quinta-feira, 30 de junho de 2005

OCPM propõe presidência aberta sobre a emigração

Comunidades portuguesas no mundo estão esquecidas
A Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) defendeu no Plenário Mundial do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) que o presidente da República deveria promover, no nosso país, uma "presidência aberta" sobre a emigração.
“Temos de voltar a pôr a emigração no centro das preocupações”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Rui Pedro, director da OCPM. A iniciativa defendida poderia ajudar, do seu ponto de vista, a superar “uma visão administrativa da emigração, que precisa de ser substituída por uma visão social”.
“É fundamental mudar o olhar sobre a emigração: discutir as causas da partida, que forçam as pessoas a sair do país; olhar para os emigrantes como agentes do desenvolvimento local; trazê-los de volta ao nosso pensamento e ao modo de nos entendermos como Nação”, aponta.
Outra das iniciativas defendidas no encontro com o CCP foi a criação de um “Observatório para a Emigração”, que ajuda a obter dados concretos sobre os portugueses espalhados pelo mundo e promova uma “reconceptualização” da condição migrante.
Estas ideias estão intimamente ligadas às conclusões do I Encontro Mundial das Comunidades Portuguesas, promovido de 29 a 31 de Março passado no Porto pela Comissão Episcopal de Migrações e Turismo, com o apoio da Obra Católica Portuguesa de Migrações e o Secretariado Diocesano da Pastoral de Migrações, subordinado ao tema “Ousar a Memória – Fortalecer a Cidadania”.
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Presidente Sampaio. Exemplo de optimismo

Posted by Hello O País precisa, urgentemente, de gente de sucesso
O Presidente Jorge Sampaio continua a ser, para todos nós, um exemplo de optimismo, pela sua salutar teimosia em nos mostrar a vida pela positiva. Na passada semana andou pelo Distrito de Aveiro, sobretudo para salientar que há empresas e empresários de sucesso, que os temos, felizmente.
Numa altura em que prolifera o pessimismo e o derrotismo, com Velhos do Restelo a pregarem, em altos gritos, que tudo está perdido e que a nossa independência corre o risco de desaparecer, o Presidente Sampaio veio chamar a atenção dos portugueses para a necessidade de todos darmos as mãos, no sentido de se buscar, com afinco, o sucesso de que o País precisa, urgentemente.
As suas palavras, sempre estimulantes para uns, e provocadoras para outros, valorizaram a iniciativa privada e apelaram a todos os parceiros sociais e empresariais, bem como aos organismos estatais, para que apoiem e dinamizem novos projectos, até porque o desemprego poderá ser um drama terrível dos próximos tempos.
Sampaio falou de cooperação, dos riscos empresariais que urge correr, da inovação que tem de ser implementada nos mais diversos quadrantes, dos desafios da competitividade e da produtividade que têm de ser corajosamente enfrentados, e do optimismo que deve marcar os nossos quotidianos.
Oxalá toda a gente o oiça e siga.
F.M:

FESTA NO CUFC

A alegria é muito bonita


Boa disposição no CUFC
Participei, ontem, na festa de final de ano, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), que contou com a participação de estudantes e de responsáveis pela Pastoral Universitária. Vimos universitários ligados a Movimentos eclesiais, Voluntariado (nas mais diversas vertentes), e outros  envolvidos em cursos que vão acontecendo, durante o ano, no CUFC. 
Depois de uma Eucaristia de acção de graças, presidida pelo padre Alexandre Cruz, dinâmico responsável pela vida daquela instituição da Igreja Católica vocacionada e aberta à Pastoral Universitária, em permanente animação do diálogo entre fé e cultura, não faltou o convívio, ao jeito de festa popular, com sardinhada, fêveras, boroa, vinho, sumos e doces, tudo acompanhado com música que abanava os corpos e fazia esquecer, por momentos, as angústias dos exames em curso. Bastante bonito foi sentir que, apesar de alguns pensarem que os jovens são pouco dados ao espírito, muitos pararam, na lufa-lufa da vida académica, para dar graças a Deus pelos dons que d’Ele receberam, pelos frutos alcançados, pelos pais e professores que os ajudaram, pelas amizades conquistadas. 
E para o ano, com a abertura das aulas, a vida continuará, num misto de trabalho, de procura de formação permanente, em todas as frentes, académicas, culturais, recreativas, sociais e espirituais. 

F. M.

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Dez minutos por dia
Há sete ou oito anos li as conclusões de um estudo feito por investigadores americanos sobre a quantidade de tempo que os pais (homens) passavam com os seus filhos e fiquei impressionada. Qualquer coisa como vinte minutos por mês.
Quase o mesmo tempo que demoram a atar os sapatos e a fazer o nó da gravata, se o tempo que gastam com estes gestos banais também fosse contabilizado e somado em cada mês.O estudo vinha a propósito de um outro estudo feito por neuro-cientistas, que provavam que os três primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento integral das crianças e, que nestes anos-chave a proximidade do pai é essencial.
Dos três primeiros anos, o mais importante é o primeiro e, deste, os meses mais decisivos são os três primeiros. Ou seja, tudo aquilo que conseguirmos investir num bebé nos primeiros meses de vida é um investimento mais que seguro. Em termos de desenvolvimento afectivo e neurológico, leia-se.
Na realidade muitos pais e mães ainda desconhecem esta verdade científica sobre a importância e o valor dos três primeios anos (e dos três primeiros meses!)e desperdiçam esta oportunidade de ouro para potenciar os talentos dos seus filhos.Mário Cordeiro, pediatra, disse, recentemente, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados, se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa, para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durantes dez minutos.
(Para ler o artigo na íntegra, clique aqui)

SANTA JOANA: Jogos Amizade

Integrado nas comemorações dos 20 Anos da Freguesia de Santa Joana, o Conselho de Juventude de Santa Joana, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Joana, vai organizar, nos próximos dias 1 e 2 de Julho de 2005, uma actividade denominada “Jogos Amizade – Jogos sem fronteiras... em Santa Joana”.
Esta iniciativa tem como principal objectivo promover o espírito de amizade e sã convivência, nunca descurando o aspecto competitivo que este tipo de jogos estimula. Os referidos jogos terão início, em ambos os dias, por volta das 21 horas a está previsto que terminem depois da meia-noite.
No primeiro dia haverá cinco jogos para todas as equipas e, no segundo, quatro jogos, incluindo uma prova de cultura. O encerramento dos jogos, no dia 2 de Julho, será realizado com a actuação do grupo Polk, constituído por jovens da Freguesia de Santa Joana, que irão apresentar um trabalho denominado "Tu hás-de ver - Tributo aos Quadrilha".
Haverá prémios de presença para todas as equipas participantes, que serão entregues durante o espectáculo final.

Um artigo de D. António Marcelino

Um homem novo, mais humanizado e feliz
Não sou, por temperamento, nada pessimista e muito menos apocalíptico. Mas, quando se respira o ar que temos à nossa volta e sentimos, por perto, a vida e a contra vida que nos cerca, não podemos ficar indiferentes, pensando, ingenuamente, que tudo passa depressa e não se deve perder tempo com os ambientes sociais poluídos.
Tenho presente a palavra de um homem atento à vida da sociedade, à missão da Igreja e às correntes de pensamento e de acção que as vão tocando e desafiando. Para além da clarividência de pensamento humanista, está a visão antecipada do profeta, que anota e previne. Refiro-me a Paulo VI que, em 1975, disse aos cristãos, num documento importante sobre a Evangelização, estas palavras: “Perante os estratos da humanidade que se transformam, o mais importante para a Igreja é chegar a atingir e como que a modificar, pela força do Evangelho, os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.”(EN 19)
Respeito quem concebe a vida alheia a valores espirituais e morais, nega Deus, e decide viver à revelia da tradição religiosa e da cultura. Mas não fico indiferente, quando esta atitude se torna militante e pretende fazer esquecer o nosso património cultural e religioso, impondo caminhos morais que nada têm a ver connosco, por se vazarem à margem da transcendência, e modelos de vida inspirados num laicismo sem alma.
Nunca se viu, nem se verá, gente que matou Deus no seu coração e pretende apagá-lo das consciências e das páginas da história e da vida, por inútil e desnecessário, a ficar, por este motivo e ao mesmo tempo, com mais capacidade para criar um homem novo, mais humanizado e mais feliz. A história passada e recente, que uns esquecem depressa e outros não lhe toparam os horizontes, mostra esta impossibilidade, com muitas marcas de sangue e de destruição, que atingiram e arruinaram pessoas e povos.
Estamos perante uma militância ateia e laica que, embora pouco numerosa, denuncia, ameaça, persegue e ressuscita fantasmas, arvorando-se em juiz, sem apelo, das pessoas e instituições, mestra única da pátria, tentando impor os campos do bem e do mal.
O que está a acontecer entre nós, em aspectos tão diversos como a educação, os costumes, os comportamentos públicos, a contestação da autoridade, gerando novos e excêntricos modelos de família e de vida, arbitrariedades sem freio, sanha anti-religiosa, obedece a projectos organizados, que ridicularizam os valores, envenenam as fontes onde se inspiram os critérios e os modelos de vida mais sãos, matam as referências da dignificação e humanização, de que a sociedade está cada vez mais carecida.
É verdade que, mesmo tendo nós valores assumidos, nem sempre conseguimos ser-lhes totalmente fiéis. Mas uma coisa é ter uma luz que ilumina o caminho a quem se perdeu na noite da aventura, da fraqueza ou da negligência, outra, bem diferente, é apagar essa luz, porque o vazio interior dispensa ajudas de fora, e a linha que demarca o bem e o mal se eliminou, porque é incómoda, mutiladora da liberdade e cheira a controlo moral e religioso.
O homem novo, humanizado e feliz, não dispensa a luz do alto, os valores que dão sentido à vida, a verdade que liberta interiormente; não dispensa Deus e quanto Ele significa, exprime e alimenta; não dispensa os outros, mão estendida que ajuda e é ajudada; não dispensa o amor, frente à intolerância, ressentimento, indiferença e ódio; não dispensa uma visão respeitosa da vida e das pessoas que a respeitam, como dom inestimável; não dispensa os gestos que acordam os bons sentimentos. O homem novo é sempre um homem vivo, que se alimenta da verdade que não muda nem morre.

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Bispos Portugueses pronunciam-se sobre a crise financeira em Portugal

Um olhar de responsabilidade e de esperança sobre a crise financeira do país
1. As medidas anunciadas pelo Governo da Nação, em ordem a resolver o problema do défice das contas públicas do Estado, originam um período de austeridade e exigência, geram contestação social, suscitam visões particularistas de pessoas e grupos na defesa dos próprios interesses, ameaçam penalizar ainda mais aqueles que já são mais sacrificados, pela situação de pobreza ou de falta de trabalho, pela doença e pela desajustada carga fiscal.
Não compete aos bispos pronunciar-se sobre questões técnicas de política económico-financeira. Mas porque se trata de um problema grave que afecta toda a comunidade nacional, que condiciona o presente e compromete o futuro, de incontornáveis dimensões éticas, parece-nos oportuno relembrar alguns aspectos da doutrina social da Igreja, que devem inspirar o comportamento dos cristãos e de quantos procuram o melhor para o país.
2. Antes de mais parece-nos claro que estamos num momento em que é preciso realçar as exigências do bem comum, isto é, a prevalência do bem de toda a colectividade sobre interesses pessoais ou corporativos. A busca do bem comum supõe lucidez de discernimento e generosidade de comportamentos. Essa salvaguarda do bem comum sublinha a responsabilidade de todos, na consciência de que a harmonia da sociedade será irremediavelmente comprometida pela defesa de interesses particularistas.
As soluções encontradas e propostas têm de ser globais e não particulares, privilegiando aquelas que não se limitam a resolver aspectos imediatos do problema, mas são portadoras de solução a médio e longo prazo, como o são, por exemplo, o investimento na inovação tecnológica, uma economia geradora de emprego, uma educação para a liberdade responsável, a análise aprofundada das causas da pobreza e a responsabilização social. O contributo de todos para o desenvolvimento colectivo, faz de cada cidadão protagonista das soluções, quer pagando os impostos justamente distribuídos, quer empenhando-se criativa e solidariamente no implementar de soluções.
(Para ler toda a Nota Pastoral, clique aqui)

Ouvir e ler na Rádio Renascença

Aborto: Entre a "falta de política de família" e a "trapalhada"
A intenção do Governo de marcar o referendo sobre a despenalização do aborto para o final do ano continua a suscitar críticas, nomeadamente da ex-Coordenadora Nacional para os Assuntos da Família.
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João Paulo II a caminho dos altares

Posted by Hello Fama de santidade chega a todo o mundo
A Diocese de Roma abriu ontem oficialmente o processo de beatificação e canonização de João Paulo II, menos de três meses depois da morte do Papa polaco, um dos mais carismáticos Bispos de Roma, na história da Igreja. Na cerimónia, que decorreu na Basílica de São João de Latrão, o Cardeal Camillo Ruini, vigário do Papa para a Diocese de Roma e presidente do tribunal diocesano encarregado de instruir o processo, desejou que o percurso seja rápido.“Pedimos ao Senhor, de todo o coração, que a causa de beatificação e de canonização que começou esta tarde possa chegar rapidamente ao seu termo”, declarou o Cardeal Ruini, perante milhares de fiéis reunidos no interior e no exterior da Catedral.
No seu discurso, o Vigário de Roma assegurou ainda que é “unânime e universal o convencimento da santidade” do Papa falecido.
O Cardeal sintetizou o legado de João Paulo II através do “seu amor pela humanidade, que o levou a uma obra incansável para evitar as guerras e restabelecer a paz; para assegurar aos povos mais pobres, aos últimos da terra, uma esperança de vida e de desenvolvimento; para defender a dignidade da pessoa, desde a sua concepção até à morte natural”.
O homem da confiança de João Paulo II para a Diocese de Roma destacou o impacto que a II Guerra Mundial teve na vida do Papa polaco, bem como os duros anos do comunismo na Polónia e os ensinamentos de São João da Cruz e Santa Teresa de Jesus.
O Cardeal Ruini precisou que, até ao último momento da sua vida, as suas dores foram um testemunho para a humanidade sobre o significado cristão do sofrimento e a morte. “Por isso, os dias das suas exéquias foram, para Roma e para o mundo, dias de extraordinária unidade, de reconciliação, de abertura da alma a Deus”, acrescentou.
A cerimónia de abertura do processo começou com a recitação das I Vésperas da festividade de São Pedro e São Paulo, Padroeiros de Roma, que se celebra hoje, seguido pelo juramento em latim do Cardeal Ruini, os juizes do tribunal e os notários. Depois, o postulador da causa, o padre polaco Slawomir Oder, apresentou os papéis que o creditam como tal, os documentos que já recolheu sobre a figura do defunto Papa e a lista das pessoas que terá de interrogar.
O processo de beatificação foi inaugurada na Catedral de Roma e não no Vaticano, porque o Papa era Bispo de Roma. O Tribunal diocesano de Roma é responsável pela primeira fase do processo (análise da vida e dos escritos do Servo de Deus, audiência às testemunhas). Se o veredicto for positivo, o sumário passará à Congregação para as Causas dos Santos, onde, depois de um novo exame do material relativo à causa, se analisarão com a ajuda de médicos e peritos os favores extraordinários que poderiam ser milagres. Depois da certificação de um milagre, o Papa pode dispor desta beatificação. O sítio oficial da causa de beatificação de João Paulo II é www.JohnPaulIIBeatification.org.
O postulador da causa, Pe. Slawomir Oder, explicou que brevemente essa página "oferecerá espaço aos testemunhos sobre as graças recebidas, os encontros pessoais com João Paulo II, bem como informação sobre as iniciativas dos fiéis para apoiar no mundo todo a causa de beatificação". Mais de cem testemunhas de todo o mundo constam do elenco que fará parte do processo diocesano sobre a vida, virtudes e fama de santidade do "Servo de Deus", o primeiro grau da beatificação de João Paulo II. "No momento é imprevisível saber quanto vai durar o processo. Só depois de nomeado o Colégio dos Teólogos Censores, que deverá examinar e analisar os escritos de João Paulo II. Se estes estiverem de acordo com a doutrina, seguem-se as audições das testemunhas em todo o mundo. São tantas e é possível que aumentem, é preciso decidir ainda qual a técnica jurídica para recolher esses testemunhos", declarou o Pe. Oder.
Fonte: Agência ECCLESIA

Outro poema inédito de Ruy Cinatti

OS NOMES DE DEUS Repetindo Teu nome, Deus sagrado, não me canso de O disfarçar nas árvores, animais, no barro de que sou feito para glória Tua. Qual o denominador que nos socorre? Mas qual a oculta glória deste suor que me inunda? NB: Edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura