quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

CITAÇÃO

"Se os homens são assim tão maus apesar da ajuda da religião, como seriam eles sem ela?" Benjamim Franklin Fonte: Citador

BISPO DE AVEIRO À ESPERA DE SUCESSOR

D. António comemorou 25 anos de presença na diocese de Aveiro
D. António Marcelino apresentou o seu pedido de resignação ao Papa e está à espera de sucessor. No passado mês de Setembro completou 75 anos de idade, apresentou a sua “disponibilidade para continuar ou deixar”, revelou o próprio bispo à Agência ECCLESIA.
Neste momento procede a uma “administração de mera gestão”, salientou “porque a acção da Igreja tem de ser sempre inovadora e criativa”, acrescentou. Mas seja qual for a decisão de Bento XVI acerca do seu futuro, o bispo de Aveiro está consciente de que há na diocese “projectos que não param”.
D. António Marcelino completa nesta quarta feira, 1 de Fevereiro, 25 anos de presença na diocese de Aveiro. Ordenado bispo em 1975, foi durante cinco anos Bispo Auxiliar na diocese de Lisboa e a 1 de Fevereiro de 1981 iniciou o múnus em Aveiro como bispo coadjutor. A 20 de Janeiro de 1988 torna-se então bispo titular, sucedendo a D. Manuel de Almeida Trindade.
Nestes 25 anos, em Aveiro, D. António Marcelino procurou ir deixando “a semente” e, apesar de “não ter logo o resultado da colheita”, faz um balanço positivo do seu ministério pastoral porque, afirma, “muita gente colaborou e actuou”.
Entre as prioridades eleitas para a diocese, D. António salienta o “desenvolvimento e formação do laicado”, do qual nasceu o Instituto Superior de Ciências Religiosas que, explicou, “foi muito importante para um laicado interveniente”. A família e pastoral familiar “está mais actualizada e adequada”, considerou, e a criação de estruturas materiais, como a casa diocesana para encontros de formação e retiros, o centro universitário, foram outros aspectos concretos desta presença de 25 anos na diocese de Aveiro.
Caracterizado por muitos como “homem aberto ao diálogo com o mundo” D. António Marcelino frisa que sempre teve “a melhor colaboração com os poderes civis e autárquicos”. Na história deste bispo fica, ainda, e com toda a certeza, a ousadia e coragem neste diálogo com o mundo.
Após o Concílio Vaticano II foi o primeiro bispo em Portugal a avançar com a realização de um Sínodo Diocesano, facto que recorda com a plena consciência de ter sido “um gesto que deu coragem a muitos outros colegas”, sublinhou. “Penso que tínhamos a diocese preparada.
Já tínhamos feito com os leigos uma caminhada forte de comunidade cristã, numa zona aberta ao diálogo e portanto o Sínodo aconteceu com normalidade. Estamos agora a beneficiar desse Sínodo”, concluiu.
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Fonte: Ecclesia

II CONGRESSO DA CNIS, EM FÁTIMA

IPSS portuguesas representam uma expressão única na Europa
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Na abertura do II Congresso Nacional da CNIS (Confede-ração Nacional das Instituições de Solidariedade Social), o Presidente da República, Jorge Sampaio, exortou as instituições a trabalharem em parceria com todas as entidades, nomeadamente com o Estado, autarquias, sindicatos e outras forças sociais e morais.
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O Congresso reuniu cerca de 1300 congressistas, entre os quais 700 delegados das IPSS com direito a voto, e teve por lema “Mais Pessoa – Mais Comunidade”. Decorreu em Fátima, no último fim-de-semana, mostrando sinais evidentes de grande empenhamento, por parte de dirigentes, de voluntários e de funcionários.
Jorge Sampaio alertou para a necessidade de as instituições não estarem apenas voltadas para os seus utentes, dizendo que é muito importante abrirem-se às novas situações sociais, ainda não abrangidas pela solidariedade institucional ou privada.
Tendo por temas fulcrais “As ipss e oportunidades de intervenção” e “Políticas so-ciais e educativas em Portu-gal”, os trabalhos proporci-onaram amplos debates, que hão-de ter reflexos, num futuro próximo, no sector da solidariedade social, o único que não está em crise, porque vive para encontrar soluções para os muitos portugueses que enfrentam dificuldades no dia-a-dia, no dizer do presidente eleito, Lino Maia.
Das conclusões do Congresso, podemos deduzir que urge criar condições para que os “actores” das comunidades se comportem como agentes de mudança. Para isso, é preciso promover parcerias e fomentar a emergência das redes locais, numa perspectiva de contribuir para a erradicação da pobreza, das marginalidades e das dependências degradantes.
Por outro lado, as conclusões dizem que é imperioso assegurar “mais social em tempos de crise”, avaliando criteriosamente as condições de vida de cada cidadão e das famílias. Contudo, os “feridos” da sociedade não podem ser ignorados.
Importa cooperar, com rapidez, com todas as forças de apoio aos mais desfavorecidos, sendo prioritário acabar com atitudes de desconfiança em relação ao Estado, aos cidadãos e às IPSS, lê-se nas conclusões.
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Fotos: Em cima, Jorge Sampaio;
no centro, Lino Maia, no meio da foto, novo presidente da CNIS
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Fernando Martins
(Para ler mais, clique Correio do Vouga)

CENTRO Local de Apoio a Imigrantes

O Centro Social Paroquial da Vera Cruz vai inaugurar hoje, 1 de Fevereiro, as instalações do Centro Local de Apoio ao Imigrante de Aveiro e do Gabinete de Acção Comunitária. As novas estruturas ficarão instaladas na Av. Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro, ficando à disposição de todos os interessados.

CORPO DA IRMÃ LÚCIA VAI PARA FÁTIMA

O corpo da Irmã Lúcia será trasladado a 19 de Fevereiro de 2006 para a Basílica
do Santuário de Fátima : Mesmo no final da Eucaristia do dia 13 de Setembro de 2005, foi anunciado, pelo bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, o dia da trasladação do corpo da vidente de Fátima, Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, para a Basílica do Santuário de Fátima. Será no domingo dia 19 de Fevereiro de 2006, um ano e seis dias após o falecimento da vidente, e um dia antes da Festa Litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, que se celebra no dia 20 de Fevereiro, aniversário da morte da Beata Jacinta Marto.
Após o anúncio da data da trasladação pelo Bispo de Leiria-Fátima os participantes na eucaristia aniversaria irromperam numa salva de palmas. :
Recorde-se que, no dia 15 de Fevereiro deste ano, terminadas as cerimónias fúnebres na Sé Catedral de Coimbra iniciou-se o cortejo até ao Convento de Santa Teresa, onde foi sepultada a Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. De acordo com as normas da Família Carmelita, a Irmã Lúcia foi sepultada da forma como viveu, em clausura.
Foi cumprido o desejo da Irmã Lúcia que, em comunicação entregue pessoalmente ao Bispo de Coimbra, disse: “Sem contradizer o que já tinha escrito, para dar este gosto às Irmãs, já que manifestaram este desejo, gostava que após a minha morte, o meu corpo ficasse sepultado no claustro deste Mosteiro (de Santa Teresa – Coimbra), pelo menos um ano, antes de ser levado para a Basílica de Fátima”.
Cumprido este desejo da Irmã Lúcia, a traslação para o Santuário de Fátima tem o acordo das Dioceses de Leiria-Fátima e de Coimbra, foi aceite pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e autorizada pela Câmara Municipal de Ourém em 17 de Outubro do ano 2000, de acordo com o decreto lei que permite a “sepultura em locais especiais” “a pessoas de determinada categoria”.
Por diversas vezes a Irmã tinha manifestado o desejo de ficar sepultada junto de Francisco e Jacinta. “(…) agradecendo a Deus e Nossa Senhora mais esta graça de que queiram Eles, levar-me a dormir o meu último sono sobre a terra, no Seu Santuário a Seus pés. Por tudo o meu hino de acção de graças”, escreveu a Irmã Lúcia ao Reitor do Santuário em 03 de Fevereiro de 1994.
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Fonte: Santuário de Fátima

LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET

Mariano Gago apela à criação de conteúdos de Língua Portuguesa na Internet
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"Só pode haver [conteúdos em língua portuguesa] se houver um esforço" de todas as entidades, afirmou aos jornalistas o governante, citado pela Lusa, à margem do Fórum de Líderes de Governo organizado pela Microsoft, em Lisboa, que hoje termina."Não há razão para que milhões de obras portuguesas, música, não estejam na Internet", considerou Mariano Gago, acrescentando que para atingir esse objectivo é preciso haver "um esforço cooperativo e descentralizado", disse.
O ministro disse que o acordo estabelecido com a Microsoft não inibe o desenvolvimento de software livre (software de código aberto [sem propriedade] sobre o qual se podem desenvolver livremente aplicações, sendo o exemplo mais conhecido o sistema operativo Linux).
No Fórum de Líderes, o ministro defendeu um maior investimento das empresas privadas na área da ciência e inovação, a nível europeu. O ministro destacou o facto de neste momento se assistir a uma diminuição generalizada de alunos nas áreas de ciências.
O segundo e último dia do evento, que tem como tema "Impulsionar a competitividade global através da inovação local", conta com a intervenção do presidente e maior accionista da Microsoft, o norte-americano Bill Gates, e do primeiro-ministro, José Sócrates.
No primeiro dia do fórum, que contou com as intervenções do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, entre outros, a Microsoft anunciou que pretende formar um milhão de portugueses em tecnologias de informação, nos próximos cinco anos, no âmbito de um programa mais vasto para formar 20 milhões de pessoas na União Europeia.
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Fonte: PÚBLICO on-line

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

PROFESSOR EGAS MONIZ VAI SER HOMENAGEADO

FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA VAI COMEMORAR O CINQUENTENÁRIO DA MORTE DO
PROFESSOR EGAS MONIZ A Faculdade de Medicina de Lisboa vai promover uma sessão, no dia 6 de Fevereiro, pelas 9.30 horas, no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa, comemorativa do cinquentenário da morte do distinto Professor, que foi honrado com o Prémio Nobel da Medicina.
Nessa ocasião, também será descerrado um Medalhão que dá nome ao Edifício Egas Moniz da FML.
Com o seu nome, está patente ao público, em Avanca, sua terra natal, um museu com diversas colecções, de teor muito variado, incluindo uma sala que conta a história dos estudos científicos que desenvolveu e que lhe deram o Prémio Nobel, em parceria com outro sábio.

FESTAS SEM FOGUETES

FESTAS, SIM;
FOGUETES, NUNCA O secretário de Estado do Desen-volvimento Rural e das Florestas garante que, no Verão, será proibido o lançamento de foguetes e de balões com mecha acesa. Até agora, era permitido o lançamento de foguetes mediante licença e presença de bombeiros no local. Rui Gonçalves afirma que os foguetes são responsáveis por alguns dos grandes incêndios e como tal serão proibidos no chamado "período de risco", que corresponde, «grosso modo» ao Verão. O diploma do Governo, que prevê coimas elevadas, deverá ser discutido na Assembleia da República já em Fevereiro e a sua aprovação está prevista para Março.
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Fonte: RR

BANDA LARGA NAS ESCOLAS

Sócrates coloca Portugal
no topo da UE O primeiro-ministro garantiu hoje que a ligação de todas as escolas públicas do país à Internet em banda larga representa um salto tecnológico que coloca Portugal no topo dos países da União Europeia nesta matéria. José Sócrates falava durante uma deslocação à escola básica do 1º ciclo de Oriola, no concelho de Portel, onde o Governo quis assinalar a conclusão de “um dos projectos mais emblemáticos do plano tecnológico”.“As escolas ficam agora na vanguarda tecnológica e este projecto é muito importante para esbater diferenças entre o litoral e o interior, entre o centro e a periferia", afirmou o primeiro-ministro.
Acompanhado pelos ministros da Educação, Ciência e do Ensino Superior e Obras Públicas, Transportes e Comunicações, José Sócrates considerou que a informatização do país é essencial para o seu crescimento económico e sublinhou que Portugal tem de queimar várias etapas nesta matéria para alcançar outros países europeus.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Um artigo de António Rego

O ESPLENDOR DA CARIDADE
Algo de surpreendente aconteceu em torno da primeira Encíclica de Bento XVI. Com um título curto, óbvio, aparentemente abstracto para as lógicas de marketing de hoje, eis que suscita um volume impensável de informação e comentário, quer nos media confessionais, quer nos laicos ou mesmo adversos. E em todos os casos, com algum desconcerto acerca dum homem que foi duramente criticado antes de ser Papa e, quando eleito, apontado por apressados comentadores, de conservador impiedoso e intolerante.
Ainda que muitos continuem a falar sem nada perceberem do que dizem, eis que paira um olhar suspenso sobre uma Encíclica acerca do Amor que surge com uma clareza meridiana, um suporte histórico e bíblico em tudo o que exprime, desde a antiguidade clássica, passando pelo Antigo e Novo Testamento, e descendo às mais duras exigências no terreno social.Tudo se tece com uma lógica cerrada, uma argumentação sólida e simultaneamente uma doçura inexcedível, ao olhar Deus como Amor e o homem e mulher como seres amados, e que se amam no seu todo sem pertença ou exclusão de Afrodite ou Platão.
Nesta palavra do Papa o amor humano ganha um estatuto de nobreza no seu todo de pessoa, mais que soma ou exclusão de corpo e espírito. Por isso Bento XVI nem por um momento se esquiva à temática do amor, na viagem fascinante do eros à agape, procurando, como disse, restituir à Caridade todo o seu esplendor. E tudo se consumando, tal como havia procedido, no amor de Deus.
Bento XVI entrou num terreno essencial de Deus e do homem. Sem um entendimento sobre o amor, a nada nem a ninguém se pode pedir clareza, entrega, afecto. Sem arremessos nem condenações primárias de moral legalista, o Papa convida a Igreja e quem se sinta dela companheira no itinerário da história, a um retempero de esperança e de força pela aproximação ao calor imanado do âmago de Deus.
Estamos perante um hino, mais convincente e sedutor que qualquer arremesso de condenação ao homem de hoje, ele próprio profundamente carente da experiência do Amor à medida de Deus. Quem experimenta a dessedentar-se nas águas cristalinas não mais vai beber às lamas dos pântanos desgovernados.

Pintura de Van Gogh

Van Gogh: auto-retrato
:: VAN GOGH IMPRIMIU À SUA PINTURA HARMONIA E CONCÓRDIA ::
Vincent Van Gogh nasceu em 1853 e faleceu em 1890. Filho de um pastor protestante, cedo se sentiu atraído pela pintura. Ao longo de uma vida desequilibrada e trágica, Van Gogh imprimiu à sua arte, obsessivamente, harmonia e concórdia, tendo considerado o seu ideal artístico, desta forma: "Qualquer coisa de pacífico e agradável, realista e todavia pintado com emoção; qualquer coisa breve, sintética, simplificada e concentrada, cheia de calma e de harmonia pura, reconfortante como a música".

CNIS DEFINE NOVO RUMO

PARA AS IPSS
HÁ NOVOS
CAMINHOS
A PERCORRER A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) elegeu, no passado fim-de-semana, uma nova direcção nacional, que será presidida pelo Pe. Lino Maia. Este foi um dos momentos centrais do II Congresso da CNIS, que contou com a participação de cerca de 1300 congressistas.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Lino Maia lembra que a Confederação “representa muitas respostas sociais”, concretizadas nas cerca de 4 mil Instituições de Solidariedade Social que existem no país. Para todas elas “há novos caminhos a percorrer”.“Penso que a CNIS não pode ser apenas a organização representativa das IPSS, deve ser também um movimento social, onde se reflicta e se implementem respostas para o terceiro sector, à procura de uma maior qualidade de vida para os portugueses”, acrescenta.
Na abertura dos trabalhos, o Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu a solidariedade e a co-responsabilidade solidária para com as pessoas, tendo destacado o papel fundamental da CNIS no desenvolvimento social do País.O documento conclusivo apela ao fim de “atitudes de desconfiança em relação ao Estado, aos cidadãos e às IPSS, criando-se um clima de transparência no relacionamento”. Ao Estado é pedido que reconheça e apoie as instituições de solidariedade social, “já que estas contribuem activamente para o processo de desenvolvimento e democratização social, cultural e económico”.
O Pe. Lino Maia assegura que a CNIS não pretende ser “uma força de oposição nem de bloqueio” em relação ao Estado, embora lamente que as Instituições sejam, muitas vezes, “ignoradas”. “Queremos estabelecer relações de parceria, franca e transparente, com um melhor enquadramento legal deste sector”, adianta.

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA

BENTO XVI APELA DE NOVO À CARIDADE
Bento XVI apela àqueles que governam e têm nas mãos o poder económico e financeiro, para que “promovam um desenvolvimento baseado no respeito da dignidade de cada homem”. O apelo surge na Mensagem do Papa para a Quaresma deste ano 2006, uma mensagem hoje divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, mas que já se encontrava disponível num opúsculo publicado pela Livraria Editora Vaticana.
O tema escolhido por Bento XVI na Mensagem para a Quaresma é baseado numa passagem do Evangelho de São Mateus: “Jesus vendo a multidão, sentiu compaixão”, para convidar os cristãos de todo o mundo a experimentar a caridade.
Neste sentido, na Mensagem salienta que “os cristãos devem aprender a avaliar com sabedoria os programas de que quem os governa”, sublinha a liberdade religiosa, “entendida, não simplesmente como possibilidade de anunciar e celebrar Cristo, mas de contribuir para a edificação de um mundo animado pela caridade”. “A Quaresma – escreve o Papa – é tempo privilegiado de peregrinação interior em direcção Àquele que é a fonte da misericórdia”. Uma peregrinação que “nos acompanha através do deserto na nossa probreza”.
Bento XVI convida, ainda, nesta Mensagem, os fieis de todo o mundo para que se preparem para a Páscoa com um “empenho vivo e urgente para com os pobres do mundo”, porque, afirma, “o primeiro contributo que a Igreja oferece ao desenvolvimento do homem e dos povos não se substancia em meios materiais ou em soluções técnicas, mas no anúncio de Cristo que educa as consciências e ensina a autêntica dignididade da pessoas e do trabalho, promovendo a formação de uma cultura que responda verdadeiramente a todas as perguntas do homem”, acentua o Papa.Esta pequena publicação com a Mensagem para a Quaresma, por enquanto está a venda na Livraria da Editora Vaticana, por 1 Euro.
A Quaresma tem início com a Quarta Feira de Cinzas, no dia 1 de Março, e termina com a Solenidade da Páscoa no dia 16 de Abril, que este ano coincide com o79º aniversário natalício do Papa Ratzinger.
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Fonte: Ecclesia

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico

Uma questão de coragem

Maioria absoluta. PR cooperante. Eleições a mais de três anos. Uma receita dificilmente superável. Terá o PM coragem para cumprir o seu dever?As reformas de que o país necessita são sobejamente conhecidas. Destacaria três: as reformas das relações laborais e do sistema de pensões e a revisão profunda da Constituição. Esta última é especial, por influenciar todo o quadro legislativo. O espírito datado que lhe subjaz – bem patente no seu Preâmbulo, onde se “afirma a decisão do povo português de abrir caminho para uma sociedade socialista” – é um significativo obstáculo aos desafios de hoje. Tudo boas razões para dar a essa revisão uma prioridade elevada. Mas as reformas são mero aperitivo para o que nos motiva hoje: reflectir sobre o futuro quadro relacional entre Presidente da República e Primeiro-Ministro – uma análise que requer uma atenção especial às ambições políticas e restrições à acção de cada um.

Cavaco Silva deixou duas ideias ao eleitorado: a vontade de cooperar com o PM e a preocupação com os direitos sociais. A primeira, dirigida ao centro-direita, indica uma predisposição para sancionar medidas difíceis. A segunda, mais apelativa para o centro-esquerda, sugere uma indisponibilidade para contribuir para que certos direitos adquiridos sejam postos em causa. Portanto: tensão latente. Tendo Cavaco a natural ambição de ser reeleito daqui a cinco anos, terá como restrição principal o cumprimento daquilo que reiterou na sua campanha eleitoral. Com fortes candidatos de centro-esquerda à espreita – Guterres, Vitorino, Freitas do Amaral –, não poderá improvisar muito sobre o tema da moderação.

José Sócrates é inteligente e saberá ler os condicionamentos estratégicos do PR. A sua restrição – que garantirá a sobrevivência do Executivo e a aprovação das suas propostas – é a de ter de “resguardar” Cavaco, evitando dar-lhe um protagonismo excessivo no apoio a medidas governativas por tomar. As ambições são ambivalentes. Sócrates pode sonhar com um lugar da história – fazendo fé no “atrás de mim virá quem de mim bom fará” – ou pode contentar-se com o curto prazo. Se optar pela primeira, que se lembre de Maquiavel quando este aconselhava o Príncipe a tomar todas as medidas difíceis de uma só vez. O óptimo? Avançar com todas elas já em 2006, longe das pressões eleitoral e partidária. Se as adiar, ter-se-á seguramente perdido uma oportunidade única. O Primeiro-Ministro sabe que pode tornar-se numa espécie de “Blair à portuguesa”. Que ele o deseje, não é difícil de adivinhar. Que ele o consiga, é tudo menos líquido. A obsessão pairará sobre Sócrates. Ter ou não ter coragem – eis a questão.

Publicado no Diário Económico, a 25 de Janeiro de 2006

Papa pede cruzada mundial contra a miséria

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PAPA DENUNCIOU
OS DESEQUILÍBRIOS QUE EXISTEM
NA HUMANIDADE
Bento XVI pediu ontem aos líderes mundiais que unam seus esforços para superar os "graves desequilíbrios" do planeta, e estimulou os jovens a serem "construtores da paz".Falando após a recitação do Angelus na Praça de São Pedro, o Papa assinalou a celebração do Dia Mundial contra a Lepra, doença que é "sintoma de um mal mais grave e mais profundo: a miséria".
"Dirijo uma saudação especial aos leprosos e aos voluntários que os assistem", disse."A lepra é o sintoma de um mal mais grave e mais importante: a miséria. É por esta razão que, à semelhança dos meus predecessores, renovo o apelo aos responsáveis das nações para que unam esforços para ultrapassar os graves desequilíbrios que penalizam hoje ainda uma grande parte da humanidade", prosseguiu o Papa.
Bento XVI aproveitou também o fim de Janeiro, mês da Paz, para aconselhar os jovens a exercitarem a paz, seguindo o exemplo do seu “treinador”, Jesus, numa saudação especial aos jovens da Acção Católica de Roma.Os 5.000 jovens da Acção Católica participaram nos “Cem metros pela paz”, que iam desde o início da Via da Conciliação até à Praça de São Pedro.
O lema desta iniciativa, promovida também pelo Centro Desportivo Italiano, era “Se treinas na paz, és o atleta de que gostamos.
No final do Angelus, duas crianças da Acção Católica foram ao apartamento papal, para ir à janela juntamente com o Papa e, de lá, soltar duas pombas como símbolo de paz."Confio-vos a tarefa que propus a todos na mensagem do dia 1 de Janeiro: aprendam a dizer e fazer a verdade e transformem-se em construtores da paz", disse Bento XVI aos jovens.
O Papa lançou depois, como o fazia o seu predecessor João Paulo II, duas pombas brancas, mas uma das aves preferiu regressar ao calor e voltou a entrar pela janela aberta. "Ela preferiu ficar com o Papa, mas reencontrará a sua liberdade", gracejou Bento XVI.
Fonte: Ecclesia

PLANETA SEMELHANTE À TERRA

Astrónomos identificam
planeta com características
“semelhantes” à Terra
Um planeta extra-solar, “cujas características se assemelham” às da Terra, foi identificado a cerca de 20 mil anos-luz do centro da Via Láctea, anuncia uma equipa internacional de astrónomos num artigo da revista “Nature”. Este planeta sólido foi baptizado OGLE-2005-BLG-390Lb, avança em comunicado Jean-Philippe Beaulieu, do Instituto de Astrofísica de Paris, que coordenou os astrónomos do Probing Lensing Anomalies NETwork (PLANET).
O planeta está três vezes mais distante da sua estrela do que a Terra está do Sol, o que poderá explicar a baixa temperatura, estimada em 220 graus negativos. A sua superfície rochosa estará coberta de gelo. Apesar de ser mais frio, o planeta tem uma atmosfera muito parecida com a da Terra.
Para Pascal Fouqué, do Laboratório de Astrofísica de Toulouse e Tarbes, a temperatura “extrema” do planeta “impede, provavelmente, a emergência de uma forma de vida”.Na última década, a comunidade científica detectou mais de 160 planetas na órbita de estrelas fora do nosso sistema solar.
A maioria são planetas gigantes, formados por gás, hostis à vida como a conhecemos na Terra.Agora, esta equipa internacional – constituída por 73 cientistas de 32 institutos, de doze países – detectou um planeta que terá cinco vezes a massa da Terra, ainda assim pequeno o suficiente para ser considerado semelhante à Terra.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Eduardo Sá: Citação

"Há muita diferença grande entre temer a morte e amar a vida. Temer a morte deixa-nos em dívida com a vida. Torna-nos minúsculos. Compenenetrados dos nossos papéis.
Falsos e complicados. (...) Temer a morte deixa-nos levar pelas marés de todos os dias. Amar a vida desafia para as aproveitarmos nas rotas onde nos queremos ao leme."
Fonte: Citador

Um poema de Cesário Verde

Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

A BELEZA DA NATUREZA

NEVE NA SERRA DA ESTRELA
:: NUNCA É TARDE
PARA COMEÇAR A CONTEMPLAR
O QUE DEUS NOS OFERECEU
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Os canais televisivos mostraram ontem, durante largos minutos, o espectáculo raroa da neve a cair em grande parte do território nacional. Foram imagens dignas de ver, não só pela raridade, mas também pela alegria que proporcionou a tantos portugueses. Eu penso que a beleza da natureza não está apenas na neve que cai, mesmo que raramente. Ela está por todos os cantos, por mais recônditos que sejam, perto e longe de nós e sempre à espera de uma visita. O prazer de desfrutar as belezas naturais ainda está muito longe dos nossos hábitos. Mas nunca é tarde para começar a contemplar o que Deus nos ofereceu para nosso usufruto. F.M.

domingo, 29 de janeiro de 2006

DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE MATRIMÓNIOS

Papa quer processos de nulidade
de casamento mais rápidos O processo que estabelece a eventual nulidade do matrimónio deve decorrer em “tempo razoável”, disse hoje Bento XVI aos Juízes, Oficiais e colaboradores do Tribunal Apostólico da Rota Romana, no inicio do Ano Judicial, incitando os Juízes a conformarem-se com o critério da procura da verdade, mesmo que para as sentenças sobre os matrimónio se deva considerar um outro aspecto da questão: o seu valor pastoral.
O Papa recordou que “o processo de nulidade de casamento constitui um instrumento para acertar a verdade sobre o vínculo conjugal” e o seu objectivo não é aquele de “complicar inutilmente a vida aos fiéis nem sequer de exacerbar o litígio, mas apenas de prestar um serviço à verdade”.
“As sentenças eclesiásticas nesta matéria, incidem, de facto na possibilidade ou não de receber a Comunhão eucarística”, explicou o Papa Joseph Ratzinger, e precisamente por isso, continuou, se explica que este argumento tenha estado também presente no decorrer do último Sínodo dos Bispo, sobre a Eucaristia.
“O principio da indissolubilidade do matrimónio pertence á integridade do mistério cristão”, salientou Bento XVI , constatando que “esta verdade ás vezes se encontra obscurecida na consciência dos cristãos e das pessoas de boa vontade”.
“Precisamente por este motivo é um engano o serviço que se pode oferecer aos fiéis e conjugues não cristãos em dificuldades, reforçando neles, talvez apenas implicitamente, a tendência a esquecer a indissolubilidade da própria união”, referiu.
Desta maneira, acrescentou, “a eventual intervenção da instituição eclesial nas causas de nulidade, corre o perigo de aparecer uma simples constatação de falência”.
Fonte: Ecclesia

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Amor e liberdade
O epicurista Gassendi, gracejando, cumprimentava Descartes com a saudação "Ó Alma!" E Descartes replicava, dizendo: "Ó Carne!" Com esta alusão, o Papa Bento XVI quis acentuar, na sua primeira encíclica, sobre o amor, apresentada no Vaticano no dia 25 de Janeiro, embora com data de 25 de Dezembro, que é o homem todo enquanto pessoa e criatura unitária que ama.
Deveria, pois, ficar claro que eros - o amor ascendente, desejante e possessivo - e ágape - o amor tipicamente cristão, oblativo - nunca se separam totalmente. O homem não pode viver exclusivamente no amor oblativo, não pode limitar-se a dar sempre, deve também receber "Quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom.
"Citando também autores profanos, como Platão, Aristóteles, Virgílio, o Papa-professor sublinha a relação entre o amor e o Divino, que o eros está "enraizado na própria natureza do homem" e que, só no seu conjunto, o homem e a mulher "representam a totalidade humana".
O centro do cristianismo está nesta afirmação de São João "Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele." Aqui, encontra-se a imagem cristã de Deus e a consequente imagem do homem e do que deve ser a sua atitude e acção.
Num mundo em que o nome de Deus anda às vezes associado à vingança e até ao "dever do ódio e da violência", esta é uma mensagem essencial.
O crente ama a partir da experiência do amor de Deus, Fonte criadora de todo o ser. Deus ama com paixão, de modo totalmente gratuito, e é amor que perdoa. Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por amor na Cruz, é o amor encarnado de Deus.
(Para ler mais, clique DN)

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Autoridade
de Profeta No meio de tanto barulho e de tantas vozes, há-de surgir uma voz clara que diga verdades, que grite pela justiça, que indique caminhos incon-testáveis; que manifeste que tem autoridade.
Para os Cristãos, esse Profeta chama-se Jesus Cristo; a Sua voz sobressai a muitas outras vozes que, muitas vezes, não passam de barulho para confundir.
Nunca foi tão dificil ser profeta; particularmente ser profeta da Verdade, sem arredar pé, ainda que seja contra a força das ameaças ou da indiferença.
O Profeta não fala de si nem se adapta às situações; o Profeta corta a direito: denuncia e anuncia; ajuda a destruir o que está mal e oferece alicerces seguros para construções duradouras; o Profeta corre riscos permanentes, mas a sua força vem-lhe de Quem o chamou e enviou.
Precisamos de Profetas; não há por aí ninguém com mais autoridade que Deus; e o Profeta verdadeiro é de Deus que recebe e partilha a autoridade de anunciar a Verdade. E não há nenhuma força que tenha mais força do que Deus.
O Cristão aceitou ser Profeta; há Cristãos em todo o lado. Que nenhum se cale; nem se envergonhe; nem se intimide.
A força da Palavra vem-lhe do Seu Autor!
: In "Diálogo", 1059 - IV DOMINGO COMUM - Ano B

II CONGRESSO DA CNIS, EM FÁTIMA

Aspecto da assembleia dos congressistas
(Foto Solidariedade)
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HÁ MUITOS PORTUGUESES
QUE SE ENTREGAM, COM ENTUSIASMO,
AO SERVIÇO DOS FERIDOS DA VIDA
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Tive o privilégio de participar, como convidado, no II Congresso da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Nacional), que se realizou em Fátima no último fim-de-semana. E digo que foi um privilégio, porque tive o grato prazer de reencontrar centenas de dirigentes e funcionários das IPSS, que há muitos anos se dão, com total entrega, à causa da solidariedade social no nosso País. Quando se prega que a nossa sociedade é egoísta, onde cada um procura resolver os seus problemas, muitas vezes pisando quem encontra pela frente, é justo sublinhar o trabalho e o esforço de tantos dirigentes que vivem, no dia-a-dia, o voluntariado, sempre em favor dos feridos da vida. Foram essas pessoas, de todas as idades, que, durante dois dias, equacionaram obstáculos e formas de os ultrapassar, que trocaram experiências no sentido do enriquecimento mútuo, que encontraram outras e bem diversas realidades, que se indignaram com a lentidão com que os problemas da solidariedade social são resolvidos, com o abandono a que são votadas instituições, por parte de departamentos estatais. Foi gratificante sentir e ficar a saber que as IPSS portuguesas representam uma “expressão única na Europa”, obviamente pela positiva, que houve gente que saiu do congresso com vontade de fazer mais e melhor na luta contra pobreza, contra a marginalidade, contra as dependências e contra a solidão de tantos. Foi muito bonito ver gente jovem a dialogar com os mais velhos, uns e outros aprendendo e ensinando, numa perspectiva de criarem, nas suas instituições, alternativas a processos talvez obsoletos, ou de responderem a novos desafios que a sociedade e as pessoas vão sentindo, não raro envergonhadamente. Por tudo isso, valeu a pena ter estado dois dias com tanta gente generosa e de sorriso franco, e com muito optimismo em relação ao futuro. Fernando Martins

GOTAS DO ARCO-ÍRIS

ARCO-ÍRIS….OU…AURORA BOREAL?
Caríssimo/a:
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Era quanto bastava para nos espevitar a curiosidade e a vontade de correr para a Barra o aparecimento, lá ao longe, dos mastros dum navio que iria seguir rumo aos Bancos…Ainda no outro dia, estávamos de visita a um Amigo, quando surgiram os mastros dum cargueiro e logo:
-Onde é que podemos ir para ver o barco?
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Não admira, pois, que um livro que nos cheire seja logo requisitado para uma leitura sossegada e interrogativa. Assim com o “Creoula”. E que horas de gozo íntimo nos proporcionou. Mas não só…Ora, atenta nestes parágrafos que de lá retirei:
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«…A operação (levantar o lanço) era violenta e esgotante… as mãos maltratadas pelas picadas dos anzóis, a água salgada gelada, os sucos do peixe…
Valdemar Aveiro, em “Figuras e factos do passado”:
“Mas as mãos? Ai as mãos! Embora protegidas com luvas de lã grossas de um só dedo, de que valia isso? O aparelho de pesca tinha de ser alado das profundezas geladas, qual rosário de contas palpitantes de vida, que iam metendo dentro com a ajuda de um pequeno “bicheiro”. Logo ficavam encharcadas, a escorrer também elas um fio contínuo de baba ácida de sal, que a pouco e pouco, com o passar dos dias, ia abrindo sulcos profundos, gretas horrorosas nas mãos encortiçadas. Rosário escaldante de frio, que fazia cair em crostas grossas a pele dessas mãos que não desistiam de rezar, mas onde eram apenas contemplados os mistérios dolorosos! Quantas vezes, de tão engrunhidas, mal conseguiam apertar as nepas de borracha, tornando-se a operação de meter dentro o aparelho, um lento e longo suplício!”» [pág. 25]
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E logo a seguir:
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«O dia de trabalho pesava, com doze ou mais horas de pesca e seis ou sete a processar o peixe. Se tudo corresse regularmente, restavam quatro a cinco horas para comer e descansar. E só depois de tudo arrumado se despiam as roupas oleadas e se adoçavam as mãos, a cara e o pescoço com a medida de três quartos de litro de água doce distribuída pelo cozinheiro.O piloto ministrava então os curativos: soluto de sulfato de cobre para as “bexigosas” dos pulsos provocadas pelo roçar do oleado. Para picadas de anzóis, amoníaco que queima os tecidos. Para as gretas dos dedos, fios de lã empapados em sebo de Holanda, que servia para untar as botas de cabedal.
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A água doce era muito racionada. Depois da escala, havia a distribuição da ração de água, mas em certas ocasiões até essa ficava comprometida.
“A gente tinha as mãos cheias de feridas, dos anzóis e das lulas… fazia ferida nas mãos e a gente se queria adoçar as mãos com uma pinga de água doce ia lá abaixo ao rancho, agarrava no bule, enchia a boca com água e vinha com a boca cheia de água. Chegávamos cá acima e começávamos a botar nas mãos, lavar as mãos com água da boca, para adoçar a mãos… adoçar as feridas…”» [pág. 30]
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Talvez agora se compreenda a razão por que, quando o como mais ou menos regado com azeite, o bacalhau teima em não querer seguir viagem!...
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E hoje a minha saudação muito especial vai para esses heróis desconhecidos que, muitas vezes, com o arco-íris no coração, terão contemplado a aurora boreal!
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Manuel

sábado, 28 de janeiro de 2006

LEITURA PARA MOÇAMBIQUE

EX-COMBATENTES DE ÍLHAVO
EM MOÇAMBIQUE Um Grupo de Ex-Combatentes (Utramar) residentes no Concelho de Ílhavo vai realizar uma viagem a Moçambique com o objectivo de conhecer as realidades daquele país e ali encontrar-se oficialmente com os respectivos Governadores locais. Esta iniciativa contempla a oferta de livros ou material de escritório para as respectivas escolas e/ou bibliotecas. É neste contexto que Fernando Gomes (Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro) e José Manuel (Presidente do Grupo Desportivo da Gafanha), como participantes activos deste grupo tomaram a liberdade de solicitar à APA a amável colaboração nesta pequena iniciativa. Assim, solicita-se a todos os colegas que tenham material escolar ou livros de que já não necessitem que os destinem a esta bonita acção: “Leitura para Moçambique”.Há recipientes na SEDE e no Terminal Norte para que possam proceder ao respectivo depósito, até 31 de Janeiro.
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Fonte: "Site" do Porto de Aveiro