É já amanhã que abre, no Jardim Oudinot, o Festival do Bacalhau, com organização da Câmara Municipal de Ílhavo e da Confraria Gastronómica do Bacalhau. Trata-se de um festival onde nada falta para uns dias de férias, com o fiel amigo, preparado por quem sabe, a ocupar o trono de rei. Música, cinema ao ar livre, concursos, artesanato e outras novidades serão boas razões para uma visita ao Jardim Oudinot, bem enquadrado pela paisagem única da belíssima Ria de Aveiro. O navio-museu Santo André, que foi um campeão da pesca do Bacalhau, também espera pela visita de toda a gente. O Festival do Bacalhau estará aberto até domingo. - Posted using BlogPress from my iPad
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Festival do Bacalhau
É já amanhã que abre, no Jardim Oudinot, o Festival do Bacalhau, com organização da Câmara Municipal de Ílhavo e da Confraria Gastronómica do Bacalhau. Trata-se de um festival onde nada falta para uns dias de férias, com o fiel amigo, preparado por quem sabe, a ocupar o trono de rei. Música, cinema ao ar livre, concursos, artesanato e outras novidades serão boas razões para uma visita ao Jardim Oudinot, bem enquadrado pela paisagem única da belíssima Ria de Aveiro. O navio-museu Santo André, que foi um campeão da pesca do Bacalhau, também espera pela visita de toda a gente. O Festival do Bacalhau estará aberto até domingo. - Posted using BlogPress from my iPad
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Férias na Figueira da Foz
Férias: um pouco de história
"Não há homem completo que não tenha viajado muito,
que não tenha mudado vinte vezes de vida e de maneira de pensar.
Alphonse de Lamartine
O Direito a férias existe desde 1937
Maria Donzília Almeida
A palavra férias soa ao ouvido de toda a gente, como uma melodia antiga, mas sempre atual e repetida. A palavra tem a sua origem no étimo latino feria ou feriae e significava um dia de descanso para os Romanos, no século III DC. Em Portugal, o direito a férias existe desde 1937 e está promulgado na Lei do Trabalho. Hoje, em dia, o grande número de mulheres que trabalha, veio aumentar consideravelmente, o contingente dos trabalhadores. As férias remuneradas surgem como um direito adquirido numa sociedade organizada e democrática. O trabalho torna-se necessário, para fazer face aos desafios duma sociedade de consumo, cada vez mais desafiadora. Depois de um ano de árduo trabalho, quer físico quer intelectual, o cidadão português, tem direito a um merecido descanso.
Luís Miguel Pinto expõe no Glicínia de Aveiro
Carlos Duarte, Paulo Moreira, Luís Pinto e Alexandre Karlavov
Na galeria de Arte Fotográfica Art.ur, situada no Glícinias Plaza de Aveiro, está patente uma exposição de 16 fotografias 50x70, do fotografo Luís Miguel Pinto. Esta exposição é o resultado de uma viagem a Cuba, onde Luís Pinto fotografou, Gilberto, cubano de 80 anos, que trabalhou nas docas e numa fábrica de transformação de peixe. Mas a sua vida era vivida à noite, quando se “vestia e aprumava-se cuidadosamente para a noite Cubana. Sem formação musical escrevia letras e compunha música de ouvido sendo as mesmas convertidas em pautas musicais por amigos músicos – eram os Boleros. E é a história deste homem e dos seus Boleros que, ao olharmos para as fotografias de Luís Pinto, sentimos como hoje Gilberto “sente na esperança que os seus cadernos possam um dia dar aos seus netos as oportunidades que ele nunca teve. Está a viver o seu último Bolero e o papel feminino é feito pela própria vida”. Quem é Luís Miguel Pinto Designer gráfico, 42 anos, vive e trabalha em Aveiro, mas em 2009 muda de “vida” e decide seguir a sua paixão real – a fotografia. Entre 2009 e 2011 desenvolve um trabalho em 4 histórias fotográficas, “De proximidade” e “Vida de Twilight” ( no Vietnã) e “Fighting para um futuro” e “O último Bolero, em Cuba.
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domingo, 14 de agosto de 2011
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 250
DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 33
A RODA LIVRE
Já imaginaram como seria andar de bicicleta sem roda livre?!...
Ter de dar sempre aos pedais...hum..
Na evolução da bicicleta, sobre este aspecto, há quem indique:
1877 - Rouseau apresenta um dispositivo por meio de correntes, que multiplicava o giro da roda dianteira, proporcionando mais velocidade à bicicleta.
1878 - Os franceses Guilmet e Mayer criaram a transmissão em cadeia: combinação, por uma corrente, de uma roda dentada aplicada ao pedal e outra, igualmente dentada, aplicada à roda traseira do veículo. Assim economizava-se esforço do ciclista e ganhava-se velocidade, sem necessidade de exagerar o tamanho das rodas motrizes.
1880 - O francês Vincent, constrói a primeira bicicleta com transmissão de corrente aplicada ao cubo da roda traseira.
1895 – A partir deste ano sucessivas modificações técnicas foram introduzidas na bicicleta, tais como a roda livre e as mudanças para melhorar a velocidade, a eficiência e o conforto dos utilizadores da bicicleta.
Assim sendo, roda livre foi criada para oferecer maior conforto ao ciclista. Este dispositivo permite interromper a pedalada especialmente em descidas, em trajectos com vento a favor e em alguns momentos de calma na corrida ou no passeio.
As mudanças permitem o aproveitamento de várias engrenagens e com isso imprimir maiores velocidades. É a última invenção que aperfeiçoou tecnicamente a bicicleta.
Até aos nossos dias, a bicicleta continua a ser aperfeiçoada, em relação aos materiais utilizados, aos vários tipos relacionados com as modalidades, etc.
Manuel
sábado, 13 de agosto de 2011
Onde está o perigo, cresce também o que salva
Confiança e Crédito
Anselmo Borges
Os melhores comentadores vão escrevendo e dizendo que o que falta é confiança. Que não há crédito todos sabemos. Aí estão dois conceitos-base da religião. Confiança vem de fides, donde vem fé, fiar-se de, confiar. Crédito vem de credere, donde vem crer, crença, acreditar. Mas eles estão na base da existência. Quem pode viver sem confiança? Quem se meteria num avião, na estrada, sem confiança?
O problema é: o quê e quem tem crédito, para merecer a nossa confiança? Porque não podemos confiar de modo cego. No quadro do perigo possível e do medo, a confiança tem de ser razoável.
O teólogo Jürgen Moltmann refere o famoso conto dos irmãos Grimm sobre o jovem que partiu à procura de saber o que é o temor. E, a propósito, refere dois comentários sobre o conto.
O problema é: o quê e quem tem crédito, para merecer a nossa confiança? Porque não podemos confiar de modo cego. No quadro do perigo possível e do medo, a confiança tem de ser razoável.
O teólogo Jürgen Moltmann refere o famoso conto dos irmãos Grimm sobre o jovem que partiu à procura de saber o que é o temor. E, a propósito, refere dois comentários sobre o conto.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 249
DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 32
O NAMORO DOS EMIGRANTES
Caríssima/o:
«De repente, começaram a chegar bicicletas do estrangeiro - para os endinheirados».
Nestas conversas que já vão longas, mas que tão perto ainda nos prendem, relembraria a figura do emigrante ( e que entre nós, se poderia traduzir, também e de alguma forma, por pescador do bacalhau...)
Há cinquenta-sessenta anos, dinheiro corrente era algo que só passava pela mão de alguns (poucos) felizardos – era a sociedade da pura e mais absoluta subsistência: o que se conseguia com o trabalho das mãos e o suor do rosto mal dava ( e muitas vezes, nem chegava... valia o livro dos fiados...) para o sustento do corpo mirrado e ossudo...
Não admira que onde houvesse o cheiro a dinheiro fresco (e ganho honestamente, benza-o Deus!...) faiscassem de variadas direcções os dardos de Cupido escondido nas dobras das cortinas que se afastavam discretamente para ver passar uma bicicleta reluzente, acabadinha de sair da montra...
Já entradote, com a pele queimada dos sóis tropicais, o Felizardo (podia ser este o seu apelido!), acarinhado e apaparicado por muitas mães e alguns pais, ansiosos por ampararem as filhas bonitas, bem dotadas e asseadas, feliz se sentiria se lhe restasse energia que lhe permitisse pedalar rumo ao sonho que o trouxe às origens.
Por vezes, ..., o Felizardo já trazia, no bolso, a «acta» do casamento embrulhada na carta amarrotada, rota e quase gasta.
Assim também era na nossa juventude com os bacalhoeiros, mas então já não tanta solicitude (ainda alguns remoques de maledicência e de coqueteria usadas para chamar a atenção do Felizardo...) que a bicicleta novinha em folha sabia o caminho mesmo com o dínamo desligado e noite escura sem lua...
De facto, a bicicleta tripulada por jovem de bolsos euromilhados era um chamariz que nem bicha-branca para robalinho! Quando aparecia, a agitação e a turbulência rodopiando à sua volta ofereciam aos outros rapazes, para além da tristeza pela sua pequenez, paz e tranquilidade premiadas pelo encontro do par que, fugindo do turbilhão, se mostrava sorridente como quem esperava a sorte prometida.
Mas, e depois?!..., perguntará alguém menos atento.
Filme tão repetido e gasto, de tantas vezes visto, até nos esquecemos do final ... que não do fim! Manuel
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Migrantes em Fátima
Hoje e amanhã, o santuário de Fátima vai encher-se de emigrantes e imigrantes, que querem agradecer à Virgem Maria as graças recebidas durante um ano de trabalho longe das suas pátrias. É nas horas de muitos e duros trabalhos que os crentes normalmente se voltam para o divino. Compreensível e humano.
Admiro imenso quem tanto sofre para seu bem-estar e familiares, afastados das suas origens e tradições. Depois das promessas cumpridas e dos agradecimentos a Deus pelo bem recebido, voltam para mas um ano de trabalho.
Quando me cruzo com alguns, gosto de os ouvir e de recordar vivências partilhadas em horas felizes.
Aqui lhes deixo uma palavra de estima, com votos de boa viagem.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Figueira da Foz em tempo de verão
Figueira da Foz antiga
Cá estou de novo para mais uns dias de férias e de preparação para o batizado do Dinis, o meu neto mais novo. As praias desta terra foram sempre famosas, atraindo as elites da zona centro do pais e de outras regioes. Tambem o povo se deliciava com as águas apetitosas que beijavam, como ainda hoje beijam, os areais a perder de vista. Uma imagem da rede global ilustra isso mesmo.
Novas tecnologias
As novas tecnologias, nomeadamente o iPad, levam-me a cometer alguns erros. Peco desculpa, por isso.
Embarcações que tiveram berço na laguna
Ausente, àquela hora, por motivo de férias, não poderei participar no lançamento do mais recente livro de Senos da Fonseca, "Ambarcações que tiveram Berço na Laguna", mas não posso deixar de o recomendar. Não o li, é certo, mas o autor garante, como lhe é habitual, qualidade e rigor. Vai ser um livro das minhas férias. Lembro, ainda, que o lançamento da obra está a cargo de Ana Maria Lopes, também ela uma profunda conhecedora de temas marítimos e lagunares. A não perder as suas considerações.
Obras junto à Guarita
Junto à réplica da antiga Guarita, no Jardim Oudinot, estão a decorrer obras de construção de um restaurante, para servir todos os que gostam de estar ao lado da Ria. Não estarão concluídas para o Festival do Bacalhau, que é já na próxima semana, mas a verdade é que o Oudinot existe para além disso. Vamos, então, esperar como calma, porque haverá tempo para tudo.
Férias e espiritualidade
Esqueça a praia, o calor e a agitação:
No silêncio dos mosteiros é que se está bem
Rui Martins
O papa aludiu esta quarta-feira às férias de muitos católicos para os convidar ao silêncio, condição que diz ser essencial para a oração, ao mesmo tempo que salientou a importância dos mosteiros como espaços propícios à espiritualidade.
Leia mais aqui
Férias para estes tempos - 3
Livros,
música, rádio e televisão
A
leitura, fonte de prazer e de cultura, não implica, necessariamente, a compra
de livros. Quem há por aí que não tenha em casa livros, comprados há tanto
tempo, que nunca foram lidos? Prometa a si próprio ler pelo menos um livro,
durante este mês de agosto. Mas se não os tiver, procure visitar uma
biblioteca, na Gafanha da Nazaré ou em Ílhavo, onde poderá requisitar uma ou
mais obras e ler jornais e revistas. Não paga nada e pode habituar-se a estas
visitas, sempre enriquecedoras.
Se é
assim para livros, também pode acontecer que haja em casa CD para voltar a
ouvir, agora com mais calma. E ainda pode consultar a programação das rádios
locais e nacionais, bem como das televisões, para na hora certa assistir a
séries ou filmes da sua predileção, sem se tornar escravo das telenovelas sem
sentido. Além disso há programas científicos e reportagens que o levam,
seguramente, de forma virtual, nas asas
da fantasia até paisagens de sonho e a civilizações incríveis que persistem nos
nossos dias.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Férias para estes tempos - 2
Organize-se
Em
família, crie-se o hábito de planear férias, mesmo que não haja dinheiro para
gastar. Pense-se que é sempre possível passear a pé ou de bicicleta, com
programa direcionado para uma praia do nosso concelho ou dos concelhos
vizinhos. O piquenique substituirá, com algumas vantagens, desde logo com
poupança, a frequência de restaurantes ou de bares.
Aproveite-se
o período de férias para pôr em ação um esquema de vida saudável, com base numa
alimentação fresca e regrada e no exercício físico, opções que não implicam
grandes custos, para além de nos ajudarem a criar hábitos de sobriedade e de
contenção.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Moliceiro acrobata
Moliceiro a bolinar
Imagem rara e espetacular de um moliceiro a bolinar. Arte com o saber de experiência feito. O arrais não frequentou qualquer escola náutica, mas aprendeu na vida. O moliceiro navega contra o vento, numa posição incrível. Haverá ainda quem saiba conduzir um moliceiro assim?
Esta imagem foi-me enviada pelo Ângelo Ribau, que não conseguiu identificar o autor. Ela aqui fica, em homenagem aos arrais e a tantos outros que nos deram, na ria, exemplos de coragem e saber.Férias para estes tempos - 1
As praias esperam-nos
Será
possível gozar férias no meio de uma crise económica, financeira e social tão
grande como a que estamos a viver? Com algum esforço e com uma boa dose de
organização, pensamos que sim.
A
ideia generalizada em muitos meios de que férias só serão possíveis com grandes
gastos e em estâncias turísticas de nomeada poderá passar à história, se levarmos
à prática a imaginação e a capacidade criativa de novos e menos novos.
Estamos
convencidos de que à nossa volta há excelentes motivos de interesse a
descobrir, a explorar e experimentar, contribuindo, assim, para valorizar o que
temos. Sabemos que a tendência de muitos se inclina para falar de viagens por
outras terras e outras gentes, de costumes exóticos e paisagens deslumbrantes,
mas é garantido que as mais das vezes nem sequer conhecemos bem o que está ao
pé da nossa porta. Pretende-se conhecer o distante, continuando a ignorar o que
nos envolve e até o que está na matriz da nossa forma de ser e de estar na
vida.
Sem
pretendermos ocupar o direito à imaginação de cada um, deixamos neste espaço
algumas sugestões, que não passam disso mesmo. Veja a partir de amanhã.
Para pessoas amedrontadas
Lago Tiberíades
NÃO TENHAIS MEDO. SOU EU. TENDE CONFIANÇA
Georgino Rocha
Exortação revigorante dirigida a pessoas amedrontadas.
Exortação firme e determinada num contexto de perigo iminente. Exortação
clarificadora de fantasmas possíveis e identificadora de rostos perdidos na
noite.
A cena ocorre no mar de Tiberíades. Os intervenientes
principais são Jesus de Nazaré e os discípulos que se deslocam numa barca e já
estão longe da terra. A ocasião surge no percurso da travessia. A circunstância
é a da tempestade ameaçadora. E os gestos e as palavras que se percebem são de
gritaria e de pânico. E não era para menos!
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Concha para a minha coleção
GRATIDÃO
Maria Donzília Almeida
“A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje, e cria uma visão para o amanhã."
Melody Beattie
No seu tratado sobre Relações Humanas, o americano Dale Carnegie teceu algumas considerações, muito importantes, sobre o assunto em epígrafe. Diz ele que duma forma geral, as pessoas não têm esse hábito enraizado, no quotidiano do seu relacionamento com o próximo. Nós não devemos esperar gratidão dos outros, já que não ser grato é comum no ser humano. Mas, quando alguém tem o dom de agradecer, seja a quem for, essa pessoa é possuidora duma sensibilidade e uma educação especiais, segundo o patrono das Human Relations.
Quantos de nós, agradecem a Deus, por “todas as maravilhas que ele operou”? Há muita gente, a quem, não passa pela cabeça, agradecer as maravilhas arquitetónicas, as maravilhas artísticas, as sete maravilhas do mundo, tantas coisas que o homem tem criado ao longo dos tempos, usando a sua inteligência, sabedoria e arte. Mas sabemos quem criou o universo, pois, quanto mais os cientistas avançam no conhecimento, mais provas recolhem da existência desse Criador.
A ADIG não é contra ninguém
Paulo Costa, Júlio Cirino, João Alberto Roque e Manuel Serra
É urgente dar importância ao que é importante
A ADIG — Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré vai ser uma aposta forte na valorização do que é essencial para o bem-estar de todos os gafanhões, na certeza de que a vida democrática não se esgota nos partidos políticos. A vida cívica, com partidos e outras forças, tornar-se-á mais rica, se todos derem as mãos na defesa do que é importante. Isso mesmo sublinhou o vereador da Câmara Municipal de Ílhavo Paulo Costa, na tomada de posse dos novos órgãos sociais da ADIG, que ocorreu na quinta-feira, 4 de agosto, no salão nobre da Junta de Freguesia.
Confesso que fiquei surpreendido com a adesão de tantos conterrâneos nossos aos anseios da nova ADIG, agora com a liderança de Júlio Cirino, um homem que não gosta de virar a cara a desafios que têm a ver com a terra que o viu nascer. Aliás, no seu discurso de posse (ver aqui) teve o cuidado de indicar um conjunto de iniciativas que se tornam estimulantes para todos os que amam a Gafanha da Nazaré. Ainda me disse que a ADIG não é contra ninguém, mas a favor do que é fundamental a vários níveis.
Paulo Costa, também ele gafanhão, congratulou-se com a presença de tantos apoiantes, enquanto sublinhou a premência de «todos ajudarem a direção na prossecução dos seus objetivos». Referiu que «o associativismo é a forma mais pura da força popular», porque é aí «que damos o nosso tempo para o bem de todos, sócios e comunidade».
Afirmou que somos «de longe» o município, tal como a nossa freguesia, que mais tem crescido acima da média nacional, «em todos os indicadores», graças ao nosso povo, às associações, aos empresários e às autarquias. Garantiu ainda que a CMI continuará a colaborar, «dando importância ao que é importante».
Também o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Serra, enalteceu o papel que a ADIG por certo vai desempenhar na promoção dos valores que nos foram legados pelos que construíram a nossa terra, numa altura em que «a alternativa era a América». Contudo, e porque importa prosseguir a caminhada de progresso e bem-estar, Manuel Serra chamou a atenção para a necessidade de todos contribuirmos, nestes tempos de crise, para o regresso a tudo o que nos deu riqueza: a agricultura, as pescas e a construção naval.
Fernando Martins
Novos Órgãos Sociais da ADIG
A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré (ADIG) elegeu na Assembleia Geral, que decorreu no passado dia 28 de julho, os novos Órgãos Sociais para o biénio 2011-2013, depois de várias reuniões, onde se discutiram projetos para o futuro e se constituiu a lista agora eleita.
Júlio Cirino da Rocha lidera a Direção de que fazem também parte Leopoldo Oliveira, Aldina Casqueira Guimarães, Paulo Pinto, Carlos Teixeira Pereira, João Aristides Marçal, Álvaro Guimarães, Helena Ferreira e Manuel Mário Bola.
Na Assembleia Geral, continuam João Alberto Roque e Cândido Casqueira. Josué Ribau completa o elenco.
Constroem-se mais muros que pontes
Um mundo de interrogações
incómodas mas necessárias
António Marcelino
É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo.
domingo, 7 de agosto de 2011
Poesia para este domingo
Foi assim que a história
começou.
Era uma vez um homem
que tinha um relógio.
Dava corda ao relógio,
o relógio andava, o tempo
passava,
E o homem ficava a olhar,
O relógio a andar,
e o tempo a passar.
Mas um dia o homem
não deu corda ao relógio:
O relógio parou — o tempo
passou.
Então o homem nunca
mais deu corda ao
relógio.
E foi assim que a
história acabou.
Eduardo Libório,
História
do Homem que Tinha um Relógio
in ‘Poesias, Desenhos e Correspondência’
Caderno Economia do
EXPRESSO
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 248
DE
BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 31
BICICLETA
Caríssima/o:
Dia de
poesia... Então, procuremos acompanhar Herberto Hélder, “ o poeta pernalta
[que] dá à pata nos pedais... de pulmões às costas e bico no ar”...
«Lá vai a bicicleta do poeta em
direcção
ao símbolo, por um dia de verão
exemplar. De pulmões às costas e bico
no ar, o poeta pernalta dá à pata
nos pedais. Uma grande memória, os
sinais
dos dias sobrenaturais e a história
secreta da bicicleta. O símbolo é simples.
Os êmbolos do coração ao ritmo dos
pedais -
lá vai o poeta em direcção aos seus
sinais. Dá à pata
como os outros animais.
O sol é branco, as flores legítimas, o
amor
confuso. A vida é para sempre
tenebrosa.
Entre as rimas e o suor, aparece e desaparece
uma rosa. No dia de verão,
violenta, a fantasia esquece. Entre
o nascimento e a morte, o movimento da
rosa floresce
sabiamente. E a bicicleta ultrapassa
o milagre. O poeta aperta o volante e
derrapa
no instante da graça.
De pulmões às costas, a vida é para
sempre
tenebrosa. A pata do poeta
mal ousa pedalar. No meio do ar
distrai-se a flor perdida. A vida é
curta.
Puta de vida subdesenvolvida.
O bico do poeta corre os pontos
cardeais.
O sol é branco, o campo plano, a morte
certa. Não há sombra de sinais.
E o poeta dá à pata como os outros
animais.
Se a noite cai agora sobre a rosa
passada,
e o dia de verão se recolhe
ao seu nada, e a única direcção é a
própria noite
achada? De pulmões às costas, a vida
é tenebrosa. Morte é transfiguração,
pela imagem de uma rosa. E o poeta
pernalta
de rosa interior dá à pata nos pedais
da confusão do amor.
Pela noite secreta dos caminhos iguais,
O poeta dá à pata como os outros
animais.
Se o sul é para trás e o norte é para o
lado,
é para sempre a morte.
Agarrado ao volante e pulmões às costas
como um pneu furado,
o poeta pedala o coração transfigurado.
Na memória mais antiga a direcção da
morte
é a mesma do amor. E o poeta,
afinal mais mortal do que os outros
animais,
dá à pata nos pedais para um verão
interior.»
Conceito de Saúde e Doença
Antropologia e medicina
Anselmo Borges
Já não vivendo em círculos fechados, acontece-me ser
convidado para intervir sobre o tema em epígrafe, no contexto de colóquios de e
para médicos.
De facto, o conceito de saúde e doença depende também da
ideia que se tem de Homem.
1. Assim, sublinharia, em primeiro lugar, a neotenia, para
reconhecer que o ser humano é um prematuro, nasce antes do tempo, sendo esta a
condição de possibilidade de se tornar Homem. Enquanto os outros animais vêm ao
mundo já feitos, o ser humano nasce por fazer e tem de se fazer. Por isso, é
sempre o resultado de uma herança genética e de uma cultura em história, com
encontros e desencontros e onde há lugar para a liberdade. O Homem é por
natureza cultural.
Cá estou de novo
Depois do anunciado período de férias a que me dediquei, cá estou de novo. De novo e julgo que renovado para viver mais um ano em permanente contato com os meus leitores e amigos. Descansei, li, pensei, alinhei algumas ideias, sonhei. E também vivi momentos de muitas saudades destas andanças pelo mundo do ciberespaço. Senti o palpitar do mundo que não parou de girar e de nos ameaçar com catástrofes que, por certo, ninguém quer. São os homens e mulheres deste mundo que constroem o futuro da humanidade. Cometem erros, dão passos acertados, alimentam sonhos, elaboram projetos, mas os egoísmos persistem no meio das comunidades. Daí o mundo desregrado em que vivemos ou labutamos. Uns conseguem tudo e outros ficam sem nada. E não há meio de criarmos uma nova ordem social de que tanto falava há anos Maria de Lurdes Pintasilgo. Contudo, continua em nós o sonho da meta desejada, rumo a uma sociedade mais justa e mais fraterna.
Como sempre, espero a participação de todos os meus amigos e leitores.
Fernando Martins
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