domingo, 27 de fevereiro de 2005

Vamos ouvir LISZT

Liszt, um compositor que merece ser ouvido 
com mais frequência

Estando em casa, podemos ouvir um clássico da música. Liszt, talvez o maior músico de todos os tempos, como o classificou o seu genro Richard Wagner, foi, de facto, um genial pianista e um expressivo compositor, que muitas vezes compôs para si próprio. Como compositor e intérprete, explorou o piano até à exaustão. Nasceu em 22 de Outubro de 1811, na Hungria, e faleceu em Bayreuth, em 1 de Agosto de 1886, depois de uma vida artística e familiar bastante agitada. 
Deu concertos em todas as grandes cidades da Europa e no fim da vida exilou-se do mundo, tendo recebido ordens menores. O CD a que vou dedicar uma parte do dia de hoje oferece-nos dois concertos para piano e um poema sinfónico. São composições que nos envolvem pelo lirismo, por vezes rapsódico, que se enquadra no romantismo. 
O poema sinfónico revela a mestria de Liszt no domínio da orquestração e uma sensibilidade única.

LEITURAS

Com o frio, apetece ficar por casa. Por isso, vou sugerir algumas leituras. A primeira é, como habitualmente, de Frei Bento Domingues, no PÚBLICO, intitulada “A mulher de Samaria”, e a segunda, no mesmo jornal, é de António Barreto, e tem por título “Querer. Poder. E saber”. Do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, sugiro “Nós, os povos europeus”, de Diogo Pires Aurélio.
No DIÁRIO DE AVEIRO pode ler "Amiais, a aldeia que vai entrar nos roteiros turísticos", um artigo de Rui Cunha.

sábado, 26 de fevereiro de 2005

Fórum da Juventude na Gafanha da Nazaré

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré 

A Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou um Fórum da Juventude no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. Trata-se de um espaço vocacionado para ocupação de tempos livres, com oferta de várias opções, nomeadamente ludoteca, mediateca e acesso à Internet. 
Este Fórum será, assim se espera, uma mais-valia para todos os jovens que apostam em tempos de lazer sadios.

BLOGAVEIRO dinamiza exposição itinerante

 
Aspecto da exposição

O BlogAveiro, que mora já em http://blogaveiro.blogspot.com, foi apresentado hoje, pelas 11 horas, no átrio de entrada do grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro. Trata-se de um projecto coordenado por Dinis Pedro Alves, responsável pela aula de Fotojornalismo do ISCIA (Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração).
Paralelamente ao lançamento do BlogAveiro, mais vocacionado para a fotografia artística, houve a exposição de diversos trabalhos fotográficos dos alunos do 4º ano daquela disciplina, muitos dos quais denotam uma sensibilidade bastante apurada. Esta mostra, que será enriquecida com muitas outras fotos, vai ser itinerante, apresentando-se, brevemente, no museu Etnográfico da Praia de Mira (5 de Março), em Coimbra (Abril) e em Arouca (Maio). 
Na Casa da Juventude de Aveiro podem ser apreciadas diversas fotografias dos alunos do ISCIA, durante mais uns dias. O BlogAveiro, que não se esgota na fotografia artística, vai ser ponto de encontro das pessoas que gostam de Aveiro e sua região, frisou Dinis Alves, que se apresentou apenas como "agente provocador", junto dos alunos do ISCIA, ajudando-os a ultrapassar barreiras.

LEITURAS

Hoje há muito para ler, porque há tempo e jornais e revistas a desafiarem-nos. O que eu achar melhor, aqui vou sugerindo. Para começar, um conjunto de textos, de António Marujo, publicados no PÚBLICO, sobre a situação clínica do PAPA, e não só. No mesmo jornal, de Helena Matos, "Eng., não nos desengane!" No Diário de Notícias, leia "E agora, José?"

"CONVERSAS" NO CUFC

Padre Alexandre Cruz e Dra. Margarida Cardoso
O BUDISMO aposta na serenidade plena Margarida Cardoso, da União Budista Portuguesa, esteve no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), na quarta-feira, à noite, para falar sobre Budismo. Com uma sala cheia, presidiu à "conversa" o Padre Alexandre Cruz, director daquele centro, que salientou a premência de todas as religiões e filosofias se unirem para a defesa de uma ética universal. Moderou António Martins, docente da Universidade de Aveiro, que sublinhou a importância de conhecermos outras formas de pensar, para convivermos com os outros, sendo mais tolerantes. O primeiro desafio para se perceber o Budismo partiu de um convite, original entre nós, lançado pela palestrante: "Sentados comodamente, mãos sobre os joelhos, olhos fechados; vamos sentir o ar a entrar e a sair pelas narinas; vamos ouvir o barulho da sala... e agora o silêncio; deixemos entrar os pensamentos...". Isto, porque o Budismo é essencialmente uma filosofia de vida, uma prática enriquecida por experiências de meditação, um estado de consciência límpido, luminoso, de compaixão e de sabedoria, frisou Margarida Cardoso. A convidada do CUFC recordou que Buda, meio milénio antes de Cristo, abandonou os prazeres para procurar a iluminação, que só será conseguida através da atenção que prestarmos a "grandes verdades", as quais nos conduzem à libertação interior absoluta. Disse que o sofrimento tem origem no desejo, que a eliminação do desejo leva ao fim do sofrimento, e que, quando atingirmos esta fase, ao longo de uma caminhada de intenções, acções, recolhimento e concentração puros, alcançaremos o nirvana, ausência total da dor, meta perseguida pelos budistas. Questionada sobre o dia-a-dia, entre os ocidentais, da vivência budista, Margarida Cardoso referiu que todos têm "vidas normais, com casa, família e trabalho". Reúnem-se para meditar, para se tornarem "mais conscientes do momento presente", tendo sempre em conta a busca das "boas relações com as pessoas", o interesse por tudo quanto os rodeia, segundo uma ética assente na positiva. "Não basta não roubar; temos de ser generosos", adiantou. "Os budistas ultrapassam com mais facilidade as situações de stresse, porque aprendem a relaxar nos encontros de meditação, também conhecidos por yoga", disse. Sobre a vida para além da morte, Margarida Cardoso afirmou que defendem o renascimento, que definiu como "ciclos de existência sem fim". Referiu que, quando nós morremos, "se é que morremos", o que vai permanecer são "marcas, fluxos de energia e de consciência, que são a nossa continuidade, o nosso renascimento". Não aceitam Deus, nem qualquer ente criador, "porque o grande arquitecto é a mente humana", sublinhou. Mas também não são dogmáticos, até porque há imensos mestres e escolas budistas que têm, como matriz comum, tão-só a procura da perfeição, que conduzirá à iluminação, ao nirvana, que é, afinal, a serenidade plena. Fernando Martins

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

Renúncia não entra nos planos de João Paulo II

João Paulo II continua a comunicar por escrito, tendo manifestado a intenção de levar a sua missão, como Papa, até ao fim. O porta-voz do Vaticano revelou que, após a operação, João Paulo II escreveu num bilhete "eu sou sempre Totus tuus(todo teu)", o lema do seu Pontificado, que figura nas armas pontifícias e que remete para a sua devoção a Nossa Senhora. "Que é que me fizeram?", escreveu ainda. Joaquín Navarro-Valls disse que este foi o primeiro gesto do Papa assim que saiu da sala de operações, ainda sob o efeito da anestesia. Enquanto o Papa está doente, a gestão dos assuntos correntes do Vaticano e da Cúria ficam a cargo do Cardeal Angelo Sodano. Vários especialistas em Direito Canónico foram unânimes em afirmar que, mesmo a partir de um hospital, é possível a quem governa a Igreja exprimir a sua vontade, dar ordens e disposições. Para saber mais, clique aqui.