sábado, 17 de agosto de 2019

Espólio do Porto de Aveiro - Forte da Barra



A newsletter do Porto de Aveiro, que subscrevi e recebo regularmente, brinda-me com curiosidades que bastante aprecio. Desta feita, chegou-me esta foto que terá, pelo que se nota, outras semelhantes. Aqui a partilho, com a devida vénia, com os meus leitores e amigos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

ANGE - Lá voltarei sem me cansar




Gosto da marina da ANGE (Associação Náutica da Gafanha da Encarnação), que encontro sempre cuidada, com a Costa Nova à vista, em jeito de desafio para uma visita. A barca da passagem, tantas vezes cantada, já passou à história que o novos tempos têm outros meios. Passagem de barca, só em momentos de reconstituição história, que acho muito bem que se façam. E se eu puder entrar nela, lá estarei.
Pudesse eu (e muitos de nós!) possuir uma lancha, por mais modesta que fosse, e também ali teria um lugar cativo, para em dias serenos navegar pela ria com passagem obrigatória pelas nossas praias e aldeias ribeirinhas, tantas vezes ignoradas pelos viajantes que preferem as águas calmas ao movimento tantas vezes caótico das nossas estradas, sobretudo em épocas de veraneio. Ontem, por exemplo, desejando visitar as praias, tive de recuar para fugir às filas de trânsito comuns nesta época. 
Voltando à marina da ANGE, recebi conselho de andar à vontade, com a recomendação de que até poderia levar um barco às costas se assim o desejasse. Uma maneira simpática de acolher quem chega àquele recanto paradisíaco, onde apetece estar horas a fio a olhar as águas mansas, transparentes e desafiantes. Lá voltarei sem me cansar.

F. M.

Polo Norte na Gafanha da Nazaré?



Polo Norte na Gafanha da Nazaré? Não! Apenas a decoração feliz de um edifício na zona portuária da Gafanha da Nazaré. Não há quem resista à beleza da imagem.

Georgino Rocha - Fogo aceso, pronto a incendiar

DOMINGO XX



A declaração de Jesus não pode ser mais provocadora: “Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda? … Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão”. Lc 12, 49-53. Desde agora “a coisa” é outra: fogo que incendeie; divisão que gera paz.
Os discípulos, como nós ainda hoje, devem ter ficado chocados e perplexos. Ainda que Lucas – o autor da narrativa – tenha juntado, num só texto, várias sentenças, a mensagem surge tão radical que deixa intrigados a todos. E, naturalmente, nasce o espírito da busca do sentido mais profundo, o impulso da curiosidade mais abrangente do contexto, a força do desejo de verificar a coerência do proceder de Jesus.
“As palavras de Jesus sobre o fogo que veio trazer, afirma Manicardi, recordam à nossa cristandade cansada e às nossas velhas Igrejas que o cristianismo é vida e fogo, paixão e desejo, aventura e beleza”. E cita o pensamento de Atenágoras, patriarca de Constantinopla: “O cristianismo não é feito de proibições: é vida, fogo, criação, iluminação”. 
A caminhada para Jerusalém, cidade onde Jesus receberá o baptismo de que fala o nosso texto, continua. Aqui vai ocorrer o enfrentamento com os adversários – defensores da ordem estabelecida que, em muitos pontos fundamentais, contraria a proposta de Deus de que Jesus é portador e anunciador. Aqui vai manifestar-se, publicamente, quem está a favor ou é contra. Aqui ergue-se, humilhante, a cruz dolorosa que viria a ser transformada em Cruz gloriosa na manhã de Páscoa.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Gastronomia: Feijoada de Línguas e Samos de Bacalhau



Ingredientes: 

500 g Feijão branco cozido 
250 g Línguas de bacalhau demolhadas 
250 g Samos de bacalhau demolhados 
150 g Cebola picada 
50 g Alho picado 
150 g Chouriço corrente 
150 g Cenoura aos cubos 
150 g Tomate maduro aos cubos 
1 Ramo de cheiros (salsa, louro, ..) 
1 dl Vinho branco 
0,5 dl Azeite virgem extra 
1 Ramo de hortelã 
Sal, pimenta preta e piripiri q.b. 

Preparação: 

Num tacho, comece por refogar a cebola com o alho e o ramo de cheiros. Junte o chouriço corrente cortado em meias-luas e refresque com vinho branco. 
Adicione o tomate picado e o feijão. 
Junte um pouco de caldo do feijão e deixe guisar durante alguns minutos. 
Acrescente as línguas cortadas em pedaços médios e continue a guisar durante alguns minutos. Retifique o tempero de sal e acrescente piripiri e pimenta preta. 
Corte os samos em tiras finas, passe pela farinha e frite-os em óleo quente de forma a ficarem bem dourados e estaladiços. 
Sirva acompanhado de arroz branco, com as tirinhas de samos fritos e umas folhas de hortelã. Bom apetite! 

Receita gentilmente cedida pelo Chef Gonçalo Santos, da EFTA – Escola de Formação em Turismo de Aveiro, entidade parceira do Festival do Bacalhau. 

Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI

terça-feira, 13 de agosto de 2019

O Festival do Bacalhau foi um êxito

Boa disposição à mesa com bons petiscos de bacalhau (Foto da CMI)

Feito o balanço provisório, há sinais concretos de que o Festival do Bacalhau,  que decorreu no Jardim Oudinot, no passado fim de semana, foi um êxito, havendo a promessa de que no próximo ano ainda será melhor. Sendo assim, congratulo-me pelos resultados alcançados e pelo entusiasmo manifestado pela Câmara de Ílhavo no sentido de apostar com redobrada força para que o Jardim Oudinot, uma bela sala de visitas da nossa terra, continue a ser motivo de orgulho para toda a região. 
O "fiel amigo" foi rei durante o Festival, congregando famílias e pessoas oriundas de várias zonas do país, mas não podemos esquecer tudo o que serviu de atração naquele privilegiado espaço banhado pelo laguna, destacando-se, a meu ver, os concertos musicais, os concursos, os pavilhões, o Navio-museu Santo André, a corrida mais louca, as velhas pasteleiras com ciclistas vestidos a rigor, à moda antiga, e tantas outras festas que animaram os visitantes, encaminhando toda a gente para os petiscos recriados à volta do rei-bacalhau. 
Quem, como eu, não pôde participar no Festival, por razões diversas, não terá hipótese de falar, em rigor, do que realmente aconteceu. Contudo, porque ouvi e li encomiásticos pareceres sobre o festival deste ano, não posso deixar de salientar que esta festa foi e continuará a ser motivo de visita à nossa região no ferial mês de Agosto. 
Os meus parabéns à autarquia municipal pela festa que promoveu e organizou, mas ainda a todas as instituições concelhias, e não só, que deram o seu melhor ao Festival do Bacalhau de 2019. Para 2020 haverá mais. 

Fernando Martins

Georgino Rocha - Festa da Assunção de Maria, Mãe de Jesus


“Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre 
e Te amamentou ao seu peito”

A liturgia da vigília da festa da Assunção de Nossa Senhora proclama o Evangelho do encontro de Jesus com a mulher do povo que ouvia entusiasmada a sua pregação. “Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito”, exclama no meio da multidão. Era a ressonância vibrante do coração feminino àquilo que escutava e a fazia exultar. Era a voz dos humildes a erguer-se em público e a anunciar a felicidade que pressentia na Mãe de Jesus. Era a afirmação do valor da geração, da maternidade e da amamentação para o equilíbrio da relação “mãe e filho”, embora intervenham outros factores. Era um “hino” velado ao ambiente familiar onde se inicia a educação humana. 
A festa é a exultação festiva que o povo cristão vive, após a intervenção de Pio XII que, em 1950, declara solenemente o dogma da Assunção e oficializa o que era professado há muitos séculos. O Papa, bom conhecedor da tradição da Igreja, antes de tomar esta decisão, tem em conta o sentir do povo cristão, designadamente bispos, teólogos e outros fiéis. Não porque tivesse dúvidas, mas por reconhecer que o Espírito Santo distribui os seus dons pelos fiéis e para proclamar com a sua máxima autoridade, a autenticidade da fé que, há séculos, se vinha professando na Igreja.