terça-feira, 10 de julho de 2018

A fé pode ajudar nas dificuldades?

Os jovens e o professor que estiveram presos na gruta

«Quando os mergulhadores encontraram os rapazes presos na gruta da Tailândia, todos estavam a meditar. O treinador foi monge budista. Pode a religião explicar como o grupo conseguiu sobreviver?» 

Diversas vezes ouvi e li que a religião pode criar o ambiente propício à vitória da serenidade e confiança sobre o desânimo e as dificuldades. Também poderá ser fator de cura de doenças e angústias. E li hoje que a «crença funciona como uma capa invisível e protetora. A pessoa com fé acaba por criar uma ilusão alternativa que a faz ter a convicção de que poderá estar protegida de certas adversidades, sejam elas naturais ou outra.»

Marta Leite Ferreira escreve no Observador sobre isso.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Domingo do Mar voltado para trabalho indigno e poluição

«Deixo uma palavra particular aos que vivem situações de trabalho indigno no mar, bem como aos que se empenham para libertar os mares da poluição»
Papa Francisco


Pescador no seu bote na pesca do bacalhau
O Papa Francisco associou-se no Vaticano à celebração do Domingo do Mar, 8 de julho, na Igreja Católica, evocando situações de «trabalho indigno» e a poluição dos oceanos. «Deixo uma palavra particular aos que vivem situações de trabalho indigno no mar, bem como aos que se empenham para libertar os mares da poluição». Francisco recordou aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro que a Igreja Católica celebra hoje um domingo especial, dedicado aos pescadores e aos trabalhadores do mar, sublinhando que reza por eles e pelas suas famílias, bem como pelos capelães e voluntários do Apostolado do Mar, conforme li na Ecclesia
«Ao celebrar o Domingo do Mar, somos convidados a lembrar aos cerca de 1 200 000 marinheiros de todas as nacionalidades, que professam diferentes crenças, forçados a viver durante vários meses no espaço confinado de um navio, separados de suas famílias e entes queridos, sem poderem participar dos eventos familiares mais importantes e significativos (aniversários, formatura etc.) e estar presente durante os períodos de experiência e dificuldades, como doença e morte», afirmou numa mensagem para aquele domingo o Cardeal Peter A. Turkson, Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. 
Na mesma mensagem, o Cardeal Peter A. Turkson frisou que «os marítimos desempenham um papel significativo na economia global, transportando 90% de todos os bens que usamos em nossas vidas diárias em todo o mundo». Disse ainda que, por esta razão, «quando oramos por essas pessoas, onde quer que estejam, também queremos expressar a nossa gratidão pelo seu trabalho, pesado e cheio de sacrifícios». 
O Apostolado do Mar, que teve a sua expressão mais significativa no clube Stella Maris, sediado na Gafanha da Nazaré, tinha por princípio celebrar o Domingo do Mar no próprio dia, havendo, durante anos, diversas iniciativas de âmbito espiritual, social e cultural dirigidas aos homens do mar e suas famílias. Contudo, com as mudanças verificadas ao longo das últimas décadas, ao nível das estruturas portuárias, com espaços operacionais em três locais diferentes, ficou limitada a ação do Stella Maris, que foi obrigado a fechar portas. Nestas circunstâncias, importa, a nosso ver, refletir sobre o assunto. 

Fernando Martins

Caos na Ponte da Barra

Imagem da Rádio Terra Nova

Ontem à noite, aconteceu o caos na ponte da Barra, com filas intermináveis a bloquearem saídas e entradas, por força das obras em curso relacionadas com os acessos desnivelados. O bom tempo, que trouxe às nossas praias da Barra e Costa Nova muitos veraneantes, terá contribuído para esta situação. Tudo aponta para o fim do problema, com a inauguração da rotunda no próximo fim de semana, concretamente no dia 13. Os acabamentos ficarão para setembro.

Fonte: Terra Nova 

A Arte de Ajudar

“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”,  
um livro de Alexandre Awi Mello, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt 


“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual” é um livro de Alexandre Awi Mello, presbítero do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, com mestrado em Teologia, especializado em aconselhamento pastoral. O Papa Francisco nomeou-o, em agosto de 2016, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. A edição portuguesa é da Lucerna e tem 173 páginas. 
No Prólogo, o autor refere que este seu livro foi «fruto de um trabalho académico», no qual recolheu «a sabedoria de um grande mestre do acompanhamento espiritual, o Pe. José Kentenich, fundador de um amplo movimento pedagógico e espiritual, o Movimento de Schoenstatt». O Pe. Alexandre evoca o Pe. Gilberto Cavani, «que colaborou na revisão da tradução», e a Irmã M. Nilza, «pelo trabalho de revisão final». O Pe. Gilberto viveu na Gafanha da Nazaré, como coadjutor, tendo substituído o pároco, Pe. Rubens, durante a sua doença,  na altura em que a nossa paróquia esteve sob a responsabilidade dos padres de Schoenstatt. 
Joachim Schmiedl, Presidente da Secção Alemã da Sociedade Europeia de Teologia Católica, que prefaciou “A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”, afirma que o diálogo entre psicologia e teologia, «mais precisamente a teologia pastoral, é um dos grandes desafios do nosso tempo», porque se ocupam do homem e da sua capacitação para uma vida mais saudável, no sentido pleno da palavra». 
Depois da Introdução, o autor apresenta o Pe. Kentenich, que levou «uma vida inteira a acompanhar vidas», com enfoque na «vida da alma», numa perspetiva do «ideal pessoal», sempre tendo em conta a «Ação do Espírito Santo, o verdadeiro diretor espiritual». 
Alexandre Awi Mello desenvolve no 3.º capítulo as «atitudes fundamentais no acompanhamento», considerando a importância da arte de acompanhar a vida, onde tem de sobressair o respeito, o amor, a escuta compreensiva e a autenticidade. 
No capítulo 4.º, frisa a mais-valia que advém de uma paternidade/maternidade responsável. E sublinha que o acompanhamento orientador deve seguir uma condução lúcida, interpretar processos de alma e apontar ideais e metas claras. 
O autor sublinha, no 5.º capítulo, que o Pe. Kentenich se adianta à prática pastoral do seu tempo, «como no caso do acompanhamento pastoral, que merece hoje em dia uma especial atenção». Para o fundador do Movimento de Schoenstatt, «a presença de Deus é sumamente importante como imanente ao diálogo e à relação pessoal». 
«O agente pastoral, “paternal e servidor”, é (…) um “representante” de Deus, uma “transparência” do “Deus acompanhante incondicional”, um instrumento do Espírito Santo, e o “agente pastoral por excelência”», concluiu o Pe. Alexandre Awi Mello. 

Fernando Martins 

NOTA: Trata-se de um livro fundamental para todos os schoenstattianos, especialmente para os que exercem missões no âmbito do acompanhamento espiritual.

domingo, 8 de julho de 2018

Não há milagres? (2)

Bento Domingues

«Alguns julgam-se heróis da mudança pelo regresso ao que julgam ser a Santa Missa de Sempre, que nunca existiu como missa de sempre. Andam para trás para se realizarem como estátuas de sal, fruto de uma incurável miopia»

1. O mal resulta da ausência de um bem que deveria existir, seja na natureza, seja no agir humano. A serenidade desta lucidez metafísica tem um inconveniente: ou é linguagem de robot para robots ou um insulto a quem sofre. As ciências estudam as causas desses disfuncionamentos, os processos de os evitar e os remédios da sua cura. Dizem-me que a imortalidade está no horizonte lógico da ciência. A promessa da longevidade e da juventude ilimitadas vai de encontro ao nosso desejo de viver bem, com saúde e sem envelhecimento. Esta conjectura agradável não pode evitar interrogações de carácter social, político, económico, cultural e ético. Os pós-humanistas julgam que essa hora chegará mais depressa do que se imagina. Até lá, mais vale encarar o facto de uma existência limitada que privilegia os laços da amizade e da solidariedade efectiva. A história do sofrimento dos inocentes deita para o caixote do lixo qualquer especulação sobre o mal.
Repete-se, desde Epicuro (séc. III a. C), dos modos mais diversos, que Deus e o mal não podem coabitar. O mal é um escândalo e um problema para qualquer ser humano, mas especialmente para quem é religioso. Um mundo com mal e sem Deus talvez fosse menos problemático, pois ou Deus quer eliminar o mal e não pode, ou pode e não quer. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer é mau.
Nunca me impressionou muito essa conversa centrada num Deus encurralado pela lógica totalitária, sem espaço para a responsabilidade humana.

Bolsas para os melhores caloiros na UA

Mais de 160 estudantes contemplados 


Melhores caloiros da Universidade de Aveiro 
recebem bolsa no valor da propina

«Todos os caloiros que escolham a Universidade de Aveiro (UA) como primeira opção no concurso nacional de acesso e que tenham uma nota de candidatura igual ou superior a 17,5 valores vão receber uma bolsa no valor total da propina durante o primeiro ano. Os estudantes contemplados podem, inclusive, beneficiar deste incentivo até ao final da licenciatura e, caso prossigam os estudos, do mestrado, bastando para isso que, ao longo dos anos e sem interrupções, se mantenham com uma média igual ou superior a 17,5.»

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NOTA: Sou dos que defendem o reconhecimento do mérito. Neste caso, na minha opinião, os caloiros com média igual ou superior a 17,5 são uma garantia de que o Estado e a sociedade não perdem dinheiro com eles. À partida, terão todas as hipóteses de singrar na vida com sucesso.

sábado, 7 de julho de 2018

Papa recebe fato de astronauta


Astronautas da Estação Espacial Internacional ofereceram hoje (8 de junho) ao papa Francisco uma réplica do fato-macaco azul que usaram na missão da plataforma, a 53.ª, que decorreu entre setembro e dezembro de 2017.

«Dado que o hábito faz o monge, pensámos mandar fazer-lhe um fato de voo como o nosso», afirmou o engenheiro italiano Paolo Nespoli durante a audiência no Vaticano, a que Francisco respondeu: «Ok, então você vai planear a minha viagem».

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FÉRIAS: Colónia Agrícola









Em tempo de férias, de olhos bem abertos, vá à descoberta da Colónia Agrícola. Faça umas boas fotografias e procure conhecer a história daquele espaço verdejante. Verá que vale a pena. E já agora, faça como antigamente. Leve um farnel e respire o ar puro.

Nota: Eu dou uma ajuda para conhecer a Colónia Agrícola 

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Papa lembra compromissos ecológicos



O Papa Francisco, apesar da sua  idade avançada, continua atento à vida (ir)responsável de todos os cidadãos, estados e instituições, denunciando o que urge fazer em defesa do planeta Terra. Hoje, no Vaticano, defendeu um maior compromisso ecológico ao nível dos governos e instituições financeiras internacionais, exigindo a todos que honrem os objetivos assumidos no Acordo de Paris, em 2015. “Todos sabemos que muito deve ser feito para concretizar este acordo. Todos os governos deveriam esforçar-se para honrar os compromissos assumidos em Paris para evitar as piores consequências da crise climática”, 
Se é verdade que Governos e instituições financeiras, entre outras, têm obrigações na área do ambiente, também é justo frisar que o mesmo tem de ser pedido a todos os cidadãos, a começar por cada um de nós. Realmente, temos de agir com empenho, antes de clamarmos contra a inoperância dos governos e das autarquias.

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Alegrai-vos e exultai

Anselmo Borges

«A vida é uma missão, que se cumpre na contemplação e na acção. O que não santifica é "um compromisso movido pela ansiedade, o orgulho, a necessidade de aparecer e dominar", "as novidades contínuas dos meios tecnológicos, o fascínio de viajar, as inúmeras ofertas de consumo", menosprezando os momentos de quietude, solidão e silêncio para estar consigo e diante de Deus, ou quando "tudo se enche de palavras, prazeres epidérmicos e rumores a uma velocidade cada vez maior; aqui não reina a alegria, mas a insatisfação de quem não sabe para que vive".»


1. Estava eu numa aula sobre uma compreensão holística de saúde e, dirigindo-me a uma aluna, perguntei: "Gostava de ser santa, não gostava?" E ela, aflita e cortante: "Não, nem pensar nisso!". Acrescentei: "No entanto, se pensar bem, é isso que todos queremos ser." E comecei a explicar, começando pelo tema em questão: o da saúde. Eu estou bem, mas bastaria uma unha encravada no dedo mindinho do pé esquerdo para já me sentir mal. A saúde está no funcionamento harmónico de todos os órgãos do corpo. Mas não basta, pois se eu não me der bem comigo, também me sinto mal. Há gente que não pode ver certas pessoas, só de vê-las ficam doentes. Para estar são, é necessária uma relação boa com os outros. E se o que há para contemplar for apenas lixeiras? A saúde requer também uma relação bela e sadia com a natureza. Ah, e com a transcendência... Isso é dito, aliás, nas próprias palavras, no seu étimo. Saúde vem do latim salute, que significa simultaneamente saúde e salvação.