domingo, 23 de outubro de 2005

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES: 23 de Oububro

OS NÚMEROS DAS MISSÕES CATÓLICAS :: A Congregação para a Evangelização dos Povos apresenta no “Guia das Missões Católicas 2005” os números da acção da Igreja, após 25 anos sem uma publicação deste género ::
Desde 1989 até hoje, foram erigidas 134 novas Circunscrições eclesiásticas, e cerca de 150 sofreram modificações. Actualmente, à Congregação para a Evangelização dos Povos são confiadas um total de 1.069 Circunscrições eclesiásticas, quase 30% de todas as Circunscrições eclesiásticas da Igreja no mundo. Nelas contam-se 180 Arquidioceses Metropolitanas, 750 Dioceses, 1 Abadia Territorial, 72 Vicariatos Apostólicos, 45 Prelatura Apostólicas, 4 Administrações Apostólicas, 11 Missões "sui iuris" e 6 Ordinariatos Militares. O maior número de Circunscrições eclesiásticas encontra-se na África, onde são 477; segue-se a Ásia, com 453; a América, com 80; a Oceania, com 45 e a Europa, com 14.
Ao serviço da "Missio ad gentes" trabalham cerca de 85.000 sacerdotes, dos quais 52.000 pertencem ao clero diocesano; 33.000 são religiosos. Relativamente à distribuição territorial, 27.000 actuam na África; 44.000 na Ásia; 6.000 na América; 5.000 na Oceania e 3.000 na Europa. A sua actividade missionaria recebe o apoio, além disso, de 28.000 religiosos não sacerdotes, 45.000 religiosas e de 1.650.000 catequistas.
O Dicastério da Cúria Romana para as missões acompanha a formação espiritual e académica de 280 Seminários Maiores interdiocesanos, e de 110 Seminários Menores, garantido-lhes também um subsídio económico.
Um último dado que emerge é o contribuição que a Congregação deu na construção de inúmeras igrejas-capelas (principalmente para as pequenas comunidades espalhadas na áreas rurais). A isso, acrescentam-se actividades educacionais (cerca de 42.000 escolas); actividades de saúde (1.600 hospitais, mais de 6.000 centros de saúde, 780 leprosários); actividades de recreação e sociais (12.000 iniciativas).
FONTE: ECCLESIA

GOMES CANOTILHO DEFENDE REVISÃO PROFUNDA DA CONSTITUIÇÃO

Constitucionalista diz que é preciso aprofundar esquemas de transparência e combate à corrupção Um artigo de Leonete Botelho
O constitucionalista Joaquim Gomes Canotilho defende a necessidade de uma "profunda revisão constitucional", mas de sentido diferente ao que "se anda a agitar no dia-a-dia nos jornais", como é a questão dos poderes do Presidente da República. "Eu penso que há problemas de organização do poder político, mas que não são estes que são agitados", afirmou ao PÚBLICO, antecipando uma intervenção que fará em breve no Porto. Em seu entender, o que necessita de intervenção são questões ligadas sobretudo à fiscalização do Estado. "É preciso aprofundar a ideia da transparência das instituições, introduzir esquemas de combate eficaz à corrupção. É todo um conjunto de esquemas que hoje fazem parte da chamada "excelência da governação" que não está a ser introduzida no país", advoga.
Um dos instrumentos que o professor de Coimbra considera essencial ser transportado para o aparelho de Estado é o controlo de avaliação das instituições. "É um controlo que está a ser experimentado em tudo, que as empresas privadas têm, que está em curso nas Universidades, mas que devia ser alargado a todos os sectores do Estado, inclusive do Governo", defende. "O engenheiro Sócrates anda a dizer que ele próprio devia ser avaliado [enquanto primeiro-ministro], mas isso deve ser feito com esquemas mais profundos, mais institucionais e formais", considera.
A "excelência da governação", especifica, passa pela consagração da ideia da responsabilidade, de avaliação das instituições, da comparabilidade das instituições. Em termos de avaliação e responsabilidade no sistema actual, dá como exemplo o sector da Justiça: "O juiz presta contas a alguém? E o procurador? Quem é que responde perante o povo", questiona. Para defender que "temos de inovar, introduzindo um sistema de perguntas que há no sistema americano. Cá está uma dimensão presidencialista".
No próprio aparelho de Estado, Gomes Canotilho considera que é preciso mexer tanto a nível central como local e regional, desde o regime de financiamento das autarquias aos objectivos do Conselho de Estado. "O Parlamento não precisa de um staff melhor para exercer as suas funções de controlo, mesmo que seja à custa da diminuição do número de deputados?", interroga. Para afirmar que "há uma série de tópicos que é preciso agitar para renovar verdadeiramente a organização do sistema político".
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Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Padre João Gonçalves


Apenas um mandamento 

Se todos os valores estivessem profundamente assumidos por todos, não seriam precisos mandamentos, nem leis, nem ordens; todos sabiam o que fazer e como fazer, para não se prejudicar a si, nem aos outros, nem ofender a Deus. Todavia, a nossa fragilidade precisa da ajuda de normas e leis. 
Para o Cristão, há uma só Lei, um só Mandamento, porque todos os outros mandamentos se resumem e vão dar apenas no Mandamento de amar. Mas, se todos andássemos atentos a Deus e aos irmãos, até este seria dispensável, por ter sido já suficientemente assumido como normal comportamento.
Amar é colocar-se num patamar que ultrapassa tudo quanto está estabelecido como regra; quem apenas cumpre normas é “servo inútil”; quem ama, de verdade, cumpre as regras todas, porque ama, mas também se coloca na dimensão da heroicidade, da entrega gratuita e total. Amar é dar-se; é procurar mais o bem dos outros do que o seu; é ir, na dedicação e na solidariedade, até à morte; como fez o Mestre... porque essa é a maior prova. 
Por isso, basta-nos um Mandamento.

In "Diálogo", 1045 - XXX DOMINGO COMUM

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Picasa ÍLHAVO: Câmara Municipal

sábado, 22 de outubro de 2005

BOMBEIROS, EXEMPLO A SEGUIR

VOLUNTARIADO: uma opção de todos os dias O Governo português homenageou hoje, em cerimónia pública, os Bombeiros de Portugal, pela sua meritória e indiscutível disponibilidade para servir quem vive momentos de aflição. Foi uma homenagem justa, oportuna e louvável, se atendermos ao muito que estes homens e mulheres dão ao portugueses e ao País, sempre que solicitados e mesmo antes de o serem. Estão sempre prontos e põem o seu voluntariado à frente dos seus interesses e dos interesses das suas famílias. Eu não sei se todos reconhecemos o trabalho dos bombeiros, mas sei que eles merecem, da parte de todos nós, o nosso apoio e o nosso respeito. Mas também sei que o seu exemplo nos deve contagiar a todos, para que saibamos, no dia-a-dia, estar ao serviço dos nossos concidadão, ajudando e acorrendo a quem mais necessidade tem da nossa disponibilidade. Penso que uma forma de nos tornarmos solidários está, ou pode estar, no nosso envolvimento em campanhas de ajuda às vítimas de catástrofes naturais, tão frequentes nos últimos tempos, um pouco por toda a parte. Quantas vezes, ao tomarmos conhecimento do que acontece no mundo, a este nível, nos ficamos pela indiferença ou pelas palavras de circunstância, quando é preciso que contribuamos, de forma concreta, para minimizar o sofrimento dos mais pobres. Urge, pois, passar das palavras aos actos, contribuindo com o que pudermos. Afinal, o voluntariado deve ser uma opção de todos os dias, seguindo, precisamente, o exemplo dos nossos bombeiros. Fernando Martins

BOMBEIROS PORTUGUESES HOMENAGEADOS

Posted by Picasa Governo assume fracasso na protecção florestal
O ministro da Administração Interna, António Costa, reconheceu hoje o fracasso das políticas de protecção florestal e assegurou um aumento de 13 por cento nas verbas do Orçamento de Estado com destino à protecção civil. O governante falava no Parque das Nações, em Lisboa, onde se realizou uma cerimónia de homenagem pública aos bombeiros portugueses, no âmbito da qual foram condecorados a título póstumo os 12 bombeiros que, este ano, perderam a vida no combate às chamas. A cerimónia contou coma presença do primeiro-ministro, José Sócrates.
António Costa revelou ainda que o Governo convocou "um conselho de ministros extraordinário para o próximo sábado com o objectivo de analisar as conclusões do relatório da Agência para a Prevenção dos Incêndios Florestais".
A propósito da vaga de incêndios deste ano – 35 mil fogos que queimaram cerca de 300 mil hectares de floresta – o ministro lembrou que, em 2005 ocorreram "seis dos dez dias em que, nos últimos cinco anos, o risco de incêndio foi mais elevado".
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Um poema de Luís de Camões

Posted by Picasa Luís de Camões DESCALÇA VAI PARA A FONTE Descalça vai para a fonte Leonor pela verdura; vai fermosa e não segura. Leva na cabeça o pote, o testo nas mãos de prata, cinta de fina escarlata, sainho de chamalote; traz a vasquinha de cote, mais branca que a neve pura; vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, cabelos de ouro o trançado, fita de cor de encarnado, tão linda que o mundo espanta; chove nela graça tanta que dá graça à fermosura; vai fermosa e não segura.