quarta-feira, 27 de abril de 2011

Governo Civil presta homenagem a 50 instituições




O Governo Civil de Aveiro condecorou ontem 50 instituições centenárias do Distrito. Permitam-me que referencie aqui apenas as do nosso concelho e que todos nós conhecemos pelos seus serviços relevantes em prol da comunidade.
São elas:

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo;
Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo;
Filarmónica Gafanhense, da Gafanha da Nazaré.

A propósito desta distinção, que premeia mais de cem anos em defesa dos nossos valores, penso que devemos pensar no muito que lhes devemos. Sei que somos mais abertos a receber o muito que estas, como outras, instituições nos oferecem, mas nem sempre estamos disponíveis para as apoiar, de acordo com as nossas capacidades. E frequentemente nem muito nos pedem. Por exemplo, quantos de nós assistimos aos concertos que as bandas nos dedicam, gratuitamente?
Quanto aos Bombeiros, importa frisar a sua generosidade para com a comunidade, sobretudo em horas difíceis. Mas se eles se atrasam uns minutos (repito: uns minutos), lá estamos nós a protestar. E o que é que lhes damos?

FM


GAFANHA DA NAZARÉ: Conferências Primavera

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ISCRA: A Vida é uma boa Notícia

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Integrado na Semana Nacional da Vida e à sombra do lema «A Vida é uma Boa Notícia», o ISCRA tem o prazer de anunciar a realização da segunda edição do «Ciclo CinemaVida», com a apresentação de três sessões, nos dias 16, 18 e 20 de Maio.
Cada sessão iniciará com uma refeição ligeira (buffet), seguindo-se a projecção de um filme temático sucessivo de um diálogo/debate que contará com a presença de uma individualidade que ajudará a lançar um novo olhar sobre o tema em reflexão.
O Ciclo de CinemaVida, aberto a todas as pessoas que desejarem nele participar com realce especial para os jovens e os educadores, decorrerá nas instalações do ISCRA e as inscrições podem ser feitas através dos contactos indicados no cartaz a seguir, ou feitas directamente nos serviços de secretaria do ISCRA (de 3ª a sábado)

PROBLEMA: Quem chega ao poder não quer arriscar



Quando é que começamos mesmo?

Joana Gorjão Henriques

Quando estive em Lisboa da última vez, há semanas, avisaram-me que o país estava deprimido. Que isso se via na rua, nos rostos. Foi pouco depois da demissão de José Sócrates e pouco antes de se chegar ao facto de que Portugal terá que pedir emprestados cerca de 90 mil milhões de euros, um futuro que se adivinha mais negro que nunca. Vi, pois, aquilo de que me avisaram: gente a falar de Economia e a manobrar palavras com números como não me lembrava, conversas de café a começarem e acabarem no mesmo ponto, o aperto em que qualquer gesto quotidiano fora do colete de forças orçamental se transformou. E ouvi muita gente falar de uma espécie de política do medo que impera agora nas empresas, onde as chefias intermédias assustam os de baixo para obedecer aos de cima. Chamem-me cínica ou otimista, mas se estas chefias intermédias usassem a sua liderança para serem solidárias com quem precisa, algumas soluções para os problemas sociais, políticos e até mesmo económicos em Portugal poderiam estar mais perto. O problema é que quem chega ao poder não quer arriscar e isso em Portugal é ainda mais endogéneo. Sim, vi depressão mas vi também uma energia e uma vontade de mudança, com gente disposta a falar - mas que depois se cala e eu pergunto porquê? Ou essa energia é agarrada agora, pelas causas certas, ou o momentum passa e lá ficamos mais uma vez a pensar na mudança que nunca fizemos. Quando é que começamos mesmo? 

Fonte: SNPC

terça-feira, 26 de abril de 2011

Escritores fascinados pela Ria de Aveiro — 12


«Mas a ria enche-se de asas brancas, garças reais que coalham o azul, além sobre a barra, onde a névoa fumega indecisa e lenta, e do outro lado, sobre Pardelhas, Estarreja, até Ovar bolinando ao vento.
É uma verdadeira esquadra, embandeirada em festa, porque hoje é dia de São Paio, na Torreira. Cada barco traz a sua povoação, a sua aldeia, a sua canção, as suas guitarras e adufes. A ria torna-se melodiosa, e sussurra, vibrante nas suas ondas de água, finas como cabelos de mulher, que os ventos represados percutem como uma arcada de violino. Durante muito tempo embala-nos aquela música aquática, dolente e enlanguescedora. As tonalidades mudam. Já não há azul. Os longes tornaram-se brumosos, e a água oleosa, baça, não tem uma vaga, uma crispação. Dir-se-ia um lago imobilizado por um silêncio astral. Um cinzento de agonia envolve esta paisagem de além mundo, prostrada na morte, se o sol não acordar antes da tarde.

Artur Portela


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Música no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Escola de Música Gafanhense

A Escola de Música Gafanhense vai celebrar o seu 29.º aniversário, com a realização de um concerto, a terá lugar no dia 30 de abril, pelas 21 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. O concerto terá a participação da Orquestra Juvenil da EMG e da Orquestra de Cordas do Conservatório de Música de Aveiro, Calouste Gulbenkian.

***

Filarmónica Gafanhense

A Filarmónica Gafanhense vai realizar, no próximo dia 8 de maio, pelas 16 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, um concerto integrado nas comemorações do Dia da Mãe, o que muito agradará, por certo, tanto a mães como a filhos. Actuará a Filarmónica com o seu Grupo Coral.

AVEIRO — Exposição: Cristianismo na cultura



«Sabia que Gaudí, nos seus projetos de arquitetura, inspirava-se na natureza, que para ele era uma prova eminente da presença de Deus? 

Sabia que o embaixador português Aristides Sousa Mendes, contrariando Salazar, salvou milhares de vidas do massacre nazi pois para ele o prioritário era servir a Deus e não aos homens? 

Sabia que Martin Scorsese evidenciou no filme “A última tentação de Cristo” o sentido do sofrimento e da redenção, temas centrais do catolicismo? 

Sabia que Marconi estava convencido que através das suas invenções conseguiria ouvir as “vozes do além”, perdidas no tempo mas nele mantidas, e entre as quais estavam as de Cristo com as palavras proferidas na cruz?» 

O Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro apresenta até outubro a exposição “Cristianismo na Cultura”, com painéis sobre a influência exercida por cristãos em domínios como a arquitetura, artes plásticas, ciências sociais e humanas, cinema, educação, física, psicologia e química. 

A mostra, com entrada livre, pode ser vista de terça-feira a sábado, das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h30, no Seminário Diocesano de Aveiro. 

Fonte: SNPC

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Recordando uma data: 25 de Abril de 1974

Salgueiro Maia no 25 de abril


Novas mentalidades valorizaram 
o espírito democrático


Fernando Martins 

Em 25 de Abril de 1974 alguns militares politicamente mais esclarecidos, os «Capitães de abril» como ficaram na história, descontentes com a guerra colonial e com algumas leis que afetavam os oficiais de carreira, conspiraram e levaram a cabo uma revolta com o objetivo de instaurar um regime democrático em Portugal. 
Vivíamos numa ditadura corporativa, voltados para África, na senda de um regime que se proclamava de «orgulhosamente sós», na defesa de um país que se afirmava multirracional, multicontinental, uno e independente. 
O analfabetismo era muito. O atraso em relação à Europa era enorme. A guerra colonial, com tudo o que ela teve de mau, gerou descontentamento geral entre o povo, sempre o mais sofredor. A incapacidade de os nossos governantes se adaptarem às correntes do pensamento então dominantes, era notória. A aceitação da autodeterminação das nações africanas era impensável. Tudo isso levou ao Golpe de Estado, seguido de uma Revolução. 
Os militares, que, eventualmente, apenas estariam interessados em acabar com a guerra e estabelecer a democracia entre nós, viram-se ultrapassados com o regresso de exilados políticos, nomeadamente, Mário Soares e Álvaro Cunhal, e com as festas do 1.º de Maio, pela primeira vez celebrado em liberdade em Portugal, com a expressão que lhe era devida. 
Partidos políticos assumem a liderança do processo, de mãos dadas com os militares ou contra eles, e Portugal foi bandeira de uma revolução sem muito sangue.

ELEIÇÕES: O cumprimento de uma verdadeira exigência


Voto de cada português «pode fazer a diferença»

«O envolvimento dos portugueses nos destinos do país «é um dever» e cada voto «pode fazer a diferença», considera o Grupo de Reflexão Sociedade e Política do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica.
«Mais do que o voto, a participação ativa no processo eleitoral que se aproxima torna-se uma contribuição necessária e inestimável para o País», sublinha o primeiro documento daquela equipa publicado hoje, dia em que passam 37 anos sobre o 25 de abril de 1974, data que marcou a transição de Portugal para o regime democrático.
A intervenção no processo eleitoral e a participação nas eleições legislativas de 5 de junho supera «a escolha de um projeto de governação», tornando-se «o cumprimento de uma verdadeira exigência» em «tempos de mudança», assinala o texto.»

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