domingo, 22 de março de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 123

BACALHAU EM DATAS - 13
SÉC. XVII- INGLESES E FRANCESES TOMAM POSIÇÕES
Caríssimo/a:
1601 - SÉC: XVII E XVIII - « ... [I]ntensa actividade piscatória por parte das frotas de Inglaterra e da França, impediu o regresso dos portugueses aos bancos da Terra Nova no decurso dos séculos XVII e XVIII, remetendo Portugal ao papel de importador de bacalhau, que se tinha imposto como elemento integrante da dieta alimentar nacional.» [Creoula, 09] 1607 - «Em 1607 foi criada a primeira colónia inglesa na América, em Jamestown, na Virgínia.» [Oc45, 68] 1608 - «O francês Samuel de Champlain ergueu um forte no Quebec, iniciando a colonização francesa da região que viria a ser o Canadá.» [Oc45, 68] 1609 - «O inglês Henry Hudson, ao serviço da Holanda, descobriu o rio que ficou com o seu nome, justificando assim o direito que os holandeses reclamam para se fixarem nalguns pontos da América do Norte. No entanto, esta presença holandesa não se manteve por muito tempo, ficando a América do Norte dividida entre ingleses e franceses.» [Oc45,68] 1619 - [1619-1646] - «Os termos de visita aos navios estrangeiros, franceses, ingleses e holandeses (flamengos), entrados pela barra de Aveiro, desde 26 de Junho de 1619 a 27 de Maio de 1646, mostram que o bacalhau passa a ser importado.» [Oc45, 78] 1624 - «Como é sabido o desmantelamento da Armada Invencível pelos ingleses e pelo mau tempo acabou por reduzir o número de embarcações portuguesas, de forma que, pelo menos em 1624, ainda não havia nenhum barco nos portos de Aveiro e Viana que pescassem na Terra Nova.» [HPB, 22] “Em 1624 não havia qualquer navio de Aveiro na pesca do bacalhau, o mesmo se tendo verificado em todo o século XVIII. (As lutas travadas pelos franceses e ingleses para ocuparem a Terra Nova tornou aquela região perigosa, impedindo os portugueses e não só, de naqueles mares se dedicarem à pesca do «fiel amigo» durante cerca de dois séculos. Esta ausência dos portugueses nos mares da Terra Nova foi ainda motivada pelo assoreamento de alguns portos, nomeadamente o de Aveiro.)» [BGEGN, 1991, 6] 1684 - «Um documento de 1684 confirma expressamente que os ingleses haviam tomado o “trato da Terra Nova” e que as lojas estavam “cheias de bacalhau que trazem os Ingleses”. Os ingleses cuidaram de proteger a pesca do bacalhau através de sucessivos tratados.» [Oc45,78]
Mesmo aqui, no “reino do bacalhau”, passo a passo, século a século, vai-se desenhando uma certa “história” que nos leva a desabafar: “mas onde é que já li/ouvi esta cena?...”
Manuel

sábado, 21 de março de 2009

Papa em Angola: D. Januário denuncia "leitura reducionista"

D. Januário Torgal Ferreira diz-se, no entanto, muito chocado "pela leitura reducionista" e com a obsessão da comunicação social por alguns temas. "Expliquem-me, por exemplo, porque é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?", questionou, salientando o destaque que os órgãos de comunicação social deram à proibição do uso do preservativo pelo Papa ao chegar a África, enquanto que os jornais de hoje falam da denúncia que Bento XVI fez acerca da corrupção no continente "apenas em duas ou três linhas". O Bispo considerou que os jornalistas não souberam aproveitar "o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado".
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Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens

Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens. Sobre a sua morte, escrevi um texto no Timoneiro de Abril de 1990, que em parte aqui transcrevo.

FIGUEIRA DA FOZ: Homenagem à Primavera

(clicar nas imagens para ampliar)
Hoje, na Figueira da Foz, houve festa em honra da Primavera. Também da Poesia e da Árvore. O dia acordou tristonho, com o Sol sem aparecer, como era sua obrigação. Ameaças de mais inverno, mas depressa houve o desmentido. O rei surgiu em cima de todos, para animar quem participava e quem assistia. Centenas de crianças e jovens competiram, durante uma manhã bem preenchida. O Parque das Abadias, preparado para receber condignamente os que quiseram associar-se, proporcionava uma manhã de luxo. Houve música bem ritmada, provas de atletismo e convívio entre os participantes, vindos de diversas terras do País. Não faltaram os aplausos e os prémios para os vencedores. Mas aqui, como vi, a alegria estendeu-se a todos.

Ares da Primavera

Primeiro alento Renascimento! Imensa cor. Miríades de flores Animam Vivificam Emolduram, Recitam um hino Ao Criador!
M.ª Donzília Almeida 21.03.09

sexta-feira, 20 de março de 2009

Bento XVI em Angola

HÁ TANTOS POBRES QUE RECLAMAM
PELO RESPEITO DOS SEUS DIREITOS
"Bento XVI e José Eduardo dos Santos discursaram em seguida, tendo o papa apelado à pacificação e afirmado que os angolanos "não se devem render à lei dos mais fortes", e à união de esforços da sociedade civil e Governo no combate à pobreza. "Infelizmente, dentro das vossas fronteiras angolanas ainda há tantos pobres que reclamam pelo respeito dos seus direitos. Não se pode esquecer a multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza", disse o Papa. Bento XVI, após o discurso de boas vindas do Presidente José Eduardo dos Santos, disse que é preciso a participação de todos no auxílio aos mais desfavorecidos. "É necessário envolver a sociedade civil angolana inteira, mais forte e articulada e em diálogo com o Governo para dar vida a uma sociedade atenta ao bem comum", defendeu. No discurso de boas-vindas, José Eduardo dos Santos agradeceu a intervenção da Igreja na conquista da paz."
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Aveiro de luto

Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
A notícia correu célere e muitos opinaram com desnorte. Criança morreu esquecida no carro do pai. Todos ficámos tristes. E mesmo sem conhecermos os pais da criança, cumprimos a nossa obrigação de estar com eles, não fisicamente, mas em espírito solidário. Mas não queremos nem podemos condenar ninguém, muito menos o pai. Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
Sabemos que o Ministério Público já tomou conta do caso, na perspectiva de julgar o pai. Não creio que ele venha a ser condenado, pela simples razão de que não é um criminoso. Talvez obcecado pelo trabalho, tão normal nesta sociedade competitiva, pressionado por deveres profissionais, cansado de uma vida desgastante, que exige pressa e mais pressa, e fixado até à exaustão nas obrigações do quotidiano, entre outras razões, decerto determinarão a sua absolvição.
Todos estamos convencidos de que a sua pena está desde esse triste momento a marcar o pai para toda a vida. Não podemos, portanto, ocupar o lugar de carrascos, que mata de olhos vendados. Temos, isso sim, a obrigação de o ajudar a carregar, ao longo do tempo, este pesadelo que ninguém saberá explicar. Daqui, deste meu recanto, associo-me à dor desta família, manifestando a minha mais sincera solidariedade cristã.
FM Leia mais aqui sobre este assunto