Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XVI
Jesus insiste no recurso às parábolas para dar a conhecer a novidade do reino de Deus em relação às situações vividas pelos seus ouvintes e, por meio deles, às gerações de todos os tempos. Mateus – o evangelista narrador – agrupa em sete a série do início da missão e termina-a com uma pergunta aliciante aos discípulos: “Compreendestes tudo isto?” E como a resposta é afirmativa, acrescenta que quem se torna discípulo do Reino “é como um pai de família que tira do seu baú coisas novas e velhas”. Ou seja a novidade não anula os valores já contidos nas tradições judaicas/Lei e em outras culturas, mas dá-lhes pleno sentido, purificando-os de interpretações desviantes e elevando-os a sinais transparentes do projecto de salvação, de que o reino é configuração singular.
O Papa Francisco, no comentário deste domingo, afirma: “Entre as parábolas presentes no Evangelho de hoje, há uma bastante complexa, cuja explicação oferece aos discípulos: é a do trigo e do joio que enfrenta o problema do mal no mundo, pondo em evidência a paciência de Deus” … A paciência evangélica não é indiferença diante do mal; não se pode fazer confusão entre o bem e o mal”.