quarta-feira, 14 de março de 2018

RIA DE AVEIRO VAI SER DESASSOREADA

Ministro do Ambiente anuncia empreitada 
de 23,5ME para desassorear 
Ria de Aveiro 



«O ministro do Ambiente anunciou  que a empreitada para o desassoreamento da Ria de Aveiro, que representa um investimento de 23,5 milhões de euros, vai ser lançada na segunda quinzena de maio.  "Na segunda quinzena de maio será lançada a empreitada de desassoreamento da Ria de Aveiro, investimento de 23,5 milhões de euros, tão desejada há tanto tempo", disse. 
João Pedro Matos Fernandes falava no Museu Marítimo de Ílhavo, na sessão de apresentação dos Investimentos do Ministério do Ambiente, financiados pelo PO SEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), na área da proteção do litoral.»

Li no Diário de Notícias

NOTA: Só temos que nos congratular com esta notícia, já que a nossa ria necessita de ser limpa com regularidade, pois a sua qualidade paisagística, económica e turística, bem como a sua  posição de espelho da região, isso mesmo exigem.  

MORREU O FÍSICO STEPHEN HAWKING

«Todos os dias pode ser o meu último, 
eu desejo tirar o máximo de cada minuto»



«Apesar de sofrer de esclerose lateral amiotrófica desde os 21 anos, Hawking surpreendeu os médicos ao viver mais de 50 anos com esta doença fatal, caracterizada pela degeneração dos neurónios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.
Em 1985, uma grave pneumonia deixou-o a respirar por um tubo, forçando-o, desde então, a comunicar através de um sintetizador de voz eletrónico.
"Eu vivi cinco décadas mais do que os médicos haviam predito. Eu tentei fazer bom uso do meu tempo", disse no documentário "Hawking", de 2013. "Porque todos os dias pode ser o meu último, eu desejo tirar o máximo de cada minuto", acrescentou.»

Ler mais no DN 

NOTA: Hawking foi um cientista de renome que não fugiu às questões, mesmo quando eram controversas. Fisicamente limitadíssimo, a sua inteligência superou imensas dificuldades para legar à humanidade teorias, conceitos e saberes sobre o universo insondável para o comum dos mortais.

terça-feira, 13 de março de 2018

FRANCISCO – PAPA HÁ CINCO ANOS

Papa Francisco dirige as primeiras palavras ao mundo

Ando desde manhã a pensar no Papa Francisco, que celebra (celebramos) hoje cinco anos de pontificado. Muito se tem escrito e dito, de viva voz, sobre a efeméride que tanto diz a crentes e mesmo a não crentes, tal a força do carisma de quem ocupa a cadeira de Pedro, usando um estilo singular. Quem vier depois dele, poderá ser também figura preponderante no contexto universal, mas jamais conseguirá, a meu ver, marcar o mundo com gestos tão fortes, tão envolventes, tão sinceros, tão determinados e tão importantes, como o tem feito o Papa Francisco, desde a primeira hora em que se apresentou, na janela do Vaticano, como o que veio do outro lado do mundo para ser bispo de Roma. 
Durante a minha vida, estive atento aos Papas da minha geração, desde Pio XII até Francisco, passando por João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI. Uns marcaram-me mais do que outros, como é natural, mas Francisco está, indubitavelmente, no meu coração de crente como um Papa especial, diferente e  original
No Papa Francisco, vejo a verdade da fé que se reflete em nós por meio de gestos simples, a ousadia com que enfrenta os nossos quotidianos, a liberdade de quem está comprometido com respostas para os dramas da humanidade, a capacidade de dialogar e de promover o diálogo entre povos, nações e religiões, a proposta de cuidar da casa comum e de assumir a alegria do Evangelho. Mas ainda a coragem com que denuncia as injustiças sociais, a pobreza, a fome, o desemprego, os desalojados, os imigrantes, as guerras e a intolerância. 
Que Deus o ajude a levar por diante a missão de humanizar o mundo e a própria Igreja Católica, onde não faltam os que sofrem de alzheimer espiritual e os carreiristas,  capazes de tudo para lhe dificultarem a visão profética de que os nossos tempos precisam.

AS MENTIRAS NOS CURRÍCULOS




As mentiras dos currículos continuam com lugar cativo nos órgãos de comunicação social e noutras áreas. Mesmo nas relações pessoais diárias, é frequente o tratamento de doutor, engenheiro e outros títulos académicos, como se as pessoas em causa não pudessem sobreviver com o seu nome, muito simplesmente. É uma pena que o ser humano não consiga prescindir de alusões aos seus conhecimentos científicos e graus académicos, impondo-se, naturalmente, pela sua personalidade e disponibilidade para servir a comunidade e os que o envolvem no dia a dia. 
Vezes sem conta já me vi na necessidade de esclarecer que eu, Fernando Martins, valho unicamente pelo que sou, dispensando, em absoluto, títulos que não possuo. Sou o que sou e nada mais do que isso. 
É claro que nas minhas relações tenho encontrado de tudo: pessoas analfabetas, apesar dos graus académicos que ostentam na lapela; e pessoas humildes, mas sábias, que leem e estudam, tornando-se úteis à sociedade em várias frentes. 
A simplicidade tem, realmente, de se sobrepor às vaidades. O mundo é dos humildes de corações fraternos.

IGNORAR OS OUTROS NÃO É CULPA DA TECNOLOGIA


Um texto de João Pedro Pereira 


«O cenário será familiar a muitos leitores: num almoço ou jantar, o interlocutor parece apenas semi-atento à conversa. Consulta o telemóvel com frequência e até pega no aparelho, o olhar afundado no ecrã e o dedo a deslizar por uma qualquer aplicação, enquanto garante que está a ouvir o que estamos a dizer. Alguns respondem a mensagens (cuja urgência nunca sabemos se é real), outros – com maior ou menor pudor – chegam a abrir o Facebook ou o Instagram. Muitas pessoas já tiveram conversas (em alguns casos, monólogos) com este tipo de interlocutor irritante. Muitos já terão também cedido à tentação irreprimível de pegar no telemóvel enquanto alguém à frente está a falar.» 

NOTA: A pertinência é por demais evidente. Eu próprio fico intrigado e incomodado quando estou com alguém que se dá à má educação de estar a falar comigo ao mesmo tempo que responde a mensagens via Facebook. E quando interrompo a conversa para os deixar comunicar, não é raro ouvir: continue a falar que eu estou a ouvir…

FILARMÓNICA GAFANHENSE - CONCERTO PRIMAVERA


A melhor maneira de homenagear a nossa Filarmónica Gafanhense passa por participar nas suas festas, em especial nos concertos, aplaudindo as suas atuações e os seus dirigentes, maestros e executantes. O Concerto Primavera, anunciado com bastante tempo de antecedência, vai ser uma excelente oportunidade de provar quanto gostamos da Filarmónica Gafanhense.

segunda-feira, 12 de março de 2018

FOTO COM HISTÓRIA: LOTA DE AVEIRO

Lota, Porto de Pesca, Aveiro - 1959

Os arquivos históricos, de entidades oficiais ou particulares e mesmo de cidadãos, têm o mérito, quando partilhados, de nos ajudarem a descobrir o viver de outras eras. Tenho para mim que não faltará quem seja  capaz de identificar algumas destas pessoas. 

Nota: Foto publicada pela Comunidade Portuária

FEIRA DE MARÇO EM AVEIRO


Como habitualmente, vai realizar-se em Aveiro a multissecular Feira de Março, com programa variado e ao gosto de jovens e menos jovens. Tenciono passar por lá ao jeito de quem cumpre uma promessa que pago desde a juventude. Depois, a voltinha da praxe, olho atento em alguma novidade e a rotina do sabor de uma fartura. Desejo que outros, talvez muitos milhares de aveirenses e forasteiros, saibam usufruir da nossa Feira de Março.

domingo, 11 de março de 2018

FIGUEIRA DA FOZ: PROJETOR NO CAE



O que passa à história não tem necessariamente que ir para o lixo. No CAE (Centro de Artes e Espetáculos), Figueira da Foz, a velha máquina de projetar está em exposição no primeiro piso, num recanto, bem perto dos anfiteatros. Quem passa (sobretudo os jovens), poderá ficar a saber como se projetavam os filmes, em tempos não muito longínquos. Presentemente, julgo eu, tudo estará mais simplificado com as novas tecnologias.

SALVAR OU CONDENAR?

Frei Bento Domingues no PÚBLICO

Frei Bento Domingues

1. Nunca fui pároco, mas sempre aceitei com prazer celebrar o baptismo de crianças e, cada vez mais, de adolescentes e adultos. Estava eu, há muitos anos, a começar uma celebração e, como sugeria o ritual, convidei os pais e os padrinhos a fazerem o sinal da cruz na fronte da criança. Ouvi alguém sussurrar: A Igreja começa cedo a crucificar os seus fiéis.
Foi uma preciosa ajuda para nunca mais esquecer que os trabalhos da “descrucifixão” devem começar logo no primeiro momento da iniciação cristã. Urge transformar um símbolo do horror num programa de vida dedicado a tornar este mundo devastado em terra de alegria. Os textos do Novo Testamento, resultado de um processo de memória e escrita das primeiras quatro gerações cristãs, existem, no dizer de S. João, para que, conhecendo e seguindo Jesus Cristo, a nossa alegria seja completa [1]. É arriscado, nos limites duma crónica, procurar desfazer alguns equívocos sobre a transformação da simbólica da cruz, pois há o perigo de criar outros piores. É um risco que aceitei, neste espaço do PÚBLICO, há 28 anos.

2. Foi, em Nazaré, que Jesus apresentou as linhas fundamentais do programa da sua missão. Pela sua abrupta e enigmática ousadia teológica, recusando celebrar a ira de Deus, provocou a primeira ameaça de morte que, na altura, não o assustou nem o levou a alterar o seu caminho [2].
S. Paulo, que não terá conhecido o Nazareno na sua condição terrestre, teimou em fazer de Jesus crucificado o tema incontornável da sua pregação sem fronteiras. Ele próprio reconhece que a sua proposta era puro escândalo para os judeus e uma loucura para os gentios. Nunca desistiu de mostrar que Jesus crucificado é a subversão do messianismo judaico e da sabedoria mundana de todos os tempos. É estranho, mas aquele salto louco no escuro estava, para ele, cheio de misteriosa luz [3].
Nos Actos dos Apóstolos, S. Pedro, acusado e preso, atreve-se a dizer perante o Sinédrio: é Jesus Nazareno que vós crucificastes e que Deus ressuscitou de entre os mortos, o único nome, debaixo do céu, pelo qual devemos ser salvos.