segunda-feira, 4 de março de 2013

Zenzile Miriam Makeba nasceu neste dia

4 de março de 1932



Um artista na luta anti-Apartheid
Maria Donzília Almeida

Miriam Makeba, cantora sul-africana, nasceu a 4 de março de 1932 e morreu a 10 de novembro de 2008. Foi uma defensora dos direitos humanos no seu país, dominado pelo Apartheid, tendo usado o seu talento em defesa das pessoas oprimidas. Makeba, conhecida como ‘Mamã África’, nasceu em Joanesburgo, e completaria hoje, o seu 81.º aniversário, se fosse viva. 
Para dar mediatismo mundial a uma grande ativista pelos direitos humanos no seu país, devastado pelo Apartheid, Zenzile Miriam Makeba inspira a página principal do motor de busca, com um doodle. O sucesso da luta de Makeba deve-se sobretudo ao seu talento, que lhe concedeu protagonismo, na África do Sul. Miriam começou a cantar em meados de 1950, na juventude, cativando o público com o seu estilo que era um misto de blues norte-americanos e os tradicionais ritmos do seu país de origem. 
No entanto, a dimensão do seu talento não lhe permitiu capitalizar lucros. A homenageada de hoje, vendia inúmeros discos na África do Sul, mas as margens de lucro eram muito reduzidas, além que de não recebia nada pelos royalties. Esta injustiça levou Miriam Makeba a emigrar para os EUA, com a finalidade de viver da música, a sua grande paixão. 
Cerca de 10 anos depois de ter começado a carreira, em meados de 60, ‘Mama Africa’ participa no documentário ‘Come Back, Africa’, cujo objectivo era a luta anti-Apartheid que imperou no país de Nelson Mandela, entre 1948 e 1994. 

04.03.2013

Paté com Lata

Confesso que muitas das vezes já não suporto os debates televisivos sobre política e futebol. São sempre os mesmos a comentar e a debater tais assuntos, numa repetição até à exaustão. Dizem a mesma coisa, têm os mesmos tiques e, pior do que isso, não sabem inovar. Mas sei que há muita gente que delira! Não sei se ganham muito ou pouco pelo que dizem, mas sei que já era tempo de darem o lugar a outros, a não ser que não haja quem os substitua. Noto, também, que rádios e TV passam a vida a entrevistar o mesmo  pessoal do mundo das artes, promovendo os seus produtos, garantindo-nos que todos ficarão para a história. É por isso que eu acho que o melhor, se calhar, é um bom Paté com Lata, feito na hora. 

Perfil do Papa ou perfil da Igreja?

No PÚBLICO de ontem




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Catequistas da Gafanha da Nazaré em encontro anual


Viver o que ensina é lema 
para sempre de qualquer catequista 

Fernanda e Lurdes Matias na festa

Realizou-se no sábado, 2 de março, o quarto encontro de catequistas, antigos e atuais, com organização de Fernando Matias e alguns amigos. O encontro decorreu na Casa José Engling, junto ao Santuário de Schoenstatt, depois da participação na eucaristia das 17 horas, presidida pelo Padre Carlos Alberto, também ele antigo catequista. Participaram 90 pessoas, das mais diversas idades, sendo de registar a presença de catequistas que vêm do tempo das senhoras mestras. 
Na abertura do convívio, um antigo catequista sublinhou a importância dos educadores da fé na vida da Igreja Católica e da sociedade em geral. Frisou que o catequista, quando assume essa missão, jamais deixará de o ser, fundamentalmente pelo testemunho de vida, como batizado e como educador. Tem mesmo de ser modelo para os seus catequizandos e familiares, mas também para toda a gente, na certeza de que, por essa forma, torna muito mais credível a mensagem de Jesus Cristo e o ensino das verdades da Boa Nova, que são matriz da nossa cultura. Viver o que ensina é lema para sempre de qualquer catequista. 
O encontro foi animado pela música e pelos cantares de antanho, que a Fernanda Matias e seus colaboradores souberam pesquisar e apresentar, com a imprescindível participação de músicos, também eles antigos mestres da fé.


domingo, 3 de março de 2013

As manifestações

As manifestações são, sem dúvida, um precioso contributo para a democracia. São necessárias e devem ser consideradas fundamentais numa sociedade livre. A democracia não se esgota nos partidos. Longe disso. Às vezes os partidos até seguem posições antidemocráticas, quando avançam com propostas que não fazem parte dos seus projetos eleitorais. Quanto a números de participantes nas manifestações, há sempre exageros, pois claro.  

Encontro de catequistas da Gafanha da Nazaré



Cantiga  apresentada no encontro de ontem dos antigos e atuais catequistas da Gafanha da Nazaré, que se realizou na Casa José Engling, junto ao Santuário de Schoenstatt, com a participação de 90 pessoas. Esta cantiga foi interpretada numa peregrinação a Fátima, há 53 anos, organizada pela Empresa de Pesca de Aveiro (EPA), mais conhecida por Seca do Egas. Mulheres da Seca e homens de terra e mar encheram dez autocarros. A solista, ao centro, Otília Merendeiro, participou nessa peregrinação.


sábado, 2 de março de 2013

Dormir e fazer...

«Em março tanto durmo quanto faço»

Um provérbio a condizer com a primavera que nos traz, no dia 20 de março, o dia igual à noite. A sabedoria do povo, passada de boca em boca, deixa mensagens simples, poéticas e verdadeiras. Assim o podemos confirmar neste provérbio tão rico de sentido. E daí em diante, os dias começam a crescer, atingindo o seu máximo no dia 21 de junho. Com o frio que tanto nos incomoda, até já sonho com o verão. Venha ele!

Bento XVI: "honesto, íntegro e encantador no trato pessoal"

O testamento do Papa Bento XVI
Anselmo Borges

Anselmo Borges

Agora, é apenas Papa emérito. Mas que ninguém se preocupe com os dois Papas vivos, pois Ratzinger retirou-se, para rezar, meditar, ouvir e tocar música, investigar, "desaparecendo" para o mundo.
Joseph Ratzinger também teve o seu momento de rebeldia e de progressismo, no Concílio Vaticano II. Chegou a dizer nas aulas, em Tubinga: "em Roma, como sabem, não se faz boa Teologia." Durou pouco tempo esse tempo. A sua orientação teológica agostiniana - Santo Agostinho não tinha em muito boa consideração o mundo - inclinava-o mais para uma visão conservadora. A mudança teve como ponto decisivo os excessos de 1968, com o radicalismo ateu dos estudantes de Teologia.
Reconhecido pela sua inteligência brilhante e uma rara cultura - dialogou com grandes intelectuais, incluindo Jürgen Habermas -, é mais um intelectual e um professor do que um pastor. As circunstâncias quiseram que este homem afável, tímido, "honesto, íntegro e encantador no trato pessoal", como reconhece também o teólogo J. I. González Faus, deixasse a vida académica, se tornasse arcebispo de Munique, seguisse para Roma como "inquisidor", condenando muitas dezenas de teólogos e a Teologia da Libertação, e se tornasse Papa - quando aconteceu a eleição, lembrou-se da guilhotina.

Figueira: Talvez venha a dar frutos


Confia e trabalha, apesar do que vês


Esta é a atitude do cuidador da vinha onde se encontra uma figueira que não dá frutos há três anos. Jesus recorre a este facto/parábola para visualizar a mensagem que pretende transmitir aos discípulos e, por eles, a toda a humanidade. Que faz lá a figueira? Nada de útil, apenas ocupa e suga o terreno, dá sombra que impede o sol de aquecer a zona envolvente, larga folhas que cobrem o campo e abafam a germinação das sementes. “Corta-a” – ordena o dono. “ Senhor, deixa-a ficar mais um ano, eu vou cuidar dela, cavar em seu redor, deitar adubo, regar à sua volta e as suas raízes – responde o encarregado. E, confiante, acrescenta: “Talvez venha a dar frutos”.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Casamento marcado pela unidade e pela fidelidade mútua

Casamento dos não crentes 

D. António Marcelino


Em 26 de janeiro de 2013, Bento XVI, falando aos membros do Tribunal da Rota Romana, trouxe ao de cima um problema que se arrasta na Igreja há muitos anos: é válido o matrimónio quando os noivos não têm fé? Não deu uma resposta definitiva, mas abriu caminho que, por certo, levará mais longe. 
No Sínodo dos Bispos de 1980, um bispo francês levantou este problema, que foi longamente discutido na sala sinodal, dando ocasião a uma proposição votada quase por unanimidade. A Comissão Teológica Internacional, já antes, em 1977, se pronunciara de maneira cautelosa, mas já com alguma abertura. Da Comissão fazia parte o teólogo Ratzinger.