quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Sangue do meu sangue": o Portugal de João Canijo

Estreou na quinta-feira passada 
e já foi visto por mais de 3300 espectadores





«Do Festival Internacional de San Sebastian “Sangue do meu Sangue” trouxera já a nomeação para a prestigiada Concha de Ouro e a escolha do júri FIPRESCI (Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica), este ano presidida por um português. 
Num bairro pobre e periférico de Lisboa, Márcia, 42 anos, cozinheira a trabalhar para o namorado, bom amigo, desdobra-se para suster casa e família: uma irmã, de dia esteticista, de noite a extravasar mágoas num bar noturno de karaoke; a filha Cláudia, caixa de supermercado, estudante de enfermagem e noiva de César, a quem a vida parece encaminhar o futuro que Márcia desejou aos filhos; e finalmente Joca, 18 anos, a quem as contas feitas com a justiça não demoveram de arriscar nos negócios ilícitos da droga.»

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Painéis cerâmicos: Gratidão e súplica a Deus



Na Avenida José Estêvão, este painel cerâmico é um gesto expressivo de gratidão, dirigido, naturalmente,  a Deus, a quem se manifesta o desejo ou o pedido de proteção para o ente querido, não nomeado, que anda sobre as ondas do mar. Quem o encomendou disse o que muitos sentem...  Trata-se de dois painéis, um ao lado do outro, que aqui juntei para uma leitura mais fácil.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

AVEIRO: D. António Francisco elegeu reabilitação da Família Cristã como grande desafio pastoral

Lançamento do ano pastoral


«O bispo de Aveiro elegeu a reabilitação da família cristã como o “grande desafio” pastoral deste ano, na sua diocese, sublinhando que o sacramento do matrimónio contribui para o “crescimento harmonioso da sociedade”.
“Constitui para nós um grande desafio reafirmar e viver os valores da família cristã, fazendo dela modelo e opção dos lares cristãos na nossa sociedade e sabendo que, a partir das família cristãs, a vida sorri de novo”, disse este domingo D. António Francisco dos Santos, na assembleia diocesana de lançamento do ano pastoral 2011-12.»
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Um livro de Raul Brandão: “As Ilhas Desconhecidas”





Andava há muito com vontade de ler “As Ilhas Desconhecidas — Notas e Paisagens”, um livro escrito por Raul Brandão na década de 20 do século passado, concretamente, entre junho e agosto de 1924. A primeira edição viu a luz do dia em 1926 e a presente, da QUETZAL, tem data de março de 2011. Dir-se-ia tratar-se de uma obra clássica, com lugar próprio nos estudos de especialistas da literatura de viagens. Afinal, pelo que tenho lido, de críticos e apreciadores deste género literário, a obra continua a valer por tudo quanto Raul Brandão disse e como disse. 
As minhas leituras tinham-se circunscrito a simples passagens, mas este ano tive a sorte de poder comprar a mais recente edição de “As Ilhas Desconhecidas”, que tenho andado a ler com calma. E o prazer da leitura, que tenho sentido quando lhe dedico algum tempo, já que apostei em saborear este livro de viagens como quem se serve de um excelente petisco com a preocupação de o reter na boca o necessário para dele se usufruir tudo, mas mesmo tudo, quanto for possível, dá razão a quantos continuam a afirmar, quase um século depois de ter sido publicado pela primeira vez, que a obra “As Ilhas Desconhecidas” «permanece no nosso património literário como a mais completa das homenagens aos arquipélagos atlânticos». 
O autor diz, “Em Três Linhas”, que «Este livro é feito com notas de viagens, quase sem retoques. Apenas ampliei um ou outro quadro, procurando sempre não tirar a frescura às primeiras impressões. Tinha ouvido a um oficial de marinha que a paisagem do arquipélago valia a do Japão. E talvez valha… não poder eu pintar com palavras alguns dos sítios mais pitorescos das ilhas, despertando nos leitores o desejo de os verem com os seus próprios olhos!...».

Excerto do livro 

«Mas hoje acordo, subo ao convés e tenho uma alegria frenética. Tudo isto, todo este azul, toda esta frescura, me entra em jorros pelos olhos dentro e pela alma dentro. A tinta azul não só ondula — estremece em pequenos grãos vivos, duma acção extraordinária, e o mundo sempre novo que me rodeia penetra-me do seu bafo e comunica-me a sua vida.» 

E a chegada a Cascais 

«… A noite de 29 de Agosto passo-a no tombadilho, sempre à espera, numa sofreguidão de luz — e toda a noite é de trágica tempestade. No convés, só vejo negrume agitando-se num clamor. Mas de manhã a borrasca aplaca-se dentro da baía de Cascais — e a luz irrompe, uma luz alegre, uma luz que vibra toda, uma luz em que cada átomo tem asas e vem direito a mim como uma flecha de oiro. No céu imenso, azul e livre, o Sol bóia como num grande fluido. Portugal!»




«A morte é muito provavelmente a melhor invenção da Vida…»



LIGAR OS PONTOS

José Tolentino Mendonça

É estranho dizer-se de um homem que morre aos 56 anos que tenha tido três vidas. Mas é isso que apetece dizer quando se escuta o inspirador discurso que Steve Jobs fez em 2005, na entrega de diplomas da universidade de Stanford, e que hoje podemos perceber claramente como uma espécie de testamento. Jobs conta, então, três histórias, que correspondem a momentos-chave do seu percurso. A primeira descreve os seus difíceis começos e ele chama-lhe “ligar os pontos”. O arranque da vida não podia ser mais áspero. Entregue para a adoção assim que nasceu, uma adolescência hesitante, a entrada numa universidade que os pais não conseguiam pagar nem ele verdadeiramente suportava, a dureza de uma juventude feita de biscates, meio à deriva…Mas no meio disso, a aprendizagem pessoal do valor das coisas, a busca exigente daquilo que realmente gostava e aceitar pagar o preço, em dedicação e esforço. Ele conta, por exemplo, que escolheu frequentar minuciosamente um bizarro curso de caligrafia. Só dez anos mais tarde, quando inventou o revolucionário Macintosh, percebeu que esse conhecimento viria a ter uma aplicação preciosa. Como diz Steve Jobs, precisamos confiar que os pontos dispersos do nosso percurso se vão ligar e receber daí confiança para seguir um caminho diferente do previsto.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

2014 — Centenário de Schoenstatt


Sé do Porto

S. Pedro de Rates

Nos caminhos de Santiago


O Movimento de Schoenstatt está a caminho de celebrar, em 18 de outubro de 2014, o seu centenário. Um século de graças que os schoenstattianos saberão agradecer à Mãe Três Vezes Admirável, ao fundador, Padre José Kentenich, e ao Santuário com o seu ambiente acolhedor.

Cruz dos franceses

Histórias tornam-nos herdeiros de um lugar


  
Deixa-me contar-te uma história

José Tolentino Mendonça

Algumas histórias tornam-nos herdeiros de um lugar, outras de uma casa, outras de uma razão pela qual viver. Certas histórias deixam-nos o mapa depois da viagem, ou o barco em qualquer enseada, oculto ainda na folhagem, ou o azul desamparado e irresistível que lhes serviu de motivo para a demanda. Há histórias que nos pintam o rosto com terra amassada, vermelha, amarela, negra e iniciam-nos na decifração do fogo, na escuta dos silêncios da terra, no entendimento dos sonhos. Há histórias que nos conduzem ao centro impenetrável de bosques, aos segredos da penumbra do templo, à geografia de cidades, ao alarido dos mercados e à hesitação que a sabedoria por vezes dissolve, por vezes amplia.

domingo, 9 de outubro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Um poema para este domingo






UM DIA AINDA VOU DAR-TE FILHOS








Um dia ainda vou dar-te filhos, se é mesmo
isso o que tu queres – eu já estou por tudo. O mundo
ganha-nos todos os dias, infiltra-se no sangue
e nos espelhos da casa, cose-nos a sombra a prazos,
recados e listas de compras, estraga a nossa vontade
e dá-a a telenovelas e programas de rádio no caminho
para um trabalho que diz tudo sobre o que
não atingimos. Talvez mais tarde nos ataque o arrependimento
e lamentemos não termos perdido tudo ainda jovens,
com uma morte infantil numa brincadeira qualquer,
a dançar com algum sonho ou fugindo para muito longe
com outro alguém.

Diogo Vaz Pinto
 O extremo exercício do cansaço do poeta português

Sugestão do Caderno Economia do EXPRESSO

Faleceu o padre Luís Archer

Padre Luís Archer


Uma vida de ciência e humanismo

«O padre e cientista português Luís Archer faleceu este sábado, aos 85 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de uma «indisposição», anunciou a Companhia de Jesus (Jesuítas), a que pertencia.
O sacerdote, distinguido em 2006 com o prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura em nome da Igreja Católica, é considerado um impulsionador da biogenética em Portugal.»

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