domingo, 28 de agosto de 2005

MONA LISA: Sorriso enigmático



Sorriso de Mona Lisa é uma ilusão de ótica


Numa comunicação ao Congresso Europeu de Percepção Visual, que está a decorrer na Corunha, Galiza, a neurobióloga Margaret Livingstone explicou que o sorriso pintado por Leonardo da Vinci desaparece quando se olha directamente para ele e reaparece quando o olhar se fixa noutras partes do quadro. Na perspectiva desta investigadora da Universidade de Harvard, o artista criou a ilusão ao usar no século XVI, "intuitivamente", um truque que só agora começa a ter base científica. 
A teoria de Livingstone apoia-se no facto do olho humano ter uma visão central, muito boa para reconhecer pormenores, e outra periférica, muito menos precisa, mas mais adequada, para perceber as sombras. "Da Vinci pintou o sorriso da Mona Lisa usando sombras que vemos muito melhor com a nossa visão periférica", afirmou. 
Por isso, para ver a Gioconda sorrir é preciso olhar para os seus olhos ou para qualquer outra parte do quadro, desde que os lábios fiquem no campo da visão periférica. Depois de publicar a teoria de que a expressão se deve ao acto da visão central ter mais alta resolução do que a periférica, a investigadora estuda agora por que razão tantos génios da pintura tinham algum grau de deficiência.

Fonte: Rádio Renascença

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Picasa Foto do "site da paróquia da Glória CRUZEIRO GÓTICO-MANUELINO
De passagem pela Sé de Aveiro, não deixe de entrar, para, entre outras coisas, apreciar o Cruzeiro Gótico-Manuelino, obra de grande beleza, de oficina coimbrã, dos finais do século XV. É decorado pelos símbolos dos Evangelistas e por cenas da paixão de Cristo. É Monumento Nacional.
No exterior da Sé, no largo fronteiro, há uma réplica. No entanto, vale sempre a pena apreciar o original.
NB: Pode ver outras fotos do "site" da paróquia da Glória, acedendo através dos Links incluídos no meu blogue. Ver ao lado.

GAFANHA DA NAZARÉ

Posted by Picasa Forte: Boca da Barra
Coisas bonitas da minha terra Jamais esquecerei o espanto e o entusiasmo com que pessoa amiga me falou, há muito tempo, de coisas bonitas que apreciou na minha terra. Falaram-lhe da Ria de Aveiro e do mar a perder de vista e a espraiar-se em areais que nunca mais acabam, e veio para ver. Foi um fim-de-semana que nunca mais esqueceu, como me segredou. Contou-me da água que o abraçava por todos os lados, do cheiro a maresia que lhe inundava as narinas, das ilhotas que o desafiavam a atravessar a laguna, da beleza dos moliceiros que então emprestavam às águas mansas um colorido único, da paisagem sem limites que viu do cimo do farol, da paciência dos pescadores desportivos que ficam, como que hipnotizados, à espera que o peixe estique a linha da pesca, das gaivotas que ilustram os ares e de tantas e tantas outras coisas que nem sempre sabemos apreciar. Ao que ia ouvindo, confirmava, por gestos e por palavras, que esta região paradisíaca bem merece ser mais conhecida, mais apreciada e mais divulgada, por cada um dos residentes. É o que procuro fazer, desde há muito, sem que alguém precise de me encomendar o sermão. No entanto, tenho de reconhecer que não estou só nesta barca bonita, que é a região abraçada pela laguna aveirense e pelo oceano. As autarquias locais, Juntas e Câmaras, não se cansam de promover estas terras, oferecendo às populações residentes e a quem as visita, com regularidade ou esporadicamente, iniciativas culturais, recreativas, desportivas e sociais. Importa, contudo, que todos as saibam aproveitar e divulgar. Fernando Martins

CREOULA CHEGOU E JÁ PREPARA NOVA VIAGEM

Posted by Picasa CREOULA A CHEGADA DE UM NAVIO PODE SER SEMPRE UMA FESTA
Navio que chegue à barra de Aveiro, se trouxer gente da região ou se for famoso, por qualquer motivo, é certo e sabido que não falta quem queira presenciar a entrada. Sempre foi assim, e ontem, a meio da manhã, o paredão junto à boca da barra estava cheio de gente.
A chegada do Creoula, o Navio de Treino de Mar, serviu de atracção para quem gosta de presenciar o espectáculo da entrada de um barco como este, que trazia gente jovem a bordo, em especial das escolas básicas e secundárias do concelho.
Antigo bacalhoeiro, de pesca nos dóris, de que os portugueses foram os últimos praticantes no mundo, o Creoula foi, em boa hora, recuperado para continuar a navegar e a mostrar aos jovens, o que é muito importante, o dia-a-dia a bordo de um navio como este, de tantas e tão ricas vivências.
Estas viagens têm sido organizadas pela Câmara Municipal de Ílhavo, ou não fosse este concelho o de mais fortes tradições ao nível da pesca do bacalhau, verdade esta bem conhecia e bem retratada no Museu Marítimo da cidade maruja.
Os interessados numa experiência como esta podem dirigir-se à autarquia ilhavense.
F.M.

AVEIRO: Passeios pela Ria

Posted by Picasa Canal Central Passeios pela Ria com muitos interessados
O "PÚBLICO" divulgou hoje que os passeios pela Ria atraem 40 mil turistas por ano. Os estrangeiros optam pelos moliceiros e os portugueses, talvez mais comodistas, preferem as lanchas. Pelos vistos, esta aposta de gente de visão está a ser um sucesso.
Claro que os passeios pela Ria proporcionam, como diversas vezes aqui disse, uma panorâmica diferente da região ribeirinha, com todos os encantos das margens a sobressaírem. Por isso, vale a pena experimentar, até porque, a partir das 10 horas, as saídas são de hora a hora.
O passeio dura cerca de uma hora e custa 7 euros para adultos e 3,3 euros para crianças. Os interessados na experiência de um passeio diferente podem inscrever-se através do telemóvel 967088183.
Se gostar, e mesmo se não gostar, diga alguma coisa.
F.M.

Um artigo de Sílvio Couto

Andar na estrada e (poder) escapar com vida!
Pela enésima vez temos de reflectir sobre quanto acontece nas estradas – nacionais, auto-estradas (scuts ou a pagar), itinerários (principais ou complementares), camarárias/municipais, nas ruas/avenidas – seja pela circulação de veículos ou de pessoas, seja pelas consequências (muitas delas trágicas) dos muitos e mais variados acidentes.
Em épocas de maior tráfego há campanhas – de prevenção, de repressão ou de acompanhamento – para ver se os efeitos são menos negros ou mortíferos. Pelo Natal/Ano novo, pela Páscoa, nas férias de verão, nas ‘pontes’ entre feriados (nacionais ou locais)... somos chamados a redobrar a atenção porque o tráfego automóvel se intensifica e as manobras perigosas espreitam – sobretudo as dos outros, por que cada um de nós se tem por ser ‘bom condutor’! – em cada canto e, mais não seja, por que as multas são mesmo a doer.
Desiluda-se quem julgava que, com o agravamento das coimas pelas infracções ao ‘código da estrada’ (vigente desde finais de Março), tudo ia ser menos grave ou até mais fácil... no cumprimento das mais elementares regras de convivência/concorrência no asfalto. De facto, muitas das questões poder-se-ão reduzir a ‘problemas de educação’ e essa não se aprende nem com castigos nem com repressão e tão pouco com multas! Por muito que nos custe a todos aceitar: em Portugal conduz-se mal, perigosa e (até) criminosamente.
(Para ler mais, clique aqui)

DEFESA DA VIDA E LIBERDADE RELIGIOSA

Os temas prioritários da cena mundial, segundo o Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz
“Defesa da vida, liberdade religiosa, paz e direitos humanos, são os temas prioritários da cena mundial” - explicou o cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz.
O purpurado italiano expôs a sua análise na intervenção sobre o tema "Ao serviço do homem moderno. A doutrina social da Igreja", num debate realizado no "Meeting" organizado pela "Comunhão e Libertação", em Rímini (Itália).
Segundo o cardeal, os âmbitos prioritários do compromisso na sociedade, à luz das exigências evangélicas e das principais necessidades da humanidade, são a vida, a liberdade religiosa, a paz e os direitos humanos. A defesa da vida, desde a sua concepção até à morte natural, e a sua promoção, é “de fundamental importância para a acção dos cristãos no âmbito social” - precisou.

sábado, 27 de agosto de 2005

CRONISTAS PESSIMISTAS

PORTUGAL não está irremediavelmente perdido
Quem no dia-a-dia lê os habituais cronistas da imprensa portuguesa não pode deixar de sentir o pessimismo que por aí vai. Até dá a impressão de que Portugal está irremediavelmente perdido, com uma democracia moribunda e sem salvação possível. Nada mais errado, como é óbvio. A crise económica e política que os portugueses, na sua grande maioria, experimentam é muito igual a outras que os mais velhos bem conhecem e, tal como de outras vezes, haverá sempre uma saída, mais tarde ou mais cedo. Afinal, como diz o velho ditado, depois da tempestade vem a bonança. Dizem alguns cronistas que a crise é como uma doença incurável e que a morte é iminente, dando a entender que não há quem nos salve. Para muitos, todos os políticos que nos governam não passam de uns incompetentes, mostrando-se incapazes de encontrar respostas para os problemas que nos afligem. E raros são os cronistas que mostram paciência para acreditar que as crises, sejam elas quais forem, não se ultrapassam de um dia para o outro. Reconheço que muitos governantes cometem erros (quem os não comete?), que as decisões nem sempre são como as que muita gente espera, que há políticos sem audácia e sem capacidade rápida de decisão, mas também não tenho razões para duvidar da honestidade de quem ocupa os cargos públicos. Há que dar tempo ao tempo, há que acreditar em melhores dias, há que confiar nos que o povo elegeu, há que cooperar, cada um à sua medida, nas propostas positivas do Governo, há que repudiar os que dizem mal de tudo e de todos, há que não alinhar com os que defendem políticas do quanto pior melhor, há que insistir na defesa da perenidade de Portugal multissecular. Fernando Martins

Mar da Praia da Barra

Posted by Picasa Mar da Praia da Barra Um poema da António Ramos Rosa O MAR
Ondas que descansam no seu gesto nupcial
abrem-se caem
amorosamente sobre os próprios lábios
e a areia
ancas verdes violetas na violência viva
rumor do ilimite na gravidez da água
sussurros gritos minerais inércia magnífica
volúpia de agonia movimentos de amor
morte em cada onda sublevação inaugural
abre-se o corpo que ama na consciência nua
e o corpo é o instante nunca mais e sempre
ó seios e nuvens que na areia se despenham
ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosa
só silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
ó eternidade do mar ensimesmado unânime
em amor e desamor de anónimos amplexos
múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes
ó mar ó presença ondulada do infinito
ó retorno incessante da paixão frigidíssima
ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente
ó catedral profunda que desmoronando-se permanece!
In Facilidade do Ar
Lisboa, Caminho, 1990

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

GAFANHA DA NAZARÉ: Festa da Padroeira

Posted by Picasa Igreja matriz da Gafanha da Nazaré AS FESTAS APROXIMAM AS PESSOAS
Este fim-de-semana vai ser de festa rija na Gafanha da Nazaré, em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Nazaré. À volta da igreja matriz já não faltam as tendas, grandes e pequenas, de comerciantes e diversões, que aproveitam os festejos tradicionais para colaborarem na animação. Mas a festa em honra da Padroeira não é, nem pode ser, apenas isto, já que nem só de animações profanas vivem as pessoas. A parte religiosa tem de ter um espaço próprio e condigno, sem se deixar absorver pelas diversões, também importantes. Quem olha para os cartazes, lá pode ver que há celebrações eucarísticas, uma das quais, a das 11 horas de domingo, será solenizada, e a tradicional procissão que percorre um itinerário bastante conhecido. As festas são (como sempre foram, aliás) um excelente motivo para aproximar as pessoas. E se pensarmos que é no mês de Agosto que os emigrantes vêm à terra natal e que nesta época também muitos gafanhões gozam as suas merecidas férias, então mais razões teremos para sublinhar a importância dos festejos em honra de Nossa Senhora da Nazaré. Embora, por temperamento, não seja muito dado a festas, não posso deixar de reconhecer que nelas se proporcionam encontros entre pessoas que já não se viam há muito tempo, que há convívios entre famílias que aproveitam a circunstância para se reunirem e que a alegria e a reflexão partilhadas em torno de Nossa Senhora da Nazaré podem ajudar a afugentar o stresse e a recriar amizades. Claro que estas festas também têm, por vezes, os seus exageros, a meu ver: há foguetes a mais, nem sempre os artistas convidados se adequam a um ambiente que não pode dispensar o religioso, e que por vezes se esquecem programas culturais, que seriam uma mais-valia para a formação integral do povo. Fernando Martins