terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Padre Miguel: Uma evocação oportuna

Texto de Humberto Rocha, 
no blogue Schoenstatt Aveiro






«Falar do Padre Miguel Lencastre é bem difícil, por se tratar duma figura carismática, multifacetada, que não deixava ninguém indiferente.
Quanto ao aspecto espiritual e religioso do Padre Miguel, deixo a pesquisa desses atributos para outros, bem mais abalizados do que eu e que poderão dar o contributo exacto do Ser privilegiado que foi, na sua passagem terrena.
Homem de fé, convém, no entanto, recordar que o Padre Miguel não impunha a ninguém o seu credo, mas a fé imanava dele, naturalmente, pela sua maneira de se dirigir e tratar os outros.
Era Homem capaz de reunir à sua volta e sentar à mesma mesa as pessoas mais díspares, de diferentes crenças religiosas, ou até agnósticos ou ateus.
Tanto se sentia bem com os seus amigos de todos os dias, como com os Repúblicos Kágados, antigos ou actuais, artistas como Zé Penicheiro ou gente ligada ao mar.
Era capaz de recolhimento, mas igualmente alteava a sua voz no lançamento enérgico do grito dos Kágados… Ekeiá…á.
Senhor duma forte personalidade, irradiava uma alegria esfuziante, que a todos contagiava.»


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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Terrenos para jovens agricultores



«A procura de terrenos para cultivo, a título gratuito, sobretudo por jovens, está a exceder a oferta das autarquias, que avançaram com bolsas de terras ou hortas comunitárias para dar utilidade a terrenos desaproveitados.
Estarreja, que estabeleceu em 2012 as primeiras 10 hortas comunitárias no centro urbano, junto ao Quartel de Bombeiros, rapidamente triplicou os lotes ocupados e já em janeiro atribuiu mais seis.
“A adesão tem aumentado e hoje são cultivados 44 lotes. Em janeiro deste ano atribuímos mais seis”, descreve Rosa Simão, vereadora da Câmara de Estarreja.»

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NOTA: Há pouco tempo, muita terra agrícola estava abandonada no nosso país. Na agricultura, predominavam e julgo que  ainda predominam os menos jovens. A crise pode dar uma grande volta à situação, com a juventude a assumir a agricultura. Gente jovem, decerto com mais cultura académica, poderá gerar a inovação e a criatividade nos campos de Portugal. Ainda bem.

Postal Ilustrado: Forte da Barra

Forte da Barra em dia de festa

O Forte da Barra, localizado na ilha da Mó do Meio, Gafanha da Nazaré, foi  considerado imóvel de interesse público pelo Decreto-lei número 735/74 de 21 de dezembro. Este antigo forte, também conhecido
por Forte Novo ou Castelo da Gafanha, é um imóvel do século XVII, embora haja quem o considere anterior.Trata-se de "uma obra do tipo abaluartado, restando, actualmente, uma pequena cortina de dois meios baluartes.  Depois que deixou de ser necessária a defesa do Rio Vouga, foram edificadas construções sobre a cortina e o meio baluarte norte. Também o espaço entre os dois meios baluartes foi afectado. No baluarte sul foi erguida uma torre de sinalização mas, nesse lado, ainda é visível parte da escarpa, cordão e três canhoeiras, cortadas no parapeito. Os dois meios baluartes remontam, assim parece, a épocas diferentes.  O flanco norte aparenta ser oblíquo à cortina, enquanto o do sul é perpendicular. Também as linhas rasantes não são do mesmo ângulo". Assim reza a descrição do Inventário Artístico de Portugal, de Nogueira Gonçalves.

F.M.

SAUDADES


"Ainda está a acontecer e já tenho saudades: as coisas e as saudades acontecem enquanto podem e ocupam o lugar da vida, da razão e do pensamento. Para não falar no sentimento que, ao contrário do que se espera e quer, impera sempre e prevalece.

A tristeza está tão próxima da alegria como a vida vivida está da morte imaginada. Vivemos. Morremos. É pena que estes dois verbos estejam associados."

Miguel Esteves Cardoso

Público de ontem

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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Código genético (1)

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

Bento Domingues


1. Fui interpelado acerca do texto do Domingo passado com duas perguntas pouco inocentes: haverá um baptismo para homens e outro para mulheres e será possível abordar o baptismo cristão sem falar da democracia na Igreja?
As tentativas de “resposta” só podem ser de ordem histórica e teológica. Na Idade Média, perante a floresta de símbolos que povoavam o imaginário sagrado do culto, das devoções e superstições, foram recortadas sete celebrações fundamentais, os sete sacramentos. No registo do pensamento analógico, são entendidos como irradiações da Páscoa de Cristo, nas etapas mais típicas e estruturantes da vida sacramental da Igreja. O baptismo é a porta de entrada, personalizada e comunitária, num processo vital da graça transfiguradora da existência humana no seu devir espiritual, do nascimento à morte, na esperança da ressurreição. A omnipresença da graça não suprime a liberdade humana nem o mistério da iniquidade actuante na nossa história.
No código genético cristão, não se conhece um baptismo para homens e outro para mulheres. Sendo assim, elas perguntam: qual é a deficiência natural ou sobrenatural de que sofremos para não podermos ser chamadas a receber o sacramento da ordem integrado pelo diaconado, presbiterado e episcopado?

sábado, 1 de fevereiro de 2014

AVEIRO: Casa do Bombeiro

Uma medida acertada




«Às 11 horas da manhã de ontem, quem passasse pela Rua Mário Sacramento já não encontrava a inscrição “Junta de Freguesia da Glória” na fachada do edifício onde durante anos funcionaram os serviços daquela autarquia. No seu lugar foi posta uma placa onde se lê “Casa do Bombeiro”, um projecto sócio-educativo que os Bombeiros Velhos inauguram hoje, no âmbito das comemorações do seu 132.º aniversário.
A Casa do Bombeiro foi criada no âmbito do projecto “Chama Viva”, que arrancou em 2012 com uma cantina social dedicada aos bombeiros e seus familiares, servindo perto de 50 refeições diárias no quartel da corporação.
A cantina vai manter-se, mas a esse serviço vão juntar-se outros pela mão da “Chama Viva”, revelou ao Diário de Aveiro o comandante da corporação, Carlos Pires, durante uma visita guiada às novas instalações, ontem de manhã.»

“Memórias a Mil Vozes”



Para reviver o passado, próximo ou mais afastado

“Memórias a Mil Vozes” é um livro com recordações de sete pessoas (Albertina Vaz, Conceição Cação, Dores Picado Topete, Fernanda Reigota, José Luís Vaz, Júlia Sardo e Maria Jorge) que delegaram em Ana e Miguel, as personagens à volta das quais as estórias se revelam, «como se de um filme se tratasse», a arte de os representar. 
Este trabalho, que nasceu como projeto de um grupo assente na Escrita Criativa, guia os leitores, com poesia e muito sabor, numa caminhada que reflete «os últimos sessenta anos de um povo que atravessou o longo túnel de todos os esquecimentos e surge renovado e repleto duma esperança que quer preservar», como se lê na contracapa.
As estórias em boa hora registadas neste livro de 396 páginas, editado por Chiado Editora, conduzem os leitores a vivências comuns a muita gente de várias gerações e estratos sociais, sendo certo que predomina, no essencial, o povo da nossa terra e região, com alegrias e tristezas, lutas e desafios, sonhos concretizados ou adiados, projetos de um mundo melhor, ideal permanentemente de portas abertas a quem não se conforma com a dormência em que alguns vegetam por comodismo ou conformismo. 

Os autores, da esquerda para a direita: Júlia Sardo, Dores Topete,
 Conceição Cação,  José Luís Vaz,  Maria Jorge,
Albertina Vaz e Fernanda Reigota 

Mandela: o milagre do perdão

Crónica de Anselmo Borges, 
no DN

Anselmo Borges


Ainda se pode dizer algo que não tenha já sido dito sobre Nelson Mandela, perante quem o mundo todo se inclinou, em sinal de respeito e veneração, aquando da sua morte a 5 de Dezembro passado, aos 95 anos? Já antes também.

Estive várias vezes na África do Sul, ainda no tempo do apartheid. Ainda vi, por exemplo, em bancos de jardim ou indicação de praia, a ordem: "Whites only" (só para brancos). Se pude visitar o Soweto, foi porque o afável bispo católico de Joanesburgo, que não era racista, pediu ao pároco negro que me acompanhasse. E foi com muita simpatia que me receberam.

A casa aberta do Pai

«A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. Um dos sinais concretos desta abertura é ter, por todo o lado, igrejas com as portas abertas. Assim, se alguém quiser seguir uma moção do Espírito e se aproximar à procura de Deus, não esbarrará com a frieza duma porta fechada. Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Baptismo.»

Papa Francisco, 
em A Alegria do Evangelho

A Festa da Apresentação de Jesus

Uma reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha


A apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém constitui um acontecimento marcante na série de factos que manifestam a sua identidade e missão. É uma nova Epifania que está centrada no encontro de Simeão e de Ana, símbolos de uma humanidade insatisfeita com o presente e aberta ao futuro da esperança. É uma festa judaica que contém em gérmen e desvenda em profecia o propósito que dá sentido à vida de Jesus: “Estar na casa do Pai”, fazer a sua vontade e anunciar o Evangelho do Reino. É um ritual familiar que celebra uma etapa significativa na inserção religiosa e social de Maria e José que vão apresentar o seu Menino ao Senhor e serem reconhecidos pela autoridade do Templo, cumprindo os preceitos da Lei. Que belo exemplo deixam aos pais que sentem o impulso natural de apresentar os seus filhos a Deus, agradecer o dom da vida e pedir a bênção para a aventura iniciada!