terça-feira, 22 de agosto de 2006

Imagens da Ria

:: Forte da Barra
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Normalmente, os veraneantes ou visitantes da Praia da Barra, quando chegam, correm logo para o mar. Compreendo perfeitamente, pois o mar atrai quem anseia pelo sortilégio de um ar diferente e de paisagens sempre em mutação. No entanto, se passearmos em sentido contrário ao Farol, chegaremos a um recanto pouco conhecido, como este que hoje aqui mostro. Depois, ao sair dali, caminhe pela margem da ria para completar o passeio.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Jacinta apresenta novo álbum

Jacinta lança amanhã um novo álbum

Amanhã, dia 22, Jacinta apresenta em Vilamoura um novo álbum -"Daydream". É uma oportunidade para ouvir um timbre quente, aveludado, poderoso, afiança a Rádio Renascença. "O novo disco da cantora, que tem recolhido o aplauso da crítica nacional e internacional, foi gravado em Nova Iorque com o grande saxofonista norte-americano Greg Osby. Mais uma vez, traz a chancela da prestigiada Blue Note. Jacinta foi a primeira portuguesa a integrar o valiosíssimo catálogo do selo, com o disco "Tributo a Bessie Smith".

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Fonte: RR

Um livro de Amaro Neves

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D. FREI MIGUEL DE
BULHÕES E SOUSA (1706 – 1779)
“D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa (1706 – 1779)” é o mais recente livro do historiador aveirense Amaro Neves. Trata-se de uma obra que vem na linha de muitas outras que escreveu sobre a região aveirense, todas ligadas à história, com predominância para a história da arte. Com ela, Amaro Neves recorda o “Emérito Bispo Aveirense – Governador do Grão-Pará e Maranhão”, que nasceu no lugar de Verdemilho a 13 de Julho de 1706, do então Bispado de Coimbra. O autor mostra-nos, nesta obra, “o essencial de uma personalidade portuguesa”, que “foi titular de bispados em três continentes – Ásia, América e Europa – como figura marcante da sua época, na Igreja e no Império Português". Ler este livro de Amaro Neves é ficar a conhecer a vida e a obra deste bispo aveirense que estava esquecido no tempo, mas também o meio económico e social de S. Pedro de Aradas, freguesia a que pertence Verdemilho, bem como o contexto e a evolução regionais, no princípio do século XVIII. A família e o nascimento de Miguel José, o seu núcleo familiar e a educação que recebe até à entrada nos Dominicanos, onde é ordenado sacerdote, são temas abordados pelo autor, que permitem ao leitor ficar por dentro do pensar e do viver na época em que cresce e se forma o jovem que há-de chegar longe. Amaro Neves conduz-nos depois, com inúmeras referências e transcrição de vários documentos, até à ordenação de D. Frei Miguel como Bispo de Malaca, à sua nomeação como Bispo-coadjutor de Belém do Pará, acabando por embarcar para o Brasil como efectivo Bispo de Belém do Pará, onde reabre o seminário diocesano e desenvolve acção pastoral meritória. O historiador, que vive em Aradas há mais de 25 anos, transporta-nos, neste seu livro, aos ambientes e trabalhos de D. Frei Miguel de Bulhões no Brasil, quer como prelado, quer, também, como Governador, cargo que exerceu durante cerca de quatro anos, sempre bem apoiado em documentação que pesquisou com o cuidado a que nos habituou. Depois, podemos acompanhar o autor até Leiria, onde o emérito bispo aveirense assumiu o Bispado de Leiria entre 1761 e 1779, ano da sua morte. Neste capítulo, é interessante ficar a conhecer facetas da sua personalidade e acção pastoral. “De qualquer maneira, o emérito Bispo de Leiria continua indelevelmente ligado ao passado e à imagem da cidade [Leiria], apesar de ter andado um tanto esquecida a sua memória, por um complexo conjunto de circunstâncias, ainda que dele se tenha deixado um retrato psicológico e episcopal de justo apreço”, salienta Amaro Neves. D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa, nos horizontes da memória; Sinopse cronológica da vida e obra de D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa; e Anexo documental completam este livro, que sai enriquecido, ainda, com bastantes indicações bibliográficas e fontes manuscritas, e com 26 fotografias inseridas no texto, muito elucidativas. Título: D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa (1706 – 1779) Autor: Amaro Neves Editor: ADERAV/Junta de Freguesia de Aradas Fotografia (Leiria/Verdemilho): M. Fernanda G. Neves Páginas: 160 Fernando Martins

Imagens da Ria

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Museu Marítimo de Ílhavo: Salina

Agora que as marinhas de sal estão a ficar motivo de museu, pese embora o facto de algumas funcionarem para turista ver ou pela teimosia, bem intencionada, de certos proprietários ou marnotos, é bom recordar o que foi a safra do sal. O turista, ou o interessado no passado, pode muito bem apreciar imagens como esta, para ficar a saber mais alguma coisa de interessante.

Bento XVI e o mundo moderno

Papa diz que muitas ocupações podem levar à dureza do coração Bento XVI criticou ontem o activismo que ameaça o homem moderno e defendeu a importância da experiência do silêncio e da contemplação. “É necessário livrar-se dos perigos de uma actividade excessiva, qualquer que seja a condição e cargo desempenhado, porque as muitas ocupações levam muitas vezes à dureza do coração”, explicou. Antes da recitação do Angelus deste domingo em Castel Gandolfo, o Papa XVI falou de São Bernardo de Claraval, grande Doutor da Igreja que viveu entre os século XI e XII. Foi eleito abade do mosteiro cisterciense de Claraval aos 25 anos de idade, permanecendo à sua frente durante 38 anos até à sua morte. A dedicação ao silêncio e à contemplação não o impediu de desempenhar uma intensa actividade apostólica. Recordando a figura de São Bernardo, Bento XVI falou da sua exortação a Eugénio III, o Papa daquela época, ao qual o monge escrevia que do activismo excessivo apenas deriva sofrimento do espírito, extravio da inteligência, dispersão da graça. “A admoestação – salientou – vale para todo o tipo de ocupação, mesmo aquela inerente ao governo da Igreja”. A concluir, o Papa invocou da Virgem Maria “o dom da paz verdadeira e duradoura para o mundo inteiro”.
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Fonte: Ecclesia

domingo, 20 de agosto de 2006

Gastronomia de Ílhavo

Pão de Vale de Ílhavo não corre risco de extinção
As famosas padas de Vale de Ílhavo já não correm perigo. O receio, manifestado nos últimos anos, de que a tradição se perdesse ao ritmo da saída de cena das velhas padeiras está ultrapassado. "Cerca de metade das pessoas que produzem o pão e o folar tem cerca de 40 anos, o que nos dá uma segurança relativamente à continuidade de uma realidade económica tradicional importante em Ílhavo", refere Ribau Esteves, presidente da Câmara, que ontem homenageou as 18 padeiras.
À velhice das padeiras seguiu- -se outro perigo. "Por volta de 2000, a nova legislação obrigou ao cumprimento de regras mais exigentes do ponto de vista higiénico ou sanitário, mas as pessoas adaptaram-se à nova realidade e exceptuando um ou outro caso, cujo processo de regularização está a decorrer, a situação foi ultrapassada, lembra o autarca.
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Leia mais no JN, o artigo de João Paulo Costa

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Os livros sagrados e a sua leitura crítica
Lê-se em Josué, um dos livros da Bíblia, capítulo 10, versículos 12-13: "No dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, Josué falou ao Senhor e disse, na presença dos israelitas: 'Detém-te, ó Sol, sobre Guibeon'. E o Sol parou no meio do céu e não se apressou a pôr-se durante quase um dia inteiro."
Este é o passo famoso que deu origem à oposição dos representantes da Igreja a Galileu e à ciência. Como podia ser a Terra a girar, se a Bíblia diz que o Sol parou? Mas já na altura Galileu foi mais avisado do que os seus opositores, quando contrapôs que a Bíblia não nos diz como é o céu mas como se vai para o Céu.
Que a leitura dos livros sagrados não pode ser literal mostra-se inclusivamente pelo facto de eles conterem erros científicos no domínio da física, da astronomia, da história. Pense-se, por exemplo, em todos os debates cegos à volta do Génesis e concretamente do mito da criação, quando se não percebe que não se trata de informação científica de física ou biologia, mas de uma mensagem religiosa em linguagem mítica: James Usher, arcebispo de Armagh e primaz de toda a Irlanda (1581-1656) pretendeu saber a data da criação da Terra: 23 de Outubro de 4004 a. C., tendo Bertrand Russell observado corrosivamente que esse dia caiu numa sexta-feira, já que Deus descansou no sábado! Há também o caso risível de um teólogo de Münster que, no século XIX, pretendeu apresentar uma prova "científica" da existência do inferno no interior da Terra, argumentando com os vulcões! É claro que teologias ridículas como estas só podem contribuir para o aumento do número dos ateus.
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Leia mais em DN