domingo, 4 de agosto de 2013

Os gafanhões vistos por outros — 6



«são denominados gafanhões os habitantes da Gafanha. O seu tipo fisionómico denuncia feição árabe. Os homens são robustos e de boas formas e as mulheres de mediana estatura, mas cheias e vigorosas. São de caráter expansivo e índole benévola. É raridade o casamento de um gafanhão, homem ou mulher, fora da colónia, que talvez por isso conserva imutável a sua feição primitiva.»


Em artigo de Rocha Madail, 
citado no livro “Gafanha da Nazaré — Escola e comunidade numa sociedade em mudança”, 
de Jorge Arroteia e outros

sábado, 3 de agosto de 2013

Igreja demasiado débil

No DN de hoje

Papa Francisco: uma revolução tranquila



«Aos eclesiásticos: "Fazem falta bispos que amem a pobreza e não tenham psicologia de príncipes." "Devem ser pastores, próximos das pessoas, pais, irmãos, pacientes e misericordiosos." "Reina a cultura da exclusão e do descartável." Que tenham a coragem de ir contra dois dogmas da sociedade atual, "eficiência e pragmatismo", e "sair ao encontro das periferias, que têm sede de Deus e não têm quem lho anuncie". Devem ir à procura dos "afastados, que são os convidados vip".

Aos políticos: condenou a corrupção e pediu-lhes que sejam humanos, que tenham "sentido ético" e pratiquem o "diálogo, diálogo, diálogo". É preciso "reabilitar a política", que deve estar ao serviço do bem comum, que "evite o elitismo e erradique a pobreza".

Porque é que tantos têm abandonado a Igreja, incluindo "aqueles que parece viverem já sem Deus?" A Igreja "mostrou-se demasiado débil, demasiado afastada das necessidades deles, demasiado fria, demasiado auto-referencial, prisioneira da sua própria linguagem rígida". Talvez tenha tido "respostas para a infância do homem, mas não para a sua idade adulta".»

Anselmo Borges

Multidões de mãos vazias

O valor dos bens e o sentido da vida




«Outrora como agora, a avareza tende a apoderar-se do coração humano que fica sem espaço para mais nada nem ninguém; a fazer-se centro de preocupações absorventes e de atitudes invejosas; a transformar os bens no deus da vida a quem se sacrifica tudo: amizades, família, profissão, honestidade e integridade, futuro que se reduz ao presente fugaz, consciência que se cala perante a conveniência. A erguer celeiros de prosperidade para alguns e a deixar multidões “de mãos vazias”.»

Georgino Rocha


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Curtir umas boas férias


Corroborando tudo o que o autor deste blog tem afirmado, (com uma pontinha de orgulho bairrista) sobre as belezas naturais da nossa boa zona balnear, hoje, constatei isso mesmo, na minha inauguração do período de férias. Foi, ali, na Barra, com o seu imponente farol, num tempo espetacular, em que as águas mal reputadas do nosso Oceano Atlântico, nada ficaram a dever às águas tépidas do Mar Adriático, na costa banhada por ele.
Foi o 1.º dia de Agosto, que começou lindamente, com uma praia a convidar a uns bons mergulhos e a uma fruição intensa das suas potencialidades.
A nossa zona é, de facto muito atrativa e oferece imensas formas de relaxar e curtir umas boas férias.

Férias em tempos difíceis — 2

Leituras




Se as deslocações são caras, se férias fora de casa se tornam incomportáveis para desempregados e profissionais de escassos rendimentos, podemos servir-nos do que temos à mão, relendo, por exemplo, algum livro, porventura capaz de nos guiar em viagens de sonho. As releituras oferecem-nos, à partida, momentos de gozo indiscutíveis. Garantimos isto por experiência própria. Contudo, se houver possibilidades de adquirir ao menos um livro, sugerimos um recente do padre e poeta José Tolentino Mendonça, “Nenhum Caminho será Longo”, uma obra que nos leva a refletir sobre a amizade. Diz o autor que «Gostaria muito que este livro nos colocasse a pensar sobre o significado e a pertinência da amizade nos vários âmbitos: vida pessoal, contextos comunitários e crentes, sociabilidades…A amizade é uma experiência universal e representa, para cada pessoa, um percurso inapagável de humanização e de esperança».
Ainda podemos recorrer às bibliotecas públicas, onde é possível requisitar obras para leitura domiciliária, ou ler jornais e revistas. Também podemos ver filmes, ouvir DVD e CD, bem como consultar enciclopédias.
Boas férias para todos.

Sonhos


"É possível desistir de um sonho, 
apenas por outro sonho ainda maior!" 
Fabio Leto

Batismo no Ferry-Boat

Passagem do Forte da Barra para S. Jacinto 



Fomos fazer o nosso batismo no Ferry-Boat. Apesar de este meio de transporte ligar o Forte da Barra a S. Jacinto há bastante tempo, só agora ousámos fazer a travessia, levando connosco o nosso carrinho. A Lita não se entusiasmou com a ideia, convencida que estava de que a passagem seria complicada, quando afinal é coisa fácil e rápida. 
A entrada no Ferry foi muito acessível, tal como a saída, e a viagem foi serena, que ondulação não havia na Ria. Pudemos assim olhar do meio da laguna o casaria circundante, próximo e mais distante, apreciar o Porto de Aveiro de um ângulo pouco comum e sentir a maresia a invadir-nos todos os poros. 
O preço, com o carro, não é lá muito acessível, mas aceita-se para quem deseja chegar depressa ao outro lado. Foram 10 euros. Mas para os moradores, se precisarem de utilizar o Ferry com regularidade, os custos tornar-se-ão pesados, a não ser que haja tarifas especiais para eles. 
Foi, no fundo, uma experiência agradável, que será repetida quando me der vontade de circular pela marginal que nos liga de S. Jacinto a Ovar, saboreando uma paisagem rara, com um espelho de água a merecer mais dinâmica turística. 
Do outro lado da Ria, pudemos visitar S. Jacinto, onde trabalhei uns tempos, e a Torreira, a praia da meninice e juventude da Lita. Mas disso falarei um dia destes.
Os funcionários apresentaram-se sorridentes, cuidadosos e delicados. Orientavam a entrada e a saída dos carros e garantiam a segurança. O tempo, sem sol a aquecer-nos, não se apresentava frio, mas a luminosidade não era muita. Foi pena.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Museu Marítimo em festa



De 8 a 10 de agosto, o Museu Marítimo de Ílhavo vai celebrar  76 anos ao serviço da cultura, abarcando um significativo conjunto de áreas relacionadas com o Mar e a Ria. No dia 8, os visitantes poderão contar com visitas guiadas e,  na mesma data, pelas 21.30 horas, vai ter lugar a sessão solene comemorativa do aniversário, de que destacamos  a inauguração das exposições “Cápsula do Tempo – Memória da Grande Pesca” e “New Found Land - Fotografia de Luís Monteiro”, a abertura da Sala de Pintura do Museu Marítimo de Ílhavo, a apresentação da Revista do Museu Marítimo de Ílhavo “ARGOS” e, ainda,  a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a TEAM – Truques e Engenhocas Associação de Modelismo.

Ver Programa aqui

Os Arcos



Os Arcos, onde há muitos anos íamos engraxar os sapatos, por mãos hábeis no manejo das escovas e do pano que dava mais brilho e  que até estalava nas mãos dos artistas,  eram a sala de visitas de Aveiro, onde se conversava de tudo e mais alguma coisa. ~
A Casa dos Jornais, do senhor Duarte Augusto Duarte, era também outro ponto de encontro da gente que gostava de ler jornais e revistas. Eu era um dos visitantes. À sexta-feira e aos sábados, à tardinha, lá esperava o "Diário de Lisboa", um vespertino que rivalizava com o "Diário Popular". O primeiro das oposições ao Governo e o segundo conotado com o regime. 
Vezes sem conta presenciei o escritor, médico e político Mário Sacramento, que também aguardava a chegada do jornal, que o Manuel, filho do senhor Duarte, tinha ido levantar à estação da CP. Mário Sacramento era crítico literário do "Diário de Lisboa", tanto quanto me lembro.
Um dia destes passei pela antiga Casa dos Jornais, que permanece no mesmo sítio e, olhando, vi as janelas que convidam a entrar debaixo dos Arcos... Aqui ficam como convite às boas recordações.

Raivas

Para pensar um bocadinho... «Quanta raiva»




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