segunda-feira, 31 de outubro de 2005

PORTUGUESES MAIS PESSIMISTAS

Sondagem revela que portugueses estão mais pessimistas
A confiança dos portugueses na situação económica pessoal e do país para 2006 está no nível mais baixo dos últimos dois anos, segundo o Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF, divulgado esta segunda-feira. Invertendo a tendência de subida registada em Setembro, o estudo de opinião relativo a Outubro mostra que 56,8% dos inquiridos acha que a situação económica do país vai estar pior no próximo ano, contra 14,6% que considera que ela vai melhorar. Para 23,7% a economia do país vai ficar na mesma no período que se prolonga até ao próximo ano. Em termos de finanças pessoais e familiares, o pessimismo ainda é maior, com 58,2% a considerar que a situação vai estar pior durante o próximo ano. Pelo contrário, 10,3% dos inquiridos acha que vai estar melhor em 2007, enquanto para 23,7% não vai haver alteração. O Barómetro de Outubro da Marktest para o DN e TSF foi realizado entre 18 e 21 de Outubro, com 805 entrevistas, sendo de 3,45% a margem de erro.

Não há Vida Boa sem Autodomínio

O HOMEM FAZ-SE OU DESFAZ-SE A SI MESMO
O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo. O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro. Consegue-o canalizando os seus impulsos físicos para conseguir realizações espirituais. Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos físicos sempre que os sente. Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos. Ninguém se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia. Os homens insignificantes fazem o que querem - e tornam-se nuns Zés-Ninguém. Os grandes submetem-se às leis que regem o sector em que são grandes.
O autodomínio é sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da vida. O autodomínio é a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem. O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade de autodomínio escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomínio; sem ele a vida é inconcebível. A vitória mais importante e mais nobre do homem é a conquista de si mesmo.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'

FILARMONIA DAS BEIRAS ENCERRA FESTIVAIS DE OUTONO

Sábado, 5 de Novembro, 21.30 horas, Teatro Aveirense Esta semana chega ao fim os «Festivais de Outono». Para além de três recitais de canto e piano e um de música ibérica, poderá ainda assistir ao Concerto de encerramento, no próximo Sábado, 5 de Novembro, no qual a Orquestra Filarmonia das Beiras apresentará mais um dos seus fabulosos espectáculos, desta vez acompanhada pelo Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia e por Valerian Shiukaschvili, o vencedor do 1º Prémio da 1ª edição do Concurso Internacional de Piano «Helena Sá e Costa» em 2004. Iniciativa da Universidade de Aveiro e da Fundação João Jacinto de Magalhães, com o apoio da Câmara Municipal e do Teatro Aveirense, os Festivais de Outono estão a inundar Aveiro com uma série de concertos de diferentes géneros, épocas e estilos musicais e juntar artistas de grande relevo nacional e internacional.

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

INDEPENDÊNCIA
As greves dos juízes e magistrados deram que falar, mas não tiveram grande importância. Primeiro porque, como notou há tempos Miguel Sousa Tavares, são irrelevantes alguns dias perdidos numa justiça que demora eternidades a dar qualquer passo. Depois, porque as greves não abalaram o prestígio da justiça portuguesa, pelo simples facto de que esse prestígio já não existe.
As greves foram estimuladas pelo primeiro-ministro, quando demagogicamente anunciou, logo no discurso de posse, a redução das férias judiciais. A coisa foi apresentada como se os profissionais da justiça gozassem dois meses de férias, quando se tratava de os tribunais fecharem dois meses. Os juízes e magistrados que trabalham no duro ficaram indignados. A partir daí, a questão situou-se no mero plano sindical. Apesar do estado lamentável em que se encontra a justiça em Portugal, não se viu grande preocupação dos grevistas em melhorá-la. Pior ouviram-se vozes bramando estar ameaçada a independência dos tribunais.
Decerto que a independência judicial é um valor básico do Estado de direito. Mas, por cá, ela tem significado sobretudo a autogestão pelas corporações do sector, cómoda para o poder político. O resultado está à vista - e, assim, o cidadão não tem a quem pedir contas pelo péssimo funcionamento da justiça. Por isso é positivo que se vá cumprir finalmente o preceito constitucional que atribui aos órgãos de soberania a definição da política criminal. Ao Ministério Público cabe participar na execução dessa política, não defini-la. Não chega, porém. O poder político precisa de ter uma intervenção mais activa na organização do sector. Para que a justiça portuguesa não continue a absorver meios humanos e financeiros acima da média europeia, sem lograr um mínimo aceitável de eficácia.

MAIS DE 234 MIL DOENTES EM LISTA DE ESPERA PARA CIRURGIA

Número continua a subir O número de doentes que esperam por uma cirurgia continua a subir, com os últimos dados do Ministério da Saúde a indicarem que mais de 234 mil portugueses estão nesta situação, dos quais 7785 não têm resposta nos hospitais públicos. Em entrevista à Lusa, o coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), Pedro Gomes, justificou que o elevado número de doentes em lista de espera resulta da entrada em funcionamento do SIGIC, que abrange todo o país desde o início de Outubro."Quando se cria um sistema deste género, começa por haver um aumento de doentes que, à partida, não se sabia que estavam em espera", argumentou.
Dado que o SIGIC permitiu criar "mecanismos que obrigam os hospitais a registarem" as pessoas com indicação para cirurgia, "o que dantes não era efectuado de uma forma exaustiva", é expectável que cresça o número de doentes, afirmou o coordenador.
Criado pelo anterior ministro da Saúde Luís Filipe Pereira, o SIGIC entrou em funcionamento no final de 2004 a título experimental nas regiões do Alentejo e do Algarve, tendo vindo a ser alargado ao resto do país.A região centro foi a última a ser abrangida pelo SIGIC e, dado que têm surgido algumas dificuldades na integração técnica dos sistemas informáticos de alguns hospitais com este sistema de gestão das listas de espera, o número actual de portugueses identificados como aguardando por uma cirurgia é de 168.471.
Porém, Pedro Gomes estima que, incluindo os doentes dos hospitais que falta integrar tecnicamente no SIGIC, como é o caso dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o número real de utentes em espera seja de 234.463.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Uma reflexão de Alexandre Cruz, do CUFC

Uma carta para a humildade Porque falas tão duro na Tua palavra de hoje, Senhor? Porque te indignas de maneira tão forte na Tua crítica? Que se passa para que insistas em não seres conformista, porque Te mexes tanto derrubando a passividade humana, enchendo-nos de inquietação com a Tua inquietude em postura que tão fortemente desinstala todo o mau hábito humano?!... Vendo mais fundo, lendo com olhos de ver, tens toda a razão. Era preciso ir até ao fim, chamar as coisas pelos nomes, retirar da “cadeira de Moisés” o espírito farisaico, a sua visão de Deus e do Homem. Apagar essa ‘ideia-prática’ imatura, tão desigual, turba, paralisante. Vieste até nós para recompor pela justiça o que o mundo nas suas sociedades não conseguia e não consegue. Queres purificar o autêntico Rosto de Deus (que és), queres sentar na cadeira importante os que mais sofrem, deitando por terra aqueles iludidos que, com os pés do barro da vaidade, julga(va)m-se importantes e gosta(va)m de ser tratados acima da sua própria verdade. Enche-nos de comoção, depois de tudo, a Tua insistência renovada de que “somos irmãos” e que a vida só tem significado quando tudo o que se pensa e faz é pelo serviço ao bem comum. Dizes-nos que a “prova dos 9” dos grandes sonhos e causas é a total dedicação amorosa a este mundo, onde todos somos importantes do mesmo modo e “tudo” terá de ser responsabilidade e serviço. Não nos retiras do mundo, antes pelo contrário, queres que no mundo sejamos Teu sinal… Pelo caminho do Teu exemplo e seguimento apercebemo-nos de que temos de ser servos de todos, pois todas as exaltações de poder e vanglória das coisas do mundo cairão em humilhação perdedora… Obrigado, Senhor, por nos chamares à Tua Verdade e nos fortaleceres com a Tua humilde coragem, sendo sempre mais simples ‘cientistas’ e instrumentos da Civilização do (Divino) Amor! Como um dia partilhaste connosco, será pelo poder da simplicidade e humildade que possuiremos a terra! Nessa pureza é que veremos a Deus. É por aqui!...

domingo, 30 de outubro de 2005

Um texto de Santo Agostinho

Posted by Picasa SOIS GRANDE, SENHOR
“Sois grande, Senhor, e infinitamente digno de ser louvado. É grande o vosso poder e incomensurável a vossa sabedoria. O homem, fragmentozinho da criação, quer louvar-Vos; – o homem que publica a sua mortalidade, arrastando o testemunho do seu pecado e a prova de que Vós resistis aos soberbos. Todavia, esse homem, particulazinha da criação, deseja louvar-Vos. Vós o incitais a que se deleite nos vossos louvores, porque nos criastes para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós.”
In Confissões