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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estado: “ou assinas ou perdes tudo”

Afinal, senhora ministra da Educação,
quem mente e quem manipula?

António Marcelino


«As escolas privadas, do que recebem do Estado, e só do Estado, pagam ordenados, fazem a manutenção diária, conservam os edifícios, assumem os encargos sociais. Se os alunos vêm de fora do concelho, o transporte toca aos pais. A Ministra apenas faz contas ao que é mandado para as escolas estatais e que corresponde a pouco mais que os ordenados. Tudo o resto, e é muitíssimo, não entra nas suas contas, nem os encargos sociais, nem a manutenção e conservação dos edifícios, nem transportes dos alunos, que recaem nas autarquias.»

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A escola tem de ser o primeiro laboratório da liberdade


Uma educação para todos
Paulo Rocha

«Mesmo que o debate actual se prenda a questões económicas, elas não são a problemática fundamental. Isso mesmo tem sido afirmado pelas associações que representam o sector, nomeadamente a APEC (Associação Portuguesa de Escolas Católicas) e AEEP (Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo). Num diálogo com a sociedade e com as entidades públicas, defendem a implementação de modelos de ensino baseados na liberdade de escolha por parte das famílias, acontecendo aí, nas famílias, o apoio financeiro para o percurso escolar.»

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Apoio do Estado aos colégios é insuficiente

 
Bispo de Aveiro defende opção livre dos pais na escolha das escolas para os seus filhos
 
O Bispo de Aveiro diz que a alteração à lei que regula o apoio do Estado aos colégios privados vai dificultar a ação dos referidos colégios no ensino. A Lei foi promulgada pelo Presidente da República e a redução dos financiamentos de uma média de 114 mil euros por turma ao ano é reduzido para 80 mil. D. António Francisco Santos diz que é uma redução que causa problemas de gestão e que a Igreja crítica. “Não ficou satisfeita. Temos quatro colégios no espaço diocesano que vivem sob este acordo de contrato de associação que vão passar por muitas dificuldades e nós continuamos a defender a opção livre por parte das famílias para escolherem a escola que desejam para os seus filhos. Pensamos que o estado tem obrigação de dar a todos as mesmas possibilidades a as escolas particulares prestam serviço público. Por isso, continuaremos a bater-nos para ser possível esse direito e essa liberdade”, justifica D. António Francisco Santos.


Fonte: RTN

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cavaco Silva no Concelho de Ílhavo

Cavaco Silva recebe um bacalhau de Ribau Esteves


Alegria na sala nova

Cavaco Silva fala a alunos numa sala

Economia do mar deve ser
prioridade da agenda política

Durante a sua visita a Aveiro e Ílhavo, o Presidente da República, Cavaco Silva, lançou um desafio para que se invista na economia do mar, reforçando a ideia de essa deve ser «a prioridade da agenda política».
Cavaco Silva visitou hoje o Museu Marítimo de Ílhavo, a Universidade de Aveiro, o Porto de Aveiro e o navio Santa Maria Manuela, culminando a sua passagem pelo nosso concelho com a inauguração do Centro Escolar Santa Maria Manuela, na Cale da Vila, Gafanha da Nazaré.
Uma pequena multidão saudou o Presidente da República junto ao novo edifício, moderno e dotado das mais sofisticadas tecnologias, e na despedida foi-lhe oferecido um bacalhau especial, bom motivo para Cavaco Silva afirmar, com convicção, ser um grande apreciador do “fiel amigo”.
Referindo que não podemos desperdiçar este activo tão valioso para a construção de um futuro melhor do nosso país, o Presidente lembrou o imenso recurso que é o mar, «com uma zona económica exclusiva que é das maiores de toda a Europa».
Afirmou, entretanto, que está a ser feito um caminho que tem que ser consolidado na sociedade portuguesa, para que o reencontro dos portugueses com o mar seja uma realidade.

sábado, 9 de janeiro de 2010

PÚBLICO: "Enquanto houver quotas, não há paz nas escolas"

Um grande bico-de-obra está aqui: Enquanto houver quotas, não há paz nas escolas. E, afinal, os professores ainda se queixam de falta de informação, mas a que tinham não justificava manifestações de entusiasmo, lê-se no Público.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Governo e Sindicatos chegam a acordo. Finalmente!




Todos Ganharam

O Governo e os principais Sindicatos de professores chegaram a acordo. Já não era sem tempo. Tudo porque houve diálogo. Assim devia ser sempre. Só não é quando não há gente capaz de falar e de ouvir, até se chegar a um consenso. Desta vez, aconteceu. Ainda bem. A serenidade voltará às nossas escolas, onde há alunos para ensinar e para aprender. E professores que devem seguir essa mesma linha: ensinar e aprender. Houve vencedores e vencidos? Não! Houve apenas vencedores: O ministério, os professores, os alunos, as famílias e as comunidades. Todos, afinal.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré ao encontro das Famílias





Com o objectivo de apoiar os pais que procuram ajuda junto dos directores de turma, no sentido de contribuírem para a educação dos seus filhos, a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré avançou com algumas sugestões, que aqui reproduzo:


Sugestões para encarregados de educação

1. Supervisione o tempo que o seu filho(a) passa em frente à televisão.
2. Crie uma rotina de trabalho e estudo e reforce a necessidade de cumprir esse horário.
3.Tenha expectativas realistas face ao seu filho/a: nem demasiado ambiciosas nem demasiado baixas.
4. Nunca deixe o seu filho(a) sair de casa sem tomar o pequeno-almoço.
5. Assista às reuniões de pais.
6.Colabore com os professores do seu filho na realização de actividades extra-curriculares.
7.Informe o(s) professor (es) do seu filho sempre que esteja a acontecer algo que seja negativo para o seu desempenho.
8. Supervisione o acesso do seu filho/a à Internet.
9. Respeite o espaço do seu filho(a), não seja demasiado invasivo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Bandeiras Verdes para premiar Escolas do Município de Ílhavo

A Câmara Municipal de Ílhavo vai entregar, hoje, dia 10, pelas 10.30 horas, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, as Bandeiras Verdes aos Estabelecimentos de Ensino, premiando, desta formar, o excelente trabalho desenvolvido pelas Escolas nas áreas ambientais. Refira-se que este empenho de professores,  funcionários e alunos contribuiu para que o Município de Ílhavo passasse a ser o 2.º Melhor Município do País, no âmbito da dinamização do  projecto das Bandeiras Verdes, com 30 Escolas galardoadas, em 2008 / 2009.
Esta cerimónia mais significado tem, por neste dia se comemorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao mesmo tempo que decorre a Cimeira sobre o Clima, em Copenhaga.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Professores. Uma espécie de acordo logo na primeira reunião

"Ministra concordou em mudar as regras até Dezembro. É tudo o que os sindicatos queriam ouvir." Garantia do jornal i.  Até que enfim, vai haver diálogo entre Ministério da Educação e os Sindicatos dos Professores. Pergunta-se: Por que razão o Governo não fez isto há mais tempo? Os nossos políticos não percebem que sem diálogo se cai na guerra? E que em guerra nada de positivo se constrói?  

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Crónica de um Professor:A Educação em Portugal

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Sempre há cada cábula!...
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É FRANCÊS E NÃO PERCEBO NADA
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- Não, não entendo nada do que ele diz! É Francês e não percebo nada.
Foi esta a frase proferida por aquela mocinha de carinha laroca e uma auto-estima bem posicionada.
Encontrava-se a ajudar o pai, na banca de venda, no mercado municipal, ali na cidade ao lado.
Tendo assistido a esta tirada da miúda e calculando que na sua tenra idade ainda a estaria a frequentar escola, inquiri:
- Então a menina não anda na escola, ainda?
Claro que sim, mas não sei nada de Francês. Nem desta língua nem de nada!
Dizia isto com ar displicente e a convicção de quem já sabe desfrutar da vida e aprendeu a lei do desenrascanço.
Enquanto se descartava da responsabilidade de ter de atender o cliente do pai, em Francês, ia atirando a título de desculpa, que apesar de tanta ignorância tinha passado todos os anos.
Com quinze anos, duma vida iniciada no sistema de ensino que mais se assemelha ao nacionalporreirismo, que tudo facilita e tudo consente. Ia subindo na escala hierárquica da formação académica portuguesa, revelando uma iliteracia confrangedora. Completara o 9.º ano e iria ingressar no 10.º, já neste mês de Setembro deste ano lectivo.
Perante esta tirada de “sabedoria”, interroguei-a:
- És tu que não sabes... porque não estudas nada, ou são os teus professores que nada te ensinam?
Era uma aluna cábula, que anda na escola só para passar o tempo e lá vai deitando mão dos estratagemas que vão surgindo: as cábulas.....
Com aspecto de quem promete vir a ser um bom vivant, a criaturinha de ar determinado num palminho de cara, ia construindo o futuro, trôpega, sem consistência na sua formação académica e humana, mas lá ia coxeando, tal qual um ancião que já gastou as suas energias na longa caminhada da vida.
Eu que ia ouvindo e reflectindo, pensava com os meus botões: aqui está a caricatura do que é o sistema de ensino em Portugal. Não se estuda nada, não se faz nada... mas no fim, há o prémio para quem pelo menos sabe desenrascar-se. Esses que têm essa propensão e a vão treinando na escola, certamente vão ser pessoas bem sucedidas no futuro! Se os ensinamentos vêm de cima, temos na cena política os melhores exemplares. E...não subiram tanto na vida, que chegaram ao topo da carreira, sem sequer terem concorrido a titulares?
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M.ª Donzília Almeida
07.09.09

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré: Relógio de Sol e Rosa-dos-ventos

Relógio de Sol e Rosa-dos-ventos



Projectos mobilizadores
das capacidades dos alunos

Nas Escolas há, cada vez mais, felizmente, projectos mobilizadores das capacidades dos alunos, graças ao trabalho de professores competentes e responsáveis. Sei que é assim em todas as Escolas, porque Escolas rotineiras não têm lugar nos tempos que correm.
Como já devem ter notado, uma simples passagem pela Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, no sábado, levou-me a apreciar, da rua, algumas iniciativas que chamaram a minha atenção. Vi a rosa-dos-ventos, um gerador eólico, decorações nas paredes do edifício… Confesso que gostei. Já agora, tentarei passar por outras, mas gostaria que cada Escola da Gafanha da Nazaré me alertasse para projectos inovadores… Aqui fica o desafio.
Com este projecto, assente na instalação do Relógio do Sol e da Rosa dos Ventos, pretende-se atingir a “sistematização prática de conhecimentos que reforce nos jovens a capacidade de utilização de instrumentos de uso comum e científico, de modo a que possam directamente observar o movimento diurno aparente do Sol ao longo do ano”, diz o relatório desta iniciativa. E acrescenta: “Além disto, pretende-se o conhecimento dos pontos cardeais e a respectiva orientação geográfica dos mesmos na escola. Deste modo promove-se a consolidação de hábitos de pensamento e de acção, instrumentos estes necessários para a organização do seu próprio pensamento.”
Os promotores deste projecto são os professores Cristina Carmona, Rosa Agostinho e Piedade Santos.
FM

sábado, 12 de setembro de 2009

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré passa com distinção

Escola Secundária da Gafanha da Nazaré

Mérito para toda a comunidade educativa


Fiquei um dia destes muito satisfeito quando li, no Timoneiro, mensário da Gafanha da Nazaré, um texto de Jorge Pires Ferreira, chefe de redacção, que sublinhava ter passado a Escola Secundária, segundo a avaliação do Ministério da Educação, com distinção.
Eu, que me considero bem informado sobre o que diz respeito à minha terra, desconhecia esse facto. Por certo, outros haverá, merecedores de serem divulgados, que me escapam.
A Escola Secundária da Gafanha da Nazaré (ESGN) foi, então, avaliada pela Inspecção Geral da Educação e o mérito, classificado com “Bom” e “Muito Bom”, diz bem do trabalho desenvolvido neste estabelecimento de ensino, onde não faltam projectos apoiados por uma “vasta rede de parcerias” e por uma “liderança dinâmica e motivadora", como se lê na reportagem.
A ESGN foi frequentada, no último ano lectivo, por 771 alunos, sendo 340 do 3.º Ciclo e 341 do Secundário. Para além desses, há os alunos das Novas Oportunidades. Leccionam 119 professores, havendo 46 funcionários.
O mérito alcançado vai inteirinho para quantos lideram, leccionam, trabalham e estudam nesta escola. Mais ainda: para as famílias, parceiros de projectos e demais instituições que apoiam a ESGN.
Os meus parabéns a todos.
FM

Português e Matemática

A palavra escola vem do grego scholê, que significa ócio. Não se trata, porém, do ócio da preguiça, mas do tempo livre para o exercício da liberdade do cidadão enquanto homem livre, tendo, portanto, a escola de ser o lugar e a instituição da formação para o ser Homem pleno e íntegro.
Há aquele preceito paradoxal de Píndaro: "Homem, torna-te no que és". Então, o Homem já é e tem de tornar-se no que é? Realmente, quando se compara o Homem e os outros animais, constata-se que os outros já vêm ao mundo feitos enquanto o Homem nasce prematuro, por fazer e tendo de fazer-se: devido ao que os biólogos chamam a neotenia, já nasce Homem, mas tem de fazer-se plenamente humano. E aí está a razão da educação enquanto o trabalho mais humano e humanizador, de tal modo que Fernando Savater pode justamente considerar os professores como "a corporação mais necessária, mais esforçada e generosa, mais civilizadora de quantos trabalham para satisfazer as exigências de um Estado democrático". Porque o que é próprio do Homem não é tanto aprender como "aprender de outros homens, ser ensinado por eles".
Savater também escreve, com razão, que "a principal disciplina que os homens ensinam uns aos outros é em que consiste ser Homem". Por isso, o horizonte da escola tem de ser o Homem na sua humanidade plena, o humanismo integral. Não se justifica aquela abusada separação entre ciências e humanidades. Aliás, na base dessa separação está um equívoco: a denominação de "humanidades" é de origem renascentista, não por oposição às ciências - essa separação entre ciências da natureza, com base na explicação, e ciências do espírito, com base na compreensão, acentuou-se no século XIX -, mas aos estudos bíblico-teológicos. De facto, das humanidades faziam parte tanto o Banquete, de Platão, como os Elementos de Geometria, de Euclides.
Compreende-se, pois, que da educação faça parte tanto o Português como a Matemática. Mas, se a linguagem é estruturante de mundo e o saber fundamental, torna-se claro que, se a compreensão do Português for frágil, não há razão para espanto no desastre em Matemática.
Fica aí uma súmula de erros em Português em escritos académicos recentes de estudantes universitários.
Erro constante é o de colocar o verbo haver no plural, quando deveria ser colocado no singular. Note-se, porém, que este erro é frequente mesmo em professores dos diversos graus de ensino, ministros, gestores, advogados... Exemplos: "haviam muitas possibilidades", "poderiam haver outros partidos". Neste caso, será preciso perguntar qual é o sujeito.
Uma boa pontuação é rara e uma bênção, pois dificilmente se sabe colocar uma vírgula no lugar certo. Mas não é raro colocá-la imediatamente a seguir ao sujeito da frase. Será então preciso perguntar: qual é a lógica que preside à coisa?
Agora, casos concretos: "o homem dasse a conhecer"; "vou reflectir à cerca de outro tema"; "deve-se dizer não há violência"; "se ele mandá-se, como seria?"; "há-dem ver" - aqui, observo que já ouvi esta a um ministro; "o nosso tempo trás de volta o mito"; "isto nada tem haver com o que foi dito"; "à muito tempo que é assim"; "tratam-se de questões complexas" - é muito frequente ouvir este erro na televisão, na rádio e em conferências; "vamos, quando quiser-mos"; "é assim; senão vejamos" - outro erro comum.
Por onde começar na reforma do ensino?
Tive a sorte de ter tido excelentes professores, mas talvez aquele ao qual mais devo seja o da escola primária, como então se dizia - saíamos de lá a dividir correctamente as orações, a distinguir entre um "que" relativo e um "que" integrante, um "se" condicional e um "se" infinitivo, e a redigir sem erros mortais. Ele não tinha passado pela Universidade, mas era dedicado e punha-nos a fazer essas coisas - redacções ou composições literárias, ditados, cópias... - com naturalidade e exigência, corrigindo diariamente o que era para corrigir. Cumpria como professor o que diz o étimo, que é profiteor: declarar abertamente, confessar publicamente, proclamar, obrigar-se a, dar a conhecer, entregar uma mensagem, ensinar.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MANIFESTO DE OBAMA PARA OS ALUNOS

Obama
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Ninguém nasce bom em nada
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O  Presidente OBAMA falou aos alunos do seu país, em termos que nos devem levar a reflectir. Pais, alunos, professores, enfim, toda a comunidade educativa precisa de ler a mensagem. O jornal i publicou-a hoje na íntegra. Pode lê-la aqui.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Crónica de um Professor: Dia Mundial da Criança

“Deixai vir a mim as criancinhas!”
Não pretende usurpar Direitos de Autor a Quem proferiu, há milénios, estas palavras, mas tão-só evocar quão partilhadas o têm sido, na sua tão penosa quanto longa carreira docente. Neste dia, em que está no centro das atenções, das preocupações e comemorações, a criança merece algum debate e reflexão, por parte da teacher. Desde muito cedo, foi alvo de estudos de comportamento, não fosse ela a matéria-prima duma profissão tão nobre, como é a lapidação de diamantes brutos. Das mãos dos professores, após muitas operações de profundo labor, saem as pedras preciosas que vão embelezar a vida e gerir os destinos do amanhã. Quando forem adultos! Quando tiverem ultrapassado, com sucesso, as várias etapas da sua formação, na qual os mestres são agentes activos e modeladores. Pretende-se que saia o melhor produto, que ganhe a excelência! Para isso se esfalfam e hoje, por todo o país, se desdobram em esforços para lhes proporcionarem alguns momentos agradáveis e em que elas são os únicos protagonistas. Sim, as criancinhas merecem-nos o melhor e o maior empenho. Vêm à memória, episódios de violência contra as crianças em que a mais abominável, execrável a todos os níveis, é sem dúvida a pedofilia. Não há palavras de repúdio que possam expressar a intensidade da revolta e indignação que qualquer cidadão de bem possa sentir. Ultrapassa os limites da capacidade humana. É uma ignomínia! Por outro lado, há que usar de bom senso e não cair no extremo oposto de tanta protecção, tanto facilitismo, tanta permissividade, que estão a conduzir as crianças de hoje a verdadeiros e pequeninos déspotas! Vejamos como as políticas educativas têm conduzido o ensino em Portugal e como os seus agentes têm sido maltratados e vilipendiados com a pseudo-liberdade dada aos alunos em geral. Foi moeda corrente em determinada época, que o ensino deveria ser ministrado com carácter lúdico, para que as crianças aprendessem a brincar! De tal modo isso ficou arreigado, que hoje, nas nossas salas de aula, deparamos com bandos de indigentes que nada mais fazem que boicotar sistematicamente o trabalho do professor. Sempre teve alguma dificuldade em aceitar que a pura brincadeira, sem carácter de responsabilização, possa conduzir a uma interiorização de valores, como por exemplo o trabalho. Se é dada, ao aluno, a possibilidade de recompor energias de descontrair, de brincar, em suma, nos intervalos das aulas que até são generosos, por que cargas de água não se deverá encarar o estudo, a aprendizagem como algo de sério, de consequente e não apenas um prolongamento do recreio? Vamos formar uma multidão de ociosos, de irresponsáveis, de parasitas? Quem está no ensino há décadas vê com tristeza como as coisas têm acontecido neste país de brandos costumes, onde a transgressão e a violência estão a ganhar foros de práticas rotineiras. Preconiza a teacher que... é de pequenino que se torce o pepino... e também com as abençoadas criancinhas deveria acontecer a mesma coisa!
M.ª Donzília Almeida 01.06.09

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alunos dão aulas de socorrismo na Secundária da Gafanha da Nazaré

Na Secundária da Gafanha da Nazaré segundo notícia lida no Diário de Aveiro, alunos elucidam colegas e funcionários sobre socorrismo. São eles Pedro Matos, Rafael Santos, João Monteiro e José Figueira, do 12.o ano da Secundária da Gafanha da Nazaré. O trabalho insere-se no âmbito da disciplina Área de Projecto.

sábado, 9 de maio de 2009

Crónica de um Professor

IRREVERÊNCIA
A aula iniciara às 8:30, como era a rotina, de mais uma 2.ª feira do seu horário lectivo. Era um bloco de 90 minutos… para começar bem a semana! Depois de um break prolongado do fim-de-semana, para recobrar forças, preparava-se a teacher parar um profícuo trabalho. Apresenta o material da aula, tenta cativar a atenção dos mais obstinados na dispersão mental, envolve-os nos skills que pretende desenvolver, nomeadamente no Speaking e a aula segue o seu ritmo habitual. Observa, com alguma estranheza, que o L.P. se dispersava, se perdia em gestos e movimentos pouco habituais. Era um aluno dedicado, participativo, com alguma puerilidade excedentária para a sua faixa etária e nível escolar. Várias vezes o interpela, no sentido de o chamar à ordem, no intuito de o fazer apreender e aprender os conteúdos daquela lição. Mas… o L.P., evocando na teacher o movimento de longa duração dos discos de vinil do século passado, teimava em manifestar a sua irrequietude. Estava agitado, aos olhos da mestra que já fora até, noutra circunstância, alvo de um seu rasgadíssimo “piropo”! Era uma “música” que não parava de “tocar”, insistente, insistente. Estranhava este inusitado comportamento! Era um modus operandi atípico, nesta criança dócil, viva, só um nisquinho irreverente, mas nada com que uma paciente e experiente professora não pudesse lidar. - Estranho! Cogitava a mestra falando com os seus botões! Noutro aluno, até teria achado normal, não num discente que sabia, até, ter um fraquinho por ela! No fim da aula, sorrateiramente, abeira-se dela e revela o segredo. - Setôra… hoje… portei-me mal… tenho consciência disso! Costumo portar-me bem e como já não me portava mal, há muito tempo… quis recordar o que era isso! A teacher fica desconcertada e um sorriso malicioso aflorou-lhe ao rosto… desvanecendo qualquer indício de irascibilidade. O que lhe perpassou, num relâmpago, foi a expressão muito utilizada pelas mães da Gafanha, no século passado, quando se deslumbravam com as gracinhas dos seus rebentos! - Apetecia-me roê-lo todo! Sem qualquer conotação pedófila (!?)… o que a teacher quis manifestar foi o gozo, o humor que aquela tirada do L.P., havia provocado nela. E… perante isto... que para a teacher é apenas mais uma das suas inúmeras peripécias docentes, resta a sugestão: a próxima canonização a integrar a Hagiografia Portuguesa, logo a seguir ao beato Nuno, deverá ser de um Professor! Merecem, não acham? Não se candidata, pela simples razão – tem o martírio (!!!), mas nem sempre a resignação de santo! E… mais acrescenta… até se disponibiliza a formar a comissão ad hoc, tal como aconteceu para a comemoração do Dia Mundial do Homem. As mulheres… trabalham!!!
Mª Donzília Almeida 08.05.09