segunda-feira, 1 de abril de 2013

JOÃO DE BARROS: AQUELE MAR

Junto ao monumento dedicado ao poeta

Aquele mar da minha infância,
bom camarada e meu irmão
a sua voz, o seu olor, sua fragrância
tanto os ouvi e respirei
que trago em mim o seu largo ritmo,
seu ritmo forte,
como se as praias onde espuma
quase me fossem
praias sem fim dentro de mim
ocultas praias, largas praias
do tumultuoso coração…
Aquele mar
meu confidente de horas idas
tudo escutava e adivinhava
do meu pueril e ingénuo anseio.
Nada sonhei que o não dissesse
– frémito de alma, grito ou prece –,
às madrugadas e aos poentes,
ao sol, às nuvens, ao luar,
ora nascendo, ora morrendo
nos longos, longos horizontes
em que se perdia o meu olhar…

JOÃO DE BARROS E O MAR

NA MARGINAL DA FIGUEIRA DA FOZ





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PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

No PÚBLICO de ontem





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Dia do Porto de Aveiro - 3 de abril

UMA DATA PARA RECORDAR




O Porto de Aveiro contribuiu imenso para o desenvolvimento da Gafanha da Nazaré e de toda a região. Sem ele, a nossa terra seria muito diferente. Contudo, desde a abertura da barra, nunca deixaram de ser necessárias obras para que as entradas e saídas de navios pudessem ser possíveis.
Muitos gafanhões trabalharam nas Obras da Barra e muito progresso veio por via disso. Houve alguns atropelos ao ambiente, mas o progresso tem sempre alguns custos. Porém, o cuidado e a atenção dos responsáveis e das demais pessoas da terra e região muito contribuíram para que o Porto de Aveiro seja olhado como um bem a estimar...

Ler Programa aqui

sábado, 30 de março de 2013

Feira Medieval de Buarcos

Hoje gostei de passear pela Feira Medieval de Buarcos, um evento que conta com organização da Vivarte, um grupo especialista neste tipo de evocações históricas, em especial da Idade Média.
A feira termina amanhã, domingo, com dia cheio de figurantes e de representações que são outras tantas lições de história. Recriações, espetáculos de fogo e outros, assalto ao castelo, cortejo histórico, torneios d'Armas e a Cavalo. Tudo junto ao Forte de S. Pedro, com encerramento previsto lá para a meia-noite.
Barracas de comes e bebes, utensílios domésticos, armas da época, bebidas e especiarias, caça e porco no espeto, bolos e ervas para todas as doenças e enxaquecas, diversões e comediantes, músicas e arautos, cavaleiros e guerreiros, de tudo um pouco se viu na feira. Vale a pena uma visita...

JARDIM INTERIOR NO CAE DA FIGUEIRA DA FOZ






Os jardins são recantos de paz e de pureza quando são cuidados. O bom gosto e a beleza, nos jardins, são dádivas de paz e harmonia. No interior dos edifícios, são convite ao recolhimento e à meditação. E é isso que eu sinto no CAE - Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, quando lá vou e me sento, tranquilamente, num canto a ler e a saborear um café.

Não sei a razão por que o CAE não é muito frequentado durante a semana, salvo quando há encontros e festas ou em dias de inauguração de exposições de fotografia e pintura, entre outras artes. Também nas horas de refeições há um regular movimento, porque o bar-restaurante serve bem, passe a publicidade desinteressada que manifesto neste curto escrito.

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É PRECISO CUIDAR DE TODA A CRIAÇÃO

FRANCISCO, BISMARCK E AS BEM-AVENTURANÇAS
Anselmo Borges

Numa obra cimeira, Ser e Tempo, Martin Heidegger, um dos maiores filósofos do século XX, retoma a famosa fábula de Higino sobre o cuidado. O texto latino da fábula conta como Cuidado modelou uma figura a partir do barro, pedindo depois a Júpiter que lhe insuflasse o espírito, levantando-se então uma disputa sobre quem deveria dar o nome a essa figura, pois esse direito era reclamado por Cuidado, por Júpiter e pela Terra. No meio da contenda, foi escolhido Saturno como juiz, que assim decidiu: o nome para a nova criatura será "homem", pois foi feito a partir da terra, "ex humo" (em latim); na morte, Júpiter receberá o seu espírito e a Terra acolherá o corpo. Mas quem o manterá e terá solicitude com ele enquanto viver será Cuidado. Saturno (o Tempo) escolheu Cuidado precisamente pelo papel decisivo que cuidar desempenha na formação, desenvolvimento e manutenção do ser humano até à morte, incluindo o morrer. Para Heidegger, o cuidado é um existenciário, estrutura originária da existência. O que é a existência sem o cuidado, cuidar e ser cuidado?

sexta-feira, 29 de março de 2013

PALAVRAS LEVA-AS O VENTO

VERDADEIRA FELICIDADE
António Marcelino


Foi no Fórum da TSF do dia 20. Ouço sempre quando vou de viagem. As intervenções livres multiplicavam as opiniões sobre “o que é para mim a felicidade”. O tom era quase sempre o mesmo, traduzindo felicidade por bem estar material.
Foi então que apareceu uma senhora. Não fixei nome nem terra de onde telefonava. E disse que também havia felicidade, grande felicidade, em dar e em se dar aos outros. Ela sentia isso mesmo quando ia ao encontro de uma pessoa em solidão, de um doente ou de um casal em dificuldades, quando partilhava com os outros o seu tempo, as suas posses, quando se esquecia de si para pensar e cuidar dos outros. Maior felicidade em dar do que em receber!...
Dito, ficou dito, e muita gente o terá ouvido e o terá guardado. Ninguém sabe o bem que faz quando faz bem. Um testemunho assim, com simplicidade, com verdade, com coragem, aproveitando a antena aberta e quando ninguém responde a ninguém… O testemunho é isto mesmo e é o testemunho que convence, porque palavras leva-as o vento.


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Ainda os Centros Históricos

Por sugestão de Maria Donzília Almeida

SÍLVIA CARDOSO MAIS PERTO DOS ALTARES

Sílvia Cardoso, tia do nosso Padre Miguel Lencastre, foi responsável pela formação e ordenação do primeiro padre português do Movimento de Schoenstatt, Padre António Lobo, que também trabalhou na Gafanha da Nazaré.




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