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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Festas religiosas





A CULTURA DEVE ESTAR PRESENTE

A propósito das festas em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que se realizaram no último fim-de-semana, foram publicadas duas pequenas brochuras que reputo de importantes. Importantes porque, para além do que é habitual em festejos semelhantes, nos oferecem elementos culturais que enriquecem quem os lê. A primeira brochura tem por título “MAR e RIA abraçam SANTA MARIA” e a segunda “FESTAS EM HONRA DE Nª SRª DOS NAVEGANTES”.
Na primeira, o leitor tem acesso a diversa informação histórica: “A Ria e a Barra”, “De Ovar a Mira em Terras de Santa Maria”, “A Lenda das origens de Santa Maria de Vagos”, “Devoções Populares”, “Da Nossa Senhora da Nazaré à Senhora dos Navegantes”, “Outras Devoções Marianas” e “Hoje, nós…” são os capítulos que nos oferecem alguns pormenores de grande interesse histórico. Bem ilustrada é um pormenor a ter em conta, o qual nos leva a uma iconografia que nem todos conhecemos.
Na segunda, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré oferece-nos um pequeno mas elucidativo historial dos grupos e ranchos folclóricos que se associaram à festa, participando na procissão, na Eucaristia e, depois, no festival de folclore.
Penso que é de sublinhar a relevância destas brochuras. São documentos que ficam para a história das comunidades, tanto por relataram para a posteridade o que se fez e com quem, como por nos disponibilizarem pormenores e relatos que nos foram legados pela história, escrita ou oral. Com isto, mais se valorizam as festas religiosas e outras. Ficar-se somente pelo trivial, muitas vezes com artistas (?) e música de fraca qualidade, acho que se está a perder tempo e a gastar dinheiro em vão.

Fernando Martins

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Dia da Igreja Diocesana




ESTA É HORA DE GRATIDÃO…

Celebrou-se, no domingo, 24 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos, o Dia da Igreja Diocesana, pela primeira vez com a presença do novo Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.
Em dia que significa o encerramento do ano apostólico, dedicado à família, D. António sublinhou que “o segredo da família humana é o amor, a fidelidade, a generosidade e a perseverança”, para acrescentar que o mesmo se passa com a família diocesana, feita do “amor filial a Deus” e do “amor fraterno do mandamento novo”, da “fidelidade e generosidade de tantas vidas dadas à Igreja e ao Mundo” e da “perseverança de quem permanece até ao fim”. “Esta é uma hora de gratidão devida aos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, leigos e leigas que ao longo do tempo, com generosidade e entrega ilimitadas, edificaram a Igreja que hoje somos”, proclamou.
D. António enviou 17 jovens em experiências missionárias, não sem antes exortar os seus fiéis a serem presença cristã no mundo: “Pertence-nos tudo fazer para que sejamos rosto e voz, palavra e vida de uma Igreja perita em humanidade, próxima e fraterna e corajosa mensageira das bem-aventuranças. Vemos no horizonte surgir oportunidades para darmos sentido a uma missão que envolva toda a diocese, consolide a beleza da nossa comunhão, intensifique o diálogo com a sociedade e com o mundo imenso da educação e do trabalho, da cultura e da cidadania que moram à nossa porta”.

Fonte: Ecclesia

domingo, 13 de maio de 2007

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 23


A LENDA DOS GRITOS
DA SENHORA DE VAGOS



Caríssima/o:


«Estão estas terras e populações de Vagos, desde 1385 a 1854 – quase 500 anos – sujeitas ao domínio déspota e autoritário de fidalgos, nobres e senhores que usufruem dos bens e rendas em proveito próprio, administram a seu bel-prazer a justiça em demandas e crimes, e mantêm as famílias trabalhadoras em humilhante subserviência e total obscurantismo, desprovidas de condições mínimas de higiene e apoio sanitário. Esta longa e sofrida história abre em 14/05/1385 com a doação de D. João I a João Gomes da Silva, primeiro senhor de Vagos, para encerrar em 14/03/1854 com a morte de D. Maria José da Apresentação Pedro Regalado Baltazar do Pé da Cruz da Silva Telo de Meneses Corte-Real de Noronha, 18.ª senhora e 4.ª Marquesa da Vila de Vagos.
Estranham com justíssima razão os historiadores que em nossos dias não haja quaisquer resquícios, no âmbito da arquitectura, que atestem a presença e o domínio de tais fidalgos e senhores em terras de Vagos. No entanto, por ironia, diz a lenda – provavelmente a menos conhecida mas a mais tenebrosa – que a imagem de Santa maria solta gritos lancinantes, chorosos, carregados de revolta, que ecoam, terreiro além, pelos casais adentro. Porquê? Cumprindo ordens loucas de ignaro senhor destas terras e gentes, os criados, empunhando escopro e maceta ou serra dentada, mutilam irreparavelmente a escultura com especial incidência na parte posterior ao nível da cintura, serram as pernas do Menino por sob os joelhos, decepam a mão e o antebraço direito da Senhora, devastam a coroa de rainha que lhe ornava a cabeça, com o objectivo condenável de os revestir de roupa interior, cabeleira, vestido e capa.
Esta agressão rude, ignóbil, contra a jóia mais preciosa do património artístico ali conservado, só pode ter acontecido entre os finais do séc. XVI – data do início do revestimento a panos das esculturas na Igreja – e o término do domínio da nobreza entre nós (1854).
Os gritos que ecoam, pungentes e aflitivos, até ao mais fundo do coração dos devotos, exprimem corajosamente a revolta e a condenação do vil atentado contra uma obra de arte que deve ser preservada com carinho e não grotescamente mutilada.»


Transcrita esta lenda do livro “Santa Maria de Vagos”, de Manuel António Carvalhais, edição da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Vagos, 2000, pg. 55, onde ainda se poderão encontrar mais cinco: A Lenda das Origens da Imagem e da Ermida, A Lenda da Chuva Copiosa, A Lenda da Senhora em Cantanhede, A Lenda da Cura do Leproso, A Lenda da Pontinha.
Aqui deixo a minha homenagem a este e a tantos outros sacerdotes que nos têm ajudado a ler a História das nossas Terras!
E se me permite, secundarizo o seu “grito”, alertando os nossos Amigos para que não rasguem ou queimem nenhum papel ou livro, por mais velho, amachucado ou maltratado, desde que tenha algo da vida dos nossos Antepassados. Se possível, conservem alfaias, ferramentas, utensílios, construções; antes de destruir, fotografem, copiem, peçam opinião... A quem?!... Vá lá, ao Grupo Etnográfico...
Todos ficamos a ganhar!

Manuel

domingo, 6 de maio de 2007

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 22

Santa Maria de Vagos

A SENHORA DE VAGOS



Caríssima/o:

Andávamos nós entusiasmados no pedalar furioso, quando pessoa amiga nos perguntou se não tínhamos passado por Vagos. Estranhei a pergunta, pois por lá passáramos mais do que uma vez. A explicação veio a seguir:
- Não sabes que o teu Avô era daí?
Olha se naquela idade eu e os meus amigos lá queríamos saber donde eram e para onde tinham ido os nossos antigos; o nosso querer era ultrapassar o fim do mundo!
E o nosso Avô tem esperado pacientemente até agora. Sem o fôlego da juventude, mas com a mesma genica (o que não quer dizer pujança!), andamos a basculhar os fólios antigos à procura das tais raízes. E lá vamos descortinando que o nosso Avô José Francisco era de Vagos, natural da Gafanha!... Agora me parece que o seu avô, Manuel Francisco Sarabando, é referido pelo P. João Vieira Resende, na Monografia, na página 83, nota, na relação dos fogos da Gafanha em 1802...
Seja, pois, esta lenda uma pequenina homenagem a todos os nossos antepassados que certamente foram romeiros da Senhora de Vagos.

«Uma das lendas sobre a origem do Santuário da Senhora de Vagos conta que, em tempos muito distantes, certo mercador francês, navegando junto à costa, se viu fustigado por medonho temporal, acabando o seu barco por se despedaçar, enquanto o mercador se salvava a custo,e com ele o maior tesouro que o barco trazia – a imagem de Nossa Senhora. O mercador escondeu a preciosa jóia, partindo depois à procura do pároco da vila de Esgueira para que à imagem fosse dado acolhimento condigno. Regressado com o sacerdote ao local, procuraram ambos por todo o lado, mas não encontraram o tesouro, que, entretanto, a outros apareceria pedindo abrigo. E o próprio D. Sancho I, rei de Portugal, avisado em sonhos, partiu de Viseu, onde se encontrava, teve a felicidade de contemplar a preciosa imagem e dotou a capela de avultadas rendas.
Outra lenda liga o aparecimento da ermida à cura da lepra de que sofria certo fidalgo (Estêvão Coelho), em sonhos avisado de que a terrível doença desapareceria com uma visita à Senhora de Vagos, que ele deveria procurar na mata. Partiu o fidalgo e encontrou a imagem. Curado, levantou-lhe pequena ermida e dotou-a de grandes rendas. Após a morte do fidalgo, porém, a Senhora desapareceu da ermida. Só então o povo se deu conta de que os restos mortais de Estêvão Coelho não haviam sido sepultados lá. Trasladados estes para o santuário, a imagem da Senhora regressou também, não mais voltando a ausentar-se.»[
À Descoberta de Portugal, das Selecções do Reader's Digest, 1982, pg. 209]

Esperemos que o tempo esteja mais quente na altura da Romaria!

Manuel

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Em Vagos: Dia da Igreja Diocesana

"Conhecer Mais,
Servir Melhor" No dia 25 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos, vai celebrar-se o Dia da Igreja Diocesana, em torno do tema “Conhecer Mais, Servir Melhor”. Pretende-se, este ano, que cada arciprestado mostre a sua especificidade humana e religiosa, nas “tendas arciprestais”, que abrem às 10 horas.
Na mensagem que dirigida a todos os diocesanos, D. António Marcelino sublinha: “A experiência diocesana é a mais significativa experiência de unidade e comunhão eclesial. Convido a todos, paróquias, instituições, serviços e movimentos, a viver, e a partilhar depois esta vivência nas comunidades.”
Na Eucaristia, às 16 horas , será apresentado à diocese o diácono João Paulo, com ordenação marcada para 9 de Julho, e os 25 jovens que no Verão partem para as missões de África e do Brasil.

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Num ambiente aprazível: SANTA MARIA DE VAGOS

Santa Maria de Vagos é venerada nestaregião desde os primórdios da nacionalidade. O local onde está o Santuário que lhe é dedicado é aprazível e sem ruídos. Arejado e bem cuidado, com arvoredo circundante, convida a uma natural descontracção. E também, por que não dizê-lo?, ao encontro com a Mãe de Deus, que ali acolhe peregrinos desde o século XII. Passe por lá, pois, num dia destes, cheio de sol e ameno, até para se encontrar consigo próprio, longe do barulho, por vezes ensurdecedor. Já agora, permita que lhe sugira a leitura de um livro publicado há cinco anos, da autoria do prior de Vagos, Padre Manuel António Carvalhais, intitulado "Santa Maria de Vagos". Trata-se de uma obra muito bem escrita e documentada, mas também bem ilustrada. Neste livro, o Padre Carvalhais conta-nos a história do culto à Senhora de Vagos, como também é conhecida aquela Nossa Senhora, sempre apoiado em registos tão antigos quanto possível. Lendas, devoção dos peregrinos, em especial de Cantanhede, património perdido e até documentação histórica para os mais eruditos podem proporcionar bons momentos de deleite cultural e espiritual. F.M.
Posted by Hello