil definir “novas tecnologias” na área dos consumíveis. Trata-se de instrumentos com uma curtíssima esperança de vida. Envolvidos no mercado, nascem com estonteante pressa de morrer, para dar lugar a uma nova geração ou topo de gama que deve ter os dias contados, para se tornarem rentáveis e competitivos. E assim sucessivamente.Que usam hoje os adolescentes e jovens? Um emaranhado infindável de siglas numéricas que significam som, imagem, comunicação, grafia, resposta, pressa, instinto, sensibilidade, prazer, interacção. Um compêndio de filosofia e moral em módulos e chips. A maior parte acedida pela Net, ou televisão, ou grupo, ou por um amigo. E propaga-se alegremente em pirataria, espécie de truque dos pobres e mercado clandestino que afecta os criadores e os vendedores. Este pacote de levíssima ponderação tornou-se companhia e centro de procuras, trocas, prendas e negócios, consoante as idades.
Que benefícios e estragos gera toda essa tralha nos neurónios e afectos dos utentes? Possivelmente molda uma juventude como Presley marcou a de cinquenta e Dylan a geração seguinte. E correm, entretanto, décadas marcadas pelo rap, pelos dinossauros, pela mecânica, pela tatuagem, pelas cores, pelos jogos electrónicos, pelos grafiti, pelos códigos, pelo imediato, pela transgressão como forma de originalidade. E por muito mais, que não é nem soma nem subtracção de análises sempre imperfeitas. Estamos perante uma sequência aparentemente incontrolável de evoluções rápidas que parecem fazer estremecer os valores patrimoniais lentamente cotejados pelas evoluções dos milénios que nos precederam. A análise mais simplista reconduz sempre à lamúria clássica de no meu tempo não era assim ou os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso ir paciente e inteligentemente mais longe para compreender que as gerações e culturas não se edificam nem tombam com duas palavras de ordem. A humanidade é um contínuo vaivém mesmo no meio de convulsões que parecem radicais. O desafio cristão implica a pesquisa de padrões mais sólidos que a comparação moralista com as gerações mais recentes. Tentando sobretudo compreender o que pretendem exprimir em tantos gestos e palavras que surgem simplesmente como absurdos à análise de superfície. E aprendendo com eles os valores que, desarrumadamente, nos transmitem. É um erro primário dizer que os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso descobri-los no meio dos decibéis do MP3 e das senhas que, continuamente, trocam entre si e com os que com eles procuram dialogar. Sem diabolizar nem beatificar pelas primeiras impressões.

terça-feira, 28 de março de 2006

CNIS apresenta nova direcção aos partidos

Padre Lino Maia encontrou-se com o PCP O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Pe. Lino Maia, encontrou-se hoje com Jerónimo de Sousa na sede do PCP, em Lisboa.
O líder comunista argumentou que a Constituição da República prevê o carácter complementar das acções das instituições de solidariedade e manifestou a disponibilidade do grupo parlamentar do PCP para “contribuir para clarificar o estatuto legal e o papel” daquelas instituições.
Por seu lado, o Pe. Lino Maia, que pediu a reunião com o PCP e com os outros partidos para apresentar os novos órgãos sociais da CNIS, eleitos em Janeiro, destacou a necessidade de o Governo fazer uma “diferenciação positiva” nos acordos de cooperação com as instituições.
A CNIS é a principal organização representativa das instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s – em Portugal. Congrega milhares de associações que operam no apoio aos idosos, à infância e aos deficientes e a outras situações de carência, como populações de bairros desfavorecidos.
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Fonte: Ecclesia

Ainda o caso do afegão convertido

Afegão convertido
ao cristianismo
pede asilo no estrangeiro
O afegão Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por se ter convertido ao cristianismo, pediu asilo no estrangeiro, anunciou ontem a ONU em Cabul.
"Abdul Rahman pediu asilo fora do Afeganistão", indicou um porta-voz das Nações Unidas, Adrian Edwards, acrescentando que o afegão espera que um dos países interessados o acolha para "dar uma solução pacífica ao seu caso".
O Supremo Tribunal afegão decidiu este Domingo suspender o processo do muçulmano convertido ao cristianismo. A Santa Sé divulgou algumas passagens da carta que o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, enviou em nome do Papa a Hamid Kazai.
Na missiva, com data de 22 de Março, afirma-se que o apelo de Bento XVI em favor de Rahman é baseado numa “profunda compaixão humana”, na “firme convicção na dignidade da vida humana” e no “respeito pelo direito à liberdade de consciência e religião de cada pessoa”.
Abdul Rahman, 41 anos, foi detido há três semanas em Cabul porque, quando trabalhava no Paquistão, há 16 anos, abandonou o Islão e converteu-se ao cristianismo, um acto que é passível de pena de morte, segundo a ‘sharia’ (lei islâmica), que vigora no Afeganistão.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

O Humor e a Guerra Mesmo sendo certo que a vida real é composta de drama e comédia, muitas vezes com forte predominância do primeiro, também é certo que o Cinema prefere marcar de uma forma clara o género em que insere determinada obra. As comédias são para rir; os dramas para "chorar". Com o avançar dos anos tal atitude foi-se diluindo, tomando uma posição, cada vez mais forte, a chamada comédia dramática, em que o mundo se vê um tanto mais equilibrado, com vertentes risonhas convivendo com outras em que a felicidade não tem lugar.Quando, em 1997, Roberto Benigni realizou "A Vida É Bela", até certo ponto abriu-se uma nova janela. A vertente humorística era suficientemente marcada para ser inegável estarmos perante uma comédia; a vertente dramática era tão dura que não podia deixar de despertar cruéis memórias - recordações para uns, informações para outros - de uma dureza incontornável. Benigni repete a receita em "O Tigre e a Neve". Não temos já os nazis e os seus crimes de guerra sobre populações civis, mas antes a situação iraquiana resultante de uma guerra que inicialmente pareceu demasiado fácil. Uma vez mais o espectador se confronta com um actor que actua em tom de farsa, dirigido por um realizador - que é a mesma pessoa - que aprofunda e trata os acontecimentos de forma a deixar bem viva a expressão da crueldade humana. Dois estilos contraditórios, com os mesmos factos observados ou observáveis sob as duas diferentes perspectivas. Tirar humor das desgraças de cada personagem não é trabalho fácil, sobretudo quando se quer manter a verdadeira dimensão do drama sofrido. Pode dizer-se que Benigni iniciou um novo estilo de comédia/drama, capaz de chocar alguns espectadores mas que tem a qualidade de expor uma sólida crítica social, mesmo que esta só seja assimilável com uma cuidadosa leitura de cada obra e o abandono de alguns preconceitos que se possam opor à forma de tratamento do tema.

Afegão que se converteu ao cristianismo foi libertado

Pressões internacionais
devem ter pesado
na decisão da Justiça afegã
O afegão detido e ameaçado de morte por se ter convertido ao cristianismo foi libertado da prisão, anunciou hoje o ministro afegão da Justiça, Sarwar Danish. De acordo com o ministro, o cidadão Abdul Rahman "foi libertado da prisão segunda-feira à noite". Poucas horas antes, o procurador-geral adjunto de Kabul tinha anunciado que Abdul Rahman estava livre "para sair da prisão". "Tomámos a decisão de o libertar e enviámos nesse sentido uma carta ao Ministério da Justiça", disse o procurador-geral adjunto, Mohammed Aliko. Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por ter renegado o Islão e se ter convertido ao cristianismo, tinha sido detido há duas semanas e, segundo a lei islâmica, incorria na pena de morte.
Depois de conhecida a prisão do afegão por se ter convertido ao cristianismo, as pressões dos países que mantêm tropas no Afeganistão e outras dos defensores dos Direitos Humanos devem ter pesado na decisão da Justiça daquele país muçulmano. Isto prova que o mundo deve continuar atento a estas ofensas aos Direitos Humanos, para que os homens e mulheres possam livremente optar pelas ideias e ideais que considerem mais justos.
E a propósito, quando é que os cidadãos e cidadãs livres do mundo encetam campanhas para que as mulheres em muitos países islâmicos deixem de ser tratadas como escravas? Quando é que a ONU e outras organizações internacionais se unem para acabar com a discriminação das mulheres, sobretudo nas nações islâmicas? Não é sabido que elas não possuem os mais elementares direitos cívicos, políticos e sociais, em nome do Corão, que o mesmo é dizer de Alá, o Deus único?
F.M.

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Cheias de 1938, na Praça Melo Freitas

segunda-feira, 27 de março de 2006

Sócrates contra a burocracia

José Sócrates apresenta hoje 400 medidas contra a burocracia
Não há nenhum português, minimamente inteligente, que não conheça as barreiras burocráticas que dificultam a vida a toda a gente. Em qualquer repartição, para resolver assuntos por mais elementares que sejam, são exigidos papéis e mais papéis, obrigando o contribuinte a recorrer a todas as suas forças para manter a serenidade.
E se é verdade que os Governos, desde o 25 de Abril, têm prometido simplificar a vida aos portugueses, também é certo que só José Sócrates conseguiu dar o pontapé de saída para se iniciar a longa caminhada que se impõe, no sentido de acabar com tanta papelada inútil, que servia somente para nos aborrecer a todos.
Não vamos discutir aqui se o Governo socialista está a fazer tudo certo, mas temos de reconhecer que está a fazer o que é preciso. As eventuais correcções, que serão inevitáveis, virão depois.
Já sei que não hão-de faltar políticos que, uma vez mais e como todos sabemos, não deixarão de criticar as propostas de José Sócrates. Sabemos isso, porque a nossa democracia, que nunca mais atinge a maturidade, é dominada por certos políticos profissionais, que somente sabem dizer mal de tudo e de todos, menos deles próprios. São os tais que tudo reprovam, mas que, quando passaram pelos Governos, nada fizeram de relevante para acabar com a burocracia, que é a mãe de todos os entraves ao progresso.
Reformas desta natureza são sempre difíceis de levar por diante. Há os eternos burocratas, gente instalada que gosta de passar a vida a mexer em papéis, mesmo sabendo que os mesmos vão, no dia seguinte, encher gavetas e estantes, onde ficam à espera que a traça os domine. Há também os lóbis que precisam da burocracia como de pão para a boca e que apostam continuamente em mater o statu quo, unicamente para alimentar os inimigos do progresso.
As 400 medidas hoje anunciadas vão, decerto, tornar a vida mais fácil para os portugueses, se não houver boicotes e se todos colaborarmos nesta aposta do Governo, porque os beneficiários seremos nós próprios.
Os velhos do Restelo, que fazem parte da nossa maneira de ser e de estar na vida, e que Camões tão bem eternizou, não deixarão a praia para barafustar. Mesmo que a maioria passe ao lado e não lhes dê crédito. É o que eles merecem.
Fernando Martins
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(Para saber mais, clique aqui)

domingo, 26 de março de 2006

AVEIRO: NA FÁBRICA-CENTRO DE CIÊNCIA VIVA

Até 25 de Junho "Fotógrafos da Vida Selvagem 06"
Pelo segundo ano consecutivo as fotografias da vida selvagem invadem a Fábrica. Peixes, pássaros, ursos e orangotangos habitarão o espaço da Fábrica ao longo de quatro meses e invadem o espaço da Fábrica com muitas actividades! Venha descobrir e conhecer, até 25 de Junho, os mais recentes inquilinos da Fábrica! Esta exposição resulta do mais prestigiado concurso mundial de Fotografia de Natureza. Promovido pelo Museu de História Natural de Londres e pela revista BBC Wildlife, o concurso parte de cerca de 20 mil fotografias proveniente de mais de 50 países de fotógrafos amadores e profissionais. As fotografias vencedoras e finalistas do concurso estão em exibição durante todo o ano em várias partes do mundo. Aveiro fica no mapa desta grande exibição! Uma exposição de Fotografia é normalmente contemplativa mas, na Fábrica, as imagens de natureza invadem todo o espaço com muitas actividades. Está disponível um guia pedagógico que permite aos mais novos poderem aprender a observar de uma forma cuidadosa as fotografias. Nesta exposição estão igualmente disponíveis módulos interactivos onde os visitantes podem conhecer a forma de visão de um morcego ou de uma minhoca, “limpar” uma parede interactiva para encontrar os animais que se escondem debaixo de uma cortina de sombra ou fazer um conjunto de borboletas levantarem voo ao soar de palmas. Para os mais pequenos existe um tapete mágico onde vive um coelhinho branco e a cada passo, despontam malmequeres brancos. É igualmente possível observar com binóculos pássaros escondidos na Fábrica ou conhecer a idade das árvores através da contagem dos seus anéis. Desta forma esta exposição transforma-se num espaço de descoberta e aprendizagem fascinante. Muitos grupos sociais, desportivos, etc., escolhem animais para seu símbolo, porque desde há milénios o Homem lhes foi atribuindo os poderes que a sua imaginação não conseguia explicar de outra forma. A compreensão sobre o valor deste projecto contaminou a sociedade alastrando às empresas e associações que entenderam colaborar, adoptando uma fotografia como se de um animal se tratasse. Graças a eles, podemos disponibilizar aos mais novos o guia pedagógico a um preço simbólico. Preço de venda ao público do guia pedagógico 2,00€
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(Para conhecer horário, clique UA)

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Que dizemos
quando dizemos 'Deus'?
As estatísticas dizem que a fé em Deus está em queda, concretamente na Europa. Mas a pergunta que é preciso fazer é esta: em relação a que Deus é que a fé está em queda? O que é que dizemos, quando dizemos "Deus"?
O quê é ou quem é propriamente Deus? Esta questão é tanto mais urgente quanto é verdadeiro aquele passo célebre de Martin Buber: Deus é "a palavra mais carregada e onerada de todas as palavras humanas. Nenhuma foi tão manchada, nenhuma foi tão estragada. De geração em geração, com os seus partidos religiosos, os homens desfizeram esta palavra: por ela mataram e por ela morreram. Massacram-se uns aos outros e sempre em nome de Deus. Devemos, pois, respeitar os que proíbem o seu uso, dado que querem rebelar-se e insurgir-se contra este modo escandaloso de justificar o arbitrário em nome de Deus".
A que Deus é que Mestre Eckhardt pedia que o libertasse de Deus? Que Deus é esse cuja morte por assassínio Nietzsche mandou proclamar pela boca de um louco? Se Deus nos aparecesse, dizendo-nos: "Aqui estou eu, sou eu o Deus", como é que o reconheceríamos, como saberíamos que era ele?
Depois, há aquela estória: um homem foi ao céu, pois tinha-lhe sido dado o privilégio de falar directamente com Deus. Quando voltou da audiência, caíram os jornalistas sobre o afortunado, perguntando: "Afinal, como é Deus, como é ele?" Resposta: "She is black." Não é um velho, nem do sexo masculino, nem branco...
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(Para ler todo o artigo, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

AVEIRO: Cheias de 1938, junto aos Arcos

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 10

CORES LAITES
NO ARCO-ÍRIS Caríssimo/a: Li uma frase numa revista semanal que me fez encalhar. E de que maneira... “O Papa Bento XVI usa o iPod para descansar.” Pois, nunca tal vira nem ouvira... Aprender até morrer... Então impõe-se a busca junto dos entendidos - os netos, as crianças-jovens. Logo fui esclarecido: Trata-se de um aparelho parecido com um MP3... MP3?!... Sim. Põem-se uns fones nos ouvidos e ouve-se música. Mas o iPod é mais completo e desenvolvido... Ah! Já percebi. Obrigado! Já posso imaginar o Papa no seu descanso e vejo a minha lista de conhecimentos e de vocabulário aumentada... Recuei, saltando para a idade daquele meu neto e, meu Deus, como a 'coisa' evoluiu: iPod, MP3, fones, pen, usb, megabaites, gigas, ... hiper, super, macro, max,... btt, pandemia, H5N1, ... boxers, ténis, bleiser, carpa... E tantas, tantas outras formas novas de dizer... Certamente que o nosso Arco-Íris não ficará torcido se lhe desejarmos umas cores laites neste início de Primavera! Manuel

O caso do afegão que pode ser condenado à morte

Papa intercedeu por afegão convertido ao Cristianismo
Bento XVI escreveu ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, intercedendo em favor de um cidadão do país que se converteu ao Cristianismo e se arriscava a ser condenando à morte. Segundo a agência italiana ANSA, o Papa, através do Cardeal Angelo Sodano, fez chegar a Karzai um apelo ao respeito pelos direitos humanos, consagrados no preâmbulo da nova Constituição Afegã.
Hamid Karzai reuniu-se hoje com vários responsáveis do país e, em princípio, o cidadão afegão em causa deverá ser libertado em breve, “talvez já este Domingo”, declarou à AFP um alto responsável do Governo afegão.
Este sábado teve lugar "uma reunião especial" de altos responsáveis governamentais afegãos para discutirem o assunto de Abdul Rahman. Rahman foi preso há um mês, depois da sua família, com quem disputava a custódia de dois filhos, o ter denunciado como um convertido. O homem, de 41 anos, tinha em sua posse uma Bíblia e foi acusado de rejeitar o Islão.
A pressão internacional terá contribuído para um desenlace feliz do caso. George W. Bush revelou-se "profundamente perturbado" pelo assunto, numa conferência de imprensa em Washington.O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no Afeganistão, Tom Koenigs, exigira às autoridades afegãs que “respeitem o direito à liberdade religiosa” de Abdul Rahman.
Durante o julgamento, Rahman admitiu ter-se convertido há 16 anos, enquanto trabalhava como ajudante médico com um grupo cristão que ajudava refugiados afegãos no Paquistão. O procurador, Abdul Wasi, afirmou ter oferecido retirar a acusação caso Rahman voltasse a converter-se ao Islão, mas ele recusou, sujeitando-se assim à pena de morte. O juiz do tribunal também descreveu a acção de Abdul Rahman como “um ataque contra o Islão”.
As relações entre a Igreja Católica e o Islão foram precisamente abordados ao longo dos trabalhos do Consistório destes dias, num momento em que o Vaticano não esconde a sua preocupação perante a falta de liberdade religiosa em vários países muçulmanos.
: Fonte: Agência Ecclesia