quinta-feira, 30 de junho de 2005

OCPM propõe presidência aberta sobre a emigração

Comunidades portuguesas no mundo estão esquecidas
A Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) defendeu no Plenário Mundial do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) que o presidente da República deveria promover, no nosso país, uma "presidência aberta" sobre a emigração.
“Temos de voltar a pôr a emigração no centro das preocupações”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Rui Pedro, director da OCPM. A iniciativa defendida poderia ajudar, do seu ponto de vista, a superar “uma visão administrativa da emigração, que precisa de ser substituída por uma visão social”.
“É fundamental mudar o olhar sobre a emigração: discutir as causas da partida, que forçam as pessoas a sair do país; olhar para os emigrantes como agentes do desenvolvimento local; trazê-los de volta ao nosso pensamento e ao modo de nos entendermos como Nação”, aponta.
Outra das iniciativas defendidas no encontro com o CCP foi a criação de um “Observatório para a Emigração”, que ajuda a obter dados concretos sobre os portugueses espalhados pelo mundo e promova uma “reconceptualização” da condição migrante.
Estas ideias estão intimamente ligadas às conclusões do I Encontro Mundial das Comunidades Portuguesas, promovido de 29 a 31 de Março passado no Porto pela Comissão Episcopal de Migrações e Turismo, com o apoio da Obra Católica Portuguesa de Migrações e o Secretariado Diocesano da Pastoral de Migrações, subordinado ao tema “Ousar a Memória – Fortalecer a Cidadania”.
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Presidente Sampaio. Exemplo de optimismo

Posted by Hello O País precisa, urgentemente, de gente de sucesso
O Presidente Jorge Sampaio continua a ser, para todos nós, um exemplo de optimismo, pela sua salutar teimosia em nos mostrar a vida pela positiva. Na passada semana andou pelo Distrito de Aveiro, sobretudo para salientar que há empresas e empresários de sucesso, que os temos, felizmente.
Numa altura em que prolifera o pessimismo e o derrotismo, com Velhos do Restelo a pregarem, em altos gritos, que tudo está perdido e que a nossa independência corre o risco de desaparecer, o Presidente Sampaio veio chamar a atenção dos portugueses para a necessidade de todos darmos as mãos, no sentido de se buscar, com afinco, o sucesso de que o País precisa, urgentemente.
As suas palavras, sempre estimulantes para uns, e provocadoras para outros, valorizaram a iniciativa privada e apelaram a todos os parceiros sociais e empresariais, bem como aos organismos estatais, para que apoiem e dinamizem novos projectos, até porque o desemprego poderá ser um drama terrível dos próximos tempos.
Sampaio falou de cooperação, dos riscos empresariais que urge correr, da inovação que tem de ser implementada nos mais diversos quadrantes, dos desafios da competitividade e da produtividade que têm de ser corajosamente enfrentados, e do optimismo que deve marcar os nossos quotidianos.
Oxalá toda a gente o oiça e siga.
F.M:

FESTA NO CUFC

A alegria é muito bonita


Boa disposição no CUFC
Participei, ontem, na festa de final de ano, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), que contou com a participação de estudantes e de responsáveis pela Pastoral Universitária. Vimos universitários ligados a Movimentos eclesiais, Voluntariado (nas mais diversas vertentes), e outros  envolvidos em cursos que vão acontecendo, durante o ano, no CUFC. 
Depois de uma Eucaristia de acção de graças, presidida pelo padre Alexandre Cruz, dinâmico responsável pela vida daquela instituição da Igreja Católica vocacionada e aberta à Pastoral Universitária, em permanente animação do diálogo entre fé e cultura, não faltou o convívio, ao jeito de festa popular, com sardinhada, fêveras, boroa, vinho, sumos e doces, tudo acompanhado com música que abanava os corpos e fazia esquecer, por momentos, as angústias dos exames em curso. Bastante bonito foi sentir que, apesar de alguns pensarem que os jovens são pouco dados ao espírito, muitos pararam, na lufa-lufa da vida académica, para dar graças a Deus pelos dons que d’Ele receberam, pelos frutos alcançados, pelos pais e professores que os ajudaram, pelas amizades conquistadas. 
E para o ano, com a abertura das aulas, a vida continuará, num misto de trabalho, de procura de formação permanente, em todas as frentes, académicas, culturais, recreativas, sociais e espirituais. 

F. M.

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Dez minutos por dia
Há sete ou oito anos li as conclusões de um estudo feito por investigadores americanos sobre a quantidade de tempo que os pais (homens) passavam com os seus filhos e fiquei impressionada. Qualquer coisa como vinte minutos por mês.
Quase o mesmo tempo que demoram a atar os sapatos e a fazer o nó da gravata, se o tempo que gastam com estes gestos banais também fosse contabilizado e somado em cada mês.O estudo vinha a propósito de um outro estudo feito por neuro-cientistas, que provavam que os três primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento integral das crianças e, que nestes anos-chave a proximidade do pai é essencial.
Dos três primeiros anos, o mais importante é o primeiro e, deste, os meses mais decisivos são os três primeiros. Ou seja, tudo aquilo que conseguirmos investir num bebé nos primeiros meses de vida é um investimento mais que seguro. Em termos de desenvolvimento afectivo e neurológico, leia-se.
Na realidade muitos pais e mães ainda desconhecem esta verdade científica sobre a importância e o valor dos três primeios anos (e dos três primeiros meses!)e desperdiçam esta oportunidade de ouro para potenciar os talentos dos seus filhos.Mário Cordeiro, pediatra, disse, recentemente, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados, se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa, para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durantes dez minutos.
(Para ler o artigo na íntegra, clique aqui)

SANTA JOANA: Jogos Amizade

Integrado nas comemorações dos 20 Anos da Freguesia de Santa Joana, o Conselho de Juventude de Santa Joana, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Joana, vai organizar, nos próximos dias 1 e 2 de Julho de 2005, uma actividade denominada “Jogos Amizade – Jogos sem fronteiras... em Santa Joana”.
Esta iniciativa tem como principal objectivo promover o espírito de amizade e sã convivência, nunca descurando o aspecto competitivo que este tipo de jogos estimula. Os referidos jogos terão início, em ambos os dias, por volta das 21 horas a está previsto que terminem depois da meia-noite.
No primeiro dia haverá cinco jogos para todas as equipas e, no segundo, quatro jogos, incluindo uma prova de cultura. O encerramento dos jogos, no dia 2 de Julho, será realizado com a actuação do grupo Polk, constituído por jovens da Freguesia de Santa Joana, que irão apresentar um trabalho denominado "Tu hás-de ver - Tributo aos Quadrilha".
Haverá prémios de presença para todas as equipas participantes, que serão entregues durante o espectáculo final.

Um artigo de D. António Marcelino

Um homem novo, mais humanizado e feliz
Não sou, por temperamento, nada pessimista e muito menos apocalíptico. Mas, quando se respira o ar que temos à nossa volta e sentimos, por perto, a vida e a contra vida que nos cerca, não podemos ficar indiferentes, pensando, ingenuamente, que tudo passa depressa e não se deve perder tempo com os ambientes sociais poluídos.
Tenho presente a palavra de um homem atento à vida da sociedade, à missão da Igreja e às correntes de pensamento e de acção que as vão tocando e desafiando. Para além da clarividência de pensamento humanista, está a visão antecipada do profeta, que anota e previne. Refiro-me a Paulo VI que, em 1975, disse aos cristãos, num documento importante sobre a Evangelização, estas palavras: “Perante os estratos da humanidade que se transformam, o mais importante para a Igreja é chegar a atingir e como que a modificar, pela força do Evangelho, os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.”(EN 19)
Respeito quem concebe a vida alheia a valores espirituais e morais, nega Deus, e decide viver à revelia da tradição religiosa e da cultura. Mas não fico indiferente, quando esta atitude se torna militante e pretende fazer esquecer o nosso património cultural e religioso, impondo caminhos morais que nada têm a ver connosco, por se vazarem à margem da transcendência, e modelos de vida inspirados num laicismo sem alma.
Nunca se viu, nem se verá, gente que matou Deus no seu coração e pretende apagá-lo das consciências e das páginas da história e da vida, por inútil e desnecessário, a ficar, por este motivo e ao mesmo tempo, com mais capacidade para criar um homem novo, mais humanizado e mais feliz. A história passada e recente, que uns esquecem depressa e outros não lhe toparam os horizontes, mostra esta impossibilidade, com muitas marcas de sangue e de destruição, que atingiram e arruinaram pessoas e povos.
Estamos perante uma militância ateia e laica que, embora pouco numerosa, denuncia, ameaça, persegue e ressuscita fantasmas, arvorando-se em juiz, sem apelo, das pessoas e instituições, mestra única da pátria, tentando impor os campos do bem e do mal.
O que está a acontecer entre nós, em aspectos tão diversos como a educação, os costumes, os comportamentos públicos, a contestação da autoridade, gerando novos e excêntricos modelos de família e de vida, arbitrariedades sem freio, sanha anti-religiosa, obedece a projectos organizados, que ridicularizam os valores, envenenam as fontes onde se inspiram os critérios e os modelos de vida mais sãos, matam as referências da dignificação e humanização, de que a sociedade está cada vez mais carecida.
É verdade que, mesmo tendo nós valores assumidos, nem sempre conseguimos ser-lhes totalmente fiéis. Mas uma coisa é ter uma luz que ilumina o caminho a quem se perdeu na noite da aventura, da fraqueza ou da negligência, outra, bem diferente, é apagar essa luz, porque o vazio interior dispensa ajudas de fora, e a linha que demarca o bem e o mal se eliminou, porque é incómoda, mutiladora da liberdade e cheira a controlo moral e religioso.
O homem novo, humanizado e feliz, não dispensa a luz do alto, os valores que dão sentido à vida, a verdade que liberta interiormente; não dispensa Deus e quanto Ele significa, exprime e alimenta; não dispensa os outros, mão estendida que ajuda e é ajudada; não dispensa o amor, frente à intolerância, ressentimento, indiferença e ódio; não dispensa uma visão respeitosa da vida e das pessoas que a respeitam, como dom inestimável; não dispensa os gestos que acordam os bons sentimentos. O homem novo é sempre um homem vivo, que se alimenta da verdade que não muda nem morre.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Bispos Portugueses pronunciam-se sobre a crise financeira em Portugal

Um olhar de responsabilidade e de esperança sobre a crise financeira do país
1. As medidas anunciadas pelo Governo da Nação, em ordem a resolver o problema do défice das contas públicas do Estado, originam um período de austeridade e exigência, geram contestação social, suscitam visões particularistas de pessoas e grupos na defesa dos próprios interesses, ameaçam penalizar ainda mais aqueles que já são mais sacrificados, pela situação de pobreza ou de falta de trabalho, pela doença e pela desajustada carga fiscal.
Não compete aos bispos pronunciar-se sobre questões técnicas de política económico-financeira. Mas porque se trata de um problema grave que afecta toda a comunidade nacional, que condiciona o presente e compromete o futuro, de incontornáveis dimensões éticas, parece-nos oportuno relembrar alguns aspectos da doutrina social da Igreja, que devem inspirar o comportamento dos cristãos e de quantos procuram o melhor para o país.
2. Antes de mais parece-nos claro que estamos num momento em que é preciso realçar as exigências do bem comum, isto é, a prevalência do bem de toda a colectividade sobre interesses pessoais ou corporativos. A busca do bem comum supõe lucidez de discernimento e generosidade de comportamentos. Essa salvaguarda do bem comum sublinha a responsabilidade de todos, na consciência de que a harmonia da sociedade será irremediavelmente comprometida pela defesa de interesses particularistas.
As soluções encontradas e propostas têm de ser globais e não particulares, privilegiando aquelas que não se limitam a resolver aspectos imediatos do problema, mas são portadoras de solução a médio e longo prazo, como o são, por exemplo, o investimento na inovação tecnológica, uma economia geradora de emprego, uma educação para a liberdade responsável, a análise aprofundada das causas da pobreza e a responsabilização social. O contributo de todos para o desenvolvimento colectivo, faz de cada cidadão protagonista das soluções, quer pagando os impostos justamente distribuídos, quer empenhando-se criativa e solidariamente no implementar de soluções.
(Para ler toda a Nota Pastoral, clique aqui)

Ouvir e ler na Rádio Renascença

Aborto: Entre a "falta de política de família" e a "trapalhada"
A intenção do Governo de marcar o referendo sobre a despenalização do aborto para o final do ano continua a suscitar críticas, nomeadamente da ex-Coordenadora Nacional para os Assuntos da Família.
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João Paulo II a caminho dos altares

Posted by Hello Fama de santidade chega a todo o mundo
A Diocese de Roma abriu ontem oficialmente o processo de beatificação e canonização de João Paulo II, menos de três meses depois da morte do Papa polaco, um dos mais carismáticos Bispos de Roma, na história da Igreja. Na cerimónia, que decorreu na Basílica de São João de Latrão, o Cardeal Camillo Ruini, vigário do Papa para a Diocese de Roma e presidente do tribunal diocesano encarregado de instruir o processo, desejou que o percurso seja rápido.“Pedimos ao Senhor, de todo o coração, que a causa de beatificação e de canonização que começou esta tarde possa chegar rapidamente ao seu termo”, declarou o Cardeal Ruini, perante milhares de fiéis reunidos no interior e no exterior da Catedral.
No seu discurso, o Vigário de Roma assegurou ainda que é “unânime e universal o convencimento da santidade” do Papa falecido.
O Cardeal sintetizou o legado de João Paulo II através do “seu amor pela humanidade, que o levou a uma obra incansável para evitar as guerras e restabelecer a paz; para assegurar aos povos mais pobres, aos últimos da terra, uma esperança de vida e de desenvolvimento; para defender a dignidade da pessoa, desde a sua concepção até à morte natural”.
O homem da confiança de João Paulo II para a Diocese de Roma destacou o impacto que a II Guerra Mundial teve na vida do Papa polaco, bem como os duros anos do comunismo na Polónia e os ensinamentos de São João da Cruz e Santa Teresa de Jesus.
O Cardeal Ruini precisou que, até ao último momento da sua vida, as suas dores foram um testemunho para a humanidade sobre o significado cristão do sofrimento e a morte. “Por isso, os dias das suas exéquias foram, para Roma e para o mundo, dias de extraordinária unidade, de reconciliação, de abertura da alma a Deus”, acrescentou.
A cerimónia de abertura do processo começou com a recitação das I Vésperas da festividade de São Pedro e São Paulo, Padroeiros de Roma, que se celebra hoje, seguido pelo juramento em latim do Cardeal Ruini, os juizes do tribunal e os notários. Depois, o postulador da causa, o padre polaco Slawomir Oder, apresentou os papéis que o creditam como tal, os documentos que já recolheu sobre a figura do defunto Papa e a lista das pessoas que terá de interrogar.
O processo de beatificação foi inaugurada na Catedral de Roma e não no Vaticano, porque o Papa era Bispo de Roma. O Tribunal diocesano de Roma é responsável pela primeira fase do processo (análise da vida e dos escritos do Servo de Deus, audiência às testemunhas). Se o veredicto for positivo, o sumário passará à Congregação para as Causas dos Santos, onde, depois de um novo exame do material relativo à causa, se analisarão com a ajuda de médicos e peritos os favores extraordinários que poderiam ser milagres. Depois da certificação de um milagre, o Papa pode dispor desta beatificação. O sítio oficial da causa de beatificação de João Paulo II é www.JohnPaulIIBeatification.org.
O postulador da causa, Pe. Slawomir Oder, explicou que brevemente essa página "oferecerá espaço aos testemunhos sobre as graças recebidas, os encontros pessoais com João Paulo II, bem como informação sobre as iniciativas dos fiéis para apoiar no mundo todo a causa de beatificação". Mais de cem testemunhas de todo o mundo constam do elenco que fará parte do processo diocesano sobre a vida, virtudes e fama de santidade do "Servo de Deus", o primeiro grau da beatificação de João Paulo II. "No momento é imprevisível saber quanto vai durar o processo. Só depois de nomeado o Colégio dos Teólogos Censores, que deverá examinar e analisar os escritos de João Paulo II. Se estes estiverem de acordo com a doutrina, seguem-se as audições das testemunhas em todo o mundo. São tantas e é possível que aumentem, é preciso decidir ainda qual a técnica jurídica para recolher esses testemunhos", declarou o Pe. Oder.
Fonte: Agência ECCLESIA

Outro poema inédito de Ruy Cinatti

OS NOMES DE DEUS Repetindo Teu nome, Deus sagrado, não me canso de O disfarçar nas árvores, animais, no barro de que sou feito para glória Tua. Qual o denominador que nos socorre? Mas qual a oculta glória deste suor que me inunda? NB: Edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

BOAS FÉRIAS - 1

Posted by Hello A Serra do Caramulo pode ser uma boa opção para levar um amigo que nunca viajou O Prazer de conviver
Com o corre-corre da vida, nem sempre temos tempo para conviver. Bem nos lembramos disso, mas vamos adiando o encontro sempre agradável com familiares e amigos, para momento mais tranquilo. Esse momento, se pensarmos com calma, pode ser nas férias. Porém, nem nessa altura conseguimos olhar para o lado para descobrir quem precisa da nossa atenção. Façamos, então, o propósito de nas próximas férias dedicarmos algum do nosso tempo aos familiares e amigos, para pormos em dia a conversa interrompida talvez há anos. Sem pressas, mais com a preocupação de escutarmos os outros, falemos de coisas agradáveis, recusemos a maledicência e apostemos no positivo. Olhemos para eles como gente que é capaz de partilhar connosco ideias que contribuam para um mundo melhor. Recordemos vivências experimentadas em comum, na certeza de que lembrar o passado pode ser reviver. Procuremos amigos isolados na sua solidão, talvez doentes e acamados, talvez esquecidos, talvez marginalizados e à espera de alguém que os oiça. Se isso acontecer, saibamos escutá-los generosamente para, a partir daí, conseguirmos recriar amizades que nos ajudem a ser mais fraternos. As férias não podem ser somente um espaço de tempo exclusivamente para nós. É fundamental que nos saibamos dar aos outros para um dia também recebermos, decerto em duplicado. Penso que temos a obrigação de oferecer um sabor especial ao mundo, de beleza, de bondade, de fraternidade e de paz, porque só assim chegaremos a uma sociedade mais solidária. Saibamos, então, aproveitar todas as oportunidades para conversar, deixando fluir em nós critérios pela positiva, com toda a serenidade, compreensão e disponibilidade, porque é preciso reconquistar o tempo perdido com a vida cheia de futilidades, tantas vezes. Fernando Martins

Recordando Ferreira de Castro

Posted by Hello O autor de A SELVA faleceu há 31 anos
José Maria Ferreira de Castro, mais conhecido como Ferreira de Castro, nasceu a 24 de Maio de 1898, em Salgueiros, freguesia de Ossela, Oliveira de Azeméis, e faleceu no Porto, em 29 de Junho de 1974. Talvez com a alegria de ter vivido a Revolução dos Cravos, por que tanta ansiara. Órfão de pai aos 8 anos, aos 12 vê-se obrigado a emigrar para o Brasil, onde trabalhou num seringal, no interior da Amazónia, período que evoca, com cruel mas autêntico realismo, no seu mais apreciado romance, que foi e é A Selva. Quatro anos depois de viver nesse ambiente de inclemente semiescravatura, regressa a Belém do Pará, e ali vive pobremente. Em 1917, com apenas 19 anos, funda, com o seu amigo e compatriota João Pinto Monteiro, o semanário PORTUGAL, ao mesmo tempo que se entrega a uma intensa actividade literária e jornalística. Em Setembro de 1919 volta a Portugal, para se impor como romancista, sendo considerado, com o seu romance Emigrantes (1928), um precursor do neo-realismo. Depois, escreveu A Selva (1930), Eternidade (1933), Terra Fria (1934), A Tempestade (1940), a Lã e a Neve (1947), A Curva da Estrada (1950), a Missão (1954), o Instinto Supremo (1968) e Os Fragmentos (obra póstuma), entre outros trabalhos. Fernando Martins Uma página de Ferreira de Castro “Não levava já a ânsia de volver, como há nove anos, quando partira para o Brasil; desejava apenas ocultar em Lisboa a sua miséria e que nunca mais se lembrassem dele, que o esquecessem para sempre. A camioneta passou rente ao palacete do Nunes, que emanava para a estrada perfume intenso de rosas; parou junto à porta do Tavares, pela mala do correio, obrigando-o a dizer lá para dentro, com máscara improvisada, que talvez voltasse brevemente, que ia gozar uns dias a Lisboa e depois se estabeleceria lá ou regressaria, conforme resolvesse… Retomada a marcha e aliviado da obrigação de mentir, espraiou os olhos, em derradeiro adeus, pela freguesia. Veio-lhe, então, um desejo enorme de chorar – de chorar a sua vida inutilizada, o passado que não volveria, as ilusões que fora abandonando ao longo da áspera jornada. Sentia agora o irremediável, o tempo perdido, os anos em que se esgotara, avelhentando-se, correndo, correndo, atrás da quimera fugidia. A camioneta rodava velozmente, levando-o para o esquecimento, roubando-o à sua vida de fecundador da terra, para entregar, indefeso, vencido, a uma outra vida que era ainda, para ele, um enigma. Tudo passava lesto; tudo, casais, árvores e caminhos, se confundia, humildemente, na mansidão bucólica da tarde. De altivo, berrante, orgulhoso, só o palacete do Nunes, que enriquecera sem ir a nenhum país da América – que enriquecera com os que tinham ido e por lá ficaram, entregues aos acasos da sorte, ou haviam regressado pobres, desiludidos e gastos como o Manuel da Bouça!” (Últimos parágrafos do romance EMIGRANTES)

terça-feira, 28 de junho de 2005

Um artigo de Alexandre Cruz, do CUFC

Univer(sal)idades
Um farol de referência 1. O farol da Barra recebe visitas (informações 234 397 230). Visitas organizadas, individuais ou colectivas. Com a imponência dos seus 62 metros de altura, o nosso, faz a diferença entre os 50 faróis em território nacional. Este museu vivo da história da navegação, farol das gentes aveirenses, relembra as histórias do século XVIII, época dos primeiros faróis nacionais. Mas foi por fins do século XIX, ano de 1893, que este ponto de referência da aproximação à costa teve a sua conclusão. É o mais alto de Portugal, com um alcance de 20 milhas do sinal luminoso. Do seu topo, depois de subir os cerca de 300 degraus, avistam-se os braços da Ria, o encanto da imensidão do mar, o dourado sol que tanto nos contagia… Podem existir todos os sistemas modernos de proximidade, o radar, GPS,…mas o farol é o farol da Barra de Aveiro! Está sempre ali a comunicar novos horizontes ao Portugal que precisa de subir a confiança! 2. Temos vivido dias desastrosos. Não vamos falar do preço do barril do petróleo e suas implicações da nossa debilidade económica com efeitos em mais debilidade social. Referimo-nos a acidentes que, sendo evitáveis alguns deles, vão assinalando o panorama noticioso. Também não falamos de questões orçamentais mal rectificadas, números gigantes que perturbam a condução da vida de cada vez mais famílias portuguesas. Referimo-nos às condições habituais que, dia-a-dia, como que sem dar por isso, o viver em perigo já se tornara rotina até ao dia em que a tragédia acontece. Os maus hábitos daquele “vai-se andando” nacional em que… Avioneta a colidir com carro em pista de aterragem onde há mais de setenta anos passa estrada de automóveis (caso Espinho)?! Ponte de estrada entre Penacova e Coimbra, onde após detectadas graves lacunas há um ano, põe-se uns andaimes, um sinal de proibição de mais de 10 toneladas e… todos os dias passam carros, autocarros, camiões… até ao dia em que…e passado dois meses da tragédia então já haverá nova ponte?! E para ajudar à festa, depois, nas horas da tormenta e de apurar responsabilidades, o “lavar das mãos” até à culpa que morre solteira que cria predisposição para um “ir andando” até esquecer o caso…é processo normal a seguir. Somos mesmo assim!? Está no nosso código genético este “desenrasca” que faz de nós na Europa, incomparavelmente, por exemplo, o país com mais acidentes de trabalho? Será talvez preciso implementar um estilo cultural onde cada cidadão re-pare na estrada, semáforo, ponte, aeroporto,…até ao mais simples papel do chão que terá de ser ecologicamente apanhado para construir e viver o gosto de fazer da vida social a casa de cada um. É preciso acreditar, a educação é o precioso tesouro!

Portugal precisa de um farol

3. Pontualidade. Há dias um cidadão comum partilhava em jornal nacional o tempo perdido em tribunal de justiça, e faz a clara apologia da pontualidade. Dirá o actor cómico que estamos habituados, sempre foi assim, em diversos sítios! Esta será matéria que exigirá sempre muita sensibilidade e tolerância para compreender, mas ao mesmo tempo toda a determinação para todos constatarmos que em Portugal (porventura) já perdemos muito tempo num vaguear cultural do “pr’á’qui’stamos!” Se tempo é oportunidades e possibilidades (não dizemos “time is Money”, pois isso seria a visão economicista que é sempre menor), quantas nos terão fugido pelo arrastar, atrasado, sem motivação? Para que o comboio não passe e nós a ficarmos em terra, a apologia do rigor na pontualidade talvez seja oportuníssimo desafio cívico…. São as pequenas coisas que constroem a vida! Até porque pontualidade é motivação! Se a crise (de que importa falar só “qb” para que as pessoas todos os dias se levantarem com uma luz de esperança) tem sido nossa companhia de anos a fio, em que nos perguntávamos “como vamos sair desta”, talvez este seja mesmo o tempo de sabermos criar o (humilde) consenso em matérias fundantes de um país. Não haverá incentivos de inovação ou tecnologias que resistam sem alicerces estruturais e reformistas que consigam criar noções de sustentabilidade à distância de 20 anos. O nosso problema não serão os casos isolados, pois aí temos grandes génios, algumas empresas, o problema é o todo, a massa colectiva, os elos comuns inexistentes. Talvez, com um farol de referência colectivo, a motivação seja capaz de afastar o pessimismo, transformado em conceito de “depressão” pela comunicação social (logo um passo fundamental será começando por falar menos deste sentido negativo, até evitando sondagens desta ordem). Que queremos para o futuro? Como lá chegar? Se o caminho é sofrido (como a exigência dos degraus para chegar ao topo do farol da Barra), o que importa é saber que a paisagem será melhor! Que o caminho duro que Portugal terá de atravessar não seja, isso sim, sofrer por sofrer para ficar tudo na mesma, mas que exista um horizonte. Este só no consenso possível entre “todos”, em que esteja ou venha quem vier o rumo continua. Portugal precisa de um farol (que não seja o futebol), uma ideia clara que refresque, congregue energias e estimule a esperança colectiva no preparar das gerações futuras! Uma luminosidade de atenção, educação, prevenção em cada metro quadrado da terra lusa!

TELEMÓVEIS NAS MISSAS

"Deus chamar-te-á,
mas não por telemóvel"
Noticia o "PÚBLICO" que a Diocese de Guanajuato, no México, lançou uma campanha inédita para sensibilizar os seus fiéis a não utilizarem telemóveis, quando se encontram no interior das igrejas. Deus chamar-te-á, mas não por telemóvel, assim reza o slogan que visa acabar com os constantes toques que perturbam as cerimónias.
José de Jésus Martinez Zepeda, pároco de Guanajuapo, explicou que o aviso se encontra afixado em várias igrejas mas, ainda assim, muita gente não desloga os telemóveis durante os cultos, ao ponto de determinadas missas mais se assemelharem a uma estranha sinfonia, onde se escutam toques de toda a espécie e feitio.

Catecismo da Igreja Católica

A FÉ EM 598 PERGUNTAS
Após uma caminhada relativamente breve, se tivermos em conta o tempo de vida habitual dos Catecismos na história da Igreja, chega hoje ao mundo católico o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, síntese da grande obra de 1992 patrocinada por João Paulo II.
O documento já foi apresentado por alguns como uma lista dos “interditos” da Igreja Católica, centrando o olhar sobre a parte moral e esquecendo a parte doutrinal. A caça ao “erro” e às “contradições” marcou a análise de um documento que merece melhor abordagem.
O Catecismo e a sua síntese são, na sua essência, instrumentos para todas as idades e todas as pessoas interessadas em perceber “a doutrina cristã sobre a fé e a moral”, numa apresentação que se procura adaptar à vida actual dos cristãos. Não pode, por isso, chocar que se reafirmem os princípios fundamentais da Igreja sobre o aborto, eutanásia, homossexualidade, a guerra, a família e o matrimónio, por exemplo.
Bento XVI explica que o Compêndio não é uma obra autónoma, “pois não pretende, de modo nenhum, substituir o Catecismo da Igreja Católica”. Pelo contrário, remete continuamente para ele, quer mediante a indicação, ponto por ponto, dos números a que se refere, quer através da contínua referência à estrutura, ao desenvolvimento e aos seus conteúdos.
(Para ler todo o texto, clique aqui)

Um artigo de António Rego

João Paulo II e Bento XVI
Acaba de abrir oficialmente em Roma o processo de beatificação e canonização de João Paulo II, quando ainda não são cumpridos quatro meses sobre a sua morte. Temos a impressão de que mais que a devoção ou homenagem da diocese ou do Papa actual, é um gesto que envolve toda a Igreja, até mesmo os que não terão sentido especial entusiasmo pelas linhas pastorais do Papa Wojtyla. A santidade não é a consagração de uma linha de pensamento genial, ou dum estilo carismático no desempenho de uma missão. É uma dinâmica interior de entrega a Deus, um esforço profundo de ascese até à última gota da alma, uma vida que se não explica sem a união profunda com o profundo mistério de Deus.
Trata-se, mais que em qualquer outra beatificação, dum gesto da Igreja universal e de grande parte do mundo que apenas o chama santo antes de lhe analisar e enaltecer as orientações que imprimiu durante os seus vinte e seis anos de Pontificado.
João Paulo II não foi um monge cenobita, escondido num mosteiro que muito edificou os seus irmãos a ponto de os levar a propor à Igreja a sua elevação aos altares. Trata-se dum homem de fé e entrega, exposto e provado continuamente em praça pública, aceitando uma espécie de julgamento perene dos povos e das culturas aonde chegava o seu dia a dia, inclusive a “privacidade” da sua oração, dos seus cansaços, desabafos, alegrias e reparos. João Paulo II passou a vida a rezar, a dizer, a escrever, a contactar, a repetir, a tempo e fora de tempo, a mensagem do Evangelho. Até ao último suspiro. Com uma verdade intensamente assumida, heróica, indesmentível na própria teatralidade estética com que fazia cada gesto e pronunciava cada palavra. É esta verdade de vida, extrema, seguida em directo pela Igreja e pelo Mundo, que leva à proposta de que ele seja modelo e intercessor de todos nós, na galeria inumerável dos Santos públicos e privados, conhecidos e anónimos do habitáculo de Deus.
Bento XVI neste curto tempo de Pontificado tem cumprido com rigor o que pronunciou como prioridades: a unidade dos cristãos, a redesco-berta do lugar de Deus no nosso mundo, o papel da Europa como matriz cristã da humanidade. A sua primeira viagem apostólica ao estrangeiro, isto é, à sua própria Pátria – curioso paradoxo – vai ser um momento de grande visibilidade para um Papa que a não procura, mas sabe muito bem o que quer. Irá, pelo que se anuncia, reunir tantos jovens como João Paulo II congregava nas Jornadas Mundiais da Juventude.

Carta de Pêro Vaz de Caminha na "Memória do Mundo"

Posted by Hello Primeiro documento português a integrar o património da humanidade
A carta que Pêro Vaz de Caminha dirigiu a D.Manuel I, em que descreveu pela primeira vez o Brasil, em 1500, foi o primeiro documento português a entrar no projecto "Memória do Mundo", da Unesco. O Ministério dos Negócios Estrangeiros revelou, em comunicado, que o Comité Consultivo do programa, que se reuniu este mês na China, admitiu na "Memória do Mundo" 29 colecções documentais de 24 países, incluindo a primeira descrição conhecida do Brasil feita por um europeu. A chamada Carta de Achamento do Brasil, redigida por Pêro Vaz de Caminha, foi enviada a 1 de Maio de 1500 de um navio que se dirigia para a Índia, integrado na Armada comandada por Pedro Álvares Cabral, e tinha como destinatário o rei D. Manuel I, o Venturoso. Nesta carta, é feito o relato dos primeiros contactos dos portugueses com os indígenas brasileiros. O registo "Memória do Mundo" foi criado em 1992 para salvaguardar o património documental da humanidade. Entre o seu espólio está a pauta da "Nona Sinfonia" de Beethoven, o diário do descobridor da Austrália, James Cook, e diversos manuscritos, correspondências e tratados.
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BARRA E COSTA NOVA com novo galardão

Posted by Hello Praia da Barra, com passadeiras bem visíveis
"Praia Acessível - Praia para Todos" As praias da Barra e da Costa Nova acabam de receber novo galardão. Desde ontem, para além da Bandeira Azul, contam com a distinção, muito honrosa e merecida, de “Praia Acessível – Praia para Todos”, o que não deixa de ser mais um atractivo para os amantes dos areais à beira-mar, com o iodo a temperar os corpos e os espíritos para um Inverno com mais saúde. Com a bandeira “Praia Acessível – Praia para Todos”, os veraneantes podem usufruir de melhores acessos pedonais, mais ordenamento nas áreas de estacionamento, passadeiras no areal, bons sanitários, posto de socorros e facilidades na circulação de pessoas com deficiência. A bandeira “Praia Acessível – Praia para Todos” é uma iniciativa da Comissão Nacional de Coordenação para o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência.

Um artigo de Adriano Moreira, no DN

Por dentro das coisas
À medida que o tempo passa, a temática da recusa da aprovação do projecto constitucional europeu vai perdendo a imagem do desastre que muita da teatralização envolvente ajudou a criar, para se traduzir na oportunidade de os responsáveis pensarem novamente, e sobretudo pensarem melhor, desta vez espera-se que apoiados em envolvimento cívico informado e participação parlamentar nacional consistente. Apreendendo que o desastre pode ser bem outro do que o das lamentações iniciais.
Talvez um dos aspectos a recuperar, para a experiência não ignorada, seja o da conveniência de não adoptar decisões sem avaliação da governabilidade. Não é fácil reconhecer validade às afirmações de que o consentimento dado pelos governos ao alargamento não foi advertido do reflexo que teria na redistribuição dos fundos, como parece imprudente ter dado por segura a redefinição institucional da União para gerir o alargamento já consumado no quadro legal vigente.
Tratou-se de um procedimento que fez lembrar a perplexidade de Will Rogers quando escreveu que "esta coisa chamada tecnocracia, não sabemos se é uma doença ou uma teoria", mas que frequentemente actua na convicção de que não pode ser recusada adesão universal às evidências a que chega. Os factos são todavia uma realidade com a qual não se discute, e a voz dos factos começa a ser ouvida, falando com suficiente gravidade no último Conselho para que as razões profundas do desencontro não sejam e não possam ser reduzidas ao alegado peso das motivações internas dos países, sem relação com o texto constitucional proposto. Esta leitura da atitude de recusa não contribui para afirmar a bondade da iniciativa da chamada Convenção, e inverte a censura no sentido de serem os governos a pronunciá-la em relação ao eleitorado. De facto começam a tornar- -se evidentes diferentes concepções sobre o futuro da unidade europeia, com percepções variadas dos partidos e governos dos diversos Estados envolvidos, debilmente sabidas e participadas pelos eleitorados, e não muito discutidas até agora entre os responsáveis governamentais.
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Relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus em Portugal

Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa
Entre os dias 28 de Outubro e 16 de Dezembro de 2005 ocorrerá a visita das relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus a todas as dioceses portuguesasA veneração das relíquias é uma forma de apreço por uma vida fiel a Cristo, verdadeiro tesouro das comunidades cristãs. Venerar a memória dos seguidores do Mestre, na pobre materialidade do que resta do seu corpo é ocasião de graça e alegria, momento de interpelação evangélica para a santidade e oportunidade de compromisso missionário. A Conferência Episcopal Portuguesa deseja que a graça de acolher em todas as dioceses portuguesas a visita das relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus, integrada no Congresso Internacional para a Nova Evangelização, de Lisboa, aponte para a perspectiva dinâmica e apostólica da fé cristã. A proximidade física destas relíquias, através da urna que contém os seus restos mortais em relicário de ouro, revestido de vidro, sustentará o olhar da fé e moverá os corações. Ao estar perto de quem descobriu na sabedoria do Evangelho a força do amor misericordioso de Deus, o ardor da missão e a beleza da santidade, seremos impelidos a renovar essas atitudes na vivência eclesial.
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segunda-feira, 27 de junho de 2005

EDUCAÇÃO DA SEXUALIDADE

Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
1. Recentemente, vieram a público reacções de um número considerável de pais, professores e outros cidadãos perante iniciativas no domínio da educação da sexualidade realizadas em escolas estatais, algumas delas a título experimental por designação do Ministério da Educação. Em causa está um documento datado do ano 2000, da responsabilidade conjunta do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde, da Associação para o Planeamento da Família e do Centro de Apoio Nacional – Rede Nacional de Escolas Promotoras da Saúde, intitulado “Educação Sexual em Meio Escolar: Linhas Orientadoras”. Os conteúdos e ideias que se pretendem veicular, as metodologias propostas e a bibliografia sugerida como base de trabalho, que serviram de suporte àquelas iniciativas, colidem com a sensibilidade e as convicções do público referido.
Tratando-se de matéria particularmente delicada e controversa e dada a pertinência de algumas das questões levantadas, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no seguimento de posições sobre a sexualidade humana já anteriormente divulgadas em documentos recentes (1) , apresenta, agora, uma palavra que se pretende de iluminação do debate e de orientação e estímulo ao empenhamento dos cristãos, particularmente as famílias, e dos cidadãos em geral.
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"ENTRETENIMENTO: valores e contradições" - 3

Posted by Hello Ramos Pinheiro, Júlio Martim e padre José Manuel O HOMEM completo não dispensa a alegria
Sem pretender aborrecer os meus leitores, ao voltar ao tema da Jornada da Pastoral da Cultura, em que participei, em Fátima, venho hoje com mais algumas achegas, das muitas propostas que foram apontadas, no sentido de sensibilizar os participantes para o valor do entretenimento, também como expressão cultural das pessoas e comunidades. No fundo, e porque se estava em ambiente eclesial, sugeria-se que a Igreja procurasse, por todos os meios, valorizar uma pastoral do entretenimento, no diálogo com a cultura, em geral. Seabra Pereira, docente da Universidade de Coimbra e director do CADC (Centro Académico da Democracia Cristã), defendeu que nunca houve fronteiras entre entretenimento e cultura, e que as artes sempre tiveram uma função evasiva, “mas também interventiva”. Disse que no entretenimento a convivialidade e a comunicabilidade se opõem ao isolamento e ao egoísmo, ao mesmo tempo que recordou que o ócio eticamente positivo contrasta com o ócio eticamente degradante. Referiu, ainda, que a gratuitidade valoriza o entretenimento. Por sua vez, Helena da Rocha Pereira, catedrática jubilada da Universidade coimbrã, abordou o entretenimento na antiguidade clássica, bem expresso no jogo, em que os Jogos Olímpicos foram exemplo máximo, ao estabelecerem tréguas nas guerras entre gregos e entre estes e povos estrangeiros. Entretanto, José Luís Ramos Pinheiro, da Rádio Renascença, denunciou que há programas televisivos e radiofónicos que estão “completamente à margem de qualquer ética”, enquanto considerou ilegítimo “sensacionalizar” as notícias. Disse que a boa disposição e o humor podem criar condições para melhorar as audiências, frisando que “o homem, para ser completo, não dispensa a alegria”. Contudo, garantiu que a “alienação degrada sempre o homem” e que “a espiral de concorrência leva à degradação dos conteúdos”. Para Ramos Pinheiro, “não devia haver entretenimento que não se baseasse na estética do belo”. E acrescentou que há muita gente que se entrega aos media por “solidão e vazio cultural”. Júlio Martim, actor, afirmou que há poucos cristãos, com alguma responsabilidade, nos espectáculos de teatro e outros, tendo adiantado que, pelo que conhece, há muitas expressões artísticas das comunidades eclesiais que ficam “fechadas”, porque “falha uma comunicação em rede”. Sublinhou que toda a gente diz que os jovens querem amar e ser amados, “mas ninguém lhes diz como é que isso se faz”. Referiu a importância de uma pastoral da sexualidade, tendo em vista a construção do amor, e logo denunciou que faz falta uma linguagem de esperança. A paróquia da Glória, representada pelo padre José Manuel Pereira, também esteve presente, fundamentalmente para mostrar uma experiência única no seio eclesial, que é o seu Carnaval, no sentido de contribuir para a aproximação das pessoas e para a vivência da alegria, a que os cristãos não podem ficar alheios, antes devem cultivar. Fernando Martins

“Relatório 2004 – Liberdade Religiosa no Mundo”

Posted by Hello É urgente dar voz
aos que não a têm A Fundação AJUDA À IGREJA QUE SOFRE acaba de editar o “Relatório 2004 – Liberdade Religiosa no Mundo”. Trata-se de um documento único em Portugal, no qual se denunciam as restrições à liberdade de culto em mais de 60 países em todo o mundo. O principal objectivo deste relatório é dar voz àqueles que a não têm, porque foram vítimas de violações e de violências relacionadas com a liberdade religiosa.
Neste documento, rico de pormenores, é analisada a situação detalhada de cada país, em especial no que se refere às restrições à liberdade religiosa, ilustrada com gráficos e dados estatísticos. Na apresentação do relatório 2004, com 448 páginas, sublinha-se que, “Em pleno século XXI, continuamos a assistir a exemplos de martírio em várias regiões do mundo. Nos fiéis da Igreja do Silêncio na China, nas povoações agrícolas flageladas pela guerra no Darfur e no sul do Sudão, nas centenas de milhares de cristãos esquecidos nos ‘campos de trabalho’ da Coreia do Norte ou nos grupos étnicos remotos, perseguidos no Vietname e Laos”. Por isso, no final da apresentação do Relatório, diz-se, com oportunidade, que, “Relançar o debate e promover o respeito pela liberdade religiosa e pelos direitos fundamentais da pessoa humana é também outra forma da Fundação AJUDA À IGREJA QUE SOFRE auxiliar os que sofrem em silêncio, dando voz aos que não a têm”. F.M.

HERA -Associação para a Valorização e Promoção do Património

Posted by Hello Para aproximar as pessoas da cultura
Fundada em 2004, os principais objectivos da HERA são a valorização e a promoção do património ambiental, arqueológico e cultural a nível local, mas também nacional e internacional. Através das suas iniciativas, a HERA pretende focar a atenção sobre a importância fundamental da preservação do património: dinamizar os recursos; preservar o ambiente e as paisagens; aproximar as pessoas da Cultura e promover a auto-estima e a identidade local. Estes são os seus grandes objectivos, que assentam na estratégia de promoção de uma filosofia de desenvolvimento, “realmente” sustentável, baseado na recuperação do património.

(Para saber mais, consultar o "site" da Hera)

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Flores do meu jardim