A apresentar mensagens correspondentes à consulta santa maria de vagos ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta santa maria de vagos ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Nota Pastoral do Bispo de Aveiro sobre o Ano Paulino

APRENDER COM PAULO,
PROPÓSITO DA IGREJA AVEIRENSE
A Igreja Aveirense quer “aprender com Paulo a paixão pelo Ressuscitado, o gosto pela sabedoria do Evangelho, a abertura aos novos caminhos de renovação, as razões firmes da esperança, a determinação para ir ao encontro de todos na imensa vastidão do mundo a evangelizar” – afirmei na homilia da celebração eucarística do Dia da Igreja diocesana no Santuário de Santa Maria de Vagos. Na mesma ocasião e perante numerosa assembleia de fiéis, fiz a abertura do “Ano Paulino” com um gesto cheio de simbolismo: a apresentação pública da imagem de S. Paulo que, significativamente, provinha da paróquia de Belazaima do Chão, no arciprestado de Águeda. Quero, agora, aprofundar este simbolismo e desenvolver algumas dimensões da vida e da obra de S. Paulo que podem ajudar-nos a enriquecer a nossa vida cristã, a das nossas comunidades, a dos vários movimentos e associações e a apreciar as propostas pastorais do próximo Ano Apostólico.
Ler mais em Diocese de Aveiro

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Silêncio fora do mundo mas no mundo



O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, mais conhecido por Convento da Cartuxa, já fechou portas em Évora. Foi o único mosteiro contemplativo masculino de Portugal e não tem vocações, num país cuja origem foi marcada pelo cristianismo. Afinal, a razão é fácil de compreender: Os residentes eram dois octogenários e dois nonagenários. Foram transferidos para a Cartuxa espanhola, perto de Barcelona. Imagino quanto seria difícil viver na prática o silêncio contemplativo uma vida inteira, por opção. Fora do mundo mas no mundo. 
Contaram-me que não faltaram pedidos de orações pelas mais variadas causas ou situações, na busca da ajuda divina, mas no fundo essa opção de vida assinalada no dia a dia pela oração tem raízes na alma de muitos crentes e na sensibilidade de muitos não crentes ou ligados a outras espiritualidades próximas das mais diversas culturas. 
O silêncio faz parte da essência do ser humano, sobretudo quando procura vias para outras vidas abertas a novas descobertas de realização pessoal. Quantas vezes desejamos estar sós na agitação quotidiana que não conduz a parte nenhuma. 
Admiro profundamente os que são capazes de cultivar o silêncio apostando na contemplação que nos eleva ao divino.

F. M.

NOTA- Morre, no dia 15 de Fevereiro de 2007, Frei Gabriel Manuel Rei de Oliveira, padre que fora do clero de Aveiro, natural de Vagos (1925), e que desde 1970 era monge cartuxo. Conheci-o  pessoalmente no Seminário de Aveiro. Era uma pessoa dinâmica, falava com desenvoltura e nunca imaginei que fosse capaz de viver no silêncio. Mas foi. FM

domingo, 9 de janeiro de 2022

Gafanha do Carmo - Pe. José Lourenço

José Soares Lourenço nasceu a 14 de julho de 1923, no lugar do Brunhido, Valongo do Vouga (Águeda). Filho de Artur Lourenço e de Maria Dias Soares. Da sua formação consta a frequência dos Seminários de Coimbra, de Santa Joana (Aveiro) e dos Olivais (Lisboa).
A 13 de julho de 1947, foi ordenado presbítero, na Igreja de Vagos, numa cerimónia presidida pelo Bispo D. João Evangelista de Lima Vidal.
José Lourenço teve uma longa carreira ao serviço da Igreja, na sua primeira nomeação (1947) foi colocado ao serviço da Paróquia de S. Salvador, Ílhavo, sendo depois transferido para a Murtosa. No ano de 1950 foi nomeado vigário paroquial da Gafanha da Encarnação e Capelão da Gafanha do Carmo. A 6 de novembro de 1957, com a criação da Paróquia da Gafanha do Carmo, da qual o presbítero foi um dos grandes impulsionadores, tornou-se o seu primeiro pároco. Ali serviu até 1986, assumindo também a paróquia da Gafanha da Boa-Hora a partir de 1975. Em 1986 foi transferido para Silva Escura. Exerceu, ainda, o múnus de arcipreste de Sever do Vouga (1993-1996) e vigário paroquial de Águeda (1996-1999). Em 2013, regressou a Ílhavo coadjuvando o Padre Urbino Pinho.
Durante os diversos anos que esteve à frente da Paróquia da Gafanha do Carmo iniciou a construção da nova Igreja paroquial, inaugurada a 17 de novembro de 1974, e foi o assistente fundador do Agrupamento de Escuteiros deste lugar.
Faleceu a 27 de agosto de 2016, aos 93 anos. Encontra-se sepultado no Cemitério da Gafanha do Carmo.

NOTAS:
1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";
2. Na Gafanha do Carmo, na fronteira com a Gafanha da Encarnação, encontramos a Rua Padre José Lourenço. Este topónimo foi aprovado pela Câmara Municipal de Ílhavo a 31 de maio de 2013 (Ata CMI N.º 31/2013), sendo atribuído à antiga Rua P;
3. Foto do Pe. José Lourenço do meu arquivo.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Dia da Igreja Diocesana




ESTA É HORA DE GRATIDÃO…

Celebrou-se, no domingo, 24 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos, o Dia da Igreja Diocesana, pela primeira vez com a presença do novo Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.
Em dia que significa o encerramento do ano apostólico, dedicado à família, D. António sublinhou que “o segredo da família humana é o amor, a fidelidade, a generosidade e a perseverança”, para acrescentar que o mesmo se passa com a família diocesana, feita do “amor filial a Deus” e do “amor fraterno do mandamento novo”, da “fidelidade e generosidade de tantas vidas dadas à Igreja e ao Mundo” e da “perseverança de quem permanece até ao fim”. “Esta é uma hora de gratidão devida aos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, leigos e leigas que ao longo do tempo, com generosidade e entrega ilimitadas, edificaram a Igreja que hoje somos”, proclamou.
D. António enviou 17 jovens em experiências missionárias, não sem antes exortar os seus fiéis a serem presença cristã no mundo: “Pertence-nos tudo fazer para que sejamos rosto e voz, palavra e vida de uma Igreja perita em humanidade, próxima e fraterna e corajosa mensageira das bem-aventuranças. Vemos no horizonte surgir oportunidades para darmos sentido a uma missão que envolva toda a diocese, consolide a beleza da nossa comunhão, intensifique o diálogo com a sociedade e com o mundo imenso da educação e do trabalho, da cultura e da cidadania que moram à nossa porta”.

Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Em Vagos: Dia da Igreja Diocesana

"Conhecer Mais,
Servir Melhor" No dia 25 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos, vai celebrar-se o Dia da Igreja Diocesana, em torno do tema “Conhecer Mais, Servir Melhor”. Pretende-se, este ano, que cada arciprestado mostre a sua especificidade humana e religiosa, nas “tendas arciprestais”, que abrem às 10 horas.
Na mensagem que dirigida a todos os diocesanos, D. António Marcelino sublinha: “A experiência diocesana é a mais significativa experiência de unidade e comunhão eclesial. Convido a todos, paróquias, instituições, serviços e movimentos, a viver, e a partilhar depois esta vivência nas comunidades.”
Na Eucaristia, às 16 horas , será apresentado à diocese o diácono João Paulo, com ordenação marcada para 9 de Julho, e os 25 jovens que no Verão partem para as missões de África e do Brasil.

domingo, 23 de março de 2008

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 70


EDIFÍCIOS ESCOLARES NA GAFANHA

Caríssima/o:

Do que se tem dito facilmente se conclui que a Gafanha era terra mal amada pelas autoridades concelhias, pois quase todos os edifícios escolares funcionavam em construções que deixavam muito a desejar.
Assim escrevia o P. João Vieira Resende em 1940:

«Até hoje, em toda a Gafanha, apenas há quatro edifícios escolares próprios. As outras escolas têm funcionado em casas particulares, por arrendamento.
São os seguintes os edifícios próprios onde funcionam as escolas da Gafanha:
- Um na Gafanha do Carmo, com um só lugar para o sexo masculino, construído e doado ao Estado em 1925 por José Ferreira Jorge, para ali ser colocado o seu filho e actual Professor, Sr. José Cândido Ferreira Jorge.
- Outro na Gafanha de Aquém, com um lugar para o sexo masculino e outro para o sexo feminino. Foi construído e doado ao Estado em 1925 pelo falecido Professor de Ílhavo José Nunes da Fonseca, para ali ser colocada a sua filha, a Sr.ª D. Vicência da Conceição Fonseca. Em 1936, foi reconstruído pela Câmara Municipal de Ílhavo com a comparticipação do Estado. Tem um lugar para cada sexo.
- Outro no lugar da Chave, da freguesia da Gafanba da Nazaré, com um lugar para cada sexo, construído e doado ao Estado em 1921 (?) por António Carlos, para ali ser colocada sua filha e actual Professora, a Sr.ª D. Maria da Luz Carlos. Foi reconstruído em 1930 pelos Srs. Sebastião Lopes Conde e Manuel Carlos Anastácio.
- Um outro na Gafanha da Boa-Hora, com um lugar para cada sexo, construído em 1934 pela Câmara Municipal de Vagos.»
[MG, 211]

Curioso o desabafo que lhe escapou na página 206, em nota, e que lança uma confusão que se encontra desfeita acima:

«Arquivemos aqui a vergonhosa realidade de, ainda hoje, as três escolas da Gafanha da Encarnação funcionarem num acanhado e velho pardieiro de aluguer. Sempre abandonada! A Gafanha do Carmo tem edifício próprio para o sexo masculino, mandado construir pelo seu professor José Cândido Ferreira Jorge. Também no lugar da Chave, da Gafanha da Nazaré, Sebastião Lopes Conde e Manuel Carlos Anastácio mandaram construir um belo edifício para dois lugares de professor.»

Tão pouco se tem escrito sobre a Gafanha que estas linhas do Padre Resende soam como uma bênção, embora nos abram sorrisos descontraídos algumas das suas observações. Bom seria que se pegasse nas suas deixas e se construísse obra de raiz. Sei que não é fácil nem cómodo, mas é urgente!

Santa Páscoa!

Manuel